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quarta-feira, 29 de maio de 2013
I.082.Infinito Particular - Marisa Monte
Clique aqui para ouvir a música
Eis o melhor e o pior de mim
o meu termômetro, o meu quilate
Vem cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui e não sou de marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem cara, se declara
o mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
I.081.Infinitude - David Duarte/Ricardo Block
Sei lá meu amor
Necessidade é dizer-te
Que ainda o amor existe
E que o tempo
Poderá ter sua hora
Necessidade é rever-mos os sonhos
Que juntos sonhamos ter
É que a vida por mais que sofrida
Precisa de motivo pra ser
I.080.Incelência Pro Amor Retirante - Elomar Figueira Mello
Vem amiga visitar
A terra, o lugar
Que você abandonou
Inda ouço murmurar
Nunca vou te deixar
Por Deus nosso Senhor
Pena cumpanheira agora
Que você foi embora
A vida fulorô
Ouço em toda noite escura
Como eu a sua procura
Um grilo a cantar
Lá no fundo do terreiro
Um grilo violeiro
Inhambado a procurar
Mas já pela madrugada
Ouço o canto da amada
Do grilo cantador
Geme os rebanhos na aurora
Mugindo cadê a senhora
Que nunca mais voltou
Ao senhô peço clemência
Num canto de incelença
Pro amor que retirou.
Faz um ano in janeiro
Que aqui pousou um tropeiro
O cujo prometeu
De na derradeira lua
Trazer noticia sua
Se vive ou se morreu
Derna aquela madrugada
Tenho os olhos na istrada
E a tropa não voltou
I.079.Ilusão - Almir Rouche/Paulinho Pimpão
Você falou que nosso amor
era ilusão, não é não...
E que eu não tinha a mínima
consideração, não é assim não!
E que a minha vida agora é um trio
que eu só penso nesse carnaval
você olhou pra mim e não sorriu
e diz que a vida vai de mal a mal!
Você precisa acreditar em minha paixão
no nosso amor...
Sem teu abraço eu já não posso ser
o que sou, prá onde eu vou?
Vivo contando as horas pra te ver.
Eu não consigo mesmo te esquecer
Se a minha vida agora é um trio,
só sei cantar olhando pra você!
A, á, á, ô, ô, ô...Me dá um beijo
e me chama de amor (Bis)
A, á, á, ô, ô, ô...Me dá um beijo
e me chama que eu vou
Prá fazer amor sentir teu calor
olhar o céu contando as estrelas
Você me abraçou o tempo parou
a vida inteira eu vou te amar!
I.078.Iracema dos Amores - Luciano Maia/J.Ernesto
Iracema, vem cá
Sonhar comigo outra vez
As horas não vão passar
Ainda te amo, talvez
A praia está nos teus olhos
A luz ainda alumia
O tempo corre por fora
Mas esta cidade é minha
Vamos cantar nesta hora
Dançar no meio da rua
O tempo corre por fora
Mas esta cidade é tua
Iracema, bem sei
Que o tempo não volta, mas
As coisas que eu vivi
Não vai ficar para trás.
I.077.Inamoratta - Jack Brooks/Harry Warren – Vs: Alberto Ribeiro
Há nos olhos teus, Inamoratta,
Um convite aos meus, Inamoratta,
E na sua boca em flor,
Há mil sugestões de amor,
És o meu viver, lnamoratta,
Eu sempre hei de ser lnamoratta,
E não há ninguém
Que tenha um olhar assim,
A voz assim,
A boca ardente assim...
... lnamoratta,
... lnamoratta...
I.076.Italiana - Paulo Barbosa/José Maria de Abreu
Eu em tua voz ouvi
Gondo1eiros a cantar!
E Veneza entrevi
Flutuando ao luar
A luz do teu olhar!
Tu és, italiana,
Uma canção de amor!
Teu beijo é para mim
Dos Alpes uma flor!
Abriu-se em minh'alma um vulcão
Vesúvio da minha paixão!
Tu és, italiana,
A tela de um pintor
A musa de um poeta,
A lira de um cantor
Teu riso me traz
Fragor de cristais,
Enredos de romances
Sensuais
I.075.Isto é lá com Santo Antônio - Lamartine Babo
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio...
São João disse que não,
São João disse que não,
Isto é lá com Santo Antonio...
Eu pedi numa, oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio...
Matrimônio, matrimônio,
Isto é lá com Santo Santonio...
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão,
Que eu levava a Santo Antônio,
São João ficou zangado,
São João só dá cartão
Com direito a batizado...
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão,
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio, matrimônio,
Isto é lá com Santo Antônio...
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso...
Disse o velho num sorriso,
Minha gente eu sou chaveiro,
Nunca fui casamenteiro...
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso...
Matrimônio, matrimônio,
Isto é lá com Santo Antônio...
I.074.Isa - Rafael Brito/Anderson Freire
Isa, para com isso, nosso namoro está correndo um grande risco
Chega de tempestade num copo d'água, você faz um reboliço
No meu trabalho você liga toda hora, vasculha o celular
em busca de vestígios
Repete a mesma pergunta o tempo todo
Se eu te traía com sua melhor amiga
Te dei a senha do meu msn e os meus contatos foram todos excluídos
Sua coragem é maior que o seu medo
Passou da hora de você parar com isso
Isa, Isa ,
exagerada, desconfiada, essa pressão extrapolou o meu limite
Exagerada, desconfiada, nosso namoro está correndo um grande risco
I.073.Íntima Lágrima - Cândido das Neves
Ah! a fonte dos meus olhos,
entre mil escolhos
desta dor,
nem uma lágrima derrama ...
Oh! como sofre quem ama
Nem uma gota d'água
Para exprimir minha mágoa ...
Sofro,
Sem prantear embora,
Mas não é só quem chora
Que padece os espinhos
da paixão ...
A lágrima é mais pungente
chorada interiormente
derramada pelo coração.
Quando no cimo do Calvário,
belo, extraordinário,
ante os olhos dolorosos de Maria,
o Nazareno sorria,
curtindo a dor extrema
numa glória suprema,
seu martírio era tanto
que jamais o pranto
aos teus olhos podia aflorar...
Chorava de modo mais conciso
em forma de sorriso
Para a humanidade perdoar...
Não há lenitivo
para as dores que sinto!
Eu tenho um labirinto
de tristezas dentro d'alma!
E quando a dor se espalma
e dentro de mim se debruça,
meu coração soluça,
quer saltar do peito
e em prantos se desfaz.
Ninguém entenderá meus ais!
A causa por que não choro mais ...
Vós que viveis vosso amor'
a cantar ...
Prantos em lágrimas dispersos
eu transformei em versos
porque só nas rimas
é que eu sei chorar! ...
Vai minh'alma adolescente
nesta febre ardente,
aspirando esse amor
que é tão ingrato.
Oh! coração insensato
que sofre, que padece
pela mulher que te esquece.
Eu não quero ter na face
a lágrima que nasce
como lágrima
sem razão
A dor quando me rouba a calma,
choro com os olhos d'alma,
prantos de amor que nascem
do coração.
Quanta gente que vive a sofrer
Cujo olhar, pobre olhar,
Não revela, não diz ...
Outro vive banhado em pranto
E no entanto
é feliz; bem feliz! ...
Sendo a dor tão sublime.
é um pecado, é um crime
com o prazer
uma lágrima confundir.
Se é vertida em sinal
de alegria
Não pode nossas dores
fielmente exprimir.
Oh! suspiros lacinantes...
Ais que vão errante
germinados dessa dor
que me atordôa! ...
Oh! Madalena perdôa ...
O pranto mais sagrado
Eu tenho n'alma guardado.
Sim, tenho n'alma escondido
o pranto mais dolorido
para após minha morte derramar.
Que o poeta que morrer de amores
tem transformado em flores
o pranto que não pode aqui chorar ...
I.072.Incerteza - Mário Lago
Odiar-te não devo,
Querer-te não quero,
Porém não me atrevo
A te esquecer.
As vezes suponho
Que já não te espero
Mas, vendo-te em sonho,
Te quero querer.
Pensei desprezar-te
Mas só posso amar-te
Pois tu fazes parte
Do meu triste viver!
I.071.Indulto - Adelino Moreira
Para quem vive amargurado
E a solidão persiste em torturar
Qualquer amigo é grande amigo
Qualquer amigo é grande amigo
Qualquer taberna, qualquer taberna é
Um lar
Qualquer bebida serve para esquecer
Um infeliz amor que se foi, que se
foi no alvorecer
É náu sem rumo no mar da vida
Num oceano de bebida.
