segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A.160.A mão e o medo - Bebeto Alves/Nel Duclos


Surrei a vida, surrei-me
bati no crânio do erro
feri o tempo, ferido
abri o olho, surpreso

Cortei o pulso, no espelho
olhei a morte, quebrei-me
cantei calado, no peito
plantei deserto e canteiros

Amei amigas, solteiro
entrei nas casas, fogueira
queimei sorrisos, em cinzas
deixei as brasas, certezas

Levantei vôo, soltei-me
voltei da guerra, fui preso
vieram ver-me, esperei-os
com a mão no peito, violenta

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

B.120.Boneca Cobiçada - Biá/Bolinha


Quando eu te conheci,
do amor desiludida,
Fiz tudo e consegui,
dar vida a tua vida
Dois meses de aventura,
o nosso amor viveu
Dois meses de ternura,
beijei os lábios teus
Porém eu já sabia,
que perto estava o fim
Pois tu não conseguias,
viver só para mim
Eu poderei morrer,
mas os meus versos não
Minha voz hás de ouvir,
ferindo o coração

Boneca cobiçada
Das noites de sereno
Teu corpo não tem dono
Teus lábios tem veneno
Se queres que eu sofra
É grande o teu engano
Pois olha nos meus olhos
Vê que não estou chorando

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

B.119.Bate Caboclo - Almir Rouche/Paulinho Pimpão


Eu vou fazer, eu vou
Voce levantar
Nesse balanço eu tô
Até o dia clarear

No mexe, mexe
No remelexo
No meio da roda
Eu quero te dar um beijo
Balanace mais

Balance assim
Balance o caboclinho
E caia por cima de mim

B.118.Bom Dia Tristeza - Adoniram Barbosa/Vinicius de Moraes


Cm7
Bom dia tristeza
Dm5-/7 G7 Cm7
Que tarde tristeza
Dm5-/7
Você veio hoje me ver
G7 Dm5-/7 G7 Dm5-/7 G7
Já estava ficando até meio triste
Dm5-/7 G7 Cm7 C7
De estar tanto tempo longe de você
Fm7
Se chegue tristeza
Bb7 Eb7
Se sente comigo
Ab7 G7 Gm5-/7
Aqui nesta mesa de bar
C7 Fm7
Beba do meu copo
G7 Cm7
Me dê o seu ombro
D7 G7
Que é para eu chorar
Dm5-/7
Chorar de tristeza
G7 Cm7
Tristeza de amar

B.117.Besame - Flávio Venturini/Murilo Antunes


A orquestra já nos chamou
Abri meu coração
Tremeu o chão
Eu vi que era feliz.

A luz de um cabaré
La noche nuestra
O mundo a rodar
Vem o fogo da paixão nos queimar.

La luna tropical
O som de um bandoneon
Não me canso de pedir
Besame

B.116.Barracão - Luis Antonio/Oldemar Magalhães


Ai, barracão
Pendurado no morro
E pedindo socorro
À cidade a seus pés
Ai, barracão
Tua voz eu escuto
Não te esqueço um minuto
Porque sei
Que tu és
Barracão de zinco
Tradição do meu país
Barracão de zinco
Pobretão infeliz...
Ai, barracão
Pendurado no morro
E pedindo socorro
Ai, a cidade
A seus pés
Barracão de zinco
Barracão de zinco.

B.115.Bar da Noite - Haroldo Barbosa/Budú Reis


Garçom, apague esta luz
Que eu quero ficar sozinha
Garçom, me deixe comigo
Que a mágoa que eu tenho é minha
Quantos estão pelas mesas
Bebendo tristezas
Querendo ocultar
O que se afoga no copo
Renasce na alma
Desponta no olhar
Garçom, se o telefone bater
E se for pra mim
Garçom, repita pra ele
Que eu sou mais feliz assim
Você sabe bem que é mentira
Mentira noturna de bar
Bar, tristonho sindicato
De sócios da mesma dor
Bar que é o refúgio barato
Dos fracassados do amor

B.114.Balada Triste - Dalton Voleger/Esdras Silva


Balada triste
Que me faz
Lembrar alguém
Alguém que existe
E que outrora
Foi meu bem Balada triste
Melodia do meu drama
Esse alguém já não me ama
Esqueceu você também
Não há mais nada
Foi um sonho
Que passou
Triste balada
Só você me acompanhou
Fica comigo !
Velha amiga, companheira
Quero cantar-te a vida inteira
Prá lembrar o que passou...

B.113.Bola Louca e Colorida - Hermes Aquino


Se tudo acontece de repente
porque não encarar como normal
mudanças nesta vida, são coisas que se aceita ao natural

O mundo é bola louca e colorida
quem pensa que é sabido
nem vai ver

Que as coisas acontecem
assim sempre foi
sempre vai ser


- Refrão -

Hei! Não vá desanimar
a vida é sem parar
é só você viver
e sofrer, e sofrer, e sofrer

Progresso, meu regresso, teu sucesso
cinema, rádio, crime, assombração

confuso cotidiano
consome em poucos anos, meu coração

A.166.Amor Certinho - Roberto Guimarães


amor à primeira vista
amor de primeira mão
e ele que chega cantando, sorrindo
pedindo entrada no coração
o nosso amor já tem patente
tem marca registrada
e amor que a gente sente
eu gravo até em disco
todo esse meu carinho
todo mundo vai saber
o que é amar certinho
esse tal de amor não foi inventado
foi negócio bem bolado
direitinho pra nós dois

Foi ou não foi?
esse tal de amor não foi inventado
foi negócio bem bolado
direitinho pra nós dois

A.165.As Cores de Abril - Vinicius de Moraes/Toquinho


As cores de abril
Os ares de anil
O mundo se abriu em flor
E pássaros mil
Nas flores de abril
Voando e fazendo amor

O canto gentil
De quem bem te viu
Num pranto desolador
Não chora, me ouviu
Que as cores de abril
Não querem saber de dor

Olha quanta beleza
Tudo é pura visão
E a natureza transforma a vida em canção

Sou eu, o poeta, quem diz
Vai e canta, meu irmão
Ser feliz é viver morto de paixão

A.164.A Tonga da Milonga do Kabuletê - Vinicius de Moraes/Toquinho


Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô

Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê

Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô

Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê

Você que fuma e não traga
E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê

A.163.A Benção Bahia - Vinicius de Moraes/Toquinho


Olorô, Bahia
Nós viemos pedir sua bênção, saravá!
Hepa hê, meu guia
Nós viemos dormir no colinho de lemanjá!

Nanã Borokô fazer um Bulandê
Efó, caruru e aluá
Pimenta bastante pra fazer sofrer
Bastante mulata para amar

Fazer juntó
Meu guia, hê
Seu guia, hê
Bahia!

Saravá, senhora
Nossa mãe foi-se embora pra sempre do Afojá
A rainha agora
É Oxum, é a mãe Menininha do Gantois

Pedir à mãe Olga do Alakêto, hê
Chamar Iansã para dançar
Xangô, rei Xangô, Kabueci-elê
Meu pai! Oxalá, hepa babá!

A bênção, mãe
Senhora mãe
Menina mãe
Rainha!

Olorô, Bahia
Nós viemos pedir sua bênção, saravá!
Hepa hê, meu guia
Nós viemos dormir no colinho de lemanjá!

A.162.Artilheiro do Amor - Alexandre Pires/Lourenço


A galera me disse
que nunca viu
ela tão empolgada
mas eles querem saber
qual será a minha jogada
eu sei que esse gol
não será fácil de marcar
mas o pior é a família
que disse: beijou, beijou,
tem que casar
às vezes acho que estou
treinando com o time errado
bato falta com efeito
cobro escanteio.
corro o campo inteiro
mas eu não sou convocado

não importa marcação
cerrada assim
voce dando de durona
pra cima de mim
basta um cheiro
no pescoço bom amasso
e é você quem fica toda arrepiada
o destino me lançou
e fez o craque que eu sou
e me tornou um artilheiro
com um gol do teu amor

A.161.ABC Musical - Mano Alencar/Darico


Você me disse
Que aprendeu o ABC Musical
E viu no amor de A
Anunciação
A cantoria na boca do povo
"Iupi" do New York Brasil
E disse me disse latino
Num sorriso assim meio menino
Que só o B de Bel
Só anda a mil
I love you teacher
I love you baby
Gosto do teu ingles sutil
Você me disse que aprender
No C cérebro de cada um
Cacique é um, só um
E disse me disse latino
Num sorriso assim meio menino
Que o ABC só musical
Só anda a mil em nós

G.060.Galope - Gonzaguinha


O galope só é bom quando é à
beira-mar
O galope só é bom quando se
pode amar
Esse mote só é bom bem livre
de cantar
Falar em morte só é bom
quando é prá banda de lá
É, sacode a poeira
Imbalança imbalança,
imbalança, imbalança
Casa de ferreiro, espeto de pau
Quem não bole em espinha
nunca vai se dar mal

Quem não dança minha dança
é melhor nem chegar
Se puxou do punhal, ah, tem
que sangrar, é
Tem que sangrar

É, sacode a poeira (...)

Me dê um bocadinho de cachaça
Me aqueça, me aperte, me abraça
Depressa, correndo, vem ligeiro
Me dê teu perfume, dê um cheiro
Encoste em meu peito o coração
Vamos mostrar pr'esses cabras
como se dança um baião
E quem quiser aprender é melhor
prestar atenção

É, sacode a poeira (o..)

Ter que nem carrapeta no chão
E pirap6ia seca no ar
Pra podê de escutar meu baião
Imbalança, imbalança, imbalança...

É, sacode a poeira (...)
Deixa essa criança chorar
Não adianta cara feia, nem
adianta se zangar
Que ela só vai parar quando
essa fome passar
É doutor, uma esmola a um
pobre que é são
Ou lhe mata de vergonha ou
vicia o cidadão

É, sacode a poeira (...)

G.059.Gaivota - Sílvio Caldas/E.Frazão


Gaivota, das azas de arminho.
Enfeita o caminho
Que eu devo seguir ...
Gaivota, que sempre me escolte
Teu vôo, e que eu volte
Contente a sorrir ...
Gaivota, nos mares bravios,
Teus vôos macios
Enfrentam tufões
Gaivota, é uma grande verdade
Que só a bondade
Abranda as paixões!

Gaivota, que beijas, na bruma,
Das ondas a espuma
Fervente do mar,
Gaivota, é nesse teu beijo
Que sindo o desejo
Que tenho, de amar
Gaivota, na furia das ondas
Espero que escondas
Meu triste penar...

G.058.Gago Apaixonado - Noel Rosa/Lamartine Babo


Mu... mu... mujher em mim fi...
fizeste um estrago,
Eu de nervoso esto... tou fi... ficando
gago:
Não po... posso com a cru...
crueldade
Da saudade,
Que... que mal... maldade;
Vi... vivo sem afago

Tem... tem pe... pena deste
moribundo,
Que... que já virou va... va...
ga...bundo .
Só... só... só... por ter
Só... só... fri... frido.
Tu... tu... tu... tu... tu... tu... tu...
Tu... tens um co... coração fingido.
Tu... teu co... coração me entregaste
De... de... pois...
Pois... de mim tu o to... toma...
maste,
Tu... tua falsi... si... sidade
É profun... funda,
Tu... tu... tu... tu... tu... tu... tu...
Tu vais fi... fi... ficar corcunda.

G.057.Gabriela - Elomar Filgueira de Melo


São treis sorte são treis sina
na istrada desse cristão
são treis irirmã granfina
e de punhal na mão
d´ua madrasta avarenta
o home nun iscapa não
cuma o cego na trumenta
lá vai o cristão
são treis sorte são treis sina
ai pobre cantadõ
são treis irirmã fírina
a Morte a Saudade a Dô
O Gabriela
na Lagoa Bela
lua minguante
as eguas vão sonhá
são eguas baias
brancas amarelas
são polidas pampas
lindas gabrielas
monjas cavalgadas
vindas de estrelas
muito recuadas
Lagoa da Porta
nas horas mortas
o viado branco
vem sizin bebê

G.056.Globeleza - Jorge Aragão


Lá vou eu, lá vou eu
Hoje a festa é na avenida
No carnaval da globo
Feliz eu tô de bem
Com a vida vem amor
Vem...deixa o meu samba te levar
Vem nessa pra gente brincar
Pra embalar a multidão
Sai pra lá solidão Vem Vem Vem

Vem... pra ser feliz
Eu tô no ar tô Globeleza
Eu tô que tô legal
Na tela da TV no meio desse povo
A gente vai se ver na Globo
Na tela da TV no meio desse povo
A gente vai se ver na Globo

G.055Gosto do Jeitinho Dela - Othon Russo/Niquinho


Gosto de jeitinho dela me olhar
Pois é todo ardor
Gosto do jeitinho dela me beijar, beijar
Gosto do jeitinho dela me abraçar
Pois é só calor
Gosto do jeitinho dela me dizer amor
Gosto do jeitinho dela
Sempre a balançar o andar
Gosto do jeitinho dela
Fingindo não querer gostar
Do modo de eu gostar
Mas eu gosto tanto, tanto
Do jeitinho que ela tem
De me beijar, de me abraçar
De me dizer amor.

G.054.Guerreiro Menino - Gonzaguinha


Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura

Guerreiros são pessoas
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem refeitos

Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz

É triste ver esse homam
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama

Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E a vida é o trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz

G.053.Guarânia da Lua Nova - Luis Vieira


Ouvi dizer que o tempo apaga
Lembranças amargas
Que a vida nos traz
Há muito eu estou esperando
O tempo passando
E não encontro paz
Será que o tempo não tem tempo
De olhar meus olhos
Tristes de chorar
E as cicatrizes do desgosto
Que eu trago em meu rosto
De tanto esperar

Saudade, bichinha danada
Que me fez morada
E não quer se mudar
Tem gosto de giló verdinho
Plantando na lua nova do penar
O tempo vai passando e eu vejo
O desejo da reconciliação
Meu medo é não saber se ela
Tem no peito a lua nova do perdão

G.052.Granada - Augustin Lara


Granada
Terra sonhada por mim
Tens no céu
Quando em noite estrelada
Um formoso jardim
A brilhar... cheio de fantasia
Meu cantar... flor de melancolia
A ti eu vou dedicar...

