segunda-feira, 8 de abril de 2024

N.127.Nave terra - Rita Lee/Roberto de Carvalho


Nave terra, cheia de natureza
O sol é convosco
Bendita sois vois entre os planetas
E bendito é o fruto
de vossa semente, vida

Santa terra, mãe dos humanos
Providenciai por nós, mortais
Agora e na hora da nossa sorte
Amém



N.126.Noite fria - Didi Barros


Noite fria
Penso em você
Só queria
Estar com você

Pra eu me esquentar
Nesse teu corpo tão ardente
Pra ver você ficar
Entre meus braços se envolvendo
E ouvir você dizer
Que está morrendo de feliz
Porque eu sou pra voce
Tudo o que você sempre quis.


N.125.No mundo dos espíritos - Moacy Monteiro/Chico Viola


Certa noite eu lembrei-me da cidade
Que deixei ainda quando era criança
Fui deitar exaustado de lembrança
E talvez induzido pela saudade
O espírito achou tal liberdade
Pra andar nos lugares que andei
A matéria dormindo abandonei
E no silêncio do sono eu caminhava
Fui em sonho a cidade que morava
Tive tanta saudade que chorei

Ao chegar fui andar na avenida
Onde tinha uma prima e namorada
Me assustei quando avistei a morada
Que morou minha tia Margarida
As paredes de cores coloridas
Diferente das cores que deixei
E na casa que morou Mariclei
Residia alguem que eu odiava
Fui em sonho...

Fui até um antigo casarão
Onde papai criou nossa família
Ao chegar não encontrei mais mobília
Não vi Pedro, nem Zé e nem João
Perguntei ao vizinho Simedo
Ele disse meu rapaz eu só sei
Que depois que o véi quebrou o rei
A família a casa desprezava
Fui em sonho...

Eu ainda senti tal sensação
Com a garota bonita quando a vi
Ela olhou pra mim e eu sorri
Ela rindo me ofereceu a mão
Nessa hora morrendo de emoção
A mão dela com força eu apertei

N.124.No cangote de Maria - Chico Viola/Santiago


Nesse forró quero amanecer o dia
Só cafungando no cangote da Maria

Gosto da moça brejeira
Do vestido de chitão
que durante a festa inteira
forrofia no salão
e no meio da gandaeira
cada um quer ser melhor
é gostosa a brincadeira
peneirando, sacudindo
nhenco, nhenca no forró

e o cabra fica grudado
na cintura dela
a noite inteira se esfregando
só passando a mão
Mas quando fala em casamento cabôco enrasca
puxa a faca e dum pinote
quebra o lampeão

Nesse forro quero amanhecer o dia
só cafungando no cangote da Maria.

N.123.Nossos momentos - Haroldo Barbosa/Luiz Reis


Momentos são
iguais aqueles
em que eu te amei
Palavras são
iguais àquelas
que eu te dediquei ...

Eu escrevi, na fria areia,
um nome para amar
O mar chegou, tudo apagou,
palavras leva o mar ...

Meu coração, praia distante
em teu perdido olhar ...
Teu éoração, mais inconstante
que a incerteza do mar ...

Meus castelos de carinho
eu nem pude terminar ...
Momentos meus,
que foram teus,
agora é recordar ...

N.122.Nossa canção - Luiz Ayrão


Olha aqui, preste atenção
Essa é a nossa canção
Vou cantá-la seja aonde for
Para nunca esquecer o nosso amor
Nosso amor
Você partiu e me deixou
Nunca mais você voltou
P'ra me tirar da solidão
E até você voltar
Meu bem eu vou cantar
essa nossa canção

N.121.Nós os carecas - A.Marques/R.Roberti


Nós, nós os carecas
Com as mulheres somos maiorais
Pois na hora do aperto
É dos carecas que elas gostam mais

Não precisa ter vergonha
Pode tirar seu chapéu
Pra que cabelo? Pra que seu Queiroz?
Agora a coisa está pra nós, nós nós...

N.120.Normalista - Benedito Lacerda/David Nasser


Vestida de azul e branco
Trazendo um sorriso franco
No rostinho encantador
Minha linda normalista
Rapidamente conquista
Meu coração sem amor

Eu que trazia fechado
Dentro do peito guardado
Meu coração sofredor
Estou bastante inclinado
A entregá-lo ao cuidado
Daquele brotinho em flor

Mas, a normalista linda
Não pode casar ainda
Só depois que se formar...
Eu estou apaixonado
O pai da moça é zangado
E o remédio é esperar


N.119.Na casa dela - Gilberto Gil


Trago a emoção
Bem vívida em meu coração
Do instante em que vi o fogo santo
brotar do chão
Como uma flor, como uma semente de ardor
Com um esplendor de uma cor
Que não tem comparação

O fogo eu vi, a sensação pude sentir
Nos meus pés descalços era suave e morno o calor
E a mais no ar, havia perfume a exalar
Tão embriagador de quase não se
poder respirar

Como se não bastassem o fogo e o olor
Foi tocado um sino que eu sei que um
anjo foi quem tocou
Fogo, calor, perfume, som de sino, oiô
Só faltava o mel, só faltava o mel
Mas o mel chegou!