Assim sou eu na minha dor imensa
Esperançoso na minha doida crença
Que ela um dia vendo a minha dor
Traga o indulto para o meu erro de amor.
terça-feira, 28 de maio de 2013
I.070.Indecisão - Aylce Chaves/Paulo Marques
Eu gosto tanto de você. meu bem.
Mas não quero o seu amor,
Sim. eu não quero porque não convém,
Sei muito bem,
Que você não pode amar a mais ninguém1
Quero lhe deixar, mas não posso porque
Estou preso, estou louco por você!
Não quero mais beber
Do fel que o amor sempre traz,
Não quero mais sofrer
Porque eu já sofri demais
Ajuda a levar
O resto da vida levar, sempre sozinho.
Eu quero e não quero
Que você saia do meu caminho...
E nesta indecisão
Eu sofro bastante porque
Estou preso, estou louco por você!
I.069.Implorar - Kid Perpe/J.da Silva/Germano Augusto
Implorar só a Deus
Mesmo assim às vezes
não sou atendido
Eu amei e não venci
Fui um louco
Hoje estou arrependido.
Foste meu sonho azulado
Minha ilusão mais querida
Perdi o meu bem amado
Minha esperança na vida
Passei a vida implorando
aquela infeliz amizade
Tudo na vida se passa
Loucuras da mocidade
(Implorar)
Hoje no mundo sozinho
relembrando o meu passado
não tenho mais um carinho
Na vida tudo acabado
Fui um louco, eu bem sei
Implorei tua beleza
Pelo teu amor fiquei
contemplando a natureza.
I.068.Implorando o meu Perdão - Alberto Ribeiro/Alcebiades Barcelos
Foste embora
Me deixaste
Eu fique na solidão
Mas agora
Tu voltaste
Implorando o meu perdão
Esqueci o que já passou
E que tanto me amargurou
Eu, perto de ti - tu, perto de mim
Vai ser um destino sem fim
Implorando o meu perdão
Tu voltaste ao meu coração
Quero ser feliz, nada se desfez
Vamos começar outra vez
Como o sol que traz o calor
Tu vieste com o teu amor
E eu que vivi na solidão
Quero a luz do teu coração.
I.067.Imperatriz - Estanilau Silva/Jaime Florence
Serás a Imperatriz
Do meu sonho feliz
Junto ao meu coração
Não receies de quem te adora
Soluçando num samba-canção
E ouvirás do cantor
Um poema de amor
Musicado a chorar
Vem suavizar meu desejo
No calor de um beijo
Em noite de luar
E tu verás então ó Imperatriz!
Teu escravo de amor tão feliz
Viveremos enfim num castelo
De raro esplendor
Eu serei afinal o teu Imperador!
I.066.Imbalança - Zé Dantas
Olha a páia do coqueiro quando o
vento dá
Olha o tombo da jangada nas ondas
do mar
Olha o tombo da jangada nas ondas
do mar
Olha a páia do coqueiro quando o
vento dá
Imbalança, imbalança, imbalança
No balanço do balaio que balanço dá
Imbalança, imbalança, imbalançar
que balanço, que balanço o balaio dá
Pra você aguentar meu rojão
É preciso saber requebrar
Ter molejo, nos pés e nas mãos
Ter no corpo o balanço do mar
Ser que nem carrapeta no chão
E virar folha seca no ar
para quando escutar meu baião
Imbalança, imbalança, imbalaar
Você tem que viver no senão
Pra mor de aprender a imbalar
aprender a bater no pilão
na peneira aprender peneirar
ver relâmpago no meio dos trovão
fazer cobra de fogo no ar
parar quando escutar meu baião
Imbalança imbalança
imbalançar!
I.065.Ilha dos Amores - Christovão de Alencar/Newton Teixeira
Eu nunca vi um luar assim
Um outro céu tão azul, não há. . .
Parece que as estrelas
Querem confessar
Que Deus só fez as noites
De luar,
Para se amar
Em Paquetá!. . .
Não há no mundo
Um outro céu da mesma cor,
Não há!
O mar profundo
É um convite para o amor...
Se a lua brilha
Ninguém jamais esquecerá,
Como é sublime
Amar na ilha - maravilha
Paquetá!...
I.064.Idéias Erradas - Dolores Duran/José Ribamar
Não faça
Idéias erradas de mim,
Só porque
Eu quero você tanto assim.
Eu gosto de você
Mas não me esqueço
De tudo
Quanto valho e mereço.
Não pense
Que se você me deixar
A dor será capaz
De me matar.
De um verdadeiro amor
Não se aproveita
E não se faz
Se não aquilo que enobreça.
Depois, se ele se vai,
A gente aceita;
A gente bebe,
A gente chora, mas esquece.
I.063.Iará Boneca - Ary Barroso
Depois da jardineira que chorando
sumiu
Nos dias do outro carnaval
Depois da tirolesa que cantando fugiu
Deixando todo mundo mal
Chegou a vez de dominar
De imperar
Como rainha de encantos sem par
Iaiá-boneca
A brasileirinha emoção
Dona do meu coração
Ai, como é bonita
Ai, como é formosa
Ai, Iaiá-boneca
É um botão de rosa
Iaiá me dá uma esmolinha
Dos beijos teus
Pelo amor de Deus
I.062.Irara-ra-ra - Onildo Almeida
Cavalheiro tire dama e...
Tara-ra-ra...
Caia na roda a dançar e...
Tara-ra-ra...
Moça tire cavalheiro e...
Tara-ra-ra...
E caia na roda a dançar e...
Tara-ra-ra...
Toda moça quer namoro
Toda moça quer amar,
O seu sonho, o seu tesouro,
É um dia se casar...
Nesta roda tem rapaz
e tem moça prá dançar,
Se quiser vá se arrumando e...
Tara-ra-ra...
Cavalheiro tire dama e...
etc. etc.
Toda moça quer um beijo
Quer um aperto de mão,
Toda moça tem desejo
de arranjar uma paixão...
Nesta roda tem rapaz
e tem moça prá dançar,
Se quiser vá se arrumando e...
Tara-ra-ra...
Cavalheiro tire dama e...
etc... etc...
Toda moça quer um dia
Ser pedida em casamento
Mas tem delas que se avexa
E não quer perder o tempo,
Nesta roda tem rapaz
e tem moça prá dançar
Se quiser vá se arrumando e...
Tara-ra-ra...
Toda moça que é solta
e metida a inocente,
É bicho que dá o bote
Esconde a unha, arranha a gente,
Nesta roda tem rapaz
e tem moça prá dançar,
Cuidado, rapaziada e...
Tara-ra-ra...
Cavalheiro tire dama e
etc. etc...
Toda moça quer folguedo
Toda moça quer brincar,
No São João e no São Pedro.
Na fogueira quer pular...
Nesta roda tem rapaz
e tem moça prá dançar...
Aproveita minha, gente,
Que a festa vai terminar...
I.061.Intróito a Nação - Zé Ramalho
É UMA NAÇÃO
DENTRO DE UM GRANDE PAÍS
UM GRANDE POVO
DENTRO DE OUTRO MAIOR
E ESSE NÓ
NÃO DESATA NEM DESTINA
QUE ESSA NAÇÃO NORDESTINA
O BRASIL É O MELHOR
I.060.Incelença (Pro Amor Retirante) - Elomar Figueira Melo
Vem amiga visitar
A terra, o lugar
Que você abandonou
Inda ouço murmurar
Nunca vou te deixar
Por Deus nosso Senhor
Pena cumpanheira agora
Que você foi embora
A vida fulorõ
Ouço em toda noite escura
Como eu a sua procura
Um grilo a cantar
Lá no fundo do terreiro
Um grilo violeiro
Inhambado a procurar
Mas já pela madrugada
Ouço o canto da amada
Do grilo cantador
Geme os rebanhos na aurora
Mugindo cadê a senhora
Que nunca mais voltou
Ao senhô peço clemência
Num canto de incelença
Pro amor que retirou.