Granada que se enche de flores
Em dias de corrida
Mulher que inda guarda os encantos
Das lendas antigas
Teus campos garbosos, cheirosos
Se cobrem de flores
Eu beijo tua boca de rosas
Maçã saborosa que fala de amores

Granada
Nos versos cantada
De estrofes preciosas
Granada
Para oferecer-te
Só tenho estas rosas
São flores de suave fragrância
Que floram no altar
Só da Virgem Maria
Granada...
Tu és minha vida
Cidade guarida...
Tu é o meu sol

G.051.Gotas de Luar - Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito


Se eu pudesse roubar as gotas de luar
Que eu vi brilhar nos olhos teus
Guardaria aquele encanto
Para enfeitar meu pranto
Na hora do adeus
Sei que muito breve
Tú iras me esquecer
Eu sei que vou sofrer
Por culpa da minha paixão
Eu devia te deixar
Mas vou continuar
Para castigar meu pobre coração

G.050.Gentileza - Marisa Monte


Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca

Nos que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de gentileza
Por isso eu pergunto
A vocês no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o profeta

G.049.Gatas Extraordinárias - Caetano Veloso


O amor me pegou
E eu não descanso enquanto não pegar
Aquele criatura
Saio na noite a procura
O batidão do meu coração na pista escura
Se pego, ui, me entrego e fui
Será que ele quererá, será que ela quer
Será que meu sonho influi
Será que meu plano é bom
Será que é no tom
Será que ele se conclui
E as gatas extraordinárias que
Andam nos meios onde ela flui
Será que ela evolui
Será que ela evolui
Será que ela evolui, será que isso me inclui
Tenho que pegar, tenho que pegar
Tenho que pegar, essa criatura
Tenho que pegar, tenho que pegar
Tenho que pegar.

G.048.Glória F - Roberto de Carvalho/Rita Lee


Na sexta-feira eu cruzava calmamente o viaduto dó chá
Por um segundo me bateu uma vontade doida de pular, e pulei
A kombi que passava eu achatei
Meu corpo ensanguentado se esfacelou pelo asfalto
E eu saquei: "dessa vez exagerei"
Abri os olhos e avistei um par de pernas caindo do céu
O enfermeiro era atleta e a boneca tinha ido pro beleléu, que
O que será que houve com meu coração
Talvez um vira-lata tenha tido uma bela refeição
Ou talvez indigestão
Mas uma coisa eu notei, tudo ok com meu pulmão!

Me costuraram, remendaram
Deram um nó juntando os intestinos, fígado e rim
Me empalharam, embalsamaram
E até que o trabalho não ficou tão mal assim
Pois hoje quando saio lá do meu covil
Os gatos do subúrbio fazem: fiu-fiu
Meu bem, sou gloria Frankenstein
Anote bem, meu nome é gloria Frankenstein
Sou gloria
Gloria frankenstein
Na gloria
Gloria frankenstein

G.047.Glória - Bonfiglio de Oliveira/Branca M. Coelho


Quando a briza espalha
A essência de uma flor,
Bela imagem surge no meu coração!
És tu. . .
Vem lembrar-me a quadra
Do primeiro amor. . .
Vem prender mais ainda
As algemas desta escravidão!

Tu és a glória de Satã
No reino da traição!. . .
E tens no peito rubra pedra
Em forma de um coração.
Tua boca linda de maçã
É o fruto da tentação.
Tu és a rocha. .. eu sou o mar. . .
A te beijar.

Mas a vida é cárcere Divino. . .
Temos o destino branco ou purpurino,
Escrito lá nos céus!. . .
Deus, oh! Deus!
Tendo por caridade compaixão,
Piedade da infelicidade
Que se abriga em mim.
Enviai um raio de esperança
De rósea bonança;
Para quem não cansa de gemer assim
Pelo amor que tive a vida,
Leve a passageira de um pálido jasmim.

G.046.Guiomar - Darcy Monteiro/Tião Zarope


Ô Guiomar (Guiomar)
Ô Guiomar (ô Guiomar)
o jongo não é de bula
Guiomar (fala Guiomar)
Segura a toada pra durar

O nosso longo tem harmonia
Na Balaiada
Em casa de vó Maria
O Caxambu toca
Até o raiar do dia
Eu danço longo
Umbigando com Sã Maria
(Guiomar)

Ô Guiomar (Guiomar)
O Guiomar (ô Guiomar)
O longo não é de bula
Guiomar (fala Guiomar)
Segura a toada pra durar

Na beira do poço
Onde mora Guiomar
Mamãe sereia
Mora no fundo do mar
Segura nosso longo Guiomar
Não deixa nosso jongo se afundar

Ô Guiomar (Guiomar)
O Guiomar (ô Gulomar)
O longo não é de bula
Guiomar (fala Guiomar)
Segura a toada pra durar

Segura angoma olha toada (ioiô)
Bate pau ó rapaziada
Eu improviso longo meu camarada
Meu Caxambu toca até de madrugada

G.045.Gostava tanto de voce - Edson Trindade


Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristeza vou viver
E aquele adeus não pude dar
Você marcou na minha vida
Viceu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
Da solidão que em minha porta bate
E eu gostava tanto de você
Gostava tanto de você
Eu corro, fujo dessa estrada
Em sonhos vejo o meu passado
E na parede do meu quarto ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista o pensamento em você
E eu gostava tanto de você
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você

G.044.Gatinha do Forrozão - Luiz Fidelis


Eu passo uma semana só
Só pensando numa gatinha
Que todo Domingo vai
Pro forró
Ai que gracinha
Enquanto ela não vem
Pra mim o salão
Está cheio de ninguém
Nem um sanfoneiro toca
Como os dedos
Dessa saudade me toca
Pode adocicar
A saudade que sinto por você
Nem Mastruz com Leite pode me curar

Me sinto um peixe
Fora do aquarius
Rita de Cássia
Nenhuma toma o seu lugar
Nem um rabo de saia me importa
Cachorra alguma vai me conquistar
Você é o remédio
Pro meu tédio
Por favor venha
Curar esse mal
Cheque logo galopando
E dançando
Galopando com o cavalo de Pau

G.043.Garçon - Reginaldo Rossi


Garçon, aqui nessa mesa de bar
Você já cansou de escutar
Centenas de casos de amor
Garçon, no bar todo mundo é igual
Meu caso é mais um, é banal
Mas preste atenção por favor

Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços o meu coração
E pra matar a tristeza, só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão

Garçon, eu sei que eutô enchendo o saco
Mas todo bebum fica chato
Valente e tem toda razão
Garçon, mas eu só quero chorar
Eu vou minha conta pagar
Por isso eu lhe peço atenção.

G.042.Graças a La Vida - Violeta Parra


Gracias a la vida
Que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando Ios abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en alto cielo su fondo estrellado
Y en Ias multitudes el hombre que yo amo
Gracias a Ia vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oido y todo
Su ancho
Graba noche y día
Rios y canarios
Martirios, turbinas
Ladrillos, chubazcos
Y Ia voz tan tierna de mi
Bien amado
Gracias a Ia vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonicido v el abecedario
Con él Ias palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano y luz alumbrando
La ruta dei alma dei que estoy amando
Gracias a Ia vida que me ha dado tanto
Me dia el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del maio
Cuando miro el fondo de tus ojos claros
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha
De mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y lIanos
Y Ia casa tuya tu calle y tu patio
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
As í yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi proprio canto
Gracias a la vida
Gracias a la vida

G.041.Graças a Deus - Fernando César


Quando quiseres
Podes voltar
Aos braços meus
E eu te direi
Muito obrigada
Graças a Deus
Não falarei
Dos teus defeitos
Nem tu dos meus
E viveremos
Muito felizes
Graças a Deus
Quero sentir-me
Bem envolvida
Nos teus abraços
Meu corpo é feito
Sob medida
Para teus braços
Quero poder
Pousar meus lábios
Nos lábios teus
E, entre dois beijos.
Dizer baixinho
Graças a Deus.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

B.112.Bobos da Corte - Roberto de Carvalho/Rita Lee



Eu vou puxar você
Pra perto de mim,
E dar um amasso daqueles
Que não dá pra dizer,
Se ele é ela ou se ela é ele!

Eu vou beijar você
Debaixo do seu nariz,
No meio da bôca da noite,
Nem rainha, nem rei
Apenas bobos da côrte

B.111.Balada de um Vagabundo - Wally Salomão/Frejat

Eis o Sol, eis o Sol Apelidado de astro-rei Eis que achei o grande culpado Desse meu viver destrambelhado D'eu perambular pirado Meu coração lacrado Maracujá de gaveta dum prédio Vazio num terreno baldio Sepultado e logo após abandonado Repare o crime senhor juiz Pare senhor juiz Ignoro a rua, o bairro e a carteira de identidade Não me pergunte de ser portador Do número xis do CIC Me deixa feliz Serei chegado a um sal Qual a espada afiada que separa O bem do mal? Eis o Sol, eis o Sol Apelidado de astro-rei Eis que achei o grande culpado Desse meu viver destrambelhado Me viro no ce do centro No porta-malas da estação central Dançarei pelado na cratera da lua Mesmo sem saber onde termina A minha e onde começa a sua Rebolarei embaixo da marquise Triste trópico paraíso Se eu dissesse que eu ia Você ia e eu não ia Deixa a tristeza deitar Rolar na minha cama Um milhão, trilhão de vezes Reviro alegria Salto pro amor Um vício só pra mim não basta É uma inflação de amor incontrolável Tá lotado, tá repleto de virtude E vício meu céu Um galo sozinho levanta a crista E cocorica seu escarcéu Um vício só pra mim é pura cascata Eu marco treze pontos Sou pule premiada no jogo do bicho Eu sou o beijo da boca do lixo na boca do luxo Eu sou o beijo da boca do luxo na boca do lixo

B.110.Basta e Querer - Neno/Nonato Alves

Eu não soube amar, você Até parece que foi ontem Que o nosso amor aconteceu­ Sei que te amo Vou tentar lhe ver Pra que meu caraçãõo entenda Que ele nao fica sem você. Nõo quero ouvir falar Laucuras nem pensar Quando se ama de verdade Não há tempo nem idade basta se quer Você me fez sonhar Me fez acreditar Que era tudo de verdade Que era só felicidade Mos eu perdi você Tendo quem sabe refazer essa paixão Eu sei você sabe A saudade não tem braços Mas aperta o coração.

B.109.Beleza Agreste - Geraldo Azevedo/Carlos Fernando

Sempre bonita Sempre cantando Sempre na dela Essa menina vai ficando Sempre sorrindo Sempre chorando Sempre naquela Essa menina vai levando Nos corações Na onda azul Nos carnavais À flor da pele Os impulsos naturais A olho nu Vertentes claras tropicais Fluindo a vida Banhando o mundo Vasto mundo Seu Raimundo O poeta já falou Valença Gema de ovo branco leite De uma vaca cor de rosa Qualquer dia mamarei Beleza agreste Chêrin gostoso de fazenda O avelós do pé da serra Tem a cor do teu olhar Tem a cor do teu viver Tem a cor do teu cantar Tem a cor de mestre Rina Numa noite de luar A cor do teu sofrer A cor do teu penar Tem a cor de Ringo e Lennon Num galope à beira-mar

B.108.Barcarola do São Francisco - Geraldo Azevedo/Carlos Fernando

É a luz do sol que encandeia Sereia de além mar Clara como o clarão do dia Mareja o meu olhar Olho d'água, beira de rio Vento, vela a bailar Barcarola de São Francisco Me leve para o mar Era um domingo de lua Quando deixei Jatobá Era quem sabe a esperança Indo à outro lugar Barcarola de São Francisco Velejo agora no mar Sem leme, mapa ou tesouro De prata ou luar Eu, em sonho um beija-flor Rasgando tades vou buscar Em outro céu Noite longe que ficou em mim Noite longe que ficou em mim Quero lembrar Era um domingo...

B.107.Beijando a Flora - Alceu Valença/João Fernando

Está faltando um grau Pra meu corpo pegar fogo Nessa temperatura, menina, Quem aguenta esse sufoco? Me diga, morena, o que vamos Fazer, Amar, sentir prazer Fazer, Amar, sentir prazer Morena, eu te desejo Quero um beijo sem demora Te amo tanto, tanto, Como um beija-flor a flora Sou beija-flor, Dou um beijo e vou embora

B.106.Bobo da Corte - Alceu Valença

Nem todo o beijo é pecado Nem toda fruta é maçã Nem todo réu é culpado Nem toda culpa é cristã Nem toda carta é marcada Nem toda lente é ray-ban Nem toda noite é noitada Nem toda luz é manhã...(2x) Por isso eu exijo respeito Por teu desmantelo Teus olhos vermelhos Se vendo no espelho E querendo voar... Por isso eu exijo respeito Por duas palavras Na bôca da noite Na bôca do bôbo da corte... Nem todo o beijo é pecado Nem toda fruta é maçã Nem todo réu é culpado Nem toda culpa é cristã Nem toda carta é marcada Nem toda lente é ray-ban Nem toda noite é noitada Nem toda luz é manhã... Por isso eu exijo respeito Por teu desmantelo Teus olhos vermelhos Se vendo no espelho E querendo voar... Por isso eu exijo respeito Por duas palavras Na bôca da noite Na bôca do bôbo da corte...