Pingava mel, da parede escorria mel
Eu passava o dedo
E provava sem medo e sem temor
Doce sabor, comprovava o gosto de amor
Lá na casa dela
Na casa dela, Mãe do Senhor.

N.118.Nuestras horas - Luciano Mia/J.Ernesto


Detém teu relógio ainda
Nas horas que mais te quero
Hoje a noite esta tão linda
Recorda nosso bolero
Saudade baila comigo
Dispara meu coração
Estou só, mas eu não ligo
Revivo a minha ilusão
Mas, se me é dada esta dor
De distância e esquecimento
Sofro por ti, meu amor
Paixão de todo momento
Quero cantar, ir embora
Amar-te outra vez eu quero
Mesmo que tenhas agora
Olvidado este bolero

A.473.As profesias - Raul Seixas


Tem dias que a gente se sente
Um pouco talvez menos gente
Um dia daqueles sem graça
De chuva cair na vidraça

Um dia qualquer sem pensar
Sentindo o futuro no ar
O ar carregado, sutil
Um dia de maio ou abril

Sem qualquer amigo do lado
Sozinho em silêncio calado
Com uma pergunta na alma
Por que nesta tarde tão calma?
O tempo parece parado?

Está em qualquer profecia
Dos sábios que viram o futuro
Dos loucos que escrevem no muro
Das teias, do sonho remoto
Estouro, explosão, maremoto
A chama da guerra acesa
A fome sentada na mesa
O copo com álcool no bar
O anjo surgindo no mar
Os selos de fogo, o eclipse
Os símbolos do Apocalipse
Os séculos de Nostradamus
A fuga geral dos ciganos
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia

Um gosto azedo na boca
A moça que sonha, a louca
O homem que quer mas esquece
O mundo do dá ou do desce
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia
Sem fogo, sem sangue, sem ais
O mundo dos nossos ancestrais
Acaba sem guerra, os mortais
Sem glórias de mártir ferido
Sem o estrondo mas com gemido

Os selos de fogo, o eclipse
Os símbolos do Apocalipse
A fuga geral dos ciganos
Os séculos de Nostradamus
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia
Um dia

A.472.Alice Maria - Raul Seixas


Ali eu nasci
Ali na Bahia
Ali conheci
Alice Maria

Ali o amor
Ali se formou
Ali o amor
Ali se acabou

Alice Maria
Alice Maria
Adeus ao amor
Que ali se partia

A.471.Além das montanhas - Kene Konaman/Mateus Marcondes


Vejo surgir além das montanhas
O chamado de um novo tempo
O poder de um rumo certo
Uma chance apenas eu peço
Pra mostrar pro mundo lá fora
Um sentido, uma nova canção
São novos dias, são dias de luta
Nos preparando pra nossa missão
Vai surgir, uma forma nova de esperança
Que me faz acreditar
Vai surgir, uma forma nova de esperança
Quando sentir o que vem do coração
E confiar no que tem dentro do seu coração

A.470.Afinal de contas - Heitor/Banda Gentileza


Sei de cor e salteado a ordem dos fatores
E a razão do resultado não bater
Não me cobre os seus valores
Às vezes dividir vale mais que pertencer

Eu já perdi a conta
Eu já errei demais
Pra você foi faz de conta
Então pra mim é tanto faz

Em linhas gerais, você jamais
Precisou dos meus sinais
E me desaponta quando desmonta
Suas medidas desiguais

Calcule o estrago por aí
Que eu não te trago mais aqui
Se está vago é porque
Se não foi somente se

Se um mais um é dois
Esses dois não somos nós
Eu aposto que depois
Que a gente der nome aos bois
Não vai sobrar a minha voz
Pra contar como é que foi

Pois dois pesos, duas medidas
E tuas promessas não cumpridas?

A.469.Acende a luz - Kene Konaman


Acende a luz e entra pra ver Sinta agora o grave que vai bater
Não se preocupe daqui a pouco vai se envolver Já tá em casa, tamo junto e faz o chão tremer
Se for embora, ta ligado, vai se arrepender Mas se ficar, ce ta ligado, até o amanhecer
E já ligaram o som, Êê E já legalizou, Ôô
Chega de violência, tanta gente morrendo em vão
Seguir nosso caminho, de mãos dadas, todos irmão
Muita tolerância, fazendo a evolução Só paz e humildade, muito amor no coração
Fazendo a diferença, dando a volta por cima Hip-hop, reggae, ragga, pura sintonia
O groove, a rima da revolução É som e consciência Cumprindo a missão