Faz um ano in janeiro
Que aqui pousou um tropeiro
O cujo prometeu
De na derradeira lua
Trazer notícia sua
Se vive ou se morreu
Derna aquela madrugada
Tenho os olhos na istrada
E a tropa não voltou
I.059.Iracema Voou - Chico Buarque
Iracema voou
Para a América
Leva roupa de lã
E anda lépida
Vê um filme de quando em vez
Não domina o idioma inglês
Lava chão numa casa de chá
Tem saído ao luar
Com um mímico
Ambiciona estudar
Canto lírico
Não dá mole pra polícia
Se puder, vai ficando por lá
Tem saudade do Ceará
Mas não muita
Uns dias, afoita
Me liga a cobrar
É Iracema da América
I.058.Identidade - Beto Nascimento
Quantas vezes fiquei sem você
Procurando um dia te esquecer
Pensei que um outro amor
Fosse encontrar
Me afoguei num mar de ilusões
E até brinquei com alguns corações
Mas nada foi mais forte que você
Sei que para eu amar de novo
É preciso eu me encontrar
Pois a minha identidade
Se perdeu quando eu te amei
Não vou me humilhar de novo
Te pedindo pra voltar
Não fique me culpando
Eu admito que errei
Quero esquecer que te amar foi bom demais
Foi culpa do ciúme, eu mereço o teu perdão
Quem sabe no futuro a gente pode se encontrar
E reparar os erros dessa relação
I.057.Identidade - Jorge Aragão
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
(2x)
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
(2x)
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
I.056.Inútil Paissagem - Tom Jobim
Cmaj7 B6 Bbmaj7/-5 A7/-9 Dm11 Fm7 Fm6
Mas pra que, pra que tanto céu, pra que tanto mar,pra que
E6 E+5 A7/9 A7/-9 Dm7 G7/6
De que serve esta onda que quebra e o vento da tarde
Cm9 F#dim Cmaj7 Adim
De que serve a tarde, inútil paisagem
Cmaj7 B6 Bbmaj7/-5 A7/-9 Dm11 Fm7 Fm6
Po- de ser, que nao venhas mais, que nao venhas nuncamais
E6 E+5 A7/9 A7/-9 Dm7 G7/6
De que servem as flôres que nascem pelos caminhos
Cm9 F#dim Cmaj7 Adim Cmaj7 Adim Cmaj7
I.055.Ilusão à Toa - Johnny Alf
Eu acho engraçado quando um certo alguém
Se aproxima de mim
Trazendo exuberância que me extasia
Meus olhos sentem, minhas mãos transpiram
É um amor que guardo há muito dentro em mim,
dentro em mim
E é a voz do coração que canta assim, assim
Olha, somente um dia longe dos teus olhos
Trouxe a saudade de um amor tão perto
E o mundo inteiro fez-se tão tristonho
Mas embora agora eu te tenha perto
Eu acho graça do meu pensamento
A conduzir o nosso amor discreto
Sim, amor discreto pra uma só pessoa
Pois nem de leve sabes que eu te quero
E me apraz essa ilusão à toa
I.054.Israfel - Zuarte/Edgar Alan
Há no céu um espírito
Em que as fibras do coração
Formam um alaúde
Canção nenhuma
Tem a mágica virtude do teu canto
Oh, Israfel
Israfel quando é voz fibra
Os astros que estão no firmamento
Cantam as lendas em desatino
Cessam seus hinos
Emudecidos de Encantamento
Israfel, israfel, esrafel
I.053.Iguais nunca mais - Jorge Aragão
Olhar de dois samurais
Fiéis pagando pra ver
Manchete em todos jornais
É o fim do amor pode crer
São temporais vendavais
Que a gente tem que esquecer
Que é pra escrever nos murais
Iguais a nós nunca mais
Duvido até de onde vim
Quando me lembro de nós
Tão longe perto de mim
Assim, assim meio a sós
Continuamos a fim
Trocentos anos após
Gritando pra quem for
Até perder a voz
O nosso amor é assim
Leal a todas as crenças
Se bem que a gente
Anda meio abusando das ofensas
(Anda meio abusando das ofensas)
I.052.Insensatez - Vinicíus de Moraes/Tom Jobim
Ah, insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor o seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração quem nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado
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Letra I,
Tom Jobim,
Vinícius de Moraes
I.051.Insensatez - Tom Jobim/Vinicius de Moraes/Roberto Carlos
Ah que insensatez
Me hiciste tú
Corazón más sin cuidado
Por un gran dolor
Lloro tu amor
Un amor tan delicado.
Ah! Porqué razón
Hacer sufrir
Quin sólo amor te ha dado
Ah mi corazón
Sólo hace así
Quien no sabe ser amado.
Va mi corazón
Dile a tu amor
Que tú estás arrenpentido
Y lo que pasó
Fue insensatez
Y que ahora has comprendido.
Va mi corazón
Y von amor
Sincero apasionado
Va pide perdón
Pues por amor
Uno siempre es perdonado.
Marcadores:
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Roberto Carlos,
Tom Jobim,
Vinícius de Moraes
I.050.Inolvidable Júlio Gutierrez
En la vida hay amores
Que nunca pueden olvidarse
Imborrables momentos
Que siempre
Guarda el corazón
Porque aquello
Que un dia nos hizo
Llorar de alegria
No es possible
Que hoy pueda olvidarse
Por un nuevo amor
He besado otras bocas
Buscando nuevas ansiedades
Y otros brazos extraños
Me estrechan
Llenos de emocion
Pero solo consiguen hacerme
Recordar los tuyos
Que inolvidablemente
Viverán en mi !...
I.049.Imagine - John Lennon
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
No greed or hunger
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
Nothing to kill or die for
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one
I.048.Ilegal, imoral ou Engorda - Roberto Carlos/Erasmo Carlos
Vivo condenado a fazer o que não quero
Então bem comportado às vezes eu me desespero
Se faço alguma coisa sempre alguém vem me dizer
Que isso ou aquilo não se deve fazer
Restam meus botões, já não sei mais o que é certo.
E como vou saber o que devo fazer
Que culpa tenho eu me diga amigo meu
Será que tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda.
Há muito me perdi entre mil filosofias
Virei homem calado e até desconfiado
Procuro andar direito e ter os pés no chão
Mas certas coisas sempre me chamam a atenção
Cá com meus botões bolas, eu não sou de ferro.
Paro pra pensar mas não posso mudar
Que culpa tenho eu me diga amigo meu
Será que tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda.
Se eu conheço alguém num encontro casual
E tudo anda bem num bate-papo informal
Uma noite quente sugere desfrutar
Do meu terraço e a vista de frente pro mar
Mas a noite é uma criança, delícias no café da manhã
Então o que fazer já não quero mais saber
Se como alguma coisa que não devo comer
Se tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda.
I.047.I Love You - Roberto Carlos/Erasmo Carlos
Eu queria um passarinho ser
Pra levar um bilhetinho pra você
E nas mal-traçadas linhas revelar
Minha paixão e o meu amor
Meu grande amor.
No meu radinho de pilha sempre escuto
Melodias que me lembram de você
Cafonice talvez possa parecer
Vou me modernizar você vai ver.
Uma calça Lee agora vou comprar
Vou ficar moderninho pra xuxú
Vou até parender a falar ingles
Pra lhe dizer I love you, I love you.
Vou falar gíria e dançar o rock and roll
E do Castelinho vou ficar freguês
E se tudo isso não adiantar
Eu vou vestir meu terno branco outra vez.
I.046.Irresistível - Cecílio Nena/Antonio Luiz
Foi só uma noite com você
E eu não consigo te esquecer
Uma aventura que virou paixão
Enlouqueceu o meu coração
E agora toda noite quero você
Será que ainda vai voltar?
Será que vem me procurar?
Eu me queimei no fogo do amor
E o desejo não apagou
E agora toda noite quero você
Impossível esquecer o seu olhar
Irresistível o seu jeito de amar
Im...pos...sível de perder você assim
Irresistível, quero ter você pra mim...
I.045.Inigualável Paixão - Adilson Bispo/Zé Roberto
És inigualável na arte de amar
Sou tão feliz que até posso afirmar
Jamais vivi um amor assim
Fez renascer de dentro de mi
Um sentimento que eu sepultei
Por desamor sofri, confesso que chorei
Foi bom surgir você
Pra reabrir meu coração
E me induzir de novo a paixão
E outra vez me fazer sorrir
A solidão se afastou enfim
Tudo que eu quero é ir mais além
Pois encontrei o amor
Com a vida estou de bem
Que a lua venha nos iluminar
E o sol para nos aquecer
Pois quando a brisa da manhã chegar
Irá fortalecer ainda mais a união
Vou sonhar então
I.044.Infernal - Nando Reis
Eu juro, eu te amo desde que eu nasci
Procuro e não encontro nada igual
Sou surdo e após sua voz ouvir
O mundo que era meu criado-mudo
Que era onde cabe tudo
Que era certo em ferro e chumbo
Que era reto, enxergo curvo
Porque a era do futuro
Você trouxe para mim infernal...
