quarta-feira, 29 de maio de 2013

I.082.Infinito Particular - Marisa Monte



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Eis o melhor e o pior de mim
o meu termômetro, o meu quilate
Vem cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui e não sou de marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem cara, se declara
o mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

I.081.Infinitude - David Duarte/Ricardo Block

Sei lá meu amor Necessidade é dizer-te Que ainda o amor existe E que o tempo Poderá ter sua hora Necessidade é rever-mos os sonhos Que juntos sonhamos ter É que a vida por mais que sofrida Precisa de motivo pra ser

I.080.Incelência Pro Amor Retirante - Elomar Figueira Mello

Vem amiga visitar A terra, o lugar Que você abandonou Inda ouço murmurar Nunca vou te deixar Por Deus nosso Senhor Pena cumpanheira agora Que você foi embora A vida fulorô Ouço em toda noite escura Como eu a sua procura Um grilo a cantar Lá no fundo do terreiro Um grilo violeiro Inhambado a procurar Mas já pela madrugada Ouço o canto da amada Do grilo cantador Geme os rebanhos na aurora Mugindo cadê a senhora Que nunca mais voltou Ao senhô peço clemência Num canto de incelença Pro amor que retirou. Faz um ano in janeiro Que aqui pousou um tropeiro O cujo prometeu De na derradeira lua Trazer noticia sua Se vive ou se morreu Derna aquela madrugada Tenho os olhos na istrada E a tropa não voltou

I.079.Ilusão - Almir Rouche/Paulinho Pimpão

Você falou que nosso amor era ilusão, não é não... E que eu não tinha a mínima consideração, não é assim não! E que a minha vida agora é um trio que eu só penso nesse carnaval você olhou pra mim e não sorriu e diz que a vida vai de mal a mal! Você precisa acreditar em minha paixão no nosso amor... Sem teu abraço eu já não posso ser o que sou, prá onde eu vou? Vivo contando as horas pra te ver. Eu não consigo mesmo te esquecer Se a minha vida agora é um trio, só sei cantar olhando pra você! A, á, á, ô, ô, ô...Me dá um beijo e me chama de amor (Bis) A, á, á, ô, ô, ô...Me dá um beijo e me chama que eu vou Prá fazer amor sentir teu calor olhar o céu contando as estrelas Você me abraçou o tempo parou a vida inteira eu vou te amar!

I.078.Iracema dos Amores - Luciano Maia/J.Ernesto

Iracema, vem cá Sonhar comigo outra vez As horas não vão passar Ainda te amo, talvez A praia está nos teus olhos A luz ainda alumia O tempo corre por fora Mas esta cidade é minha Vamos cantar nesta hora Dançar no meio da rua O tempo corre por fora Mas esta cidade é tua Iracema, bem sei Que o tempo não volta, mas As coisas que eu vivi Não vai ficar para trás.

I.077.Inamoratta - Jack Brooks/Harry Warren – Vs: Alberto Ribeiro

Há nos olhos teus, Inamoratta, Um convite aos meus, Inamoratta, E na sua boca em flor, Há mil sugestões de amor, És o meu viver, lnamoratta, Eu sempre hei de ser lnamoratta, E não há ninguém Que tenha um olhar assim, A voz assim, A boca ardente assim... ... lnamoratta, ... lnamoratta...

I.076.Italiana - Paulo Barbosa/José Maria de Abreu

Eu em tua voz ouvi Gondo1eiros a cantar! E Veneza entrevi Flutuando ao luar A luz do teu olhar! Tu és, italiana, Uma canção de amor! Teu beijo é para mim Dos Alpes uma flor! Abriu-se em minh'alma um vulcão Vesúvio da minha paixão! Tu és, italiana, A tela de um pintor A musa de um poeta, A lira de um cantor Teu riso me traz Fragor de cristais, Enredos de romances Sensuais

I.075.Isto é lá com Santo Antônio - Lamartine Babo

Eu pedi numa oração Ao querido São João Que me desse um matrimônio... São João disse que não, São João disse que não, Isto é lá com Santo Antonio... Eu pedi numa, oração Ao querido São João Que me desse um matrimônio... Matrimônio, matrimônio, Isto é lá com Santo Santonio... Implorei a São João Desse ao menos um cartão, Que eu levava a Santo Antônio, São João ficou zangado, São João só dá cartão Com direito a batizado... Implorei a São João Desse ao menos um cartão, Que eu levava a Santo Antônio Matrimônio, matrimônio, Isto é lá com Santo Antônio... São João não me atendendo A São Pedro fui correndo Nos portões do paraíso... Disse o velho num sorriso, Minha gente eu sou chaveiro, Nunca fui casamenteiro... São João não me atendendo A São Pedro fui correndo Nos portões do paraíso... Matrimônio, matrimônio, Isto é lá com Santo Antônio...

I.074.Isa - Rafael Brito/Anderson Freire

Isa, para com isso, nosso namoro está correndo um grande risco Chega de tempestade num copo d'água, você faz um reboliço No meu trabalho você liga toda hora, vasculha o celular em busca de vestígios Repete a mesma pergunta o tempo todo Se eu te traía com sua melhor amiga Te dei a senha do meu msn e os meus contatos foram todos excluídos Sua coragem é maior que o seu medo Passou da hora de você parar com isso Isa, Isa , exagerada, desconfiada, essa pressão extrapolou o meu limite Exagerada, desconfiada, nosso namoro está correndo um grande risco

I.073.Íntima Lágrima - Cândido das Neves

Ah! a fonte dos meus olhos, entre mil escolhos desta dor, nem uma lágrima derrama ... Oh! como sofre quem ama Nem uma gota d'água Para exprimir minha mágoa ... Sofro, Sem prantear embora, Mas não é só quem chora Que padece os espinhos da paixão ... A lágrima é mais pungente chorada interiormente derramada pelo coração. Quando no cimo do Calvário, belo, extraordinário, ante os olhos dolorosos de Maria, o Nazareno sorria, curtindo a dor extrema numa glória suprema, seu martírio era tanto que jamais o pranto aos teus olhos podia aflorar... Chorava de modo mais conciso em forma de sorriso Para a humanidade perdoar... Não há lenitivo para as dores que sinto! Eu tenho um labirinto de tristezas dentro d'alma! E quando a dor se espalma e dentro de mim se debruça, meu coração soluça, quer saltar do peito e em prantos se desfaz. Ninguém entenderá meus ais! A causa por que não choro mais ... Vós que viveis vosso amor' a cantar ... Prantos em lágrimas dispersos eu transformei em versos porque só nas rimas é que eu sei chorar! ... Vai minh'alma adolescente nesta febre ardente, aspirando esse amor que é tão ingrato. Oh! coração insensato que sofre, que padece pela mulher que te esquece. Eu não quero ter na face a lágrima que nasce como lágrima sem razão A dor quando me rouba a calma, choro com os olhos d'alma, prantos de amor que nascem do coração. Quanta gente que vive a sofrer Cujo olhar, pobre olhar, Não revela, não diz ... Outro vive banhado em pranto E no entanto é feliz; bem feliz! ... Sendo a dor tão sublime. é um pecado, é um crime com o prazer uma lágrima confundir. Se é vertida em sinal de alegria Não pode nossas dores fielmente exprimir. Oh! suspiros lacinantes... Ais que vão errante germinados dessa dor que me atordôa! ... Oh! Madalena perdôa ... O pranto mais sagrado Eu tenho n'alma guardado. Sim, tenho n'alma escondido o pranto mais dolorido para após minha morte derramar. Que o poeta que morrer de amores tem transformado em flores o pranto que não pode aqui chorar ...

I.072.Incerteza - Mário Lago

Odiar-te não devo, Querer-te não quero, Porém não me atrevo A te esquecer. As vezes suponho Que já não te espero Mas, vendo-te em sonho, Te quero querer. Pensei desprezar-te Mas só posso amar-te Pois tu fazes parte Do meu triste viver!

I.071.Indulto - Adelino Moreira

Para quem vive amargurado E a solidão persiste em torturar Qualquer amigo é grande amigo Qualquer amigo é grande amigo Qualquer taberna, qualquer taberna é Um lar Qualquer bebida serve para esquecer Um infeliz amor que se foi, que se foi no alvorecer É náu sem rumo no mar da vida Num oceano de bebida. Assim sou eu na minha dor imensa Esperançoso na minha doida crença Que ela um dia vendo a minha dor Traga o indulto para o meu erro de amor.

terça-feira, 28 de maio de 2013

I.070.Indecisão - Aylce Chaves/Paulo Marques

Eu gosto tanto de você. meu bem. Mas não quero o seu amor, Sim. eu não quero porque não convém, Sei muito bem, Que você não pode amar a mais ninguém1 Quero lhe deixar, mas não posso porque Estou preso, estou louco por você! Não quero mais beber Do fel que o amor sempre traz, Não quero mais sofrer Porque eu já sofri demais Ajuda a levar O resto da vida levar, sempre sozinho. Eu quero e não quero Que você saia do meu caminho... E nesta indecisão Eu sofro bastante porque Estou preso, estou louco por você!