B.105.Batuque na Cozinha - João da Baiana

Batuque na cozinha Sinhá não quer Por causa do batuque Eu queimei meu pé Não moro em casa de cômodo Não é por ter medo não Na cozinha muita gente sempre dá em alteração Batuque na cozinha Sinhá não quer Por causa do batuque Eu queimei meu pé Então não bula na cumbuca Não me espante o rato Se o branco tem ciúme Que dirá o mulato Eu fui na cozinha Pra ver uma cebola E o branco com ciúme De uma tal crioula Deixei a cebola, peguei na batata E o branco com ciúme de uma tal mulata Peguei no balaio pra medir a farinha E o branco com ciúme de uma tal branquinha Então não bula na cumbuca Não me espante o rato Se o branco tem ciúme Que dirá o mulato Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer Por causa do batuque Eu queimei meu pé Eu fui na cozinha pra tomar um café E o malandro tá de olho na minha mulher Mas, comigo eu apelei pra desarmonia E fomos direto pra delegacia Seu comissário foi dizendo com altivez É da casa de cômodos da tal Inês Revistem os dois, botem no xadrez Malandro comigo não tem vez Mas o batuque na cozinha ... Mas seu comissário Eu estou com a razão Eu não moro na casa de arrumação Eu fui apanhar meu violão Que estava empenhado com Salomão Eu pago a fiança com satisfação Mas não me bota no xadrez Com esse malandrão Que faltou com respeito a um cidadão Que é Paraíba do Norte, Maranhão Batuque na cozinha ...

B.104.Baião de Lacan - Guinga/Aldir Blanc

A terra em transe franze Racha pela beira Feito cabaço de freira Solta e lá vem um! Mas o Brasil ainda batuca na ladeira: Bafo, Congo, Exu, Taieira Mais Cacique e Olodum... Deus salve o budum! Viva o murundum! E é tuntum, e é tumtum! Eu ouço muito elogio à barricada Procuro as nossa por aqui Não vejo nada Só tomo arroto E perdigoto no meu molho Se tento ver mais longe Tacam o dedo no meu olho Quem fica na barreira Pode até ficar roncolho Um empresário quis Que eu fosse a Massachutis Oquêi, my boy! - Cheguei pra rebentar e putz! Voltei sem calça e um quis me seqüestrar... Ao conferir o saldo No vermelho fui parar To com João Ubaldo: Chega dessa Calcutá - Eu to Amil por aí Atleta do Juqueri Um sócio a mais da Golden Cross De carteirinha... Tanto sofri nesse afã Que um seguidor de Lacan Diagnosticou stress E me mandou pra roça descansar... Eu fui pro Limoeiro E encontrei o Paul Simon lá Tentando se proclamá gerente do maufá... Se os peão não chiá O Boi Bumba vai virar vaca

B.103.Boa Vida - Frejat/Cazuza

Eu nunca mais quero outra vida É, eu ando um bocado mudado Eu nunca mais quero outra vida, eu não Olha só como eu tô bem tratado É que os tempos mudaram E agora eu ando muito bem acompanhado (É, eu ando, sim) Eu nunca mais quero outra vida Jogado na rua feito um vira-lata O amor um dia chega, irmão Mesmo pr’um cara pirado Que só sabe ficar bebendo pinga Cantando rock, contando vantagem Agora a gente só vive grudado Pela rua aos beijos e abraços Todo mundo repara E mesmo os meus amigos mais canalhas Me dão razão quando eu falo Que eu nunca mais quero outra vida Me machucar pela pessoa errada O amor tem cartas já marcadas E eu nunca tive vocação pra otário É, os tempos mudaram E agora eu ando muito bem acompanhado

sábado, 9 de novembro de 2013

B.102.Baiana da Gema - Ivan Lins/Paulo César Pinheiro


Guanabará chegou
Bahia chamou pedindo esse tema
Carioca da clara
E baiana da gema
É pra são salvador do arcoador
Do mar de ipanema
Carioca da clara pra
Baiana da gema

Esse samba ajudou o compositor
Com a voz da morena
Carioca da clara com a
Baiana da gema
É um samba de amor
Que a moça gostou
Gostou do poema
Carioca da clara pra
Baiana da gema

O samba é de copacabana pra itapuã
Unindo olodum com a mangueira do amanhã
Ficou assim jóia rara
Que salve a bahia e a guanabara

Guanabara falou, bahia cantou
Pedindo o tira-tema
Guanabara falou
Bahia cantou
Carioca da clara
Baiana da gema
Esse samba é da cor pra nega fulo
Carioca da clara
Baiana da gema
É com esse que eu vou
Bater meu tambor, amar meu esquema
Carioca da clara com
Baiana da gema
O cristo redentor abraçou o pelô
É a bênção suprema
Carioca da clara pra
Baiana da gema
O samba vai
Quem guiaé senhor do bonfim são sebastião
Bahia é minha cara
E todos os santos da guanabara

Guanabará chegou
Bahia chamou pedindo esse tema
Carioca da clara
E baiana da gema
É pra são salvador do arcoador
Do mar de ipanema
Carioca da clara pra
Baiana da gema

Esse samba ajudou o compositor
Com a voz da morena
Carioca da clara com a
Baiana da gema
É um samba de amor
Que a moça gostou
Gostou do poema
Carioca da clara pra
Baiana da gema

O samba é de copacabana pra itapuã
Unindo olodum com a mangueira do amanhã
Ficou assim jóia rara
Que salve a bahia e a guanabara

Esse samba ajudou o compositor
Com a voz da morena
Carioca da clara com a
Baiana da gema
É um samba de amor
Que a moça gostou
Gostou do poema
Carioca da clara pra
Baiana da gema

Esse samba ajudou o compositor
Com a voz da morena
Carioca da clara com a
Baiana da gema
É um samba de amor
Que a moça gostou
Gostou do poema
Carioca da clara pra
Baiana da gema

B.101.Beija, me beija e me beija - Martinho a Vila/Zé Catimba

Pela própria natureza Ela é minha mulher Tão pureza, tão fogosa Um botão que virou rosa Pra ser o meu bem me quer Beija, me beija, me beija Não é Amelia mas lava roupa Seca louça e me dá banho Enxágua, me enxuga, mas se vende caro Pois não é "preta de ganho" Me come, se acaba, inda diz Ora veja Me beija, me beija, me beija, me beija Beija, me beija, me beija...

B.100.Benazir - Chico César

não aponte o dedo para benazir butho seu puto ela está de luto pela morte do pai não aponte o dedo para benazir esse dedo em riste esse medo triste é você benazir resiste o olho que existe é o que vê

B.099.Barato Total - Gilberto Gil

Quando a gente tá contente Tanto faz o quente Tanto faz o frio Tanta faz Que eu me esqueço do meu compromisso Com isso e aquilo Que aconteceu dez minutos atrás Dez minutos atrás de uma idéia Já dão pra uma teia de aranha Crescer e prender Sua vida na cadeia do pensamento Que de um momento pro outro Começa a doer Quando a gente tá contente Gente é gente (gato é gato) Barata pode ser um barato total Tudo que você disser Deve fazer bem Nada que você comer Deve fazer mal Quando a gente tá contente Sem pensar que está contente Sem pensar que está contente A gente quer Sem pensar a gente quer A gente quer, a gente quer A gente quer é viver

B.098.Batuca no Chão - Ataulfo Alves/Assis Valente

Batuca no chão sem pena Batuca no chão sem dó Batuca no chão morena Que o chão é o povo que vira pó Ai morena, o chão é o povo que vira pó Podem me deixar sem luz Mas sem samba não senhor É o samba que traduz Meu prazer e minha dor Mesmo assim você condena Minha raça bronzeada Todo o mal da cor Oh! morena É gostar da batucada

B.097.Brilho no Olhar - Celso Leão/Almir Guineto

O que aconteceu com aquele sentimento Cadê aquele brilho no teu olhar Não deixe que o tempo apague a nossa história Porquê ainda é tempo pra recomeçar Eu só sei dizer que te amo Te amo demais Vem eu não quero esse jogo louco Sem você eu fico no sufoco Senta aqui pra gente conversar Vem duas vidas numa só estrada É amor e não conto de fadas Eu nasci pra te amar

B.096.Bocas Iguais - Fausto Nilo/Francisco Casaverde

Cada verdade tem seu próprio autor Todo amor tem suas rosas Você pensa que eu acreditei Em suas frases mentirosas Toda saudade que você deixou São as rosas desbotadas Onde o sol procura outra cor E o silêncio uma palavra só Mas você não sabe amar E até planeta solidão pra minha vida Deseja e pede mais Mas nem sabe que desejo me fascina Nem sabe gostar de mim Sim, eu já não quero chorar Esqueça o beijo que eu tentei na despedida Se ainda me encontrar Não insista em dizer o que eu já sei De outras bocas iguais

B.095.Boas Festas - Asis Valente

Anoiteceu, o sino gemeu A gente ficou feliz, a rezar Papai Noel, vê se você tem A felicidade pra você me dar. Eu pensei que todo mundo Fosse filho de Papai Noel Vem assim, felicidade Eu pensei que fosse uma Brincadeira de papel Já faz tempo que eu pedi Mas o meu Papai Noel não vem Com certeza já morreu Ou então, felicidade É brinquedo que não tem.

B.094.Bem no Coração - Martinho da Vila/Luis Carlos da Vila

Nada de sofrer Nada de chorar Nada de beber E amanhecer dentro de um bar Não esmorecer Nem se acomodar Nunca se esquecer Que um novo dia sempre vai raiar Esse tal de mal de amor já se sabe Só se cura com um bom mal bem maior É semelhante à picada de cobra Cujo antidoto é o veneno da própria Já foi picada, não sai do mato Procura um outro mal bem bom Se expõe no alvo Alveja acerta Mas bem no coração

B.093.Bespa - Elomar Figueira Melo

Sinhores dono da casa O cantadô pede licença Prá puchá a viola rasa Aqui na vossa presença Prás coisa qui vô cantano Assusta imploro atenção Iantes porém eu peço A Nosso Sinhor a benção Iantes porém eu peço A Nosso Sinhor a benção Pois sem ele a idéia é mensa pru cantá E prú tocá é pensa a mão Prá todos qui istão me ôvino Istendo a invocação Sinhô me seja valido Inquanto eu tivé cantano Pra qui no tempo currido Cumprido tenha a missão... Foi lá nas banda do brejo Muito bem longe daqui Qui essas coisa se deu Num tempo qui num vivi Nas terra qui me avô Herdô de meu bisavô e pai seu Dindinha contô cuan'meu avô morreu Minha avó contô cuan'meu avô morreu E hoje eu canto para os filhos meus E eles amanhã para os filhinhos seus... Nessa terra há muitos anos Viveu um rico sinhô Dono deu um grande fecho Zé Caru cantô mais Alexo Honras viva de sua mesa Treis son Sarafin Treis son balancesa Treis son Sarafin Treis son balancesa Suas posse era tanta Qui se a menora num erra Vi dizê que ele tinha Mais de cem minreis de terra ai Nos tempos desse sinhô Dindinha contô pra mim Viveu Dassanta a fulô Filha de um tal cantadô Anjos Alvo Sinhorin Anjos Alvo Sinhorin Dele o qui pude apurá Foi o relato d'um vaquêro Neto de um marruêro Matadô de marruá Qui era companhero seu No campo do sete istrêlo No campo do sete istrêlo Malunga e violero Ranca-tôco de ribada Séro distimido e ordêro Num gostava de zuada Rematô o velho na fêra Manso passô a vida intêra Mais morreu sem temê nada ai

B.092.Beverly Hills - Luis Caldas

Meros planetas sinceros, Ocultam mistérios, Humanidade asteróide, L.S. de laser e som Com mil megatons, Orleans Cacife alto e sério Que justifica e que explica Uma grande dimensão Se o estrelato maior É Beverly Hills, Ainda prefiro o Rio Vendo centauros montados Em simples cavalos Vi que eu estava tão doido A ponto de delirar Mastroiani, Delon, Jack Lemon, estripador Romeu, Notre-Dame, cordunda, estrelato e pavor, Se o estrelato maior É Beverly Hills Ainda prefiro o Rio Detroit, Chicago, Beverly Hills Ainda prefiro o Rio Miami, Coliseu, Beverly Hills Ainda prefiro o Rio.

B.091.Bom dia minha Flor - Rildo Hora/Martinho da Vila

Galo já cantou no meu terreiro Pássaros já vão se alvoroçar Aurora raiou Astro-rei já vem Bom-dia, minha flor, meu bem Gente solta o corpo pra correr Povo sai correndo pro trabalho Padeiros no trigo Enxadas nos campos Foice nos canaviais Você comigo Bom-dia, bom-dia, bom-dia Meu amor Mundo girando E há pés que são donos da bola Mas as esmolas minguando E aumentando as mãos Bom-dia, bom-dia, bom-dia Meu amor A criançada já foi sonolenta pra escola Prenda doméstica, mestra, vassoura e sabão Bom-dia, bom-dia, bom-dia Luta, labuta Trabalho é fonte de vida Vida é amor E o amor nosso mel, nosso pão

B.090.Bruxarias e Histórias do Arco da Velha - Jorginho Dudu/Tiãozinho

Pode rogar Praga em minha sorte Meu santo é forte Ninguém vai me derrubar Sou mandingueiro , sei fazer feitiçaria E bruxarias de todo lugar Padre Miguel Sua estrela manigesta na cidade Os encantos da magia Esconjuro, pe'de pato Mangalô três vezes Sai prá lá com esse gato Sexta-feira treze Tantos mistérios ao redor Que medo nas estórias da vovô Mas o futuro quem se atreve perguntar Agora o meu destino: Que será? Um novo tempo despontou E vem trazendo amor Ave sonhada, cristalizada Raça dourada numa era de esplendor O luar clareia, clareia, deixa clarear, clarear Meia-noite, lua cheia Oi tem magia no seu jeito de olhar.