A.468.A ilha da fantasia - Raul Seixas


Vamos logo que já está na hora de zarpar
Vem sem medo que não vamos naufragar

Navegador !
Não se esqueça meu amigo
de chamar o seu vizinho

Navegador !
Vê se na praça tem alguem para vir

A barca de Noé já vai partir, navegador
A barca de Noé já vai partir

Vamos escolher bem melhores condições
Longe desse triste carnaval de ilusões

Navegador !
Deixe os que sonham em ser felizes
habitando o paraíso

Navegador !
Faz tempo que você esperou
vivendo sob leis que não criou,
navegador
Vivendo sob leis que não criou

A.467.A Hora dos Dreadlocks - Kene Konaman


A Hora dos Dreadlocks Letra: Kene Konaman, Jota P e LK MC
Cuidado com o açúcar, com o açúcar, ele vicia, vicia como mel, como mel, que cobre a cidade
Quem construiu em cima da mentira não sobe o monte, irmão quem caiu no conto da sereia entrou em contradição
Quem é você ou quem sou eu pra sociedade
Deixa eles acharem, não sabem nem a metade
Abraçar conversa fiada é se afastar da evolução
Não podemos perder tempo em vão, não, não...
Festa de luxo, mulheres, carrões, dinheiro alem do estilo rueiro
O raggamufim da quebrada, representa na parada
Jurei lealdade às minhas raízes
Noites em claro na madrugada
Trampando, correndo, guardando dinheiro
Vivendo, querendo ainda mais
Não tem mistério
O sonho aguarda
Foi dada a largada
É hora de correr, para vencer
Show business, produtores, mega empresários
Com o caô de ficar milionário
Enganando o povo com uma mentira de plástico
Cuidado com o açúcar, com o açúcar, ele vicia, vicia
Como mel, como mel, que cobre a cidade
Cuidado, eles querem te arrastar Cuidado, não vá se entregar
É hora dos dreadlocks quem não soma vai cair
Perguntaram da resistência estamos aqui
Querendo ou não, vai se virar e dá seu jeito
Se não gosta então respeita por que eu respeito
Progresso aos meus leões, minha família, meus amigos me apoiam, estão comigo e por isso eu digo
Que o caminho mais largo é o que leva a perdição
Equilíbrio é necessário e auto-fortificação
Levantar uma bandeira que poucos tem peito
De onde eu venho todos são suspeitos
Nenhuma raça define seu ser
E seu caráter mostra quem é você

A.466.Alô fevereiro - Roberta Sá


Tamborim avisou, cuidado,
Violão respondeu, me espera,
Cavaquinho atacou, dobrado,
Quando o apito chegou, já era.

Veio o surdo e bateu, tão forte,
Que a cuíca gemeu, de medo,
E o pandeiro dançou, que sorte,
Fazer samba não é brinquedo.

Todo mês de fevereiro, morena
Carnaval te espera
Querem te botar feitiço, morena
Mas também pudera.

Se ele pega no teu corpo
Vai ter gente enlouquecida
Querendo entender a tua dança
Querendo saber da tua vida.

A.465.Ah se eu vou - Roberta Sá


Todo santo dia ela ia
Ela ia lá me chamar
Pra dançar coco
À beirada da saia querendo rodar.

Pelo jeito dela
Pelo dengo, pela simpatia
Se eu caio na roda
Essa moça pode me segurar.

Aí ela vai querer que eu deixe de ir pro samba
Aí ela vai querer que eu não vá na ciranda de Lia
Aí ela vai querer que eu não saia de perto dela
E eu olhando pra beira da saia querendo rodar.

Ah, se eu vou.

A.464.Amado - Vanessa da Mata


Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do Sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem
pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você

terça-feira, 26 de março de 2024

A.463.Ainda bem - Vanessa da Mata


Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá

Nos dias frios
Em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar

Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Neste mundo de tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa heim?
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois
Esse amor

Entre tantos outros
Entre tantos anos
Que sorte a nossa heim?
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois esse amor

Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois esse amor.

A.462.Absurdo - Vanessa da Mata


Havia tanto pra lhe contar
A natureza
Mudava a forma o estado e o lugar
Era absurdo

Havia tanto pra lhe mostrar
Era tão belo
Mas olhe agora o estrago em que está

Tapetes fartos de folhas e flores
O chão do mundo se varre aqui
Essa idéia do natural ser sujo
Do inorgânico não se faz

Destruição é reflexo do humano
Se a ambição desumana o Ser
Essa imagem de infértil deserto
Nunca pensei que chegasse aqui

Auto-destrutivos,
Falsas vitimas nocivas?