I.069.Implorar - Kid Perpe/J.da Silva/Germano Augusto

Implorar só a Deus Mesmo assim às vezes não sou atendido Eu amei e não venci Fui um louco Hoje estou arrependido. Foste meu sonho azulado Minha ilusão mais querida Perdi o meu bem amado Minha esperança na vida Passei a vida implorando aquela infeliz amizade Tudo na vida se passa Loucuras da mocidade (Implorar) Hoje no mundo sozinho relembrando o meu passado não tenho mais um carinho Na vida tudo acabado Fui um louco, eu bem sei Implorei tua beleza Pelo teu amor fiquei contemplando a natureza.

I.068.Implorando o meu Perdão - Alberto Ribeiro/Alcebiades Barcelos

Foste embora Me deixaste Eu fique na solidão Mas agora Tu voltaste Implorando o meu perdão Esqueci o que já passou E que tanto me amargurou Eu, perto de ti - tu, perto de mim Vai ser um destino sem fim Implorando o meu perdão Tu voltaste ao meu coração Quero ser feliz, nada se desfez Vamos começar outra vez Como o sol que traz o calor Tu vieste com o teu amor E eu que vivi na solidão Quero a luz do teu coração.

I.067.Imperatriz - Estanilau Silva/Jaime Florence

Serás a Imperatriz Do meu sonho feliz Junto ao meu coração Não receies de quem te adora Soluçando num samba-canção E ouvirás do cantor Um poema de amor Musicado a chorar Vem suavizar meu desejo No calor de um beijo Em noite de luar E tu verás então ó Imperatriz! Teu escravo de amor tão feliz Viveremos enfim num castelo De raro esplendor Eu serei afinal o teu Imperador!

I.066.Imbalança - Zé Dantas

Olha a páia do coqueiro quando o vento dá Olha o tombo da jangada nas ondas do mar Olha o tombo da jangada nas ondas do mar Olha a páia do coqueiro quando o vento dá Imbalança, imbalança, imbalança No balanço do balaio que balanço dá Imbalança, imbalança, imbalançar que balanço, que balanço o balaio dá Pra você aguentar meu rojão É preciso saber requebrar Ter molejo, nos pés e nas mãos Ter no corpo o balanço do mar Ser que nem carrapeta no chão E virar folha seca no ar para quando escutar meu baião Imbalança, imbalança, imbalaar Você tem que viver no senão Pra mor de aprender a imbalar aprender a bater no pilão na peneira aprender peneirar ver relâmpago no meio dos trovão fazer cobra de fogo no ar parar quando escutar meu baião Imbalança imbalança imbalançar!

I.065.Ilha dos Amores - Christovão de Alencar/Newton Teixeira

Eu nunca vi um luar assim Um outro céu tão azul, não há. . . Parece que as estrelas Querem confessar Que Deus só fez as noites De luar, Para se amar Em Paquetá!. . . Não há no mundo Um outro céu da mesma cor, Não há! O mar profundo É um convite para o amor... Se a lua brilha Ninguém jamais esquecerá, Como é sublime Amar na ilha - maravilha Paquetá!...

I.064.Idéias Erradas - Dolores Duran/José Ribamar

Não faça Idéias erradas de mim, Só porque Eu quero você tanto assim. Eu gosto de você Mas não me esqueço De tudo Quanto valho e mereço. Não pense Que se você me deixar A dor será capaz De me matar. De um verdadeiro amor Não se aproveita E não se faz Se não aquilo que enobreça. Depois, se ele se vai, A gente aceita; A gente bebe, A gente chora, mas esquece.

I.063.Iará Boneca - Ary Barroso

Depois da jardineira que chorando sumiu Nos dias do outro carnaval Depois da tirolesa que cantando fugiu Deixando todo mundo mal Chegou a vez de dominar De imperar Como rainha de encantos sem par Iaiá-boneca A brasileirinha emoção Dona do meu coração Ai, como é bonita Ai, como é formosa Ai, Iaiá-boneca É um botão de rosa Iaiá me dá uma esmolinha Dos beijos teus Pelo amor de Deus

I.062.Irara-ra-ra - Onildo Almeida

Cavalheiro tire dama e... Tara-ra-ra... Caia na roda a dançar e... Tara-ra-ra... Moça tire cavalheiro e... Tara-ra-ra... E caia na roda a dançar e... Tara-ra-ra... Toda moça quer namoro Toda moça quer amar, O seu sonho, o seu tesouro, É um dia se casar... Nesta roda tem rapaz e tem moça prá dançar, Se quiser vá se arrumando e... Tara-ra-ra... Cavalheiro tire dama e... etc. etc. Toda moça quer um beijo Quer um aperto de mão, Toda moça tem desejo de arranjar uma paixão... Nesta roda tem rapaz e tem moça prá dançar, Se quiser vá se arrumando e... Tara-ra-ra... Cavalheiro tire dama e... etc... etc... Toda moça quer um dia Ser pedida em casamento Mas tem delas que se avexa E não quer perder o tempo, Nesta roda tem rapaz e tem moça prá dançar Se quiser vá se arrumando e... Tara-ra-ra... Toda moça que é solta e metida a inocente, É bicho que dá o bote Esconde a unha, arranha a gente, Nesta roda tem rapaz e tem moça prá dançar, Cuidado, rapaziada e... Tara-ra-ra... Cavalheiro tire dama e etc. etc... Toda moça quer folguedo Toda moça quer brincar, No São João e no São Pedro. Na fogueira quer pular... Nesta roda tem rapaz e tem moça prá dançar... Aproveita minha, gente, Que a festa vai terminar...

I.061.Intróito a Nação - Zé Ramalho

É UMA NAÇÃO DENTRO DE UM GRANDE PAÍS UM GRANDE POVO DENTRO DE OUTRO MAIOR E ESSE NÓ NÃO DESATA NEM DESTINA QUE ESSA NAÇÃO NORDESTINA O BRASIL É O MELHOR

I.060.Incelença (Pro Amor Retirante) - Elomar Figueira Melo

Vem amiga visitar A terra, o lugar Que você abandonou Inda ouço murmurar Nunca vou te deixar Por Deus nosso Senhor Pena cumpanheira agora Que você foi embora A vida fulorõ Ouço em toda noite escura Como eu a sua procura Um grilo a cantar Lá no fundo do terreiro Um grilo violeiro Inhambado a procurar Mas já pela madrugada Ouço o canto da amada Do grilo cantador Geme os rebanhos na aurora Mugindo cadê a senhora Que nunca mais voltou Ao senhô peço clemência Num canto de incelença Pro amor que retirou. Faz um ano in janeiro Que aqui pousou um tropeiro O cujo prometeu De na derradeira lua Trazer notícia sua Se vive ou se morreu Derna aquela madrugada Tenho os olhos na istrada E a tropa não voltou

I.059.Iracema Voou - Chico Buarque

Iracema voou Para a América Leva roupa de lã E anda lépida Vê um filme de quando em vez Não domina o idioma inglês Lava chão numa casa de chá Tem saído ao luar Com um mímico Ambiciona estudar Canto lírico Não dá mole pra polícia Se puder, vai ficando por lá Tem saudade do Ceará Mas não muita Uns dias, afoita Me liga a cobrar É Iracema da América

I.058.Identidade - Beto Nascimento

Quantas vezes fiquei sem você Procurando um dia te esquecer Pensei que um outro amor Fosse encontrar Me afoguei num mar de ilusões E até brinquei com alguns corações Mas nada foi mais forte que você Sei que para eu amar de novo É preciso eu me encontrar Pois a minha identidade Se perdeu quando eu te amei Não vou me humilhar de novo Te pedindo pra voltar Não fique me culpando Eu admito que errei Quero esquecer que te amar foi bom demais Foi culpa do ciúme, eu mereço o teu perdão Quem sabe no futuro a gente pode se encontrar E reparar os erros dessa relação

