segunda-feira, 26 de agosto de 2013

B.055.Beira Mar - Capitulo II - Zé Ramalho

Quando o dia morre e a noite avança Óh brisa marinha bafeja e murmura Nos braços divinos da Santa Natura A noite soturna tristonha descansa O mundo adormece e o bar se balança A lua de prata começa a brilhar Jogando reflexos dourados no mar Rasgando o véu negro que envolve o espaço Guardando a metade do grande mormaço Que agita as procelas na beira do mar Em cima da Terra o mar permanece Cheio de enigmas completo de enredos Guardando mistérios e grandes segredos Ciências ocultas que o chão desconhece É bravo gigante que nunca adormece Um minuto apenas não pode parar A Terra girando suspensa no ar Obriga que as águas se movam também Sem obedecerem na terra a ninguém Somente a Netuno que é mestre do mar No mundo da gente qualquer ser humano Que viva pisando no globo terrestre É uma energia que para seu mestre É só contemplar este grande oceano Aonde o poder de um ser soberano Está retratado sem nada faltar Grandezas que o homem não pode imitar Nem mesmo em oitenta milhões de semanas Aonde a ordem supera as humanas No céu e na terra e na beira do mar

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