Havia tanto pra aproveitar
Sem poderio
Tantas histórias, tantos sabores
Capins dourados

Havia tanto pra respirar
Era tão fino
Naqueles rios a gente banhava

Desmatam tudo e reclamam do tempo
Que ironia conflitante ser
Desequilíbrio que alimenta as pragas
Alterado grão, alterado pão

Sujamos rios, dependemos das águas
Tanto faz os meios violentos
Luxúria é ética do perverso vivo
Morto por dinheiro

Cores, tantas cores
Tais belezas
Foram-se
Versos e estrelas
Tantas fadas que eu não vi

Falsos bens, progresso?
Com a mãe, ingratidão
Deram o galinheiro
Pra raposa vigiar

A.461.Aurora - Mário Lago/Roberto Roberti


Se você fosse sincera
Oh, oh, oh, Aurora
Veja só que bom que era
Oh, oh, oh, Aurora

Um lindo apartamento
Com porteiro, elevador
Um ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Oh, oh, oh, Aurora

A.460.Avenida iluminada - Newton Teixeira/Brasinha


Eu vinha pela madrugada,
Pela avenida toda iluminada,
Amanhã, os ranchos vão passar,
E o meu amor, vai desfilar,
Já vejo o meu amor sorrindo,
Ganhando aplausos, da multidão,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração.

Eu vinha pela madrugada,
Pela avenida toda iluminada,
Amanhã, os ranchos vão passar,
E o meu amor, vai desfilar,
Já vejo o meu amor sorrindo,
Ganhando aplausos, da multidão,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração....

A.459.A letra I - Zé Dantas/Luiz Gonzaga


Vai cartinha fechada
Não deixa ninguém te abrir
Aquela casa caiada
Onde mora a letra I
Existe uma cacimba
Do rio que o verão secou
Meus óio chorou tanta mágoa
Que hoje sem água
Me responde a dor

Aí diz que o amor
Fumega no meu coração
Tal qual a fogueira
Das noites de São João
Que eu sofro por viver sem ela
Tando longe dela
Só sei reclamar
Eu vivo como um passarinho
Que longe do ninho
Só pensa em voltar

A.458.Algodão - Zé Dantas/Luiz Gonaga


Bate a enxada no chão, limpa o pé de algodão
Pois pra vencer a batalha,
É preciso ser forte, valente, robusto e nascer no
Sertão
Tem que suar muito pra ganhar o pãp
Poia a coisa lá "né" brinquedo não

Mas quando chega o tempo rico da colheita
Trabalhador vendo a riqueza, que beleza
Pega a família e sai, pelo roçado vai
Cantando alegre ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai.

Sertanejo do norte
Vamos plantar algodão
Ouro branco que faz nosso povo feliz
Que tanto enriquece o paíz
Um produto do nosso sertão. (isso é muito
Lindo!!!) (adoro luiz gonzaga!)

A.457.Apaixonada - Judimar Dias


Quero!
Quero tanto!
Ter você prá mim
(Você prá mim!)
Vida!
Minha vida!
Vida minha sim
Oh! Oh! Oh!...

Dono dos meus sonhos
Toda inspiração
(Inspiração!)
Lindo!
Todo lindo!
Doce emoção...

Amo essa ternura
Que há em teu olhar
Tua alegria
É quem me faz cantar...

Eu quero ser escrava
Desse teu amor
Faço tudo por você
Porque eu estou...

Apaixonada!
Sofro calada!
Tudo fica mais difícil
Sem você...(2x)

Amo essa ternura
Que há em teu olhar
Tua alegria
É quem me faz cantar...

Eu quero ser escrava
Desse teu amor
Faço tudo por você
Porque eu estou...

Apaixonada!
Sofro calada!
Tudo fica mais difícil
Sem você...(2x)

Apaixonada!
Apaixonada!
Sofro calada!
Sofro calada!
Tudo fica mais
Difícil sem você
Sem você...(4x)

A.456.A turma do funil - Mireabeau/M. de Oliveira


Chegou a turma do funil
Todo mundo bebe
Mas ninguém dorme no ponto
Aí, aí, ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos e eles que ficam tontos

Eu bebo, sem compromisso,
com meu dinheiro, ninguém tem nada com isso
Aonde houver garrafa, aonde houver barril
Presente está a turma do funil

A.455.A dança da moda - Zé Dantas/Luiz Gonzaga


No Rio tá tudo mudado
Nas noites de São João
Em vez de polca e rancheira
O povo só pede e só dança o baião
No meio da rua
Inda é balão
Inda é fogueira
É fogo de vista
Mas dentro da pista
O povo só pede e só dança o baião
Ai, ai, ai, ai, São João
Ai, ai, ai, ai, São João
É a dança da moda
Pois em toda a roda
Só pede baião.

A.454.Acauã - Zé Dantas


Acauã, acauã vive cantando
Durante o tempo do verão
No silêncio das tardes agourando
Chamando a seca pro sertão
Chamando a seca pro sertão
Acauã,
Acauã,
Teu canto é penoso e faz medo
Te cala acauã,
Que é pra chuva voltar cedo
Que é pra chuva voltar cedo
Toda noite no sertão
Canta o João Corta-Pau
A coruja, mãe da lua
A peitica e o bacurau
Na alegria do inverno
Canta sapo, gia e rã
Mas na tristeza da seca
Só se ouve acauã
Só se ouve acauã
Acauã, Acauã...