Um sorriso você foi desenhar na palma da mão
E o drops Dulcora dissolve e descobre que o paraíso
Estava onde eu achava que não
No céu achava que não e que não
O céu não acaba, achava que era o chão...
I.043.Índios - Renato Russo
Um pouco sobre Renato Russo:
Renato Manfredini Júnior, mais conhecido pelo nome artístico Renato Russo, (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960 – Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996), foi um cantor e compositor brasileiro, famoso por ter sido o vocalista e fundador da banda de rock Legião Urbana. Antes da fundação do grupo que o tornou conhecido mundialmente, Renato integrou o grupo musical Aborto Elétrico, do qual saiu devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos. Homossexual assumido, Renato morreu devido as complicações causadas pela AIDS em 11 de outubro de 1996, à época com 36 anos. Amigos do cantor afirmam que o mesmo contraiu a doença após se envolver com um rapaz que conhecera em Nova Iorque, portador da doença, em 1989. Como integrante da Legião Urbana, Russo lançou oito álbuns de estúdio, cinco álbuns ao vivo, alguns lançados postumamente, e diversos singles, escritos em sua maioria pelo próprio. Gravou ainda três discos solo e cantou ao lado de Robert Evangelista, Herbert Vianna, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Paulo Ricardo, Erasmo Carlos, Leila Pinheiro, Laura Pausini, Biquini Cavadão, 14 Bis e Plebe Rude. E em 2010 foi lançado o disco Duetos.
Texto e foto: brunocomotti.blogspot.com
Índios
Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha
Quem me dera, ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.
Quem me dera, ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante,
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi
Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes
Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
Escute a música
I.042.Indiferença em seu Olhar - Carlos Randall/Danimar
A indiferença é uma arma\ que mata a\ gente
afasta os olhos esfria o beijo de dois amantes
a indiferença divide a cama e o coração
separa a alma e põe quem ama na solidão
mas se ainda existe a possibilidade de você me amar
de misturar nossos cabelos num abraço e recomeçar
eu quero ter aquele amor dos
velhos tempos a qualquer hora
se não, eu digo adeus neste instante e vou embora
a indiferença está separando a gente
matando aos poucos quem se ama loucamente
mas nosso amor ainda tem forças prá lutar
contra essas coisas que só vêm pra machucar
a indiferenca no olhar de uma pessoa
faz tanto estrago, mas o coração perdoa
estou pedindo pra você me perdoar
também perdôo a indiferença em seu olhar
I.041.Indiferença - Zezé di Camargo
Fala pra mim, diz a verdade
o que mudou assim tão de repente
Quero saber de onde vem
Esse medo que machuca a gente
Tá tudo errado, fogo cruzado
E a gente não consegue se entender
Porque não me telefona
De notícias de você
Ligue ao menos pra dizer
Que o melhor é te esquecer
É a sua indiferença é que me mata
É uma invasão, um nó dentro de mim
Coração divide em dois na sua falta
Uma parte é o começo a outra o fim
É a sua indiferença é que me mata
Que me mata, que me mata
Coração divide em dois na sua falta
Na sua falta, na sua falta
I.040.Impossível Acreditar que Perdi Voce - Márcio Greik/Cobel
Não, eu não consigo acreditar no que aconteceu
É um sonho meu, nada se acabou
Não, é impossível eu não consigo viver sem você
Volte e venha ver, tudo em mim mudou
Eu já não consigo mais viver dentro de mim
E viver assim é quase morrer
Venha me dizer sorrindo que você brincou
E que ainda é meu, só meu o seu amor
Hoje mais um dia de tristeza para mim passou
Bem no meu olhar nada se alegrou
Sinto-me perdido no vazio que você deixou
Nada quero ser, já nem sei quem sou
Eu já não consigo
Eu já não consigo mais viver dentro de mim
E viver assim é quase morrer
Venha me dizer sorrindo que você brincou
E que ainda é meu, só meu o seu amor
I.039.Ingênuo e Sonhador - Maurício Duboc/Carlos Colla
Mais que coisa mais bonita
A gente sente
Quando alguém diz
Eu te amo
Frase antiga, repetida
Tantas vezes sempre mexe em nossa vida.
Mas você falou p'ra mim e eu senti
Que você fala de verdade.
E fiquei de novo iIngênuo e sonhador
Cheio de felicidade.
Lá vou eu mais uma vez
Nesse caminho
Não tem jeito
Que loucura.
Mas seu beijo é como mel
E foi difícil resistir
Tanta doçura. quero sim
Repete que me ama
Chega mais p'ra mim.
Melhor deixar o amor
Acontecer assim
Eu quero ter você na minha vida.
Quero sim
Não tem porque
Deixar o sonho p'ra depois.
O amor não é loucura
É lindo p'ra nós dois
Estou apaixonado por você.
I.038.Isto é meu Brasil - Ary Barroso
Ô, nossa praias são tão claras
Nossas flores são tão raras
Isto é o meu Brasil
Ô, nossas fontes, nossas ilhas e matas
Nossos montes, nossas lindas cascatas
Deus foi quem criou
Ô, ô
Ô, minha terra brasileira
Ouve esta canção ligeira
Que eu fiz quase louco de saudade
Brasil
Tange as cordas dos seus violões
E canta o teu canto de amor
Que vai fundo nos corações
I.037.Injuriado - Chico Buarque
Se eu só lhe fizesse o bem
Talvez fosse um vício a mais
Você me teria desprezo por fim
Porém não fui tão imprudente
E agora não há francamente
Motivo pra você me injuriar assim
Dinheiro não lhe emprestei
Favores nunca lhe fiz
Não alimentei o seu gênio ruim
Você nada está me devendo
Por isso, meu bem, não entendo
Porque anda agora falando de mim
I.036.Isto aqui o que é - Ary Barroso
Isso aqui ô ô é um pouquinho de Brasil
Yá Yá
Desse Brasil que canta e é feliz
Feliz, Feliz
É também um pouco de uma raça
Que não tem medo de fumaça ai, ai,
E não se entrega não
Olha o jeito nas cadeiras que ela sabe dar
Olha só o remelexo que ela sabe dar
Morena boa que me faz penar
Bota a sandália de prata
E vem pro samba sambar
E vem pro samba sambar
I.035.Iracema - Adoniram Barbosa
Iracema eu nunca mais eu te vi
Iracema meu grande amor foi embora
Chorei, eu chorei de dor porque
Iracema meu grande amor foi você
Iracema, eu sempre dizia
Cuidado ao atravessar essas ruas
Eu falava
Mas você não me escutava não
Iracema você atravessou na contra mão
E hoje ela vive lá no céu
E ela vive juntinho de Nosso Senhor
De lembrança guardo somente
Suas meias e seu sapato
Iracema eu perdi o seu retrato
FALADO:
Iracema, faltava vinte dias para o nosso casamento
Que nós ia se casá
Você atravessou a São João
Veio um carro, te pega e te pincha no chão
Você foi para assistência Iracema
O chofer não teve culpa Iracema
Paciência, Iracema, paciência...
CANTADO:
E hoje ela vive lá no céu
E ela vive juntinho de Nosso Senhor
De lembrança guardo somente
Suas meias e seu sapato
Iracema eu perdi o seu retrato.
I.034.Ipanema - Walter Pimenta
Ipanema eras botão
Quando a prima vez te vi
O mimo e o jardim igual na terra não havia
O gigante mar de anil
Beijando a flor beijando a ti
Afagava a maravilha
E doce encanto me envolvia
Mas meu Ipanema
Algum dia eu vou partir
Vou dizer-te adeus
Por não poder aqui ficar
Se a vida é quase nada
Não me podes seguir
Oh quanta saudade
Vou sentir e vou chorar
Mas meu Ipanema
Algum dia eu vou partir
Vou dizer-te adeus
Por não poder aqui ficar
Se a vida é quase nada
Não me podes seguir
oh quanta saudade
E vou sentir e vou chorar
Oh que lembrança
Vem me consolar
Meu Ipanema
Vais ficar
Ficar
I.033.Ingênuo - Pixinguinha/Benedito Lacerda
Eu fui ingênuo quando acreditei no amor
Mas, pelo menos, jamais me entreguei à dor...
Chorei o meu choro primeiro
Eu chorei por inteiro pra não mais chorar
O meu coração permaneceu sereno
Expulsando o veneno pelo meu olhar...
...Eu procurei me manter como Deus mandou
Sem me vingar que a vingança não tem valor
E depois também perdoar a quem erra
E ser perdoado na terra, sem ter que pedir
Perdão no céu
Eu não quis resolver
Eu não quis recusar
Mas do amor em ruína, uma força termina
Por nos dominar e depois proteger
Dos abismos que a vida traçar
Quando o tempo virar o único mal
E a solidão começa a ser fatal...