I.057.Identidade - Jorge Aragão

Elevador é quase um templo Exemplo pra minar teu sono Sai desse compromisso Não vai no de serviço Se o social tem dono, não vai... Quem cede a vez não quer vitória Somos herança da memória Temos a cor da noite Filhos de todo açoite Fato real de nossa história (2x) Se o preto de alma branca pra você É o exemplo da dignidade Não nos ajuda, só nos faz sofrer Nem resgata nossa identidade Elevador é quase um templo Exemplo pra minar teu sono Sai desse compromisso Não vai no de serviço Se o social tem dono, não vai... Quem cede a vez não quer vitória Somos herança da memória Temos a cor da noite Filhos de todo açoite Fato real de nossa história (2x) Se o preto de alma branca pra você É o exemplo da dignidade Não nos ajuda, só nos faz sofrer Nem resgata nossa identidade Elevador é quase um templo Exemplo pra minar teu sono Sai desse compromisso Não vai no de serviço Se o social tem dono, não vai... Quem cede a vez não quer vitória Somos herança da memória Temos a cor da noite Filhos de todo açoite Fato real de nossa história

I.056.Inútil Paissagem - Tom Jobim


Cmaj7 B6 Bbmaj7/-5 A7/-9 Dm11 Fm7 Fm6
Mas pra que, pra que tanto céu, pra que tanto mar,pra que
E6 E+5 A7/9 A7/-9 Dm7 G7/6
De que serve esta onda que quebra e o vento da tarde
Cm9 F#dim Cmaj7 Adim
De que serve a tarde, inútil paisagem
Cmaj7 B6 Bbmaj7/-5 A7/-9 Dm11 Fm7 Fm6
Po- de ser, que nao venhas mais, que nao venhas nuncamais
E6 E+5 A7/9 A7/-9 Dm7 G7/6
De que servem as flôres que nascem pelos caminhos
Cm9 F#dim Cmaj7 Adim Cmaj7 Adim Cmaj7

I.055.Ilusão à Toa - Johnny Alf

Eu acho engraçado quando um certo alguém Se aproxima de mim Trazendo exuberância que me extasia Meus olhos sentem, minhas mãos transpiram É um amor que guardo há muito dentro em mim, dentro em mim E é a voz do coração que canta assim, assim Olha, somente um dia longe dos teus olhos Trouxe a saudade de um amor tão perto E o mundo inteiro fez-se tão tristonho Mas embora agora eu te tenha perto Eu acho graça do meu pensamento A conduzir o nosso amor discreto Sim, amor discreto pra uma só pessoa Pois nem de leve sabes que eu te quero E me apraz essa ilusão à toa

I.054.Israfel - Zuarte/Edgar Alan

Há no céu um espírito Em que as fibras do coração Formam um alaúde Canção nenhuma Tem a mágica virtude do teu canto Oh, Israfel Israfel quando é voz fibra Os astros que estão no firmamento Cantam as lendas em desatino Cessam seus hinos Emudecidos de Encantamento Israfel, israfel, esrafel

I.053.Iguais nunca mais - Jorge Aragão

Olhar de dois samurais Fiéis pagando pra ver Manchete em todos jornais É o fim do amor pode crer São temporais vendavais Que a gente tem que esquecer Que é pra escrever nos murais Iguais a nós nunca mais Duvido até de onde vim Quando me lembro de nós Tão longe perto de mim Assim, assim meio a sós Continuamos a fim Trocentos anos após Gritando pra quem for Até perder a voz O nosso amor é assim Leal a todas as crenças Se bem que a gente Anda meio abusando das ofensas (Anda meio abusando das ofensas)

I.052.Insensatez - Vinicíus de Moraes/Tom Jobim

Ah, insensatez que você fez Coração mais sem cuidado Fez chorar de dor o seu amor Um amor tão delicado Ah, porque você foi fraco assim Assim tão desalmado Ah, meu coração quem nunca amou Não merece ser amado Vai meu coração ouve a razão Usa só sinceridade Quem semeia vento diz a razão Colhe sempre tempestade Vai meu coração pede perdão Perdão apaixonado Vai porque quem não pede perdão Não é nunca perdoado

I.051.Insensatez - Tom Jobim/Vinicius de Moraes/Roberto Carlos

Ah que insensatez Me hiciste tú Corazón más sin cuidado Por un gran dolor Lloro tu amor Un amor tan delicado. Ah! Porqué razón Hacer sufrir Quin sólo amor te ha dado Ah mi corazón Sólo hace así Quien no sabe ser amado. Va mi corazón Dile a tu amor Que tú estás arrenpentido Y lo que pasó Fue insensatez Y que ahora has comprendido. Va mi corazón Y von amor Sincero apasionado Va pide perdón Pues por amor Uno siempre es perdonado.

I.050.Inolvidable Júlio Gutierrez

En la vida hay amores Que nunca pueden olvidarse Imborrables momentos Que siempre Guarda el corazón Porque aquello Que un dia nos hizo Llorar de alegria No es possible Que hoy pueda olvidarse Por un nuevo amor He besado otras bocas Buscando nuevas ansiedades Y otros brazos extraños Me estrechan Llenos de emocion Pero solo consiguen hacerme Recordar los tuyos Que inolvidablemente Viverán en mi !...

I.049.Imagine - John Lennon

Imagine there's no heaven It's easy if you try No hell below us Above us only sky Imagine all the people Living for today Imagine there's no countries It isn't hard to do No greed or hunger And no religion too Imagine all the people Living life in peace You may say I'm a dreamer But I'm not the only one I hope someday you'll join us And the world will live as one Imagine no possessions I wonder if you can Nothing to kill or die for A brotherhood of man Imagine all the people Sharing all the world You may say I'm a dreamer But I'm not the only one I hope someday you'll join us And the world will live as one

I.048.Ilegal, imoral ou Engorda - Roberto Carlos/Erasmo Carlos

Vivo condenado a fazer o que não quero Então bem comportado às vezes eu me desespero Se faço alguma coisa sempre alguém vem me dizer Que isso ou aquilo não se deve fazer Restam meus botões, já não sei mais o que é certo. E como vou saber o que devo fazer Que culpa tenho eu me diga amigo meu Será que tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda. Há muito me perdi entre mil filosofias Virei homem calado e até desconfiado Procuro andar direito e ter os pés no chão Mas certas coisas sempre me chamam a atenção Cá com meus botões bolas, eu não sou de ferro. Paro pra pensar mas não posso mudar Que culpa tenho eu me diga amigo meu Será que tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda. Se eu conheço alguém num encontro casual E tudo anda bem num bate-papo informal Uma noite quente sugere desfrutar Do meu terraço e a vista de frente pro mar Mas a noite é uma criança, delícias no café da manhã Então o que fazer já não quero mais saber Se como alguma coisa que não devo comer Se tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda.

I.047.I Love You - Roberto Carlos/Erasmo Carlos

Eu queria um passarinho ser Pra levar um bilhetinho pra você E nas mal-traçadas linhas revelar Minha paixão e o meu amor Meu grande amor. No meu radinho de pilha sempre escuto Melodias que me lembram de você Cafonice talvez possa parecer Vou me modernizar você vai ver. Uma calça Lee agora vou comprar Vou ficar moderninho pra xuxú Vou até parender a falar ingles Pra lhe dizer I love you, I love you. Vou falar gíria e dançar o rock and roll E do Castelinho vou ficar freguês E se tudo isso não adiantar Eu vou vestir meu terno branco outra vez.

I.046.Irresistível - Cecílio Nena/Antonio Luiz

Foi só uma noite com você E eu não consigo te esquecer Uma aventura que virou paixão Enlouqueceu o meu coração E agora toda noite quero você Será que ainda vai voltar? Será que vem me procurar? Eu me queimei no fogo do amor E o desejo não apagou E agora toda noite quero você Impossível esquecer o seu olhar Irresistível o seu jeito de amar Im...pos...sível de perder você assim Irresistível, quero ter você pra mim...

I.045.Inigualável Paixão - Adilson Bispo/Zé Roberto

És inigualável na arte de amar Sou tão feliz que até posso afirmar Jamais vivi um amor assim Fez renascer de dentro de mi Um sentimento que eu sepultei Por desamor sofri, confesso que chorei Foi bom surgir você Pra reabrir meu coração E me induzir de novo a paixão E outra vez me fazer sorrir A solidão se afastou enfim Tudo que eu quero é ir mais além Pois encontrei o amor Com a vida estou de bem Que a lua venha nos iluminar E o sol para nos aquecer Pois quando a brisa da manhã chegar Irá fortalecer ainda mais a união Vou sonhar então

I.044.Infernal - Nando Reis

Eu juro, eu te amo desde que eu nasci Procuro e não encontro nada igual Sou surdo e após sua voz ouvir O mundo que era meu criado-mudo Que era onde cabe tudo Que era certo em ferro e chumbo Que era reto, enxergo curvo Porque a era do futuro Você trouxe para mim infernal... Um sorriso você foi desenhar na palma da mão E o drops Dulcora dissolve e descobre que o paraíso Estava onde eu achava que não No céu achava que não e que não O céu não acaba, achava que era o chão...