A.453.A lenda do abaeté - Dorival Caymmi


No Abaeté tem uma lagoa escura
Arrodeada de areia branca
Ô de areia branca
Ô de areia branca

De manhã cedo
Se uma lavadeira
Vai lavar roupa no Abaeté
Vai se benzendo
Porque diz que ouve
Ouve a zoada
Do batucajé

O pescador
Deixa que seu filhinho
Tome jangada
Faça o que quisé
Mas dá pancada se o seu filhinho brinca
Perto da Lagoa do Abaeté
Do Abaeté

A noite tá que é um dia
Diz alguém olhando a lua
Pela praia as criancinhas
Brincam à luz do luar

O luar prateia tudo
Coqueiral, areia e mar
A gente imagina quanta a lagoa linda é

A lua se enamorando
Nas águas do Abaeté
Credo, Cruz
Te desconjuro
Quem falou de Abaeté
No Abaeté tem uma lagoa escura

A.452.Arco Iris - Moraes Moreira


Quando me vires olhar
naquela janela que dá
pra um tempo que já ficou pra trás,
não entre em outra viajem
e deixa eu curtir a paisagem
não pense em nada demais
Vou indo no trem da vida
e passagem só de ida
pra mim não tem essa de voltar;
todo lugar é bonito
e o meu cominho infinito
aonde vou me encontrar

Meu presente é viver no presente
que saudade não dá futuro
o que hoje pra mim é escuro
amanhã poderá ser a luz
Quero um tempo; onde não haja tempo
sentimentos não são medidas
onde não faz sentido os sentidos
quando só o silêncio traduz

Céu de prazeres e flores
pincel e todas as cores
do arco-íris do amor.

A.451.Arco Iris - Sombrinha/Luiz Carlos da Vila


O teu sorriso é um arco-íris sobre o mar
Onde havia escuridão
O paraíso que eu estava a procurar
A vida me revelou
A realidade onde eu guardo e vou buscar
Os delírios da paixão
Tudo isso me invadiu
E eu quero a permanência do invasor
És os astro que faz sentir
Que eu estou sob a regência do amor
Cheiro de mato na cidade
Um luxo raro
Tu me deste e eu sou
O disparo de um colibri
Que depois de tanto tempo vê a flor
És o solo em que adormeci
Despertei, vi um sorriso multicor

A.450.A banca do distinto - Billy Blanco


Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal
Todo mundo é igual quando a vida termina
Com terra em cima e na horizontal

A.449.Apanhei-te cavaquinho - Ernesto Nazareth/Benedito Lacerda


Ainda me lembro
Do meu tempo de crainça
Quando entrava numa dança
Toda cheia de esperança
De chinelinho e de trança
Com Mané e o Zé da França
Nunca tive na lembrança
De rever esse chorinho

E hoje ouvindo nesse choro
A voz do Pinho
Relembrando o bom tempinho
Da mamãe e do maninho
Hoje sou ave sem ninho
Sem família e sem carinho
Mas sou bem feliz ouvindo
O apanhei-te cavaquinho

Hoje cantando o apanhei-te cavaquinho
Fico louca, fico quente
Fico como um passarinho
Sinto vontade de cantar a vida inteira
Ai, essa vida eu levo de qualquer maneira
Ouvindo a flauta, o cavaquinho e o violão
Sinto que meu coração
Tem a cadência de um pandeiro
Esqueço tudo e vou cantando o ano inteiro
Esse chorinho que é muito brasileiro

A.448.Ave cantadeira - Paulinho Pedra Azul


E lá vou eu nessa estrada
desafiando o coração
cantando em prosa ou canção
feito uma ave cantadeira
Cantar, cantar, cantar
viver, viver, viver
criar penas de pássaro no ar
voar, voar, voar
sofrer, sofrer, sofrer
amar, amar, amar você
E lá vou eu nessa agonia
levando a dor em minhas mãos
fugindo igual a um bicho errante
amargura coração
Cantar, cantar, cantar
sofrer, sofrer, sofrer
voar, voar, sobreviver.

A.447.Anjo da terra = Dércio Marques/Paulinho Pedra Azul


Mas olha quanta gente que passa
Sem controlar o sorriso
São meninos da terra
São meninos da lua
Brincando de amor
Ao redor do mundo
Anjos da terra
Beijos de maio
Mães da alegria
Que vem da lua
Desce de um raio
Cheio de estrela
Brilho do sol
Sol virou lua
Brincar na rua
Sou um sonhador.

A.446.Anjo da velha guarda - Moacyr Luz/Aldir Blanc


O terno branco parece prata
E a fita em meu peito diz que eu sou
Daqueles que vão pra Maracangalha
Rever Anália
Eu vou
No vento que leva o chapéu de palha
Também sou de fibra e pau-brasil
O samba é tudo que eu sei
E Momo é o único rei que amei
Sou a sétima corda e passo devagarinho
Com Rodouro no coração
Meu nome em letras de ouro
É parte do tesouro de qualquer agremiação
De cuíca eu manjo
Também vou de banjo
Fiz das avenidas meu salão...
Fidalguia esbanjo
E danço com meu anjo
Eu sou da velha guarda, meu irmão!