B.089.Beijo Molhado - Belchior

Um beijo molhado, escandalizado mas sintonizado em nossa canção... Um beijo comprado no supermercado transistorizado beijo do Japão... Only you, only you sabe dar! Marilyn, Greta, Marlene deusas que eu amei com as mãos A fumaça azul do cinema... Poeira de estrelas, de sexo.../ Ilusão Menina, quanta saude! Fascination, Holymood de cartão postal lamê! Tesouro da juventude, cuba libre... Anti-ilha do tesouro que eu ganhei na matine! Ie, Ie, Ie, Ie, Ie, only you Moças, bonecas de louça, fofinhas, dolores de mil pasión! Oh! Diana suburbana, sulamericana, suja de baton! Oh! Deusa da discoteque! Oh! Musa do fliperama, meu bichinho de neon! Vamos de motocicleta, tomar um sorvete! Na lanchonete sempre rola um som! Only you, only you sabe ser, sabe dar! Que coisa louca! Que céu da boca um beijo, no carro, no bando de trás! Pelvis no rock, me pegue, me toque... Saques de sax... Você é demais! Al dia lá delle cose piu belle Ci sei tu, ci sei tu Al di lá, delle stille Ci sei tu perme

B.088.Brisa - Paquito - Poema de Manoel Bandeira

Vamos viver no Nordeste, Anarina Vamos viver no Nordeste Deixarei aqui, meus amigos, meus livros Minhas riquezas, minha vergonha Deixarás aqui tua filha, tua avo, teu marido Teu amante Aqui, faz muito calor No Nordeste faz calor também Mas lá tem brisa Vamos viver de brisa, Anarina Vamos viver de brisa.

B.087.Balancê - João de Barro/Alberto Ribeiro

Ô balancê, balancê... Quero dançar com voce Entra na roda morena Prá ver O balancê, balancê. Quando por mim você passa Fingindo que não me vê Meu coração quase se despedaça No balancê, balancê. Você foi minha cartilha Você foi meu ABC E por isso Eu sou a maior maravilha Do balancê, balancê. Eu levo a vida pensando Pensando só em você E o tempo passa E eu vou me acabando No balancê, balancê.

A.159.A Vida Inteira - Gabú

Quero te namorar Quero ficar perto Do seu coração Quero ter você A vida inteira Quando a gente se beijar No banco da praça Ou na areia do mar Vai ser pra valer A vida inteira Olha bem pra mim E diz que não vai me abandonar E se algum dia eu chorar Vai ser de prazer e de paixão Oh, meu bem querer Eu sempre sofri de solidão Preciso sentir o seu calor Só quero você meu amor

A.158.Amor Vampiro - César Augusto/Cesar Rossini

Este amor vampiro Esta me deixando louco ela não tem pena do meu coração chega de mansinho no meio da noite me ama me morde o pescoço com tanta paixão Apaixonado Eu fico pensando se ela é real se estou apenas sonhando e assim desse jeito nosso amor acontece ela só sai de mim só sai de mim depois que o dia amanhece amor vampiro me deixa no corpo um doce veneno me deixa dormindo e quando eu acordo estou sempre querendo

A.157.Agalopado - Alceu Valença

Quando eu canto o seu coração se abala Pois eu sou porta-voz da incoerência Desprezando seu gesto de clemência Sei que meu pensamento lhe atrapalha Cego o sol seu cavalo de batalha E faço a lua brilhar no meio-dia Tempestade eu transformo em calmaria E dou um beijo no fio da navalha Pra dançar e cair nas suas malhas Gargalhando e sorrindo de agonia Se acaso eu chorar não se espante O meu riso e o meu choro não têm planos Eu canto a dor, o amor, o desengano E a tristeza infinita dos amantes Don Quixote liberto de Cervantes Descobri que os moinhos são reais Entre feras, corujas e chacais Viro pedra no meio do caminho Viro rosa, vereda de espinhos Incendeio esses tempos glaciais

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A.156.Artigo 26 - Ednardo

Olha o padeiro entregando o pão De casa em casa entregando o pão Menos naquela, aquela, aquela, aquela não Pois quem se arrisca a cair no alçapão? Pois quem se arrisca a cair no alçapão? Anavantu, anavantu, anarriê Nê pa dê qua, nê pa dê qua, padê burrê Igualitê, fraternitê e libertê Merci bocu, merci bocu Não há de que Rua Formosa, moça bela a passear Palmeira verde e uma lua a pratear Um olho vivo, vivo, vivo a procurar Mais uma idéia pro padeiro amassar Mais uma idéia pro padeiro amassar Anavantu, anavantu, anarriê Nê pa dê qua, nê pa dê qua, padê burrê Igualitê, fraternitê e libertê Merci bocu, merci bocu Não há de que Você já leu o artigo 26 Ou sabe a história da galinha pedrês E me traduza aquele roque para o português A ignorância é indigesta pro freguês A ignorância é indigesta pro freguês Anavantu, anavantu, anarriê Nê pa dê qua, nê pa dê qua, padê burrê Igualitê, fraternitê e libertê Merci bocu, merci bocu Não há de que Você queria mesmo, é ser, um sanhaçu Fazendo fiu e voando pelo azul Mas nesse jogo lhe encaixaram, e é uma loucura Lá vem o padeiro, pão na boca é o que te cura Lá vem o padeiro, pão na boca é o que te cura Anavantu, anavantu, anarriê Nê pa dê qua, nê pa dê qua, padê burrê Igualitê, fraternitê e libertê Merci bocu, merci bocu

A.155.Arrastão - Edú Lobo/Vinicius de Moraes

Eh! tem jangada no mar Hei! hei! hei! Hoje tem arrastão Eh! todo mundo pescar Chega de sombra João... Jovi, olha o arrastão Entrando no mar sem fim Eh! meu irmão me traz Yemanjá prá mim...(2x) Minha Santa Bárbara Me abençoai Quero me casar Com Janaína.. Eh! puxa bem devagar Hei! hei! hei! Já vem vindo o arrastão Eh! é a Rainha do Mar Vem! Vem na rêde João Prá mim!... Valha-me Deus Nosso Senhor do Bonfim Nunca jamais se viu Tanto peixe assim...(2x) Minha Santa Bárbara Me abençoai Quero me casar Com Janaína.. Eh! puxa bem devagar Hei! hei! hei! Já vem vindo o arrastão Eh! é a Rainha do Mar Vem! Vem na rêde João Prá mim!... Valha-me Deus Nosso Senhor do Bonfim Nunca jamais se viu Tanto peixe assim...(3x)

A.154.Abre Alas - Chiquinha Gonzaga

Ô abre alas Que eu quero passar Eu sou da lira Não posso negar Ô abre alas Que eu quero passar Rosa de ouro É que vai ganhar

A.153.Abre Alas - Ivan Lins/Victor Martins

F#m B7 Abre alas pra minha folia C#m Já está chegando a hora F#m B7 Abre alas pra minha bandeira C#m Já está chegando a hora A7+ Bb7 G#m Apare os teus sonhos que a vida tem dono C#m E ela vem te cobrar F#m B7 E7+ A vida não era assim, não era assim A7+ B7b G#m Não corra o risco de ficar alegre C#m Pra nunca chorar F#m B7 E7+ A gente não era assim, não era assim ... A7+ B7b G#m Encoste essa porta que a nossa conversa C#m Não pode vazar F#m B7 E7+ A vida não era assim, não era assim A7+ B7b G#m Bandeira arriada, folia guardada C#m Pra não se usar F#m B7 E7+

A.152.Agora - Ivan Lins/Ronaldo de Souza

Eu me lembro Quando noite adentro Eu me lembro Foi você, silêncio Eu me lembro Você nem viu Que eu era festa pra você Que eu era gente qual você Por isso agora Eu sei a sua história Melhor do que você Meu cativeiro Foi seu corpo inteiro Eu vou agora Senhor, sem hora Por isso agora (...)

A.151.Anjo - Louro Santos

Anjo me diz Como chegar a você Pra qual estrela posso te chamar Em que sonho você está Anjo talvez Meu olhos sequem ao sol Mas uma noite cai o que fazer Tudo faz lembrar você Beijos de mel Pra que me deste teu céu? Se não podia mais ficar aqui comigo Te procurei e ao mundo inteiro gritei Eu amo você Só penso em você Precisas voltar que eu estou morrendo Faça um sinal Diz não é real Se o sonho acabou estou te perdendo, te perdendo

A.150.A Cura - Lulu Santos

Existirá Em todo porto tremulará A velha bandeira da vida Acenderá Todo farol iluminará Uma ponta de esperança E se virá Será quando menos se esperar Da onde ninguém imagina Demolirá Toda certeza vã Não sobrará Pedra sobre pedra Enquanto isso Não nos custa insistir Na questão do desejo Não deixar se extinguir Desafiando de vez a noção Na qual se crê Que o inferno é aqui Existirá E toda raça então experimentará Para todo mal A cura Existirá Em todo porto se estiará A velha bandeira da vida Acenderá Todo farol iluminará Uma ponta de esperança E se virá Será quando menos se esperar Da onde ninguém imagina Demolirá Toda certeza vã Não sobrará Pedra sobre pedra Enquanto isso Não nos custa insistir Na questão do desejo Não deixar se extinguir Desafiando de vez a noção Na qual se crê Que o inferno é aqui Existirá E toda raça então experimentará Para todo mal A cura

A.149.Amante Amado

Lá lá lá lá lá Lá lá lá lá lá Eu quero que você me pegue Me abrace e me aperte Me beije e me ame E depois me mande embora Que eu vou feliz da vida, amor Quero ser mandado Adorado Acariciado Machucado E amado por você E depois pode me mandar embora Mesmo que sejam quatro horas da amanhã, chovendo Fazendo frio, amor E me proibindo de olhar pra outra mulher qualquer Pois eu vou feliz da vida, vitorioso Pois eu sou o seu escravo, amor Pois eu sou o seu amante amado, amor

A.148.Abraça-me - Júlio Iglesias/R.Ferro

Abraça-me E não me digas nada Só abraça-me E basta uma olhada Para compreender Que partirás. Abraça-me Como se fosee agora A primeira vez Como se não quisesse Nunca me perder Abraça-me. E ao partir Te esquesarás que um día Há muito tempo já Quando eramos pequeños Me juraste amar Me sentirei perdido se te vas. Mas partirás E sei que nada resta Tudo levarás Quebrando um juramento, Nada deixarás Momentos de ternura Nunca mais. Abraça-me E não me digas nada Só abraça-me Não quero pensar nisto Mas eu já sei bem Que partirás. Abraça-me Como se fosse agora A primeira vez Como se não quisesses Nunca me perder, Abraça-me. E ao partir Deixarás silêncio para conversar A sombra do teu corpo E a solidão Serão a companhía se te vas. Mas partirás E irá contigo o tempo, O melhor de mim E ficarei sofrendo Esse amor sem fim E esperarei que voltes Se te vas.

A.147.A Vida Inteira te Amar - Marrom/Almir Rouche

Vivo procurando o teu sorriso, amor Dentro dos olhos que me veem passar Pra ter voce dentro de mim E nunca mais nos separar Quero desfrutar essa beleza Desse carinho que voce me dá Nesse balanço vou suando Tô suando vou ficar Dentro de voce Vou me achar Te fazer feliz Me fazer sonhar A vida inteira te amar A vida inteira ia ia A vida inteira querer A vida inteira te dar

A.146.Amor Proibido - Cartola

Sabes que vou partir Com os olhos rasos d'água E o coração ferido Quando lembrar de ti Me lembrarei também Deste amor proibido Fácil demais Fui presa Servi de pasto Em tua mesa Mas fique certa que jamais Terás o meu amor Porque não tens pudor Faço tudo para evitar o mal Sou pelo mal perseguido Só o que faltava era esta Fui trair meu grande amigo Mas vou limpar a mente Sei que errei Errei inocente Sabes que vou partir Com os olhos rasos d'água E o coração ferido Quando lembrar de ti Me lembrarei também Deste amor proibido Fácil demais Fui presa Servi de pasto Em tua mesa Mas fique certa que jamais Terás o meu amor Porque não tens pudor

A.145.Amor Proibido - A.Moreira/R.Luna

Minha amiga, deixa falar essa gente a língua humana é serpente que o tempo mata depois são pessoas de corações infelizes que não encontram os matizes que encontramos nós dois minha amiga, falam de nós, mas que importa? se o mundo nos fecha a porta a nossa vida é tão boa afinal, se tanta gente condena de um grande amor deus, tem pena, vê, compreende e abençoa nosso amor, o nosso amor proibido não é desse amor fingido dos que nos ferem à-toa meu amor, não guarde ódio nenhum deixe essa gente comum mata que ainda perdoa

A.144.Asa - Djavan

A manhã me socorreu com flores e aves Suaves, soltas, em asa azul Borboletas em bando Diz que pedra não fala Que dirá se falasse Eu, Ama? Me ama Me queima na sua cama O veludo da fala Disse: Beijo, que é doce Me prende, me iguala Me rende com sua bala Diz que pedra não fala Que dirá se falasse Eu, Ama? Me ama Me queima na sua cama O veludo da fala Disse: Beijo, que é doce Me prende, me iguala Me rende com sua bala De disfarce de Zeus De Juruna, na deusa Azul Se me comover Eu já sei que é tu Claridade de um novo dia Não havia sem você Você passou e eu me esqueci O que ia dizer O que há pra falar Onde leva essa ladeira Que tristes terras vencerá Um intérprete tocando Blues? O que há pra falar Onde leva essa ladeira Que tristes terras vencerá Um intérprete tocando Blues? O que há pra falar Onde leva essa ladeira Que tristes terras vencerá Um intérprete inventando Blues? O que há pra falar Onde leva essa ladeira Que tristes terras vencerá

A.143.Acróstico - Roberto Carlos

Mais que minha própria vida Além do que eu sonhei pra mim Raio de luz Inspiração Amor, você é assim Rima dos versos que eu canto Imenso amor que eu falo tanto Tudo pra mim Amo você assim Meu coração Eternamente Um dia eu te entreguei Amor você Mais do que tudo eu sei O sol Raiou pra mim quando te encontrei

A.142.Amigo Urso - Henrique Gonçalez

Amigo urso,saudação polar. Ao leres esta,há de te lembrar, daquela grana que te emprestei, quando estavas mau de vida nunca te cobrei. Hoje estás bem,e eu me encontro em apuros, espero receber e pode ser sem juros. Este é o motivo pelo qual lhe escrevi, agora quero que saibas como me lembrei de ti: Conjecturando sobre a minha sorte, tranportei-me em pensamentos ao Pólo Norte, e lá chegando sobre aquelas regiões,vá vendo só quais as minhas condições:morto de fome de frio e sem abrigo. Sem encontrar em meu caminho um só amigo, eis que de repente vi surgir na minha frente, um grande urso,apavorado me senti. E ao vê-lo caminhando sobre o gelo, porque não dizê-lo foi que me lembrei de ti. Espero que mande pelo portador, o que não é nem um favor,estou te cobrando o que é meu. Se mais queiras aceitar um forte amplexo, deste que muito te favoreceu: Eu não sou filho de judeu,dá cá o meu.

