sexta-feira, 17 de maio de 2013

T.016.Tristeza do Jeca - Angelino de Oliveira

Nestes versos tão singelos Minha bela, meu amor Prá você quero contar O meu sofrer e a minha dor Sou igual o sabiá Quando canta é só tristeza Desde o galho onde está Nesta viola canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Eu nasci naquela serra Num ranchinho beira chão Todo cheio de buraco Onde a lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada Principia o barulhão Nesta viola, canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Lá no mato tudo é triste Veja o geito de falar Pois o Jeca quando canta Dá vontade de chorar O choro que vai caindo Devagar vai se sumindo Como as àguas vão pro mar

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