I.043.Índios - Renato Russo


Um pouco sobre Renato Russo:
Renato Manfredini Júnior, mais conhecido pelo nome artístico Renato Russo, (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960 – Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996), foi um cantor e compositor brasileiro, famoso por ter sido o vocalista e fundador da banda de rock Legião Urbana. Antes da fundação do grupo que o tornou conhecido mundialmente, Renato integrou o grupo musical Aborto Elétrico, do qual saiu devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos. Homossexual assumido, Renato morreu devido as complicações causadas pela AIDS em 11 de outubro de 1996, à época com 36 anos. Amigos do cantor afirmam que o mesmo contraiu a doença após se envolver com um rapaz que conhecera em Nova Iorque, portador da doença, em 1989. Como integrante da Legião Urbana, Russo lançou oito álbuns de estúdio, cinco álbuns ao vivo, alguns lançados postumamente, e diversos singles, escritos em sua maioria pelo próprio. Gravou ainda três discos solo e cantou ao lado de Robert Evangelista, Herbert Vianna, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Paulo Ricardo, Erasmo Carlos, Leila Pinheiro, Laura Pausini, Biquini Cavadão, 14 Bis e Plebe Rude. E em 2010 foi lançado o disco Duetos.
Texto e foto: brunocomotti.blogspot.com

Índios


Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha

Quem me dera, ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera, ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante,
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi

Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes

Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
Escute a música

I.042.Indiferença em seu Olhar - Carlos Randall/Danimar

A indiferença é uma arma\ que mata a\ gente afasta os olhos esfria o beijo de dois amantes a indiferença divide a cama e o coração separa a alma e põe quem ama na solidão mas se ainda existe a possibilidade de você me amar de misturar nossos cabelos num abraço e recomeçar eu quero ter aquele amor dos velhos tempos a qualquer hora se não, eu digo adeus neste instante e vou embora a indiferença está separando a gente matando aos poucos quem se ama loucamente mas nosso amor ainda tem forças prá lutar contra essas coisas que só vêm pra machucar a indiferenca no olhar de uma pessoa faz tanto estrago, mas o coração perdoa estou pedindo pra você me perdoar também perdôo a indiferença em seu olhar

I.041.Indiferença - Zezé di Camargo

Fala pra mim, diz a verdade o que mudou assim tão de repente Quero saber de onde vem Esse medo que machuca a gente Tá tudo errado, fogo cruzado E a gente não consegue se entender Porque não me telefona De notícias de você Ligue ao menos pra dizer Que o melhor é te esquecer É a sua indiferença é que me mata É uma invasão, um nó dentro de mim Coração divide em dois na sua falta Uma parte é o começo a outra o fim É a sua indiferença é que me mata Que me mata, que me mata Coração divide em dois na sua falta Na sua falta, na sua falta

I.040.Impossível Acreditar que Perdi Voce - Márcio Greik/Cobel

Não, eu não consigo acreditar no que aconteceu É um sonho meu, nada se acabou Não, é impossível eu não consigo viver sem você Volte e venha ver, tudo em mim mudou Eu já não consigo mais viver dentro de mim E viver assim é quase morrer Venha me dizer sorrindo que você brincou E que ainda é meu, só meu o seu amor Hoje mais um dia de tristeza para mim passou Bem no meu olhar nada se alegrou Sinto-me perdido no vazio que você deixou Nada quero ser, já nem sei quem sou Eu já não consigo Eu já não consigo mais viver dentro de mim E viver assim é quase morrer Venha me dizer sorrindo que você brincou E que ainda é meu, só meu o seu amor

I.039.Ingênuo e Sonhador - Maurício Duboc/Carlos Colla

Mais que coisa mais bonita A gente sente Quando alguém diz Eu te amo Frase antiga, repetida Tantas vezes sempre mexe em nossa vida. Mas você falou p'ra mim  e eu senti Que você fala de verdade. E fiquei de novo iIngênuo e sonhador Cheio de felicidade. Lá vou eu mais uma vez Nesse caminho Não tem jeito Que loucura. Mas seu beijo é como mel E foi difícil resistir Tanta doçura. quero sim Repete que me ama Chega mais p'ra mim. Melhor deixar o amor Acontecer assim Eu quero ter você na minha vida. Quero sim Não tem porque Deixar o sonho p'ra depois. O amor não é loucura É lindo p'ra nós dois Estou apaixonado por você.

I.038.Isto é meu Brasil - Ary Barroso

Ô, nossa praias são tão claras Nossas flores são tão raras Isto é o meu Brasil Ô, nossas fontes, nossas ilhas e matas Nossos montes, nossas lindas cascatas Deus foi quem criou Ô, ô Ô, minha terra brasileira Ouve esta canção ligeira Que eu fiz quase louco de saudade Brasil Tange as cordas dos seus violões E canta o teu canto de amor Que vai fundo nos corações

I.037.Injuriado - Chico Buarque

Se eu só lhe fizesse o bem Talvez fosse um vício a mais Você me teria desprezo por fim Porém não fui tão imprudente E agora não há francamente Motivo pra você me injuriar assim Dinheiro não lhe emprestei Favores nunca lhe fiz Não alimentei o seu gênio ruim Você nada está me devendo Por isso, meu bem, não entendo Porque anda agora falando de mim

I.036.Isto aqui o que é - Ary Barroso

Isso aqui ô ô é um pouquinho de Brasil Yá Yá Desse Brasil que canta e é feliz Feliz, Feliz É também um pouco de uma raça Que não tem medo de fumaça ai, ai, E não se entrega não Olha o jeito nas cadeiras que ela sabe dar Olha só o remelexo que ela sabe dar Morena boa que me faz penar Bota a sandália de prata E vem pro samba sambar E vem pro samba sambar

I.035.Iracema - Adoniram Barbosa

Iracema eu nunca mais eu te vi Iracema meu grande amor foi embora Chorei, eu chorei de dor porque Iracema meu grande amor foi você Iracema, eu sempre dizia Cuidado ao atravessar essas ruas Eu falava Mas você não me escutava não Iracema você atravessou na contra mão E hoje ela vive lá no céu E ela vive juntinho de Nosso Senhor De lembrança guardo somente Suas meias e seu sapato Iracema eu perdi o seu retrato FALADO: Iracema, faltava vinte dias para o nosso casamento Que nós ia se casá Você atravessou a São João Veio um carro, te pega e te pincha no chão Você foi para assistência Iracema O chofer não teve culpa Iracema Paciência, Iracema, paciência... CANTADO: E hoje ela vive lá no céu E ela vive juntinho de Nosso Senhor De lembrança guardo somente Suas meias e seu sapato Iracema eu perdi o seu retrato.

I.034.Ipanema - Walter Pimenta

Ipanema eras botão Quando a prima vez te vi O mimo e o jardim igual na terra não havia O gigante mar de anil Beijando a flor beijando a ti Afagava a maravilha E doce encanto me envolvia Mas meu Ipanema Algum dia eu vou partir Vou dizer-te adeus Por não poder aqui ficar Se a vida é quase nada Não me podes seguir Oh quanta saudade Vou sentir e vou chorar Mas meu Ipanema Algum dia eu vou partir Vou dizer-te adeus Por não poder aqui ficar Se a vida é quase nada Não me podes seguir oh quanta saudade E vou sentir e vou chorar Oh que lembrança Vem me consolar Meu Ipanema Vais ficar Ficar

I.033.Ingênuo - Pixinguinha/Benedito Lacerda

Eu fui ingênuo quando acreditei no amor Mas, pelo menos, jamais me entreguei à dor... Chorei o meu choro primeiro Eu chorei por inteiro pra não mais chorar O meu coração permaneceu sereno Expulsando o veneno pelo meu olhar... ...Eu procurei me manter como Deus mandou Sem me vingar que a vingança não tem valor E depois também perdoar a quem erra E ser perdoado na terra, sem ter que pedir Perdão no céu Eu não quis resolver Eu não quis recusar Mas do amor em ruína, uma força termina Por nos dominar e depois proteger Dos abismos que a vida traçar Quando o tempo virar o único mal E a solidão começa a ser fatal... Eu não quis refletir, não Eu não quis recusar, não Eu não quis reprimir, não Eu não quis recear... Porque contra o bem nada fiz E eu só quero algum dia Ser feliz como eu sou infeliz...