Eu não quis refletir, não
Eu não quis recusar, não
Eu não quis reprimir, não
Eu não quis recear...
Porque contra o bem nada fiz
E eu só quero algum dia
Ser feliz como eu sou infeliz...
I.032.Intuição - Oswaldo Montenegro
Canta uma canção bonita falando da vida em ré maior
Canta uma canção daquela de filosofia e mundo bem melhor
Canta uma canção que agüente essa paulada e a gente bate o pé no chão
Canta uma canção daquela, pula da janela, bate o pé no chão
Sem o compromisso estreito de falar perfeito, coerente ou não
Sem o verso estilizado, o verso emocionado, bate o pé no chão
Canta o que não silencia, é onde principia a intuição
E nasce uma canção rimada da voz arrancada o nosso coração
Como sem licença, o sol rompe a barra da noite sem pedir perdão
Hoje quem não cantaria, grita a poesia e bate o pé no chão
Sem o compromisso estreito de falar perfeito, bate o pé no chão
Sem o verso estilizado, o verso emocionado, bate o pé no chão
Canta uma canção bonita falando da vida em ré maior
Canta uma canção daquela de filosofia, é mundo bem melhor
Canta uma canção que agüente essa paulada e a gente bate o pé no chão
I.031.Infinito - Djavan
Tô perdido por alguém
Não consigo ver nada além
Do que eu digo nada sei
Compreender o amor
Não é de hoje
Já vai longe
E nem sinal
Hoje
Estou longe
Preso a você
Livre na prisão
Sem castigo
Faz chorar
Distraído rói devagar
É pedindo que Deus dá
Por falar no amor
Acho que vou buscar
Viver por você
Ou me acabar
Quem mandou me acorrentar
Fazer-me refém
Nas grades do amor
Te vejo lá no luar
Te espero lá no sol.
I.030.Íntimo - Sueli Costa/Abel Silva
Antes de saber bem onde estou
Já me apaixonei
Só depois vejo
As paredes e os lençóis
E a vida não lá fora
mas em nós
Acordam os pensamentos e os casais
A minha sede busca loucamente
Os mais ricos e eternos mananciais
Rios e cascatas e abismos
E estórias e perfis
Que eu reconheço
Passam por mim
Eu me abandono feliz
E logo nos teus braços eu esqueço
De mim, de ti e de nós
E saciado de amor adormeço
I.029.Isso - Chico César
Isso que não ouso dizer o nome
isso que dói quando você some
isso que brilha quando você chega
isso que não sossega
que me desprega de mim
isso tem de ser assim
isso que carrego pelas ruas
isso que me faz contar as luas
isso que ofusco o sol
isso que é você e sou
sem fim.
isso tem de ser assim
I.028.Ijaxá (Filhos de Gandhi) - Edil Pacheco
Filhos de Gandhi,badauê
Ylê ayiê,malê debalê,otum obá
Tem um mistério
Que bate no coração
Força de uma canção
Que tem o dom de encantar
Seu brilho parece
Um sol derramado
Um céu prateado
Um mar de estrelas
Revela a leveza
De um povo sofrido
De rara beleza
Que vive cantando
Profunda grandeza
A sua riqueza
Vem lá do passado
De lá do congado
Eu tenho certeza
Filhas de Gandhi
Ê povo grande
Ojuladê,katendê,babá obá
Netos de Gandhi
Povo de Zambi
Traz pra você
Um novo som: Ijexá
I.027.Irmão Sol, Irmão Lua - Padre Zezinho
Irmão sol com irmã luz
Trazendo o dia pela mão
Irmão céu de intenso azul
A invadir o coração
Aleluia
Refrão:
Irmãos, minhas irmãs
Vamos cantar nesta manhã
Pois renasceu mais uma vez
A criação nas mãos de Deus.
Irmãos, minhas irmãs
Vamos cantar aleluia
Aleluia, aleluia
Irmã flor que mal se abriu
Fala do amor que não tem fim
Água irmã que nos refaz
E sai do chão cantando assim
Aleluia....
Refrão;
Passarinhos meus irmãos
Com mil canções a ir e vir
Homens todos meus irmãos
Que vossa voz se faça ouvir
Aleluia
I.026.Isso e Aquilo - Guilherme Rondon/Iso Fischer
Tenho um sono mais tranqüilo
Do que isso e aquilo
Que você me prometeu
E a verdade mais doída
É que o rasgo da ferida
Nunca mais doeu
Por tudo que se passou
Por tanto que me rendi
De repente entendi
Que você nem notou
O vento que vem do mar
A estrela que despontou
Nas águas do meu olhar
A luz que te descansou
E a lua na minha janela
Não é mais aquela
Que te recebeu...
I.025.Invocação - Chico César
Deus dos sem deuses
deus do céu sem Deus
Deus dos ateus
Rogo a ti cem vezes
Responde quem és?
Serás Deus ou Deusa?
Que sexo terás?
Mostra teu dedo, tua língua, tua face
Deus dos sem deuses
I.024.Iluminada - Roberto Mendes/Jorge Pontual
Quando você me acendeu
Fiquei toda arrepiada
Vi claridade no breu
Minha alma iluminada
Senti uma febre danada
Perdi minha hora marcada
Abri minha porta fechada
E o meu corpo tremeu
Eu estava apaixonada, meu Deus
Quando você me entendeu
Eu não entendia nada
Minha vida renasceu
E amei estar sendo amada
Senti uma febre danada
Perdi minha hora marcada
Abri minha porta fechada
E o amor se rendeu
Quero ser sua namorada, meu Deus
Seja lá quem te mandou
Meu amor te recebeu
E hoje o céu de sua estrela
Menino, sou eu
Menino, sou eu
Seja lá quem te mandou
Meu amor te recebeu
E hoje o céu de sua estrela
menino, sou eu
Menino, sou eu
I.023.Ídolo de Pano - Roberta Miranda
Você, um rosto que sorri
Quem e que se esconde ai?
Atrás da porta tem segredos
Mas não quero abrir
Você, metade gente, máscara
Alguém que projetei pra mim
Meu sonho não tem importância
Se desfaz com o tempo
Será que você é humano
Será que você é de pano
Será que é uma cópia em gesso
Será que é imaginação
Será que tudo foi carência
A minha projeção
Será que foi fruto do ódio
Será que tudo foi mentira
A febre que nos atôrdoa
Foi tudo aluclnação
Por que é que a gente ama a toa?
Fala coração
sexta-feira, 17 de maio de 2013
V.015.Valsinha - Chico Buarque/Vinicius
Um dia ele chegou tão diferente
Do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida
Tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto
Prá seu grande espanto convidou-a para rodar...
Então ela se fez bonita
Como Há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado
Cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços
Como há muito tempo não queria ousar
E cheios de ternura e graça foram para a praça
E começaram a se abraçar...
E ali dançaram tanta dança
Que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouviam mais
Que o mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz.
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Chico Buarque,
Letra V,
Vinícius de Moraes
U.035.Usina - Chico Antônio/Paulirio
Ajustei um casamento
Com uma nega dum bordê
Pensando que era uma moça
E era o diabo duma veia
Tombo do martelo tombado
Tombo do martelo militar
Me caso contigo veia
É de ser em condição
D´eu dormir na minha rede
E tú, veia, no fogão
Me casei com esta veia
Pra livrar da filharada
A danada dessa veia
Teve dez numa ninhada
Desses dez que nasceram
Um deu pra ladrao de bode
Deu no tango e deu no mango
Dos dez só ficaram nove
Dos nove que ficaram
Um deu pra ladão de poico
Deu no tango e deu no mango
Dos nove ficaram oito
Dos oito que ficaram
Um deu pra ladrão de jegue
Deu no tango e deu no mango
Dos oito ficaram sete
Dos sete que ficaram
Um deu pra ladrão de rez
Deu no tango e deu no mango
Dos sete ficaram seis
Desses seis que ficaram
Um deu pra ladrão de pinto
Deu no tango e deu no mango
Dos seis só ficaram cinco
Dos cinco que ficaram
Um deu pra ladrão de pato
Deu no tango e deu no mango
Dos cinco ficaram quatro
Dos quatro que ficaram
Um deu pra roubar outra vez
Deu no tango e deu no mango
Dos quatro ficaram tres
Desses três que ficaram
Um deu pra ladrão de boi
Deu no tango e deu no mango
Dos três só ficaram dois
Desses dois que ficaram
Um deu pra roubar jerimum
Deu no tango e deu no mango
Dos dois só ficaram um
Desse um que ficaram
Um deu pra roubar ladrão
Deu no tango e deu no mango
Acabou-se a geração
T.018.Totalmente Demais - Arnaldo Brandão/Robério Rafael
Linda como um neném
"...que sexo tem ,
Que sexo tem ?