A.141.A dança das Borboletas - Alceu Valença/Zé Ramalho

As borboletas estão voando A dança louca das borboletas As borboletas estão girando Estão virando sua cabeça As borboletas estão invadindo Os apartamentos, cinemas e bares Esgotos e rios e lagos e mares Em um rodopio de arrepiar Derrubam janelas e portas de vidro Escadas rolantes e das chaminés Mergulham e giram num véu de fumaça E é como um arco-iris no centro do céu

A.140.A Voz do Morro - Zé Keti

Eu sou o samba A voz do morro sou eu mesmo sim senhor Quero mostrar ao mundo que tenho valor Eu sou o rei do terreiro Eu sou o samba Sou natural daqui do Rio de Janeiro Sou eu quem levo a alegria Para milhões de corações brasileiros Salve o samba, queremos samba Quem está pedindo é a voz do povo de um país Salve o samba, queremos samba Essa melodia de um Brasil feliz

A.139.A Raça Humana - Gilberto Gil

A raça humana é Uma semana Do trabalho de deus A raça humana é a ferida acesa Uma beleza, uma podridão O fogo eterno e a morte A morte e a ressurreição A raça humana é o cristal de lágrima Da lavra da solidão Da mina, cujo mapa Traz na palma da mão A raça humana risca, rabisca, pinta A tinta, a lápis, carvão ou giz O rosto da saudade Que traz do gênesis Dessa semana santa Entre parênteses Desse divino oásis Da grande apoteose Da perfeição divina Na grande síntese A raça humana é Uma semana Do trabalho de deus A raça humana é Uma semana

A.138.A Mão da Limpeza - Gilberto Gil

O branco inventou que o negro Quando não suja na entrada Vai sujar na saída, ê Imagina só Vai sujar na saída, ê Imagina só Que mentira danada, ê Na verdade a mão escrava Passava a vida limpando O que o branco sujava, ê Imagina só O que o branco sujava, ê Imagina só O que o negro penava, ê Mesmo depois de abolida a escravidão Negra é a mão De quem faz a limpeza Lavando a roupa encardida, esfregando o chão Negra é a mão É a mão da pureza Negra é a vida consumida ao pé do fogão Negra é a mão Nos preparando a mesa Limpando as manchas do mundo com água e sabão Negra é a mão De imaculada nobreza Na verdade a mão escrava Passava a vida limpando O que o branco sujava, ê Imagina só O que o branco sujava, ê Imagina só Eta branco sujão

A.137.Anjo Avesso - Carlos Fernando

Safada era a cara do anjo Que no quarto noturno pintou No meu ouvido falou Loucuras de amor Pegou minha mão e saímos na troca de passos Que beijo molhado, escandalizado Que até minha gata se escandalizou Com um penacho de índio ele me coroou Sou anjo avesso, sou Tupã presente Guerreiro sempre, galho da semente Do algodão, do pau-brasil Da serpentina que coloriu Os olhos do cego, a voz do anão A vida e o meu coração de leão

A.136.Anunciação - Aleu Valença/Walter Queiroz

Na bruma leve das paixões que vêm de dentro Tu vens chegando pra brincar no meu quintal No teu cavalo peito nu cabelo ao vento E o sol quarando nossas roupas no varal Tu vens, tu vens Eu já escuto os teus sinais A voz de um anjo sussurrou no meu ouvido E eu não duvido já escuto os teus sinais Que tu virias numa manhã de domingo Eu te anuncio nos sinos das catedrais

A.135.Adeus Batucada - Sinval Silva

Adeus, adeus Meu pandeiro do samba Tamborim de bamba Já é de madrugada Vou-me embora chorando Com meu coração sorrindo E vou deixar todo mundo Valorizando a batucada Adeus, adeus Meu pandeiro do samba Tamborim de bamba Já é de madrugada Vou-me embora chorando Com meu coração sorrindo E vou deixar todo mundo Valorizando a batucada Em criança com samba eu vivia sonhando Acordava e estava tristonha chorando Jóia que se perde no mar Só se encontra no fundo Samba mocidade Sambando se goza Nesse mundo E do meu grande amor Sempre eu me despedi sambando Mas da batucada agora me despeço chorando E guardo no lenço esta lágrima sentida Adeus batucada Adeus batucada querida

A.134.A Noite - Ivan Lins/Victor Martins

Ô Antonico Vim lhe pedir um favor Que só depende de sua boa vontade É necessária uma viração pro Nestor Que está vivendo em grande dificuldade Ele está mesmo dançando na corda bamba Ele é aquele que na escola de samba Toca cuíca, toca surdo e tamborim Faça por ele como se fosse por mim Até muamba já fizeram pro rapaz Porque no samba ninguém faz o que ele faz Eu hei de vê-lo muito bem Se Deus quiser E agradeço pelo que você fizer

A.133.Antônico - Ismael Silva

Ô Antonico Vim lhe pedir um favor Que só depende de sua boa vontade É necessária uma viração pro Nestor Que está vivendo em grande dificuldade Ele está mesmo dançando na corda bamba Ele é aquele que na escola de samba Toca cuíca, toca surdo e tamborim Faça por ele como se fosse por mim Até muamba já fizeram pro rapaz Porque no samba ninguém faz o que ele faz Eu hei de vê-lo muito bem Se Deus quiser E agradeço pelo que você fizer

A.132.Acrílico - Caetano Veloso

Olhar colírico Lírios plásticos do campo e do contracampo Telástico cinemascope teu sorriso tudo isso Tudo ido e lido e vindo do vivido Na minha adolescidade Idade de pedra e paz Teu sorriso quero no meu canto Ainda canto o ido tido o dito O dado o consumido O consumado Ato Do amor morto motor da saudade Diluído na grandicidade Idade de pedra ainda Canto quieto o que conheço Quero o que não mereço O começo Quero canto de vinda Divindade do duro totem futuro total Tal qual quero canto Por enquanto apenas mino o campo ver-ter Acre e lírico o sorvete Acrílico Santo Amargo da Purificação

A.131.A Lapa - Benedito Lacerda/Herivelto Martins

A Lapa Está voltando a ser A Lapa A Lapa, confirmando a tradição A Lapa, é o ponto maior do mapa Do Distrito Federal Salve a Lapa. O Bairro das quatro letras Até um rei conheceu Onde tanto malandro viveu Onde tanto valente morreu Enquanto a cidade dorme A Lapa fica acordada Acalentando quem vive De madrugada !

A.130.A tua vida é um segredo - Lamartine Babo

A tua vida é...é um segredo É um romance e tem...e tem enredo A tua vida, é um livro amarelado Lembranças do passado Folhas soltas da saudade A tua vida, romance igual ao meu Igual a muitos outros Que o destino me escreveu A tua vida, foi sonho e foi ventura Foi lágrima caída No caminho da amargura São nossas vidas Comédias sempre iguais Três atos de mentira Cai o pano e nada mais

A.129.Amanhã ou Depois

Meu irmão amanhã ou depois A gente se encontra no velho lugar Se abraça e fala da vida que foi aí E conta as estrelas nas pontas dos dedos Pra ver quantas brilham e qual se apagou Amanhã ou depois

sábado, 26 de outubro de 2013

A.128.Aquele Abraço - Gilberto Gil

O Rio de Janeiro continua lindo O Rio de Janeiro continua sendo O Rio de Janeiro, fevereiro e março Alô, alô, Realengo - aquele abraço! Alô, torcida do Flamengo - aquele abraço! Chacrinha continua balançando a pança E buzinando a moça e comandando a massa E continua dando as ordens no terreiro Alô, alô, seu Chacrinha - velho guerreiro Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro Alô, alô, seu Chacrinha - velho palhaço Alô, alô, Terezinha - aquele abraço! Alô, moça da favela - aquele abraço! Todo mundo da Portela - aquele abraço! Todo mês de fevereiro - aquele passo! Alô, Banda de Ipanema - aquele abraço! Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço A Bahia já me deu régua e compasso Quem sabe de mim sou eu - aquele abraço! Pra você que meu esqueceu - aquele abraço! Alô, Rio de Janeiro - aquele abraço! Todo o povo brasileiro - aquele abraço!

A.127.Antes que seja tarde - Ivan Lins/Victor Martins

Com força e com vontade A felicidade há de se espalhar Com toda intensidade Háa de molhar o seco De enxugar os olhos De iluminar os becos Antes que seja tarde Há de assaltar os bares E retomar as ruas E visitar os lares Antes que seja tarde Há de rasgar as trevas E abençoar o dia E de guardar as pedras Antes que seja tarde Há de deixar sementes No mais bendito fruto Na terra e no ventre Antes que seja tarde Há de fazer alarde E libertar os sonhos Da nossa mocidade Antes que seja tarde Há de mudar os homens Antes que a chama apague Antes que a fé se acabe Antes que seja tarde.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

G.040.Graças a Deus - Roberto Martins/Oswaldo Santiago

Graças a Deus, tenho um amor Nos olhos meus não há sombra de dor, É claro o céu, é verde o mar, Graças a Deus, eu vivo a cantar. Antes de ter teu amor, esperei Sofri, chorei, ninguém me quis Hoje porém a minha alma te diz: Graças à Deus me fizeste feliz.

G.039.General da Banda - Satyro de Melo/Tancredo Silva

Chegou o general da banda ê! ê! Chegou o general da banda ê! á! Chegou o general da banda ê! ê! Chegou o general da banda ê! á! Mourão! Mourão! Vara madura que não cai Mourão! Mourão! Oi, catuca por baixo Que ela vai (ôba) para acabar

G.038.Garoto da Rua - René Bitencourt

Garoto da rua Que anda rasgado Com o bolso pesado De bolas de gude Que estuda sem livros A filosofia Buscando alegria Num fardo tão rude Garoto da rua Que corre na frente Da turma valente Que tasca balão Na bola de meia É craque afamado E rei coroado Cravando pião Garoto da rua Que é bamba da zona Que pega carona Melhor que ninguém Ao vê-Io relembro Saudosa quimera O tempo que eu era Garoto também

G.037.Guerreira - João Nogueira/Paulo César Pinheiro

Se vocês querem saber quem eu sou Eu sou a tal mineira Filha de Angola, de Keto e Nágô Não sou de brincadeira Canto pelos sete cantos Não temo quebrantos Porque eu sou guerreira Dentro do samba eu nasci Me criei me converti E ninguém vai tombar a minha bandeira, Ó, Ô, Ô Bole com samba que eu caio E balanço o balaio No som dos tantãs Rebolo que deito e que rolo Me embalo e me embolo Nos balangandãs Bambeia de lá que eu bambeio Nesse bamboleio Que eu sou bambambã Que o samba não tem cambalacho Vai de cima embaixo Pra quem é seu fã E eu sambo pela noite inteira Até amanhã de manhã Sou a mineira guerreira Filha de Ogum com Yansã.

G.036.Grafitti - Guilherme Arantes

Incomoda muita gente Se você vai fundo no que faz Incomoda o seu caminho Diferente Incomoda um ser humano singular Na esquina do horizonte Com os seus olhos Picha o muro pra você se lembrar Tudo que eles querem é te usar Saco de pandaca de piranha De suas dúvidas alguém que sintonizará Mesmo sem querer Uma insuportável vontade de viver Na esquina do horizonte Com os seus olhos Picha o muro pra você se lembrar Saco de pandaca de piranha De suas dúvidas alguém que sintonizará Mesmo sem querer Uma insuportável vontade de viver Na esquina do horizonte Com os seus olhos Picha o muro pra você se lembrar

G.035.Goma de Mascar - Gilberto Gil

Como goma de mascar Mascar e mascar e buscar o sabor Onde já não há sabor Onde já não há sabor Como ferro de engomar Passar e passar até fazer do amor Lenço sem dobras de dor Lenço sem dobras de dor Como sempre admirar O que quer que faça rima Como irma, como Maria e mar O que quer que esteja acima Do nível do medo de amar O que quer que faça feliz Como botar os pingos nos is Pingos nos is das ilusões O que quer que mereça um bis Como goma de mascar Como goma de mascar O que quer que mereça um bis Como goma de mascar

G.034.Giulieta Masina - Caetano Veloso

Palperas na neblina pele d´alma Lagrima negra tinta Lua lua lua lua Giulieta masina Ah, puta de uma outra esquina Ah, minha vida sozinha Ah, tela de luz purissima (existirmos a que sera que se destina) Ah, Guilieta masina Ah, video de uma outra luz Palperas na neblina pele d´alma Giulietta masina Aquela cara é o coração De Jesus

G.033.Girassol - Alceu Valença

Mar e sol gira gira gira sol um girassol nos seus cabelos batom vermelho. girassol morena flôr do desejo a teu cheiro em meu lençol desço pra rua sinto saudade gata selvagem sou caçador morena flor do desejo a teu cheiro em matador

G.032.Guerreira Rainha - Roberto Mendes/Jorge Pontual

Esse mundo é meu Esse mundo é de quem chegar Esse mundo é de quem lutar Nesse mundo de Deus O sol nasceu Pode estar Do outro lado da linha Pode espiar Clareou vida minha Pode espiar Tudo resplandeceu O amor me deu Pode espiar Tudo que eu não tinha Sou guerreira e rainha Nesse reino que é meu O amor me deu Esse mundo é meu Esse mundo é de quem chegar Esse mundo é de quem lutar Nesse mundo de Deus Aconteceu Pode espiar Que o mundo caminha Pode espiar Coração adivinha Pode espiar E outro tempo nasceu Agora eu Pode espiar Estou muito na minha Sou guerreira e rainha Desse reino que é meu Esse mundo é meu Esse mundo é de quem chegar Esse mundo é de quem lutar Nesse mundo de Deus

G.031.Gaiolas Abertas - João Donato/Martinho da Vila

Voa, voa passarinha voa A gaiola esta aberta Nada já te prende mais Voa, bate asa e vai embora Mas há perigos la fora Visgos e pedras mortais Voa, pra ser livres valem os riscos Voa, foge lá pros altos picos Canta pra chamar o companheiro Que anda voando fagueiro Entre frutas tropicais.