I.032.Intuição - Oswaldo Montenegro

Canta uma canção bonita falando da vida em ré maior Canta uma canção daquela de filosofia e mundo bem melhor Canta uma canção que agüente essa paulada e a gente bate o pé no chão Canta uma canção daquela, pula da janela, bate o pé no chão Sem o compromisso estreito de falar perfeito, coerente ou não Sem o verso estilizado, o verso emocionado, bate o pé no chão Canta o que não silencia, é onde principia a intuição E nasce uma canção rimada da voz arrancada o nosso coração Como sem licença, o sol rompe a barra da noite sem pedir perdão Hoje quem não cantaria, grita a poesia e bate o pé no chão Sem o compromisso estreito de falar perfeito, bate o pé no chão Sem o verso estilizado, o verso emocionado, bate o pé no chão Canta uma canção bonita falando da vida em ré maior Canta uma canção daquela de filosofia, é mundo bem melhor Canta uma canção que agüente essa paulada e a gente bate o pé no chão

I.031.Infinito - Djavan

Tô perdido por alguém Não consigo ver nada além Do que eu digo nada sei Compreender o amor Não é de hoje Já vai longe E nem sinal Hoje Estou longe Preso a você Livre na prisão Sem castigo Faz chorar Distraído rói devagar É pedindo que Deus dá Por falar no amor Acho que vou buscar Viver por você Ou me acabar Quem mandou me acorrentar Fazer-me refém Nas grades do amor Te vejo lá no luar Te espero lá no sol.

I.030.Íntimo - Sueli Costa/Abel Silva

Antes de saber bem onde estou Já me apaixonei Só depois vejo As paredes e os lençóis E a vida não lá fora mas em nós Acordam os pensamentos e os casais A minha sede busca loucamente Os mais ricos e eternos mananciais Rios e cascatas e abismos E estórias e perfis Que eu reconheço Passam por mim Eu me abandono feliz E logo nos teus braços eu esqueço De mim, de ti e de nós E saciado de amor adormeço

I.029.Isso - Chico César

Isso que não ouso dizer o nome isso que dói quando você some isso que brilha quando você chega isso que não sossega que me desprega de mim isso tem de ser assim isso que carrego pelas ruas isso que me faz contar as luas isso que ofusco o sol isso que é você e sou sem fim. isso tem de ser assim

I.028.Ijaxá (Filhos de Gandhi) - Edil Pacheco

Filhos de Gandhi,badauê Ylê ayiê,malê debalê,otum obá Tem um mistério Que bate no coração Força de uma canção Que tem o dom de encantar Seu brilho parece Um sol derramado Um céu prateado Um mar de estrelas Revela a leveza De um povo sofrido De rara beleza Que vive cantando Profunda grandeza A sua riqueza Vem lá do passado De lá do congado Eu tenho certeza Filhas de Gandhi Ê povo grande Ojuladê,katendê,babá obá Netos de Gandhi Povo de Zambi Traz pra você Um novo som: Ijexá

I.027.Irmão Sol, Irmão Lua - Padre Zezinho

Irmão sol com irmã luz Trazendo o dia pela mão Irmão céu de intenso azul A invadir o coração Aleluia Refrão: Irmãos, minhas irmãs Vamos cantar nesta manhã Pois renasceu mais uma vez A criação nas mãos de Deus. Irmãos, minhas irmãs Vamos cantar aleluia Aleluia, aleluia Irmã flor que mal se abriu Fala do amor que não tem fim Água irmã que nos refaz E sai do chão cantando assim Aleluia.... Refrão; Passarinhos meus irmãos Com mil canções a ir e vir Homens todos meus irmãos Que vossa voz se faça ouvir Aleluia

I.026.Isso e Aquilo - Guilherme Rondon/Iso Fischer

Tenho um sono mais tranqüilo Do que isso e aquilo Que você me prometeu E a verdade mais doída É que o rasgo da ferida Nunca mais doeu Por tudo que se passou Por tanto que me rendi De repente entendi Que você nem notou O vento que vem do mar A estrela que despontou Nas águas do meu olhar A luz que te descansou E a lua na minha janela Não é mais aquela Que te recebeu...

I.025.Invocação - Chico César

Deus dos sem deuses deus do céu sem Deus Deus dos ateus Rogo a ti cem vezes Responde quem és? Serás Deus ou Deusa? Que sexo terás? Mostra teu dedo, tua língua, tua face Deus dos sem deuses

I.024.Iluminada - Roberto Mendes/Jorge Pontual

Quando você me acendeu Fiquei toda arrepiada Vi claridade no breu Minha alma iluminada Senti uma febre danada Perdi minha hora marcada Abri minha porta fechada E o meu corpo tremeu Eu estava apaixonada, meu Deus Quando você me entendeu Eu não entendia nada Minha vida renasceu E amei estar sendo amada Senti uma febre danada Perdi minha hora marcada Abri minha porta fechada E o amor se rendeu Quero ser sua namorada, meu Deus Seja lá quem te mandou Meu amor te recebeu E hoje o céu de sua estrela Menino, sou eu Menino, sou eu Seja lá quem te mandou Meu amor te recebeu E hoje o céu de sua estrela menino, sou eu Menino, sou eu

I.023.Ídolo de Pano - Roberta Miranda

Você, um rosto que sorri Quem e que se esconde ai? Atrás da porta tem segredos Mas não quero abrir Você, metade gente, máscara Alguém que projetei pra mim Meu sonho não tem importância Se desfaz com o tempo Será que você é humano Será que você é de pano Será que é uma cópia em gesso Será que é imaginação Será que tudo foi carência A minha projeção Será que foi fruto do ódio Será que tudo foi mentira A febre que nos atôrdoa Foi tudo aluclnação Por que é que a gente ama a toa? Fala coração

sexta-feira, 17 de maio de 2013

V.015.Valsinha - Chico Buarque/Vinicius

Um dia ele chegou tão diferente Do seu jeito de sempre chegar Olhou-a de um jeito muito mais quente Do que sempre costumava olhar E não maldisse a vida Tanto quanto era seu jeito de sempre falar E nem deixou-a só num canto Prá seu grande espanto convidou-a para rodar... Então ela se fez bonita Como Há muito tempo não queria ousar Com seu vestido decotado Cheirando a guardado de tanto esperar Depois os dois deram-se os braços Como há muito tempo não queria ousar E cheios de ternura e graça foram para a praça E começaram a se abraçar... E ali dançaram tanta dança Que a vizinhança toda despertou E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou E foram tantos beijos loucos Tantos gritos roucos como não se ouviam mais Que o mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz.

U.035.Usina - Chico Antônio/Paulirio

Ajustei um casamento Com uma nega dum bordê Pensando que era uma moça E era o diabo duma veia Tombo do martelo tombado Tombo do martelo militar Me caso contigo veia É de ser em condição D´eu dormir na minha rede E tú, veia, no fogão Me casei com esta veia Pra livrar da filharada A danada dessa veia Teve dez numa ninhada Desses dez que nasceram Um deu pra ladrao de bode Deu no tango e deu no mango Dos dez só ficaram nove Dos nove que ficaram Um deu pra ladão de poico Deu no tango e deu no mango Dos nove ficaram oito Dos oito que ficaram Um deu pra ladrão de jegue Deu no tango e deu no mango Dos oito ficaram sete Dos sete que ficaram Um deu pra ladrão de rez Deu no tango e deu no mango Dos sete ficaram seis Desses seis que ficaram Um deu pra ladrão de pinto Deu no tango e deu no mango Dos seis só ficaram cinco Dos cinco que ficaram Um deu pra ladrão de pato Deu no tango e deu no mango Dos cinco ficaram quatro Dos quatro que ficaram Um deu pra roubar outra vez Deu no tango e deu no mango Dos quatro ficaram tres Desses três que ficaram Um deu pra ladrão de boi Deu no tango e deu no mango Dos três só ficaram dois Desses dois que ficaram Um deu pra roubar jerimum Deu no tango e deu no mango Dos dois só ficaram um Desse um que ficaram Um deu pra roubar ladrão Deu no tango e deu no mango Acabou-se a geração

T.018.Totalmente Demais - Arnaldo Brandão/Robério Rafael

Linda como um neném "...que sexo tem , Que sexo tem ? Namora sempre gay " Que nexo faz tão sexy Gay Rock´n´roll ? Para ela é jazz Já transou Hi - life , society Bancando o jogo alto... Totalmente demais Esperta como ninguém "Só vai na boa Só se dá bem ! Na lua cheia tá doida Apaixonada , não sei por quem... Agitou um broto a mais Nem pensou , curtiu" ... já foi! Foi só pra relaxar Totalmente demais Sabe sempre quem tem Faz avião , só se dá bem ! Se pensa que tem problema Não tem problema Faz sexo bem ! Totalmente demais

T.017.Toque de Amor - José Rocha/João Lyra

O amor é a luz guardiã da cidade Que ilumina o cortejo De poucas nações Colorindo a tristeza de felicidade Com tambores Alegria dos negros lampiões Tem caixas-de-guerra Tarol e agogô Cantar resplandô Pra depois debandar O amor flor da pele A luz o açoite Que caminha lenta noite Dos maracatus Batucando dentro do coração da cidade O delírio A magia dos baques virados Tem reis e rainha Do Sol e do Mar O toque de amor Pra gente se encantar