Namora sempre gay "
Que nexo faz tão sexy
Gay
Rock´n´roll ?
Para ela é jazz
Já transou
Hi - life , society
Bancando o jogo alto...
Totalmente demais
Esperta como ninguém
"Só vai na boa
Só se dá bem !
Na lua cheia tá doida
Apaixonada , não sei por quem...
Agitou um broto a mais
Nem pensou , curtiu"
... já foi!
Foi só pra relaxar
Totalmente demais
Sabe sempre quem tem
Faz avião , só se dá bem !
Se pensa que tem problema
Não tem problema
Faz sexo bem !
Totalmente demais
T.017.Toque de Amor - José Rocha/João Lyra
O amor é a luz guardiã da cidade
Que ilumina o cortejo
De poucas nações
Colorindo a tristeza de felicidade
Com tambores
Alegria dos negros lampiões
Tem caixas-de-guerra
Tarol e agogô
Cantar resplandô
Pra depois debandar
O amor flor da pele
A luz o açoite
Que caminha lenta noite
Dos maracatus
Batucando dentro do coração da cidade
O delírio
A magia dos baques virados
Tem reis e rainha
Do Sol e do Mar
O toque de amor
Pra gente se encantar
T.016.Tristeza do Jeca - Angelino de Oliveira
Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Prá você quero contar
O meu sofrer e a minha dor
Sou igual o sabiá
Quando canta é só tristeza
Desde o galho onde está
Nesta viola canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira chão
Todo cheio de buraco
Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia o barulhão
Nesta viola, canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Lá no mato tudo é triste
Veja o geito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar
O choro que vai caindo
Devagar vai se sumindo
Como as àguas vão pro mar
T.015.Todos os Instrumentos - Joyce
Todos os instrumentos são perfeitos
Pois o perfeito existe em todo o som
Quando somos tocados pelo estranho maravilhoso dom
Todas as formas sempre serão belas
Há que compreendê-las como são
Buscar a harmonia que se esconde em cada obscuro vão
Com olhos de compaixão
Está no sujo e no cristalino
Está na voz do cantor
Na loucura e no desatino
Movimento luz e cor
Está no corpo do bailarino
Está na cara do ator
Instrumentos do Dom Divino
Instrumentos do Criador
Todos os instrumentos têm sentido
Pois a razão existe em cada um
Inútil procurar na humanidade
Uma vontade comum
Se cada um de nós é absoluto
No instante mais total da criação
Se deus é uma centelha no horizonte
A ponte entre o sim e o não
Onipotente solidão
Está no sujo e no cristalino
Está na voz do cantor
Na loucura e no desatino
Movimento luz e cor
Está no corpo do bailarino
Está na cara do ator
Instrumentos do Dom Divino
Instrumentos do Criador
T.014.Torturante Ironia - Sílvio Caldas
Que mágoa neste abandono
Que ânsia perdi o sono
Vivo em tristonho cantar
Porque a canção mais aflita
É a forma que há mais bonita
Da gente poder chorar
Sobes este barranco
Sujando o vestido branco
Pisando as pedras do chão
Mas sem saber na verdade
Que desde lá da cidade
Tu pisas meu coração
Por ser do morro e moreno
É que eu soluço, é que eu peno
Bebendo meu amargor
Por que me negam querida
Esta alegria da vida
De possuir teu amor
Que torturante ironia
O amor com categoria
Eu amo e não posso amar
Porque a mulher que eu adoro
Não mora aqui onde eu moro
Deixa então soluçar
S.025.Sorte - Celso Fonseca/Ronaldo Bastos
Tudo de bom que você me fizer
Faz minha rima ficar mais rara
O que você faz, me ajuda a cantar
Põe um sorriso na minha cara
Meu amor voce me dá sorte
Meu amor voce me dá sorte
Meu amor voce me dá sorte
na vida
Quando te vejo não saio do tom
Mas meu corpo já se separa
Me dá um beijo com tudo de bom
E acende a noite na Guanabara
Meu amor voce me dá sorte
Meu amor voce me dá sorte
Meu amor voce me dá sorte
de cara
S.024.Seu Corpo - Roberto Carlos/Erasmo Carlos
No seu corpo é que eu encontro
Depois do amor o descanso
E essa paz infinita
No seu corpo minhas mãos
Se deslizam e se firmam
Numa curva mais bonita
No seu corpo meu
Momento é mais perfeito
E eu sinto no seu peito o
Meu coração bater
E é no meio desse abraço
Que eu me amasso
E me entrego p'ra você.
E continua a viagem no
Meio dessa paisagem
Onde tudo me fascina
E me deixo ser levado
Por um caminho encantado
Que a natureza me ensina
E embora eu já conheça
Bem os seus caminhos
Me envolvo e sou tragado
Pelos seus carinhos
E só me encontro se me
Perco no seu corpo.
S.023.Simples Carinho - João Donato/Abel Silva
Amar é sofrer
Eu ouço dizer
mas vou duvidar
Querendo ou não
o meu coração
Já quer se entregar
Não falta lembrança
aviso cobrança
Você vai por mim
Mas feito criança
Lá vou na esperança
Eu sou mesmo assim
Quem sabe até
Não é o meu destino
Um amor sem espinhos
Só o mês de sua boca
Calor dos abraços
E tantos beijinhos
Se o sonho acabou
Não sei meu amor
Nem quero saber
Só sei que ontem a noite
Sorrindo acordada
Sonhei com você
Às vezes até
Na vida é melhor
Ficar bem sozinho
|Prá gente sentir
Qual é o valor
De um simples carinho
Te sinto no ar
Na brisa do mar
Eu quero te ver
Pois ontem a noite
Sonhando acordada
Dormi com você
S.022.Seu Olhar - Gilberto Gil
Há no seu olhar algo que me ilude
Como o cintilar da bola de gude
Parece conter as nuvens do céu
As ondas brancas do mar
Astro em miniatura
Micro-estrutura estelar
Há no seu olhar algo surpreendente
Como o viajar da estrela cadente
Sempre faz tremer, sempre faz pensar
Nos abismos da ilusão
Quando, como e onde
Vai parar meu coração?
Há no seu olhar algo de saudade
De um tempo ou lugar na eternidade
Eu quisera ter tantos anos luz
Quantos fossem precisar
Prá cruzar o túnel
Do tempo do seu olhar
S.021.Segredo da Cor - Bell/Wadinho/Rey
Todo canto que vem dos negros
Sempre vai nos ensinar
Toda dança que vem dos guetos
Todo mundo quer dançar
Mas com todo sofrimento
Dança a ginga que convém
Essa dor que sente o negro
Mostra a força que ele tem
Seu canto é vida vivida
Pra nos ensinar
O lindo mistério da cor
Ninguém vai roubar
Respira menino moreno
Jogando energia pro ar
Respira menino caboclo
E grita comigo ri-ra
R.021.Roendo Unha - Luiz Ramalho/Luiz Gonzaga
Quando Vinvin cantou
corri pra ver você
Atrás da serra, o sol
estava pra se esconder
Quando você partiu
eu não esqueço mais
Meu coração, amor,
partiu atrás
vivo com os olhos na ladeira
quando vejo uma poeira
penso logo que é você
Vivo de orelha levantada
Para o lado da estrada
que atravessa o muçambê
Ora, já estou roendo unha
A saudade é testemunha
Do que agora vou dizer
Quando na janela
Eu me debruço
O meu cantar é um soluço
A galopar no maçapê
R.020.Recordar - Aldacir Louro/Aluisio Martins
Recordar é viver
Eu ontem sonhei com você
Eu sonhei
Meu grande amor
Que você foi embora
Logo depois voltou
R.019.Recorda-te de mim - Mariana Hugina
Recorda-te de mim quando cismares
Naquelas tardes de saudade infinda
Quando a lua brilhar entre os palmares
Recorda-te de quem,te ama ainda,
Se ouvires o canto apaixonado
De um terno rouxinol, em noite linda,
Se tiveres lembrança do passado,
Recorda-te de quem te ama ainda.
Quando a noite, sombria e vagarosa
Estender sobre a terra o negro manto
E a lua mostrar-se majestosa,
Recorda-te de quem te ama tanto.