G.030.Garganta Profunda (Lero-Lero) - Edú Lobo/Cacaso

Sou brasileiro de estatura mediana Gosto muito de fulana Mas sicrana é quem me quer Sou brasileiro de estatura mediana Gosto muito de fulana Mas sicrana é quem me quer Porque no amor Quem perde quase sempre ganha Veja só que coisa estranha Saia dessa, se puder Não guardo mágoa não blasfemo não pondero Não tolero lero-lero Devo nada pra ninguém Não guardo mágoa não blasfemo não pondero Não tolero lero-Iero Devo nada pra ninguém Sou descansado Minha vida eu levo a muque Do batente pro batuque Faço como me convém Eu sou poeta e não nego a minha raça Faço versos por pirraça E também por precisão De pé quebrado verso branco, rima rica Negaceio, dou a dica Tenho a minha solução Brasileiro tarupeba taturana Bom de bola ruim de grana Tabuada sei de cor Sou brasileiro tatupeba taturana Bom de bola ruim de grana Tabuada sei de cor Quatro vez sete vinte oito noves fora Ou a onça me devora Ou no fim vou rir melhor Não entro em rima, não adoço não tempero Não remarco o marco zero Se falei não volto atrás Por onde passo deixo rastro deito fama Desarrumo toda trama Desacato satanás Brasileiro de estatura mediana Gosto muito de fulana Mas sicrana é quem me quer Porque no amor Quem perde quase sempre ganha Veja só que coisa estranha Saia dessa, se puder Diz um ditado natural da minha terra Bom cabrito é o que mais berra Onde canta o sabiá Diz um ditado natural da minha terra Bom cabrito é o que mais berra Onde canta o sabiá Desacredito no azar da minha sina Tico-tico de rapina

G.029.Guerreiro - Alceu Valença

Desenhei o seu rosto Numa nuvem clara Espero sentado Voce vai pagar Do verao pro inverno Eu não perco a calma Vou beber a lagrima Que voce chorar Tô cobrando meu troco Rogando uma praga Um rio de magoa Voce vai chorar Sou um poço de sede Cacimba sem agua Vou beber a lagrima Que voce chorar

G.028.Guarde nos Olhos - Ivan Lins/Vitor Martins

Guarde nos olhos A água mais pura da fonte Beba esse horizonte Toque nessas manhas Guarde nos olhos A gota de orvalho chorando Guarde o cheiro do cravo Do jasmim, do hortelã Guarde o riso Como nunca se fez Corra os campos Pela última vez Guarde nos olhos A chuva que faz as enchentes Vai um pouco com a gente Rumo à capital Vai dentro da gente Vamos pra Capital Guarde o riso (...) Tá nos olhos da gente Vamos pra Capital.

G.027.Galos, Noites e Quintais - Belchior

Quando eu não tinha o olhar lacrimoso que hoje eu trago e tenho; quando adoçava o meu pranto e meu sono no bagaço de cana do engenho; quando eu ganhava esse mundo de meu Deus fazendo, eu mesmo, o meu caminho por entre as fileiras do milho verde - que ondeia com saudade do verde marinho; eu era alegre como um rio, um bicho um bando de pardais como um galo...quando havia! quando havia galos, noites e quintais Mas veio o tempo negro e a força fez comigo o mal qua a força sempre faz Não sou feliz mas não sou mudo hoje eu canto muito Não sou feliz mas não sou mudo

G.026.Gota de Sangue - Angêla Rô Rô

Não tire da minha mão esse copo Não pense em mim quando eu calo de dor Olha meus olhos repletos de ânsia e de amor Não me perturbe e nem fique a vontade Tira do corpo essa roupa e maldade Venha de manso ouvir O que eu tenho a contar Não é muito nem pouco Eu diria não é pra rir Mas nem sério seria É só uma gota de sangue Em forma verbal Deixa eu sentir muito além do ciúme Deixa eu beber teu perfume Embriagar a razão Porque não volto atrás Quero você mais e mais que um dia Não tire da minha boca esse beijo Nunca confunda carinho e desejo Beba comigo a gora de sangue Final

G.025.Geração 2000 - Paulinho Levi

Olha o visual, olha o visual O gerasamba tá matando a pau Olha o visual, olha o visual Olha o visual, olha o visual Sou da Bahia, sou do gera, ra Sou da Bahia, sou do samba, ba Sou da Bahia, sou do Brasil Sou gera samba, geração 2000 Se gostou bate palma mainha Se gostou bate o pé, neguinha Olha o gute-gute, lourinha Vem ver como é, gatinha Sacudiu, balançou Foi no gera que a gente quebrou Balançou, sacudiu Foi o gera que a gente pediu

G.024.Guerrilhas Mentais - Fauzi Baydoun

São tantas batalhas perdidas Em tantas intrigas verbais Fazendo sangrar as feridas Com palavras ferinas, letais Não bastassem as perdas sofridas Em outras tantas guerrilhas mentais Traumas, barreiras erguidas Sem razões, desilusões sentidas demais Maninha, o bom dessa vida É saber não querer só ter mais Ver sua missão cumprida Vida simples vivida em paz É preciso aceitar o destino Se possível tentar melhorar O amor é um fruto divino Se você souber semear... Ele vinga, ele vingará... Porque tudo virá no seu tempo, Tudo no seu dia virá, Então jogue suas mágoas no vento E deixe essa água rolar... Deixa rolar, rolar, Deixa rolar.

G.023.Gaúcho Largado - Pedro Raymundo

Quando eu ponho minhas botas Bombacha e lenço encarnado Toda gente logo grita Éta! Gaucho largado Se monto no meu cavalo No meu pingo pangaré Por Deus que sou cobiçado Por mais de trinta "muié" E quando eu chego num baile Sapateio na entrada Se alguem me chamar a atenção A "peleia" tá formada Atiro no candieiro E vou brigar no escuro Se morrer pocuo me importa Mas desaforo eu não aturo Encosto numa parede E mando vir quem quiser Venha velho, venha moço Só não me venha mulher Arranco do meu facão Manejo sem atrapalho Nos magros eu dou de prancha Nos gordos eu dou de talho Quando eu ponho minhas botas Bombacha e lenço encarnado Toda gente logo grita Éta! Gaucho largado Se monto no meu cavalo No meu pingo pangaré Por Deus que sou cobiçado Por mais de trinta "muié"

G.022.Gente - Caetano Veloso

Gente olha pro ceu, gente quer saber o um Gente é o lugar de se perguntar o um Das estrelas se perguntaram se tantas são Cada estrela se espanta a cada explosão Gente é muito bom, gente deve ser o bom Tem de se cuidar, de se respeitar o bom Está certo dizer que estrelas estão no olhar De alguém que o amor te elegeu pra amar Marina, Bethania, Dolores, Renata, Leilinha, Suzana, Dedé Gente viva brilhando, estrelas na noite Gente quer comer, gente quer ser feliz Gente quer respirar ar pelo nariz Não, meu nego, não traia nunca essa força não Essa força que mora em seu coração Gente lavando roupa, amassando pão Gente pobre arrancando a vida com a mão No coração da mata gente quer prosseguir Quer durar, quer crescer, gente quer luzir Rodrigo, Roberto, Caetano, Francisco, Moreno, Gilberto, João Gente é pra brilhar, prá não morrer de fome Gente desse planeta do ceu de anil Gente, não entendo, gente, nada nos viu... Gente, espelho de estrelas, reflexo do esplendor Se as estrelas são tantas, só mesmo amor Mauricio, Lucila, Gidasio, Ivonete, Agripino, Gracinha, Zezé Gente espelho da vida, você mistério...

G.021.Goteira - Luiz Fidelis

Meu amor ficou chorando Feito uma goteira Quando eu lhe disse Que voltava sexta-feira E que nunca ninguém Morreu de saudade Cá prá nós quase que eu morro Quando ela me deixou Não é estória de trancoso Eu até fui para o doutor E ele me disse Que nunca ninguem Morreu de saudade

G.020.Gema - Caetano Veloso

Brilhante, ê De noite dentro da mata Na escuridão luz exata Vejo você Divina, ê Diamantina presença Na solidão de quem pensa só em você Esquecer, não Revelação Deixa eu Ver Pedra-clarão da floresta Gema do olho da festa Deixa eu saber Meu amor , Dona da minha cabeça Não, nunca desapareça De seu amor Esquecer, não Me perder, não Estrela, ê Na taça negra da selva Gota de luz sobre a relva Meu bem querer Lua-Sol ê Centro do meu pensamento Meu canto dentro do vento Busca você Esquecer, não Esconder, não Brilhante ê.

G.019.Geleia Geral - Gilberto Gil/Torquato Neto

O poeta desfolha a bandeira E a manhã tropical se inicia Resplandente, candente, fagueira Num calor girassol com alegria Na geléia geral brasileira Que o Jornal do Brasil anuncia É bumba-iê-iê-boi Ano que vem, mês que foi É bumba-iê-iê-iê É a mesma dança, meu boi Alegria é a prova dos nove A tristeza teu porto seguro Minha terra onde o sol é mais limpo Em Mangueira onde o samba é mais puro Tumbadora na selva selvagem Pindorama pais do futuro É bumba-iê-iê-boi... ] Bis É a mesma dança na sala, no Canecão, na TV E quem não dança não fala Assiste a tudo e se cala Não vê no meio da sala As relíquias do Brasil: Doce mulata malvada Um elepê de Sinatra Maracujá, mês de abril Santo barroco baiano Superpoder de paisano Formiplac e céu de anil Três destaques da portela Carne seca na janela Alguém que chora por mim Um carnaval de verdade Hospitaleira amizade Brutalidade e jardim É bumba-iê-iê-boi... ] Bis Plurialva, contente, brejeira Miss Linda Brasil diz bom dia E outra moça também Carolina Da janela examina a folia Salve o lindo pendão dos seus olhos E a saúde que o olhar irradia É bumba-iê-lê-boi.. ] Bis O poeta desfolha a bandeira E eu me sinto melhor colorido Pego um jato, viajo, arrebento Com roteiro do sexto sentido Voz do morro Pilão de concreto Tropicália Bananas ao vento

G.018.Gostoso Demais - Nando Cordel/Dominguinhos

Tô com saudades de tu meu dcsejo Tô com saudades do beijo e do mel Do teu olhar carinhoso Do teu abraço gostoso De passear no teu céu É tão difícil ficar sem você O teu amor é gostoso demais Teu cheiro me dá prazer Quando estou com você Estou nos braços da paz Pcnsamento viaja e vai buscar Meu bem querer não posso ser feliz assim Tem dó de mim o que que eu posso fazer Tô com saudadcs de tu mcu desejo... (voltar ao início)

G.017.Gatinha Manhosa - Erasmo Carlos

Meu bem já não precisa falar comigo dengosa assim Briga, para depois ganhar mil mil carinhos de mim Se eu aumento a voz, você faz beicinho e chora baixinho E diz que a emoção dói seu coração Já não acredito se você chora dizendo me amar Eu sei que na verdade carinhos você quer ganhar Um dia gatinha manhosa eu prendo você no meu coração Quero ver você fazer manha então, presa no meu coração Quero ver você.....

G.016.Geni e o Zepelim - Chico Buarque

De tudo que é nego torto Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada O seu corpo é dos errantes Dos cegos dos retirantes É de quem não tem mais nada Dá-se assim desde menina Na garagem, na cantina Atrás do tanque, no mato É a rainha dos detentos Das loucas, dos lazarentos Dos moleques do internato E também vai amiúde Com os velhinhos sem saúde E as viúvas sem porvir Ela é um poço de bondade E é por isso que a cidade Vive sempre a repetir Joga pedra na Geni Joga pedra na Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela da pra qualquer um Maldita Geni Um dia surgiu brilhante Entre as nuvens flutuante Um enorme zepelim Palrou sobre os edifícios Abriu dois mil orifícios Com dois mil canhões assim A cidade apavorada Se quedou paralisada Pronta pra virar geléia Mas do zepelim gigante Desceu o seu comandante Dizendo mudei de idéia Quando vi nesta cidade Tanto horror e iniqüidade Resolvi tudo explodir Mas posso evitar o drama Se aquela formosa dama Esta noite me servir Essa dama era Geni Mas não pode ser Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela dá pra qualquer um Maldita Geni Mas de fato logo ela Tão coitada e tão singela Cativara o forasteiro O guerreiro tão vistoso Tão temido e poderoso Era dela, prisioneiro Acontece que a donzela E Isso era segredo dela Também tinha seus caprichos E a deitar com um homem tão nobre Tão cheirando a brilho e a cobre Preferia amar com os bichos Ao ouvir tal heresia A cidade em romaria Foi beijar a sua mão O prefeito de joelhos O bispo de olhos vermelhos E o banqueiro com um milhão Vai com ele, vai Geni Vai com ele, vai Geni Você pode nos salvar Você vai nos redimir Você dá prá qualquer um Bendita Geni Foram tantos os pedidos Tão sinceros, tão sentidos Que ela dominou seu asco Nessa noite lancinante Entregou-se a tal amante Como quem dá-se ao carrasco Ele fez tanta sujeira Lambuzou-se a noite inteira Até ficar saciado E nem bem amanhecia Partiu numa nuvem fria Com seu zepelim prateado Num suspiro aliviado Ela se virou de lado E tentou até sorrir Mas logo raiou o dia E a cidade em cantoria Não deixou ela dormir Joga pedra na Geni Joga pedra na Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela dá pra qualquer um Maldita Geni