A.445.Amigo amado - Alaíde Costa/Vinícius de Moraes


Saberei
Ocultar o meu amor
Como a noite oculta a flor
E enche de aroma
O teu jardim
Saberei
Num silêncio sem fim
Esconder o luar
Deste sonho em que eu vivo
Amigo que eu nunca vou ter
És no entanto apenas meu
Amado que o amor não me deu
Deixa-me sonhar contigo
Amigo que parte de mim
Já que meu não podes ser
Ah! deixa-me sonhar
Como a noturna flor
E em teu jardim
Ir-me morrendo de amor

A.444.Alguém que olhe pra mim - Zé Rodrix/Miguel Paiva


Cego é o amor, dizem por aí
Mas pior é a dor de não vê-la aqui
E eu vivo a buscar essa mulher
Que eu sempre quis
Onde quer que eu vá
Não consigo ver
Só imaginar pra não me esquecer
Desse amor que é razão do meu viver
Eu quero unir nossos nomes
Num só coração
Deixar a minha vida na sua mão
Sei que existe alguém que é feita pra mim
E sendo assim, que seja enfim
Alguém que olhe por mim
Não sou mais que um carneirinho perdido
Arrependido e oferecido
Pra alguém que olhe por mim
Pode não ser uma beleza
Mas tem, com certeza
A chave do meu coração
Diga a ela que é pra não se perder
Não sei viver sem depender
De alguém que olhe por mim
De alguém que olhe por mim.

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

A.443.A Bahia te espera - Herivelto Martins


Oh! bahia da magia dos feitiços e da fé
Bahia que tem tantas igrejas
E tem tanta candomblé para te buscar
Nossos saveiros já partiram para o mar iá iá

Eufrasia ladeira do sobradão
Está formando seu candomblé
Velha damasia da ladeira do mamão
Tá preparando o acarajé para te buscar
Nossos saveiros já partiram para o mar
Nossas morenas roupas novas
Vao botar se tu vieres então provar o meu vatapá
Se tu vieres viverás nos meus braços
A festa de iemanjá

Vem vem vem vem em busca da bahia
Cidade da tentação onde meu feitiço impera
Vem se me trazes o teu coração
Vem a bahia te espera
Bahia bahia.

A.442.A dama de vermelho - Pedro Caetano/Alcyr Pires Vermelho


Sob a mesma solidão
Que ontem, meu coração
Viveu, sofreu, quase morreu
No inferno da recordação
No inferno de uma saudade
Da noite da felicidade
Noite que o enganou
Depois, passou
Sinto-o hoje a perguntar
Porque insisto em procurar
A dama que me fez vibrar
Pelo salão
Esta dama que eu amei
Num vestido de tão viva cor
Que no fim vestiu
A minha vida de dor

(coro)

Dança no ar
A ilusão que eu sentia
No teu beijo, mulher fantasia
Vai, sai, some de mim,
Não me torture assim, ilusão
Faz a lua dormir
Manda o sol despertar
Deixa meu coração descansar !

A.441.A jardineira - Benedito Lacerda/Humberto Porto


Ou jardineira.. porque estás tão triste?
o que foi que lhe aconteceu?
Foi a carmélia que caiu do galho..
Deu dois suspiros e depois morreu..
Foi a carmélia que caiu do galho..
Deu dois suspiros e depois morreu..
Vem jardineira, vem meu amor..
Não fique triste que esse mundo é todo seu..
Voce é muito mais bonita
Que a carmélia que morreu!

A.440.A jangada voltou só - Dorival Caymmi


A jangada saiu
Com Chico Ferreira e Bento
A jangada voltou só
Com certeza foi lá fora, algum pé de vento
A jangada voltou só...
Chico era o boi do rancho
Nas festa de Natar
Chico era o boi do rancho
Nas festa de Natá
Não se ensaiava o rancho
Sem com Chico se contá
E agora que não tem Chico
Que graça é que pode ter
Se Chico foi na jangada...
E a jangada voltou só... a jangada saiu
Com Chico Ferreira e Bento
A jangada voltou só
Com certeza foi lá fora, algum pé de vento
A jangada voltou só...
Bento cantando modas
Muita figura fez
Bento tinha bom peito
E pra cantar não tinha vez

As moça de Jaguaripe
Choraram de fazê dó
Seu Bento foi na jangada

A.439.As cores do sol - Pedro Ayres Magalhães


Ao cair da tarde
Penso sempre mais
E a luz que me invade
São as cores naturais
Cada figura
que passa por mim
nem me perturba
e eu fico assim
Longe me leva este silêncio
e o sentir que se altera
são as cores do sol
E eu fico encantada
e eu sinto-me a arder
quando o dia se apaga
fica tanto por fazer

A.438.Autonomia - Cartola


É impossível nesta primavera, eu sei
Impossível, pois longe estarei
Mas pensando em nosso amor, amor sincero
Ai! se eu tivesse autonomia
Se eu pudesse gritaria
Não vou, não quero
Escravizaram assim um pobre coração
É necessário a nova abolição
Pra trazer de volta a minha liberdade
Se eu pudesse gritaria, amor
Se eu pudesse brigaria, amor
Não vou, não quero.