R.018.Realce - Gilberto Gil
Não se incomode O que a gente pode,
pode O que a gente não pode explodirá
A força é bruta E a fonte da força é neutra
E de repente a gente poderá
Realce, realce Quanto mais purpurina melhor
Realce, realce Com a cor-do-veludo, com amor
Com tudo de Real teor de beleza
Realce, realce, realce, realce Realce, realce, realce, realce
Não se impaciente O que a gente sente, sente
Ainda que não se sente afetará
O afeto é fogo E o modo do fogo é quente
E de repente a gente queimará
Realce, realce Quanto mais parafina melhor
Realce, realce Com a cor-do-veludo, com amor
Com tudo de Real teor de beleza
Realce, realce, realce, realce Realce, realce, realce, realce
Não desespere Quando a vida fere, fere
E nenhum mágico interferirá
Se a vida fere Com a sensação do brilho
De repente a gente brilhará
Realce, realce Quanto mais serpentina melhor
Realce, realce Com a cor-do-veludo, com amor
Com tudo de Real teor de beleza
Realce, realce, realce, realce
R.017.Raça - Milton Nascimento/Fernando Brant
Lá vem a força, lá vem a magia
Que me incendeia o corpo de alegria
Lá vem a santa maldita euforia
Que me alucina, me joga e me rodopia
Lá vem o canto, o berro de fera
Lá vem a voz de qualquer primavera
Lá vem a unha rasgando a garganta
A fome, a fúria, o sangue que já se levanta
De onde vem essa coisa tão minha
Que me aquece e me faz carinho?
De onde vem essa coisa tão crua
Que me acorda e me põe no meio da rua?
É um lamento, um canto mais puro
Que me ilumina a casa escura
É minha força, é nossa energia
Que vem de longe prá nos fazer companhia
É Clementina cantando bonito
As aventuras do seu povo aflito
É Seu Francisco, boné e cachimbo
Me ensinando que a luta é mesmo comigo
Todas Marias, Maria Dominga
Atraca Vilma e Tia Hercília
É Monsueto e é Grande Otelo
Atraca, atraca que o Naná vem chegando
P.021.Paisagem da Janela - Lô Borges/Fernando Brant
Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade, um velho sinal
Mensageiro natural de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não me escutou Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal Você não quer acreditar
E eu era apenas
Cavaleiro marginal lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvores
Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal, banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Eu olhava da janela lateral
Do quarto de dormir
Você não quer acreditar, mas isso tão normal
Você não quer acreditar, mas isso tão normal
um cavaleiro marginal, banhado em ribeirão
Você não quer acreditar
P.020.Piston de Gafieira - Billy Blanco
Na gafieira segue o baile calmamente
Com muita gente dando volta no salão
Tudo vai bem, mais eis porém que de repente
Um pé subiu e alguém de cara foi ao chão
Não é que o Doca é um crioulo comportado
Ficou tarado quando viu a Dagmar
Toda soltinha dentro de um vestido saco
Tendo ao lado um cara fraco, foi tirá-la pra dançar
O moço era faixa preta simplesmente
E fez o Doca rebolar sem bambolê
A porta fecha enquanto o duro vai não vai
Quem está fora não entra
Quem está dentro não sai
Mas a orquestra sempre toma providência
Tocando alto pra polícia não manjar
E nessa altura como parte da rotina
O pistom tira a surdina
E põe as coisas no lugar
P.019.Peter Gast - Caetano Veloso
Sou um homem comum
Qualquer um
Enganando entre a dor e o prazer
Hei de viver e morrer
Como um homem comum
Mas o meu coração de poeta
Projeta-me em tal solidão
Que às vezes assisto
A guerras e festas imensas
Sei voar e tenho as fibras tensas
E sou um
Ninguém é comum
E eu sou ninguém
No meio de tanta gente
De repente vem
Mesmo eu no meu automóvel
No trânsito vem
O profundo silêncio
Da música límpida de Peter Gast
Escuto a música silenciosa de Peter Gast
Peter Gast
O hóspede do profeta sem morada
O menino bonito Peter Gast
Rosa do crepúsculo de Veneza
Mesmo aqui no samba-canção
Do meu rock'n'roll
Escuto a música silenciosa de Peter Gast
Sou um homem comum
P.018.Pastorinhas - João de Barro/Noel Rosa
A estrela d'alva no céu desponta
E a lua anda tonta com tamanho esplendor
E as pastorinhas pra consolo da lua
Vão cantando na rua lindos versos de amor
Linda pastora morena da cor de madalena
Tu não tens pena de mim
Que vivo tonto com o teu olhar
Linda criança tu não me sais da lembrança
Meu coração não se cansa
De sempre sempre te amar
P.017.Por Um Dia de Graça - Luis Carlos da Vila
Um dia
Meus olhos inda hão de ver
Na luz do olhar do amanhecer
Sorrir o dia de graça
Poesias
Brindando essa manhã feliz
Do mal cortado na raiz
Do jeito que o mestre sonhava
O não chorar
E o não sofrer se alastrando
No céu da vida o amor brilhando
A paz reinando em santa paz
Em cada palma de mão
Cada palmo de chão
Sementes de felicidade
O fim de toda a opressão
O cantar com emoção
Raiou a liberdade
Chegou...
Chegou o auréo tempo de justiça
Há o esplendor do preservar a natureza
Respeito a todos os artistas
A porta aberta ao irmão
De qualquer chão de qualquer raça
O povo todo em louvação
Por esse dia de graça.
O.012.O Dia que me Queiras - Carlos Gardel/Alfredo Le Pera
Acaricia meu sonho
O suave murmúrio do seu suspirar
Como rir da vida
Se seus olhos negros
Querem me olhar
E se é no amparo
Se seu sorriso leve
Que é como um cantar
Ele acalma minha ferida
Tudo, tudo fica esquecido
O dia em que você me queira
A rosa que enfeita
Se vestirá de festa com sua melhor cor
E o sinos dos ventos dirão que você já é minha
E loucas as nascentes contarão seu amor
A noite em que me queiras desde o azul do céu
As estrelas ciumentas nos olharão passar
E um raio misterioso fará um ninho em seus cabelos
Vagalume curioso que verá
Que você é meu consolo
O.011.Olhos nos Olhos - Chico Barque
Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando, sem mais, nem por quê
Tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz
N.015.Nervos de Aço - Lupicínio Rodrigues
Você sabe o que é ter um amor
Meu senhor
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor
Meu senhor
Ao lado de um tipo qualquer
Você sabe o que é ter um
amor meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrar em um braço
Que nem um pedaço
Do meu pode ser.
Há pessoas com nervos de aço
Sem sangue nas veias
E sem coração
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhe venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, despeito amizade ou horror
Eu só sinto que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor.
N.014.No Rancho Fundo - Lamartine Babo
No rancho fundo
Bem prá lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade . . .
No rancho fundo
Dbem pra lá do fim do mundo
Um moreno canta as mágoas
Tendo os olhos rasos d'água . . .
Pobre moreno
Que de noite no sereno
Espera a lua no terreiro
Tendo um cigarro por companheiro
Sem um aceno
Ele pega na viola
E a lua por esmola
Vem pro quintal desse moreno!
No rancho fundo
Bem prá lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria
Nem de noite, nem de dia
Os arvoredos
Já não contam mais segredos
Que a última palmeira
Já morreu na cordilheira
Os passarinhos
Internaram-se nos ninhos
De tão triste, essa tristeza
Cobre de treva a natureza
Tudo por que?
Só por causa do moreno
Que era grande, hoje é pequeno
Para uma casa de sapê.
N.013.Nós os Foliões - Paulinho da Viola
Nosso amor passou eu sei
No princípio eu não quis acreditar
Chorei
Mas depois eu tive que me conformar
Me conformei
A realidade foi maior
Aprendi nessa dor
A mágoa não compensa
E o orgulho é mais cruel
Que toda a indiferença
Pode acreditar mulher
Nosso amor foi lindo
Como um carnaval qualquer
Que se acaba
E faz um novo dia a dia acontecer
Tão difícil assim como viver
Até um dia em que vem
Reacender alegrias e salões
Nós os foliões
Nossas alegorias
Tão esperado e se foi
Tão colorido e lá vai
Perdendo a cor o carnaval do nosso amor.