T.016.Tristeza do Jeca - Angelino de Oliveira

Nestes versos tão singelos Minha bela, meu amor Prá você quero contar O meu sofrer e a minha dor Sou igual o sabiá Quando canta é só tristeza Desde o galho onde está Nesta viola canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Eu nasci naquela serra Num ranchinho beira chão Todo cheio de buraco Onde a lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada Principia o barulhão Nesta viola, canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Lá no mato tudo é triste Veja o geito de falar Pois o Jeca quando canta Dá vontade de chorar O choro que vai caindo Devagar vai se sumindo Como as àguas vão pro mar

T.015.Todos os Instrumentos - Joyce

Todos os instrumentos são perfeitos Pois o perfeito existe em todo o som Quando somos tocados pelo estranho maravilhoso dom Todas as formas sempre serão belas Há que compreendê-las como são Buscar a harmonia que se esconde em cada obscuro vão Com olhos de compaixão Está no sujo e no cristalino Está na voz do cantor Na loucura e no desatino Movimento luz e cor Está no corpo do bailarino Está na cara do ator Instrumentos do Dom Divino Instrumentos do Criador Todos os instrumentos têm sentido Pois a razão existe em cada um Inútil procurar na humanidade Uma vontade comum Se cada um de nós é absoluto No instante mais total da criação Se deus é uma centelha no horizonte A ponte entre o sim e o não Onipotente solidão Está no sujo e no cristalino Está na voz do cantor Na loucura e no desatino Movimento luz e cor Está no corpo do bailarino Está na cara do ator Instrumentos do Dom Divino Instrumentos do Criador

T.014.Torturante Ironia - Sílvio Caldas

Que mágoa neste abandono Que ânsia perdi o sono Vivo em tristonho cantar Porque a canção mais aflita É a forma que há mais bonita Da gente poder chorar Sobes este barranco Sujando o vestido branco Pisando as pedras do chão Mas sem saber na verdade Que desde lá da cidade Tu pisas meu coração Por ser do morro e moreno É que eu soluço, é que eu peno Bebendo meu amargor Por que me negam querida Esta alegria da vida De possuir teu amor Que torturante ironia O amor com categoria Eu amo e não posso amar Porque a mulher que eu adoro Não mora aqui onde eu moro Deixa então soluçar

S.025.Sorte - Celso Fonseca/Ronaldo Bastos

Tudo de bom que você me fizer Faz minha rima ficar mais rara O que você faz, me ajuda a cantar Põe um sorriso na minha cara Meu amor voce me dá sorte Meu amor voce me dá sorte Meu amor voce me dá sorte na vida Quando te vejo não saio do tom Mas meu corpo já se separa Me dá um beijo com tudo de bom E acende a noite na Guanabara Meu amor voce me dá sorte Meu amor voce me dá sorte Meu amor voce me dá sorte de cara

S.024.Seu Corpo - Roberto Carlos/Erasmo Carlos

No seu corpo é que eu encontro Depois do amor o descanso E essa paz infinita No seu corpo minhas mãos Se deslizam e se firmam Numa curva mais bonita No seu corpo meu Momento é mais perfeito E eu sinto no seu peito o Meu coração bater E é no meio desse abraço Que eu me amasso E me entrego p'ra você. E continua a viagem no Meio dessa paisagem Onde tudo me fascina E me deixo ser levado Por um caminho encantado Que a natureza me ensina E embora eu já conheça Bem os seus caminhos Me envolvo e sou tragado Pelos seus carinhos E só me encontro se me Perco no seu corpo.

S.023.Simples Carinho - João Donato/Abel Silva

Amar é sofrer Eu ouço dizer mas vou duvidar Querendo ou não o meu coração Já quer se entregar Não falta lembrança aviso cobrança Você vai por mim Mas feito criança Lá vou na esperança Eu sou mesmo assim Quem sabe até Não é o meu destino Um amor sem espinhos Só o mês de sua boca Calor dos abraços E tantos beijinhos Se o sonho acabou Não sei meu amor Nem quero saber Só sei que ontem a noite Sorrindo acordada Sonhei com você Às vezes até Na vida é melhor Ficar bem sozinho |Prá gente sentir Qual é o valor De um simples carinho Te sinto no ar Na brisa do mar Eu quero te ver Pois ontem a noite Sonhando acordada Dormi com você

S.022.Seu Olhar - Gilberto Gil

Há no seu olhar algo que me ilude Como o cintilar da bola de gude Parece conter as nuvens do céu As ondas brancas do mar Astro em miniatura Micro-estrutura estelar Há no seu olhar algo surpreendente Como o viajar da estrela cadente Sempre faz tremer, sempre faz pensar Nos abismos da ilusão Quando, como e onde Vai parar meu coração? Há no seu olhar algo de saudade De um tempo ou lugar na eternidade Eu quisera ter tantos anos luz Quantos fossem precisar Prá cruzar o túnel Do tempo do seu olhar

S.021.Segredo da Cor - Bell/Wadinho/Rey

Todo canto que vem dos negros Sempre vai nos ensinar Toda dança que vem dos guetos Todo mundo quer dançar Mas com todo sofrimento Dança a ginga que convém Essa dor que sente o negro Mostra a força que ele tem Seu canto é vida vivida Pra nos ensinar O lindo mistério da cor Ninguém vai roubar Respira menino moreno Jogando energia pro ar Respira menino caboclo E grita comigo ri-ra

R.021.Roendo Unha - Luiz Ramalho/Luiz Gonzaga

Quando Vinvin cantou corri pra ver você Atrás da serra, o sol estava pra se esconder Quando você partiu eu não esqueço mais Meu coração, amor, partiu atrás vivo com os olhos na ladeira quando vejo uma poeira penso logo que é você Vivo de orelha levantada Para o lado da estrada que atravessa o muçambê Ora, já estou roendo unha A saudade é testemunha Do que agora vou dizer Quando na janela Eu me debruço O meu cantar é um soluço A galopar no maçapê

R.020.Recordar - Aldacir Louro/Aluisio Martins

Recordar é viver Eu ontem sonhei com você Eu sonhei Meu grande amor Que você foi embora Logo depois voltou

R.019.Recorda-te de mim - Mariana Hugina

Recorda-te de mim quando cismares Naquelas tardes de saudade infinda Quando a lua brilhar entre os palmares Recorda-te de quem,te ama ainda, Se ouvires o canto apaixonado De um terno rouxinol, em noite linda, Se tiveres lembrança do passado, Recorda-te de quem te ama ainda. Quando a noite, sombria e vagarosa Estender sobre a terra o negro manto E a lua mostrar-se majestosa, Recorda-te de quem te ama tanto.

R.018.Realce - Gilberto Gil

Não se incomode O que a gente pode, pode O que a gente não pode explodirá A força é bruta E a fonte da força é neutra E de repente a gente poderá Realce, realce Quanto mais purpurina melhor Realce, realce Com a cor-do-veludo, com amor Com tudo de Real teor de beleza Realce, realce, realce, realce Realce, realce, realce, realce Não se impaciente O que a gente sente, sente Ainda que não se sente afetará O afeto é fogo E o modo do fogo é quente E de repente a gente queimará Realce, realce Quanto mais parafina melhor Realce, realce Com a cor-do-veludo, com amor Com tudo de Real teor de beleza Realce, realce, realce, realce Realce, realce, realce, realce Não desespere Quando a vida fere, fere E nenhum mágico interferirá Se a vida fere Com a sensação do brilho De repente a gente brilhará Realce, realce Quanto mais serpentina melhor Realce, realce Com a cor-do-veludo, com amor Com tudo de Real teor de beleza Realce, realce, realce, realce

R.017.Raça - Milton Nascimento/Fernando Brant

Lá vem a força, lá vem a magia Que me incendeia o corpo de alegria Lá vem a santa maldita euforia Que me alucina, me joga e me rodopia Lá vem o canto, o berro de fera Lá vem a voz de qualquer primavera Lá vem a unha rasgando a garganta A fome, a fúria, o sangue que já se levanta De onde vem essa coisa tão minha Que me aquece e me faz carinho? De onde vem essa coisa tão crua Que me acorda e me põe no meio da rua? É um lamento, um canto mais puro Que me ilumina a casa escura É minha força, é nossa energia Que vem de longe prá nos fazer companhia É Clementina cantando bonito As aventuras do seu povo aflito É Seu Francisco, boné e cachimbo Me ensinando que a luta é mesmo comigo Todas Marias, Maria Dominga Atraca Vilma e Tia Hercília É Monsueto e é Grande Otelo Atraca, atraca que o Naná vem chegando