A.437.Assentamento - Chico Buarque


Quando eu morrer, que me enterrem na
beira do chapadão
-- contente com minha terra
cansado de tanta guerra
crescido de coração
Tôo
(apud Guimarães Rosa)

Zanza daqui
Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim
Vamos embora

Ver o capim
Ver o baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim
Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora

Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra:
Cana, caqui
Inhame, abóbora
Onde só vento se semeava outrora
Amplidão, nação, sertão sem fim
Ó Manuel, Miguilim
Vamos embora

A.436.As dres do mundo - Hyldon


O teu olhar, caiu no meu
A tua boca na minha se perdeu
Foi tão bonito, tão lindo foi
E eu nem me lembro o que veio depois

A tua voz dizendo amor
Foi tão bonito que o tempo até parou
De duas vidas u .. ma se fez
E eu me senti nascendo outra vez

E eu vou esquecer de tudo
Das dores do mundo
Não quero saber quem fui, mas sim o que sou

E vou esquecer de tudo
Das dores do mundo
Só quero saber do seu, do nosso amor






A.435.Arapuca - Solevante/Itamaraca


Armei uma arapuca na beira da estrada
Pra pegar moça bonita e também mulher casada
Armei uma arapuca na beira da estrada
Pra pegar moça bonita e também mulher casada
Quem é, quem é
Que vive neste mundo, sem dinheiro e sem mulher?

A primeira vez que a arapuca desarmou
Eu fui pra lá correndo pra ver o que ela pegou
A primeira vez que a arapuca desarmou
Eu fui pra lá correndo pra ver o que ela pegou
Pegou, pegou...
Uma mulher bonita que meu coração gamou

Armei uma arapuca na beira da estrada
Pra pegar moça bonita e também mulher casada
Armei uma arapuca na beira da estrada
Pra pegar moça bonita e também mulher casada
Quem é, quem é
Que vive neste mundo, sem dinheiro e sem mulher?

A segunda vez que a arapuca desarmou
Eu fui pra lá correndo pra ver o que ela pegou
A segunda vez que a arapuca desarmou
Eu fui pra lá correndo pra ver o que ela pegou
Pegou, pegou...
Um baita de um negrão que meu coração gelou

A.434.Ao longe o mar - Pedro Ayres Magalhães


Porto calmo de abrigo
De um futuro melhor(maior)
Porventura(Ainda não está) perdido
No presente temor
Não faz muito sentido
Não esperar (Já não espero) o melhor
Vem da nevoa saindo
A promessa anterior
Quando avistei ao longe o mar
Ali fiquei, Parada a olhar
Sim, eu canto a vontade
Canto o teu despertar
E abraçando a saudade
Canto o tempo a passar
Quando avistei ao longe o mar
Ali fiquei, Parada a olhar
Quando avistei ao longe o mar
Sem querer, deixei-me ali ficar

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A.433.A andorinha da primavera - Pedro Ayres Magalhães


Andorinha de asa negra aonde vais?
que andas a voar tão alta
Leva-me ao céu contigo, vá
Qu'eu lá de cima digo adeus ao meu amor

Ó andorinha
da Primavera
Ai quem me dera também voar
Que bom que era
Ó andorinha
na Primavera
também voar


A.432.Aos nossos filhos - Ivan Lins/Vitor Martins


Perdoem a cara amarrada
Perdoem a falta de abraço
Perdoem a falta de espaço
Os dias eram assim
Perdoem por tantos perigos
Perdoem a falta de abrigo
Perdoem a falta de amigos
Os dias eram assim
Perdoem a falta de folhas
Perdoem a falta de ar
Perdoem a falta de escolha
Os dias eram assim
E quando passarem a limpo
E quando cortarem os laços
E quando soltarem os cintos
Façam a festa por mim
Quando lavarem a mágoa
Quando lavarem a alma
Quando lavarem a água
Lavem os olhos por mim
Quando brotarem as flores
Quando crescerem as matas
Quando colherem os frutos

A,431.Amor Escondido - Fagner/Abel Silva


Quando se tem um amor escondido
Querendo aflorar
É se guardar um rio perdido
Que não encontra o mar
Mas brilha tanto cada sorriso
E brilha mais que o olhar
Quando o desejo é claro e preciso
Quem pode ocultar
Tento esquecer te digo baixinho
Não sei se vou voltar
Mas nada prende mais que um carinho
Já vou te procurar
Vai pensamento voa no vento
Vai bem depressa corre pra lá
Conta pra ela meu sofrimento
Diga pra me esperar
Se passo o dia sem seu carinho
Me sinto sufocar
Pássaro mudo longe do ninho
Sem força pra voar