G.015.Gabril - Beto Guedes/Ronaldo Bastos

É só de ninar E de desejar que a luz do nosso amor Matéria prima dessa canção Fique a brilhar E é prá você E pra todo mundo que quer trazer assim A paz no coração meu pequeno amor E de você me lembrar Toda vez que a vida mandar olhar por céu Estrela da manhã Meu pequeno grande amor Que é você Gabriel Pra poder ser livre como a gente quis Quero te ver feliz

G.014.Genipapo - Jota Júnior/Fernando Luz/Oldemar

Cai a turma no samba E ninguém mandou Genipapo maduro Cai do galho E ninguém balançou. Ô ô ô caso é maneirar Ô ô ô que o galho vai quebrar Ô ô ô é só me acompanhar Ô ô ô a nêga vai balançar

G.013.Genipapo Absoluto - Caetano Veloso

Como será pois se ardiam fogueiras Com olhos de areia quem viu Praias paixões fevereiros Não dizem o que junhos de fumaça e frio Onde e quando é genipapo absoluto Meu pai, seu tanino, seu mel Prenso, esperança, sofrer prazeria Promessa poesia Mabel Contar é mais do que lembrar É mais do que ter tido aquilo então Mais do que viver do que sonhar É ter o coração daquilo Tudo são trechos que escuto: vêm dela Pois minha mãe é minha voz Cama será que isso era este som Que hoje sim gera sóis dói em dós Aquele que considera A saudade uma mera contraluz que vem Do que deixou pra trás Não esse só desfaz o signo E a “rosa também”

G.012.Garça Branca - Marcus Viana

Quando é cheia no Pantanal E a terra espelho do azul Jacaré em beira de rio É pião à chorar o amor da morena Que foi na chalana Prá não mais voltar Lua cheia no Pantanal Coração pantaneiro é Garça branca em beira de rio Bebendo da luz Pião à sonhar com amor da morena Feita pra amar Coração de bruaca á á Tuiuiú que não quer voar Jardim velho que só dá flor Se a chama do amor cair e levar o fundo da alma e a tristeza levar.

G.011.Gota D'Agua - Chico Buarque

Já lhe dei meu corpo, não me servia Já estanquei meu sangue, quando fervia Olha a voz que me resta Olha a veia que salta Olha a gota que falta Pro desfecho da feta Por favor Deixa em paz meu coração Que ele é um pote até aqui de mágoa E qualquer desatenção faça não Pode ser a gota d´agua

terça-feira, 27 de agosto de 2013

B.086.Bloco do Prazer - Moraes Moreira/Fausto Nilo


Ouça a Música
Vem meu amor feito louca
Que a vida tá curta
E eu quero muito mais
Mais que essa dor que arrebenta
A paixão violenta
Oitenta carnavais

Pra libertar meu coração
Eu quero muito mais
Que o som da marcha lenta
Eu quero um novo balancê
E o bloco do prazer
Que a multidão comenta
Não quero oito e nem oitenta
Eu quero o bloco do prazer
E quem não vai querer?

Mamãe mamãe eu quero sim
Quero ser mandarim
Cheirando gasolina
Na fina flor do meu jardim
Assim como carmim
Da boca das meninas
Que a vida arrasa e contamina
O gás que embala o balancê

Vem meu amor feito louca
Que a vida tá curta
E eu quero muito mais
Mais que essa dor que arrebenta
A paixão violenta
Oitenta carnavais

B.085.Beijo Veneno - Cecéu/Antonio Barros

Teu beijo tem veneno Teu carinho me enlouquece Ah, meu bem, se eu pudesse Me livrar do seu calor Eu saía correndo Me dando a quem me quisesse Por que você não merece Meu coração, meu calor Mas, meu bem, acontece Que você naquela hora Me estraçalha, me devora Com teu jeito sedutor É muito bom É bom demais É tão gostoso O mal que você me faz

B.084.Beco do Siri - Nêgo Júlio/Domingos Sérgio

O ai que ela fazia O ui que ele dizia Era a moqueca de siri Que eles tanto comiam E tinha uma pimenta Que tanto ardia Ela gritava: ai! Ele gritava: ui! Ai, ui, tá ardendo, ui Ai, ui, tá ardendo, pai Lá na rua tem um beco Beco do siri Quando escurece A galera grita assim: Ai, ui, tá ardendo, ui Ui, ai, tá ardendo, pai No silêncio da noite A mulher me chama Estou travado Vou cair na cama Ai, ui, tá ardendo, ui Ui, ai, tá ardendo, pai

B.083.Baião da Penha - Guio de Morais/David Nasser

Demonstrando a minha fé Vou subir a Penha a pé Pra fazer minha oração Vou pedir à padroeira Numa prece verdadeira Que proteja o meu baião Penha, Penha Eu vim aqui me ajoelhar Venha, Venha Trazer paz para o meu lar (2X) Nossa senhora da Penha Minha voz talvez não tenha O poder de te exaltar Mas dê benção padroeira Pra essa gente brasileira Que quer paz pra trabalhar Penha, Penha Eu vim aqui me ajoelhar Venha, Venha Trazer paz para o meu lar (2X)

B.082.Boas Vindas- Caetano Veloso

Sua mãe e eu Seu irmão e eu E a mãe do seu irmão Minha mãe e eu Meus irmãos e eu E os pais da sua mãe E a irmã da sua mãe Lhe damos as boas-vindas Boas-vindas, boas-vindas Venha conhecer a vida Eu digo que ela é gostosa Tem o sol e tem a lua Tem o medo e tem a rosa Eu digo que ela é gostosa Tem a noite e tem o dia A poesia e tem a prosa Eu digo que ela é gostosa Tem a morte e tem o amor E tem o mote e tem a glosa Eu digo que ela é gostosa Eu digo que ela é gostosa Sua mãe e eu Seu irmão e eu E o irmão da sua mãe

B.081.Bambeia - Carlinhos Brown/Ninha

Sambador prepara a roda Para arrepiar a aldeia Quantas léguas faz um pé Quando escuto o rum pi lé Peraí que o corpo bambeia Na escada do Quebra-Bunda Mora uma moça parideira Na quadra da timbalada Tem dez filhas sambadeiras Samba da bochecha inchada Samba da bochecha cheia Vem subir ladeira Peraí que o corpo bambeia Moça da ladeira Peraí que o corpo bambeia Vem subir ladeira Peraí que o corpo bambeia Vem dançar ladeira Peraí que o corpo bambeia Menina da ladeira Peraí que o corpo bambeia Sambador prepara ... Vem subir ladeira Peraí que o corpo bambeia Moça da ladeira Peraí que o corpo bambeia Vem subir ladeira Peraí que o corpo bambeia Dança de ladeira Peraí que o corpo bambeia Lada na ladeira Peraí que o corpo bambeia Menina que sobe e desce ladeira Peraí que o corpo bambeia Vem subir ladeira Peraí que p corpo bambeia Bate mão para sambar

B.080.Beijo em Alto Mar - Bell Marques

Eu nunca vi tantas flores lindas Rosas tão belas assim nunca vi Requebro, molejo, sensuais Um dengo gostoso demais Carnaval nunca acaba Se você me faz um carinho Quando ela chega o medo se vai Traz um perfume na pele Que me satisfaz Bela flor, céu azul Teu corpo no meu corpo, corpo nu Aconchega no meu peito Vem matar esse desejo sem fim Me enche de esperança e vem dançar Quero esse beijo nem que seja em alto mar O teu ciume só me faz enlouquecer Tô viajando nesse sonho de amor com você Vem, vem pra cá Quero esse beijo nem que seja em alto mar Vem, me dizer Tô viajando nesse sonho de amor com você

B.079.Baião de Rua - Nonato Luiz/Fausto Nilo

Olho de menino da cidade Não demora sabe vadiar Carro, geladeira, liberdade Tudo chora pelo seu olhar É um menino nú Que brotou do chão Perto do sinal Perdeu a luz, pedindo pão Quando a lua branca Vai subindo aos pedaços sobre a construção Eu fico sonhando em teus braços E adormeço na televisão Fica tudo azul Quando a noite cai Onde a vida vai Até nascer o sol Somos um, somos dois, somos três No asfalto, somos quatro Contra cinco Somos sete, canivetes Um biscoito pra nós oito E um bilhão pro barão Ô baião do Brasil baião Um anum, dois arroz Três pedrez, pau no gato Pé de pato, pé de pinto Um pivete e sua gilete Não tem bola, quero cola

B.078.Boiadeiro - Armando Cavalcanti/Klecius Caldas

Vai, boiadeiro que o dia já vem Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem De manhanzinha, quando sigo pela estrada Minha boiada prá invernada vou levar São dez cabeça, é muito pouco, é quase nada Mas não tem outras mais bonitas no lugá Vai, boiadeiro que o dia já vem Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem De tardezinha quando venho pela estrada A fiarada vem correndo me abraçá São dez filinho, é muito pouco, é quase nada Mas não tem outros mais bonitos no lugá Vai, boiadeiro que o dia já vem Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem E quando eu chego na cancela da morada Minha Rosinha vem correndo me esperá É pequenina, é miudinha, é quase nada Mas não tem outra mais bonita no lugá

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

B.077.Bateu Saudade - João Lyra/Paulo César Pinheiro

Bateu saudade, coração bate no peito Morena, não tem jeito de esquecer essa paixão Você não sabe, depois da separação Essa saudade não me deixa agir direito Bateu em mim de fazer dó Doeu como ela só A saudade cada vez fica maior Eu não esqueço desse amor lá no começo Era um chamego só Um aconchego só Depois, morena, você disse sem ter pena Que a paixão ficou pequena Me deixou sem seu xodó Mas quanta falta sinto agora em noite alta De um carinho só Um cheirinho só Por isso é que o meu coração Tem essa aflição Toda vez mrena, que eu me deito Deus do céu, como era bom Quanto eu lembro, então Bate a saudade no meu peito, ai ai Era um chamego só Um aconchego só Um carinho só Um cheirinho só Um chamego só Um aconchego só...

B.076.Breve Sopro no Ar - Fauzi Beydown

Distante na estrada O horizonte se apaga Entardecer eternizante Em apenas um instante O olhar se perde no escuro Sem passado ou futuro Só a luz interior Nos faz seguir sem temor Vivendo no mundo Por tão pouco tempo Não mais que um segundo Um breve momento Não se pode estar perdido Não se pode estar Vagando sem um sentido Viajando pra nunca chegar Somente um louco Não ira realizar Que a vida é um sopro Um breve sopro no ar Viagem passageira Até outra fronteira Onde nada se vai levar Nem com todo o ouro Aqui acumulado Se comprará o tesouro Por todos mais cobiçado O tesouro mais precioso De ter sua mente em paz A mente em paz O espiríto livre e pronto A consciência tranquila Em paz com a vida Não há tempo prá intrigas Só o que há de valor e paz A paz interior

B.075.Boi Tradição - Dé Monteverde/Paulinho

Minha emoção Vem do meu coração Minha fantasia é meu boi Meu canto é minha toada Ritmada ao som do tambor Levanta galera vermelha e branca Que o boi garantido chegou Lê, lê, lê, ô, ô Garantido é Alegria é Paz, Harmonia, é Brinquedo De amor

B.074.Brigas - Evaldo Gouveia/Jair Amorim

Veja só, que tolice nós dois brigarmos tanto assim se depois vamos nós a sorrir trocar de bem, enfim. Para que maltratarmos o a mor o amor não se maltrata não. Para que se essa gente o que quer é ver nossa separação. Brigo eu, você briga também por coisas tão banais e o amor em momentos assim, morre um pouquinho mais. E ao morrer então é que se vê, que quem morreu fui eu e foi você, pois sem amor estamos sós, morremos nós. E ao morrer, então é que se vê que quem morreu fui eu e foi você, pois sem amor, estamos sós, morremos nós.

B.073.Borboleta - Domênico Lancellotti

No lago zulu O casulo de seda Da larga lagarta Do corpo de estrela Virada no vento Não vai mais rasteira Terá vida nova Farfalla ligeira Farfalla ligeira borboleta Farfalla ligeira Levada na cor Recorta do ar O cheiro da flor Ruído do mar Mas foge de mim Na borda da mesa Ou pousa no prato De louça chinesa Farfalla ligeira Farfalla ligeira borboleta Farfalla ligeira

B.072.Babilônia Brasileira - Fauzi Betdown

Como pode um país continente? De extensas terras, incontáveis riquezas Dominado por uma elite tão inconsequente, Saqueando o povo, semeando a incerteza. Empresários, políticos,corruptos, oportunistas Constroem seus impérios manipulando a massa, Prepotentes senhores escravagistas, Tão hábeis em suas trapaças A lei do mais forte é sua segurança, Tornando pessoas mais e mais oprimidas, Famílias inteiras sofridas , sem esperanças, Carentes e subnutridas crianças. Brasil babilônia, Terra da pouca vergonha, De que vale tamanha riqueza, Terras boas. Tão bela natureza, Se o povo não pode almejar, Ao menor bem estar, de Ter o pão sobre a mesa. Babilônia brasileira, Paraíso dos safados, Regime do Demônio, Sugando a nação inteira, Capitalismo selvagem, sistema babilônio, Jamais irá suplantar, O sistema e os desígnios de Jah.