P.021.Paisagem da Janela - Lô Borges/Fernando Brant

Da janela lateral do quarto de dormir Vejo uma igreja, um sinal de glória Vejo um muro branco e um vôo pássaro Vejo uma grade, um velho sinal Mensageiro natural de coisas naturais Quando eu falava dessas cores mórbidas Quando eu falava desses homens sórdidos Quando eu falava desse temporal Você não me escutou Você não quer acreditar Mas isso é tão normal Você não quer acreditar E eu era apenas Cavaleiro marginal lavado em ribeirão Cavaleiro negro que viveu mistérios Cavaleiro e senhor de casa e árvores Sem querer descanso nem dominical Cavaleiro marginal, banhado em ribeirão Conheci as torres e os cemitérios Conheci os homens e os seus velórios Eu olhava da janela lateral Do quarto de dormir Você não quer acreditar, mas isso tão normal Você não quer acreditar, mas isso tão normal um cavaleiro marginal, banhado em ribeirão Você não quer acreditar

P.020.Piston de Gafieira - Billy Blanco

Na gafieira segue o baile calmamente Com muita gente dando volta no salão Tudo vai bem, mais eis porém que de repente Um pé subiu e alguém de cara foi ao chão Não é que o Doca é um crioulo comportado Ficou tarado quando viu a Dagmar Toda soltinha dentro de um vestido saco Tendo ao lado um cara fraco, foi tirá-la pra dançar O moço era faixa preta simplesmente E fez o Doca rebolar sem bambolê A porta fecha enquanto o duro vai não vai Quem está fora não entra Quem está dentro não sai Mas a orquestra sempre toma providência Tocando alto pra polícia não manjar E nessa altura como parte da rotina O pistom tira a surdina E põe as coisas no lugar

P.019.Peter Gast - Caetano Veloso

Sou um homem comum Qualquer um Enganando entre a dor e o prazer Hei de viver e morrer Como um homem comum Mas o meu coração de poeta Projeta-me em tal solidão Que às vezes assisto A guerras e festas imensas Sei voar e tenho as fibras tensas E sou um Ninguém é comum E eu sou ninguém No meio de tanta gente De repente vem Mesmo eu no meu automóvel No trânsito vem O profundo silêncio Da música límpida de Peter Gast Escuto a música silenciosa de Peter Gast Peter Gast O hóspede do profeta sem morada O menino bonito Peter Gast Rosa do crepúsculo de Veneza Mesmo aqui no samba-canção Do meu rock'n'roll Escuto a música silenciosa de Peter Gast Sou um homem comum

P.018.Pastorinhas - João de Barro/Noel Rosa

A estrela d'alva no céu desponta E a lua anda tonta com tamanho esplendor E as pastorinhas pra consolo da lua Vão cantando na rua lindos versos de amor Linda pastora morena da cor de madalena Tu não tens pena de mim Que vivo tonto com o teu olhar Linda criança tu não me sais da lembrança Meu coração não se cansa De sempre sempre te amar

P.017.Por Um Dia de Graça - Luis Carlos da Vila

Um dia Meus olhos inda hão de ver Na luz do olhar do amanhecer Sorrir o dia de graça Poesias Brindando essa manhã feliz Do mal cortado na raiz Do jeito que o mestre sonhava O não chorar E o não sofrer se alastrando No céu da vida o amor brilhando A paz reinando em santa paz Em cada palma de mão Cada palmo de chão Sementes de felicidade O fim de toda a opressão O cantar com emoção Raiou a liberdade Chegou... Chegou o auréo tempo de justiça Há o esplendor do preservar a natureza Respeito a todos os artistas A porta aberta ao irmão De qualquer chão de qualquer raça O povo todo em louvação Por esse dia de graça.

O.012.O Dia que me Queiras - Carlos Gardel/Alfredo Le Pera

Acaricia meu sonho O suave murmúrio do seu suspirar Como rir da vida Se seus olhos negros Querem me olhar E se é no amparo Se seu sorriso leve Que é como um cantar Ele acalma minha ferida Tudo, tudo fica esquecido O dia em que você me queira A rosa que enfeita Se vestirá de festa com sua melhor cor E o sinos dos ventos dirão que você já é minha E loucas as nascentes contarão seu amor A noite em que me queiras desde o azul do céu As estrelas ciumentas nos olharão passar E um raio misterioso fará um ninho em seus cabelos Vagalume curioso que verá Que você é meu consolo

O.011.Olhos nos Olhos - Chico Barque

Quando você me deixou, meu bem Me disse pra ser feliz e passar bem Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci Mas depois, como era de costume, obedeci Quando você me quiser rever Já vai me encontrar refeita, pode crer Olhos nos olhos Quero ver o que você faz Ao sentir que sem você eu passo bem demais E que venho até remoçando Me pego cantando, sem mais, nem por quê Tantas águas rolaram Quantos homens me amaram Bem mais e melhor que você Quando talvez precisar de mim Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim Olhos nos olhos Quero ver o que você diz Quero ver como suporta me ver tão feliz

N.015.Nervos de Aço - Lupicínio Rodrigues

Você sabe o que é ter um amor Meu senhor Ter loucura por uma mulher E depois encontrar esse amor Meu senhor Ao lado de um tipo qualquer Você sabe o que é ter um amor meu senhor E por ele quase morrer E depois encontrar em um braço Que nem um pedaço Do meu pode ser. Há pessoas com nervos de aço Sem sangue nas veias E sem coração Mas não sei se passando o que eu passo Talvez não lhe venha qualquer reação Eu não sei se o que trago no peito É ciúme, despeito amizade ou horror Eu só sinto que quando a vejo Me dá um desejo de morte ou de dor.

N.014.No Rancho Fundo - Lamartine Babo

No rancho fundo Bem prá lá do fim do mundo Onde a dor e a saudade Contam coisas da cidade . . . No rancho fundo Dbem pra lá do fim do mundo Um moreno canta as mágoas Tendo os olhos rasos d'água . . . Pobre moreno Que de noite no sereno Espera a lua no terreiro Tendo um cigarro por companheiro Sem um aceno Ele pega na viola E a lua por esmola Vem pro quintal desse moreno! No rancho fundo Bem prá lá do fim do mundo Nunca mais houve alegria Nem de noite, nem de dia Os arvoredos Já não contam mais segredos Que a última palmeira Já morreu na cordilheira Os passarinhos Internaram-se nos ninhos De tão triste, essa tristeza Cobre de treva a natureza Tudo por que? Só por causa do moreno Que era grande, hoje é pequeno Para uma casa de sapê.

N.013.Nós os Foliões - Paulinho da Viola

Nosso amor passou eu sei No princípio eu não quis acreditar Chorei Mas depois eu tive que me conformar Me conformei A realidade foi maior Aprendi nessa dor A mágoa não compensa E o orgulho é mais cruel Que toda a indiferença Pode acreditar mulher Nosso amor foi lindo Como um carnaval qualquer Que se acaba E faz um novo dia a dia acontecer Tão difícil assim como viver Até um dia em que vem Reacender alegrias e salões Nós os foliões Nossas alegorias Tão esperado e se foi Tão colorido e lá vai Perdendo a cor o carnaval do nosso amor.

N.012.Nego Veio Quando Morre - Tradicional

Quando eu morrer quero ir de fralda de camisa Quando eu morrer quero ir de fralda de camisa Defunto pobre de luxo não precisa Defunto pobre de luxo não precisa Cinquenta velhas desdentadas e carecas Cinquenta velhas desdentadas e carecas Hão de ir à frente tocando rabeca Hão de ir à frente tocando rabeca E um velho bem barrigudo E um velho bem barrigudo Ir lá na frente tocando no canudo Ir lá na frente tocando no canudo Quatro velhas que forem de balão Quatro velhas que forem de balão Irão segurando nas argolas do caixão Irão segurando nas argolas do caixão

N.011.Noturno - Graco/Caio Silva

O aço dos meus olhos E o féu das minhas palavras Acalmaram meu silencio Mas deixaram suas marcas... Se hoje sou deserto É que eu não sabia Que as flôres com o tempo Perdem a força E a ventania Vem mais forte... Hoje só acredito No pulsar das minhas veias E aquela luz que havia Em cada ponto de partida Há muito me deixou Há muito me deixou... Aí, Coração alado Desfolharei meus olhos Nesse escuro véu Não acredito mais No fôgo ingênuo, da paixão São tantas ilusões Perdidas na lembrança... Nessa estrada Só quem pode me seguir Sou eu! Sou eu! Sou eu!... Hoje só acredito No pulsar das minhas veias E aquela luz que havia Em cada ponto de partida Há muito me deixou Há muito me deixou... Ai, Coração alado Desfolharei meus olhos Nesse escuro véu Não acredito mais No fôgo ingênuo, da paixão São tantas ilusões Perdidas na lembrança... Nessa estrada Só quem pode me seguir Sou eu! Sou eu! Sou eu! Sou eu!... Ai, Coração alado Desfolharei meus olhos Nesse escuro véu Não acredito mais No fôgo ingênuo, da paixão São tantas ilusões Perdidas na lembrança... Nessa estrada Só quem pode me seguir Sou eu! Sou eu! Sou eu! Sou eu!...