A.430.Adeus - Emerson Maia


Chegou a hora, momento triste
Moça bonita, eu vou partir
Vou levar o meu boi pro São José
Vou cantando, vou seguindo a minha fé
Sou vermelho, sou porreta sou de cima
Parintinense adeus
Adeus, que festa bonita
De alma lavada, coração ligeiro
Segue esse guerreiro, querendo chorar
Vou na maciota, pra passar o tempo
No meu pensamento, só saudade e dor
Adeus companheiro, adeus minha amiga
São coisas da vida, a festa acabou
Adeus companheiro, adeus minha amiga
São coisas da vida, a festa acabou

A.429.Amar quem eu já amei - João do Vale/Libório


Seu moço eu venho de longe
Não sei onde vou chegar
Não tenho medo de seguir
Mas tenho medo de voltar

Plantar, plantar porque homem sou
Plantar, colher para quem não plantou
Amar, amar quem nunca me amou
Ser mais escravo do que hoje sou

Quando a ida não é boa
A volta não pode prestar
Não tenho medo de seguir
Mas tenho medo de voltar

Acreditar no que eu acreditei
E trabalhar para quem trabalhei
Amar, amar quem eu já amei
Passar caminho que eu já passei

Plantar, plantar porque homem sou
Plantar, colher para quem não plantou
Amar, amar quem nunca me amou
Ser mais escravo do que hoje sou

Quando a ida não é boa
A volta não pode prestar
Não tenho medo de seguir
Mas morro de medo de voltar

Acreditar no que eu acreditei
E trabalhar para quem trabalhei
Amar, amar quem eu já amei
Passar caminho que eu já passei
Acreditar no que eu acreditei
E trabalhar para quem trabalhei
Amar, amar quem eu já amei
Passar caminho que eu já passei

A.428.Ai Iôiô - Henrique Voleger/Luiz Peixoto


Ai, ioiô
Eu nasci pra sofrer
Foi olhar pra você
Meus zoinho fechou
E quando os óio eu abri
Quis gritar, quis fugir
Mas você
Eu não sei porque
Você me chamou

Ai, ioiô
Tenha pena de mim
Meu senhor do Bonfim
Pode inté se zangar
E se ele um dia souber
Que você é que é
O ioiô de iaiá

Chorei toda noite, pensei
Nos beijo de amor que te dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não
Chorei toda noite, pensei
Nos beijo de amor que te dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não

A.427.Amar - Milton Nascimento/Fernando Brant


Amar a fêmea, a paião
Amar o corpo nu
Amar o canto, a canção
Amar o velho blue
Amar no frio o cobertor
Amar os dias de calor
Amar a chuva de verão
Amar o sol toda manhã
Amar osonho,a ilusão
Amar a solidão
Amar o risco, dar a mão
Amar a multdão
Amar o que agente tem
Amar o que queremos ser
Amar o amor que ainda vem
Amar o fruto do prazer
Amar é a melhor maneira de viver
É o que a gente tem de bom
Amar o coração
Mulher, amigo, irmão
Amor é o que eu sei fazer melhor

A.426.Amélia na Praça Onze - Herivelto Martins


Eu encontrei Amélia, lá na Praça Onze,

Sentada, lamentando, lá no chafariz,

O carnaval findou-se, eu não fui pra casa,

Não vou porque não quero,

Não fui porque não quis.




Ele andou me procurando,

E conseguiu me encontrar,

E delicadamente, me pediu para voltar,

Eu gosto muito dele, mas existe outra Amélia,

Que mora em minha casa,

E passa fome em meu lugar.




Adeus, Praça Onze adeus,

Com os olhos rasos d'agua, ele cantava assim,

Já sabemos, que vais desaparecer,

Mas de ti, não havemos de esquecer,

Amélia tem um grande coração,

Canta samba, para não se aborrecer,

Acostumou-se aos reveses da vida,

Só não se acostumou,

Foi a passar sem comer !

A.425.A cigana lhe enganou - Ary Barroso/Gomes Filho


A cigana lhe enganou, meu bem,
O amor que você quer eu não dou
Você não é bonito, nem é rico
Nem tem boa conversa!...
A cigana lhe enganou!

Quanta gente que pensa que é, e não é!
Quanta gente banca importância, e não tem!
Quanta gente que faz trapalhada,
Pensando que a cigana
Lhe dá sorte também!

Quanta gente que julga que manda no amor!
Quanta gente que finge e não tem aflição!
Quanta gente que a vida enganou...
"A vida é uma cigana
Que não tem coração!"

A.424.Ajuda - Pedro Ayres Magalhães


A cantar
Lá vou nesta terra
Ao meio do mundo
E amanhece, O futuro
Sou assim
Sou este mistério
Maior que tudo
Que acontece
No meu mundo
Vontade, Mistério
Verdade, Ajuda