B.071.Breve como um Jogo - Fauzi Beydown

A vida é breve como um jogo, Com suas regras, suas leis, Injustiças e malogros, Muitos perdem sua vez. É ganhar ou perder, É lutar pra viver, É ganhar ou perder, É lutar pra viver. Em tudo há uma ciência, A vivência nos leva a reconhecer, Nas angústias, minúcias da existência, A arte e a razão de viver, Porque um dia... Quem perde poderá ganhar, Quem ganha poderá perder, Quem sofre poderá gozar, Quem goza poderá sofrer

B.070.Babilônia em Chamas - Fauzi Beydown

Babilônia em Chamas! Babilônia em Chamas! Chamas da destruição Chamas da destruição... Os dias são esses (Esses!) Dias de hoje (Hoje!) O mundo é confuso Hum! Hum! Mundo imundo... Todos têm suas verdades Todos têm suas mentiras Os sábios da iniqüidade Não temem as chamas da ira Da ira de Jah! (Jah! uh! uh! uh!) Da ira de Jah! (Jah! uh! uh! uh!) Ninguém se lembra de Jah.... Babilônia em Chamas! Babilônia em Chamas! Chamas da destruição Chamas da destruição... Olhe pr'os guetos E veja a escravidão As vítimas da pátria Filhos da opressão Vivendo, sofrendo, morrendo Vivendo, sofrendo, morrendo Prá alimentar Os donos da situação Quem são? Os donos do poder! O cérebro do sistema Hum! Donos da situação... -"Jah-Jah, proteja meus filhos Das Chamas da Destruição" Vaia! Vaia! Vaia! Vaia! Vaia quem não dá plantão! Vaia! Vaia! Vaia! Vaia! Vaia quem não dá plantão!... Babilônia em Chamas! Babilônia em Chamas! Chamas da destruição Chamas da destruição Babilônia em Chamas! Babilônia em Chamas! Chamas da destruição (Chamas!) Chamas da destruição (Chamas!) Chamas da destruição...

B.069.Beatriz - Edú Lobo/Chico Buarque

Olha Será que ela é moça Será que ela é triste Será que é o contrário Será que é pintura O rosto da atriz Se ela dança no sétimo céu Se ela acredita que é outro país E se ela só decora o seu papel E se eu pudesse entrar na sua vida Olha Será que é de louça Será que é de éter Será que é loucura Será que é cenário A casa da atriz Se ela mora num arranha-céu E se as paredes são feitas de giz E se ela chora num quarto de hotel E se eu pudesse entrar na sua vida Sim, me leva para sempre Beatriz Me ensina a não andar com os pés no chão Pra sempre é sempre por um triz Ai, diz quantos desastres tem na minha mão Diz se é perigoso a gente ser feliz Olha Será que é uma estrela Será que é mentira Será que é comédia Será que é divina A vida da atriz Se ela um dia despencar do céu E se os pagantes exigirem bis E se um arcanjo passar o chapéu E se eu pudesse entrar na sua vida

B.068.Brigas Nunca Mais - Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Chegou, sorriu, venceu depois chorou Então fui eu quem consolou sua tristeza Na certeza de que o amor tem dessas fases más E é bom para fazer as pazes, mas Depois fui eu quem dela precisou E ela então me socorreu E o nosso amor mostrou que veio prá ficar Mais uma vez por toda a vida Bom é mesmo amar em paz Brigas nunca mais

B.067.Bim Bom - João Gilberto

Dm7 G7 Dm7 G7 Bim bom bim bim bom bom Dm7 G7 Dm7 G7 Dm7 Bim bom bim bim bom bim bom Dm7 G7 Dm7 G7 Bim bom bim bim bom bom Dm7 G7 Dm7 G7 Dm7 E7/4 E7/-9 Bim bom bim bim bom bim bim Am7 Bm7 E7/-9 Am7 Bm7 E7/-9 É só isso o meu baiao E nao tem mais nada nao Am7 A7 Dm7 G7 O meu coraçao pediu assim, só Dm7 G7 Dm7 G7 Bim bom bim bim bom bom Dm7 G7 Dm7 G7 Bim bom bim bim bom bom Dm7 G7 Dm7 G7 Bim bom bim bim bom bom Am7 Bm7 E7/-9 Am7 Bm7 E7/-9 É só isso o meu baiao E nao tem mais nada nao Am7 A7 Dm7 Fm6 Cmaj7

B.066.Bolinha de Papel - Geraldo Pereira

Só tenho medo da falceta Mas adoro a Julieta Como adoro o Papapi do ceu Quero seu amor, minha santinha Mas só não quero que me faça De bolinha de papel . Tiro você do emprego Dou-lhe amor e sossego Vou ao banco E tiro tudo prá você gastar Posso, ó Julieta Lhe mostrar a caderneta Se você duvidar.

B.065.Beleza Pura - Caetano Veloso

Não me amarra dinheiro não Mas formossura Dinheiro não A pele escura Dinheiro não A carne dura Dinheiro não Moça preta do curuzu Beleza pura Federação Beleza pura Boca do Rio Beleza pura Dinheiro não Quando essa preta começa a tratar do cabelo É de se olhar Toda a trama da trança a trança do cabelo Conchas do mar Ela manda buscar pra botar no cabelo Toda minúcia Toda delícia Não me amarra dinheiro não Mas elegância Não me amarra dinheiro não Mas a cultura Dinheiro não A pele escura Dinheiro não A carne dura Dinheiro não Moço lindo do badauê Beleza pura Do lê Aiyê Beleza pura Dinheiro yeah Beleza pura Dinheiro não Dentro daquele turbante do Filho de Ghandi É o que há Tudo é chique demais, tudo é muito elegante Manda botar Fina palha da costa e que tudo se trance Todos os búzios Todos os ócios Não me amarra dinheiro não, mas os mistérios

B.064.Brasil Pandeiro - Assis Valente

C C#° Dm G C Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor C7 F Eu fui na Penha, fui pedir ao Padroeiro para me ajudar G#° G Dm G Salve o Morro do Vintém, Pendura a saia eu quero ver Dm G Dm G C G7 Eu quero ver o tio Sam tocar pandeiro para o mundo sambar C C#° Dm G C O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada C7 F Anda dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato G#° G Dm G Vai entrar no cuzcuz, acarajé e abará Dm G Dm G C C#° Na Casa Branca já dançou a batucada de ioiô, iaiá F G Em Brasil, esquentai vossos pandeiros Am Dm G C C#° Iluminai os terreiros que nós queremos sambar F G Em Am Dm Há quem sambe diferente noutras terras, noutra gente G C C#° Num batuque de matar F G Em Batucada, Batucada, reunir nossos valores Am Dm Pastorinhas e cantores G C C#° Expressão que não tem par, ó meu Brasil F G Em |Brasil, esquentai vossos pandeiros 2x| Am Dm G C C#° |Iluminai os terreiros que nós queremos sambar G7 C G7 C Ô, ô, sambar, iêiê, sambar... G7 C G7 C

B.063.Baião da Garoa - Hervê Cordovil/Luiz Gonzaga

Na terra seca Quando a safra não é boa Sabiá não entoa Não dá milho e feijão Na Paraíba, Ceará, nas Alagoas Retirantes que passam Vão cantando seu rojão. Tra-lá lá lá lá lá lá Tra-lá lá lá lá lá lá Meu São Pedro me ajude Mande chuva, chuva boa Chuvisqueiro, chuvisquinho Nem que seja uma garoa. Uma vez choveu na terra seca Sabiá então cantou Houve lá tanta fartura Que o retirante voltou. Oil Graças a Deus Choveu, garoou.

B.062.Balada de Madame Frigidaire - Belchior

Ando pós-modernamente apaixonado pela nova geladeira. Primeira escrava branca que comprei, veio e fez a revolução. Esse eterno feminino do conforto industrial injetou-se em minha veia, dei bandeira! e ao por fé nessa deusa gorda da tecnologia gelei de pura emoção! Ora! desde muito adolescente me arrepio ante empregada debutante. Uma elétrica doméstica então... Que sex-appeal! Dá-me o frio na barriga! Essa deusa da fertilidade, ready made a la Duchamp, já passou de minha amante Virou super-star, a mulher ideal, mais que mãe, mais que a outra... Puta amiga! Mister Andy, o papa pop, e outro amigo meu xarope se cansaram de dizer: Pra que Deus, Dinheiro e Sexo, Ideal, Pátria, Família pra quem já tem frigidaire? É Freud, rapaziada! Vir a cair na cantada dum objeto mulher. Eu me confundo, madame! E a classe média que mame se o céu, a prazo, se der! Que brancorno abre e fecha sensual dessa Nossa Senhora Ascéptica! Com ela eu saio e traio a televisão, rainha minha e de vocês. Dona frigidaire me come... But no kids double income! Filho compromete a estética! Como Edipo-Rei momo, como e tomo tudo dela... Deleites da frigidez! Inventores de Madame Frigidaire, peço bis! Muito obrigado! Afinal, na geladeira, bem ou mal, pôs-se o futuro do país. E um futuro de terceira, posto assim na geladeira, nunca vai ficar passado. Queira Deus que no fim da orgia, já de cabecinha fria, eu leve um doce gelado! Mister Andy, o papa pop, e outro amigo meu xarope, se cansaram de dizer: - Pra que Deus, Dinheiro e Sexo, Ideal, Pátria, e Família pra quem já tem frigidaire? É Freud, rapaziada! Vir a cair na cantada dum objeto mulher... Mas que trocadilho infame! La vraie Ballade des Dames du Temps Jadis... au contraire!

B.061.Boiada - Almir Sater/Renato Teixeira

Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rastro da boiada A poeira é como o tempo, um véu, uma bandeira, tropa viajada Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada E sumiram lá na curva, na curva da vida, na curva da estrada E depois dali pra frete, não se tem notícias, não se sabe nada Nada que dissesse algo De boi, de boiada, de peão de estrada Disse um viajante, história mal contada Ninguém viu, nem rastro, nem homem, nem nada Isso foi há muito tempo, tempo em que a tropa ainda viajava Com seus fados e pelegos no rangeu do arreio ao romper daaurora Tempos de estrelas cadentes, fogueiras ardentes, ao som daviola Dias e meses fluindo, destino seguindo, e a gente indo embora Isso tudo aconteceu no fato que se deu, faz parte da história E até hoje em dia quando junta a peãozada Coisas assombradas, verdades juradas Dizem que sumiram, que não existiram Ninguém sabe nada Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rastro da boiada A poeira é como o tempo, um véu, uma bandeira, tropa viajada Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada Dias e meses seguindo, destino fluindo, e a gente indo embora Isso tudo aconteceu no fato que se deu, faz parte da história E até hoje em dia quando junta a peãozada Coisas assombradas, verdades juradas Dizem que sumiram, que não existiram

B.060.Boeiro do Nabileque - Almir Sater/João Bá

Vai boieiro, rio abaixo Vai levando gado e gente O sol trouxe-me a semente Eh, porto de Corumbá Um amor, toda beleza Como um canto de nobreza Deslizar na veia d'água Eh, rio Paraguai Rio acima, peixe-boi Passarada, matagal Véio bugre entoando Seu antigo ritual Pantaneiro

B.059.Bigorrilho - Sebastião Gomes/Paquito

Lá em casa tem um bigorrilho, Bigorrilho fazia mingau, Bigorrilho foi quem me ensinou, A tirar o cavaco do pau, Trepa Antonio, siri tá pau, Eu também sei tirar, O cavaco do pau. (bis) Dona Dadá, Dona Didi, Seu marido entrou alí, Ele tem que sair, Ele tem que sair, Ele tem que sair, Ele tem que sair.

B.058.Bem me Quer - Thalles

Brilho da noite, minha estrela azul Pedaço de arco-íris Amor por amar, eu vi o sol quando beijei você a primeira vez Eu tenho todo tempo pra brincar Com você, sou apenas um menino Disfarço e faço outra vez Me escondo e te deixo encontrar Sou seu super-herói Deixa pra lá Já fiz de tudo pra encontrar você Joguei bem-me-quer seu bem-me-quer não quis Pra eu ser feliz eu quero amar e amar você

B.057.Beiral - Djavan

Eu juro Te querer enquanto o ouro Do turno da tarde Cair no beiral Foi como Eu disse a você Sem lhe ter falado Meu lado Luz acesa de pescador Bom de mar Quer me ver sonhar Traz a tua vida Mais pra perto de mim Eu juro . . . . . . Mais pra perto de mim. Tarde cai E na descida se acabou de ver O sol do lavrador Brilhara, gritara na sua luz Fez sinal Que um dia desse Deus dará em dobro E finalmente se escondeu A noite vem, que vem E Eu ali Mas não tava à toa Tava contente Tava com meu Bem Num canto da mente Mas não tava à toa Tava contente Tava com meu Bem Num canto da mente Eu juro . . . . . . perto de mim . . .ali Mas não tava à toa Tava contente Tava com meu Bem Num canto da mente Mas não tava à toa Tava contente Tava com meu Bem

B.056.Bilhete - Ivan Lins/Vitor Martins

Quebrei o teu prato Tranquei o meu quarto Bebi teu licor Já arrumei a sala Já fiz tua mala Pus no coredor Eu limpei minha vida Te tirei do meu corpo Ti tirei das entranhas Fiz um tipo de aborto E por fim, nosso caso Acabou, está morto Jogue a cópia da chave Por debaixo da porta Que é pra não ter motivos De pensar numa volta Fique junto dos teus Boa noite, adeus.

B.055.Beira Mar - Capitulo II - Zé Ramalho

Quando o dia morre e a noite avança Óh brisa marinha bafeja e murmura Nos braços divinos da Santa Natura A noite soturna tristonha descansa O mundo adormece e o bar se balança A lua de prata começa a brilhar Jogando reflexos dourados no mar Rasgando o véu negro que envolve o espaço Guardando a metade do grande mormaço Que agita as procelas na beira do mar Em cima da Terra o mar permanece Cheio de enigmas completo de enredos Guardando mistérios e grandes segredos Ciências ocultas que o chão desconhece É bravo gigante que nunca adormece Um minuto apenas não pode parar A Terra girando suspensa no ar Obriga que as águas se movam também Sem obedecerem na terra a ninguém Somente a Netuno que é mestre do mar No mundo da gente qualquer ser humano Que viva pisando no globo terrestre É uma energia que para seu mestre É só contemplar este grande oceano Aonde o poder de um ser soberano Está retratado sem nada faltar Grandezas que o homem não pode imitar Nem mesmo em oitenta milhões de semanas Aonde a ordem supera as humanas No céu e na terra e na beira do mar