M.027.Madrugada - Evaldo Rui/Herivelto Martins

Madrugada Resto de noite Clarim que anuncia o novo dia Madrugada Que encontra o poeta Na rua deserta e vesejar Namorados que voltam das festas Fazendo serestas à luz ao rebol Madrugada dos guardas noturnos Boêmios soturnos que sonham com o sol Madrugada Cabarés fechados Casais agitados que a noite formou Madrugada das richas sangrentas Nas ruas barrentas Que a lei não chegou Madrugada do homem banal Que compra o jornal E as noticias não lê Madrugada O poeta boêmio deseja por prêmio viver com voce

M.026.Minha Embaixada Chegou - Assis Valente

MINHA EMBAIXADA CHEGOU ASSIS VALENTE Minha embaixada chegou Deixa meu povo passar Meu povo pede licença Pra na batucada desacatar Minha embaixada chegou Deixa meu povo passar Meu povo pede licença Pra na batucada desacatar Vem vadiar no meu cordão Cai na folia meu amor Vem esquecer tua tristeza Mentindo à natureza Sorrindo à tua dor Eu vi o nome da favela Na luxuosa academia Mas a favela pro dotor É morada de malandro E não tem nenhum valor Minha embaixada chegou Deixa meu povo passar Meu povo pede licença Pra na batucada desacatar Não tem doutores na favela Mas na favela tem doutores O professor se chama bamba Cirurgia é na macumba Medicina lá é samba Já não se ouve a batucada A serenata não há mais O violão desceu o morro E ficou pela cidade Onde o samba não se faz Minha embaixada chegou Meu povo deixou passar Ela agradece a licença Que o povo lhe deu para desacatar (x2)

M.025.Mulher de Malandro - Heitor dos Prazeres

Mulher de malandro sabe ser Carinhosa de verdade Ela vive com tanto prazer Quanto mais apanha A ele tem amizade Longe dele tem saudade II Ela briga com o malandro Enraivecida manda ele andar Ele' se aborrece e desaparece Ela sente saudade vai procurar Muitas vezes ela chora Mas despreza o amor que tem Sempre apanhando e se lastimando E perto do malandro se sente bem

M.024.Minha Cabrocha - Lamartine Babo

Pra fazer meu samba Não tenho diploma Cabrocha bonita Nascida na roça Tem aroma... Quando vem lá da igreija, lá da freguesia Traz no olhar Feitiçaria Traz no olhar Feitiçaria Quer se casar Na igreija e na pretoria Cabrocha assim Gosto de ver Não põe carmim Mas faz endoidecer Para fazer para fazer Para fazer meu samba Não tirei diploma Cabrocha bonita Nascida na roça Tem aroma Quando vem da igreija, lá da freguesia Traz no olhar Feitiçaria Vou ajuntar Meu dinheirinho Para comprar Uma casa la no campinho És cabrochinha Flor e mulher Hás de ser minha Enquanto Deus quiser

M.023.Madalena - Ivan Lins/Ronaldo Monteiro

Oh! Madalena O meu peito percebeu Que o mar é uma gota Comparado ao pranto meu... Fique certa Quando o nosso amor desperta Logo o sol se desespera E se esconde lá na serra... Oh! Madalena O que é meu não se divide Nem tão pouco se admite Quem do nosso amor duvide... Até a lua Se arrisca num palpite Que o nosso amor existe Forte ou fraco Alegre ou triste... Oh! Madalena O meu peito percebeu Que o mar é uma gota Comparado ao pranto meu... Fique certa Quando o nosso amor desperta Logo o sol se desespera E se esconde lá na serra... Oh! Madalena O que é meu não se divide Nem tão pouco se admite Quem do nosso amor duvide... Até a lua Se arrisca num palpite Que o nosso amor existe Forte ou fraco Alegre ou triste... Oh! Madalena! Oh! Madalena! Oh! Madalena! Oh! Madalena!... Madalena! Madalena! Oh Ma! Oh Madá! Oh Madalê Lê Lê Lê Lê Lena!...(4x)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

M.022.Meu Violão - Paulinho da Viola

Não posso passar sem meu violão Não posso viver sem carinho Quando eu não tenho ninguém Corro e abraço meu pinho Como ele eu seguro a saudade E a tristeza de viver sozinho Já vivi em minha vida Momentos de intensa paixão E no fogo da ferida Eu até achava inspiração Quantas vezes eu cantava Quando não podia nem falar É que meu violão me ajudava A trazer a esperança Dentro de um poema.

M.021.Marinheiro Só - Caetano Veloso

Eu não sou daqui Marinheiro só Eu não tenho amor Marinheiro só Eu sou da bahia Marinheiro só De são salvador Marinheiro só Lá vem, lá vem Marinheiro só Como ele vem faceiro Marinheiro só Todo de branco Marinheiro só Com o seu bonezinho Marinheiro só Ô, marinheiro marinheiro Marinheiro só Ô, quem te ensinou a nadar Marinheiro só Ou foi o tombo do navio Marinheiro só Ou foi o balanço do mar Marinheiro só

M.020.Mulher - Fagner/Capinam

MULHER FAGNER/CAPINAM Tu és mulher Tu és um ser Que pode ser mais do que é Um passarinho fruta qualquer Pode ser doce O fel até Pode não ser como quiser Mas serás a guerra e a paz Serás o bem e não será demais O mal me quer Ser se quiseres Pois as mulheres são tão iguais À natureza e aos rapazes Que tudo fazem ou nada fazem Senão viver como capazes De fazer de acontecer De adormecer quando chover Ou de morrer de um amor comum Que qualquer um pode querer Pode levar na bandeja A cabeça de um cristão Pode servir ou vir a ser O seu próprio sim ou não

quinta-feira, 9 de maio de 2013

M.019.Marina - Dorival Caymmi

Marina, morena Marina, você se pintou Marina, você faça tudo Mas faça um favor Não pinte esse rosto que eu gosto Que eu gosto e que é só meu Marina, você já é bonita Com o que deus lhe deu Me aborreci, me zanguei Já não posso falar E quando eu me zango, marina Não sei perdoar Eu já desculpei muita coisa Você não arranjava outra igual Desculpe, marina, morena Mas eu tô de mal Marina, morena Marina, você se pintou Marina, você faça tudo Mas faça um favor Não pinte esse rosto que eu gosto Que eu gosto e que é só meu Marina, você já é bonita Com o que deus lhe deu Me aborreci, me zanguei Já não posso falar E quando eu me zango, marina Não sei perdoar Eu já desculpei muita coisa Você não arranjava outra igual Desculpe, marina, morena Mas eu tô de mal De mal com você De mal com você.

M.018.Minha Palhoça - J.Cascata

Mas se você quisesse, morar na minha palhoça – Lá tem troça e se faz bossa – Fica lá na roça, à beira de um riachão – E à noite tem violão – Uma roseira, cobre a banda da varanda e Ao romper da madrugada, vem a passarada, abençoar nossa união. Tem um cavalo, que eu comprei à prestação e que não estranha a pista Tem jornal; lá tem revista. Uma Kodak para tirar nossas fotografias – Vai ter retrato todo dia – Um papagaio, que eu mandei vir do Pará. Um aparelho de rádio batata, e um violão que desacata. Meu Deus do céu que bom seria… Mas se você quisesse, morar na minha palhoça – Lá tem troça e se faz bossa – Fica lá na roça, à beira de um riachão – E à noite tem violão – Uma roseira, cobre a banda da varanda e Ao romper da madrugada, vem a passarada, abençoar nossa união. Tem um pomar, que é pequenino, é uma beleza - É mesmo uma gracinha – Criação, lá tem galinha – Um rouxinol, que nos acorda ao amanhecer – Isso é verdade, podes crer – A patativa quando canta faz chorar, Há uma fonte na encosta do monte, a cantar – chuá… chuá…

M.017.Mundo Delirante - Sueli Costa/Abel Silva

Mundo delirante Sou teu habitante O mais frágil vôo Asas colibri Mundo delirante Sou teu prisioneiro Vero cativeiro Ai d mim Mundo delirante Seá que é destino Eu já fui menino assim Sou teu habitnte Mundo delirante Ou prisioneiro enfim