N.012.Nego Veio Quando Morre - Tradicional
Quando eu morrer quero ir de fralda de camisa
Quando eu morrer quero ir de fralda de camisa
Defunto pobre de luxo não precisa
Defunto pobre de luxo não precisa
Cinquenta velhas desdentadas e carecas
Cinquenta velhas desdentadas e carecas
Hão de ir à frente tocando rabeca
Hão de ir à frente tocando rabeca
E um velho bem barrigudo
E um velho bem barrigudo
Ir lá na frente tocando no canudo
Ir lá na frente tocando no canudo
Quatro velhas que forem de balão
Quatro velhas que forem de balão
Irão segurando nas argolas do caixão
Irão segurando nas argolas do caixão
N.011.Noturno - Graco/Caio Silva
O aço dos meus olhos
E o féu das minhas palavras
Acalmaram meu silencio
Mas deixaram suas marcas...
Se hoje sou deserto
É que eu não sabia
Que as flôres com o tempo
Perdem a força
E a ventania
Vem mais forte...
Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou...
Aí, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fôgo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...
Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu!...
Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou...
Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fôgo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...
Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu! Sou eu!...
Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fôgo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...
Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu! Sou eu!...
M.027.Madrugada - Evaldo Rui/Herivelto Martins
Madrugada
Resto de noite
Clarim que anuncia o novo dia
Madrugada
Que encontra o poeta
Na rua deserta e vesejar
Namorados que voltam das festas
Fazendo serestas
à luz ao rebol
Madrugada dos guardas noturnos
Boêmios soturnos que sonham com o sol
Madrugada
Cabarés fechados
Casais agitados que a noite formou
Madrugada das richas sangrentas
Nas ruas barrentas
Que a lei não chegou
Madrugada do homem banal
Que compra o jornal
E as noticias não lê
Madrugada
O poeta boêmio deseja por prêmio
viver com voce
M.026.Minha Embaixada Chegou - Assis Valente
MINHA EMBAIXADA CHEGOU
ASSIS VALENTE
Minha embaixada chegou
Deixa meu povo passar
Meu povo pede licença
Pra na batucada desacatar
Minha embaixada chegou
Deixa meu povo passar
Meu povo pede licença
Pra na batucada desacatar
Vem vadiar no meu cordão
Cai na folia meu amor
Vem esquecer tua tristeza
Mentindo à natureza
Sorrindo à tua dor
Eu vi o nome da favela
Na luxuosa academia
Mas a favela pro dotor
É morada de malandro
E não tem nenhum valor
Minha embaixada chegou
Deixa meu povo passar
Meu povo pede licença
Pra na batucada desacatar
Não tem doutores na favela
Mas na favela tem doutores
O professor se chama bamba
Cirurgia é na macumba
Medicina lá é samba
Já não se ouve a batucada
A serenata não há mais
O violão desceu o morro
E ficou pela cidade
Onde o samba não se faz
Minha embaixada chegou
Meu povo deixou passar
Ela agradece a licença
Que o povo lhe deu para desacatar (x2)
M.025.Mulher de Malandro - Heitor dos Prazeres
Mulher de malandro sabe ser
Carinhosa de verdade
Ela vive com tanto prazer
Quanto mais apanha
A ele tem amizade
Longe dele tem saudade
II
Ela briga com o malandro
Enraivecida manda ele andar
Ele' se aborrece e desaparece
Ela sente saudade vai procurar
Muitas vezes ela chora
Mas despreza o amor que tem
Sempre apanhando e se lastimando
E perto do malandro se sente bem
M.024.Minha Cabrocha - Lamartine Babo
Pra fazer meu samba
Não tenho diploma
Cabrocha bonita
Nascida na roça
Tem aroma...
Quando vem lá da igreija, lá da freguesia
Traz no olhar
Feitiçaria
Traz no olhar
Feitiçaria
Quer se casar
Na igreija e na pretoria
Cabrocha assim
Gosto de ver
Não põe carmim
Mas faz endoidecer
Para fazer para fazer
Para fazer meu samba
Não tirei diploma
Cabrocha bonita
Nascida na roça
Tem aroma
Quando vem da igreija, lá da freguesia
Traz no olhar
Feitiçaria
Vou ajuntar
Meu dinheirinho
Para comprar
Uma casa la no campinho
És cabrochinha
Flor e mulher
Hás de ser minha
Enquanto Deus quiser
M.023.Madalena - Ivan Lins/Ronaldo Monteiro
Oh! Madalena
O meu peito percebeu
Que o mar é uma gota
Comparado ao pranto meu...
Fique certa
Quando o nosso amor desperta
Logo o sol se desespera
E se esconde lá na serra...
Oh! Madalena
O que é meu não se divide
Nem tão pouco se admite
Quem do nosso amor duvide...
Até a lua
Se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco
Alegre ou triste...
Oh! Madalena
O meu peito percebeu
Que o mar é uma gota
Comparado ao pranto meu...
Fique certa
Quando o nosso amor desperta
Logo o sol se desespera
E se esconde lá na serra...
Oh! Madalena
O que é meu não se divide
Nem tão pouco se admite
Quem do nosso amor duvide...
Até a lua
Se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco
Alegre ou triste...
Oh! Madalena!
Oh! Madalena!
Oh! Madalena!
Oh! Madalena!...
Madalena! Madalena!
Oh Ma! Oh Madá! Oh Madalê Lê Lê Lê Lê Lena!...(4x)
quarta-feira, 15 de maio de 2013
M.022.Meu Violão - Paulinho da Viola
Não posso passar sem meu violão
Não posso viver sem carinho
Quando eu não tenho ninguém
Corro e abraço meu pinho
Como ele eu seguro a saudade
E a tristeza de viver sozinho
Já vivi em minha vida
Momentos de intensa paixão
E no fogo da ferida
Eu até achava inspiração
Quantas vezes eu cantava
Quando não podia nem falar
É que meu violão me ajudava
A trazer a esperança
Dentro de um poema.
M.021.Marinheiro Só - Caetano Veloso
Eu não sou daqui
Marinheiro só
Eu não tenho amor
Marinheiro só
Eu sou da bahia
Marinheiro só
De são salvador
Marinheiro só
Lá vem, lá vem
Marinheiro só
Como ele vem faceiro
Marinheiro só
Todo de branco
Marinheiro só
Com o seu bonezinho
Marinheiro só
Ô, marinheiro marinheiro
Marinheiro só
Ô, quem te ensinou a nadar
Marinheiro só
Ou foi o tombo do navio
Marinheiro só
Ou foi o balanço do mar
Marinheiro só
M.020.Mulher - Fagner/Capinam
MULHER
FAGNER/CAPINAM
Tu és mulher
Tu és um ser
Que pode ser mais do que é
Um passarinho fruta qualquer
Pode ser doce
O fel até
Pode não ser como quiser
Mas serás a guerra e a paz
Serás o bem e não será demais
O mal me quer
Ser se quiseres
Pois as mulheres são tão iguais
À natureza e aos rapazes
Que tudo fazem ou nada fazem
Senão viver como capazes
De fazer de acontecer
De adormecer quando chover
Ou de morrer de um amor comum
Que qualquer um pode querer
Pode levar na bandeja
A cabeça de um cristão
Pode servir ou vir a ser
O seu próprio sim ou não
quinta-feira, 9 de maio de 2013
M.019.Marina - Dorival Caymmi
Marina, morena
Marina, você se pintou
Marina, você faça tudo
Mas faça um favor
Não pinte esse rosto que eu gosto
Que eu gosto e que é só meu
Marina, você já é bonita
Com o que deus lhe deu
Me aborreci, me zanguei
Já não posso falar
E quando eu me zango, marina
Não sei perdoar
Eu já desculpei muita coisa
Você não arranjava outra igual
Desculpe, marina, morena
Mas eu tô de mal
Marina, morena
Marina, você se pintou
Marina, você faça tudo
Mas faça um favor
Não pinte esse rosto que eu gosto
Que eu gosto e que é só meu
Marina, você já é bonita
Com o que deus lhe deu
Me aborreci, me zanguei
Já não posso falar
E quando eu me zango, marina
Não sei perdoar
Eu já desculpei muita coisa
Você não arranjava outra igual
Desculpe, marina, morena
Mas eu tô de mal
De mal com você
De mal com você.
M.018.Minha Palhoça - J.Cascata
Mas se você quisesse, morar na minha palhoça – Lá tem troça e se
faz bossa –
Fica lá na roça, à beira de um riachão – E à noite tem violão –
Uma roseira, cobre a banda da varanda e
Ao romper da madrugada, vem a passarada, abençoar nossa união.
Tem um cavalo, que eu comprei à prestação e que não estranha a
pista
Tem jornal; lá tem revista.
Uma Kodak para tirar nossas fotografias – Vai ter retrato todo
dia –
Um papagaio, que eu mandei vir do Pará.
Um aparelho de rádio batata, e um violão que desacata.
Meu Deus do céu que bom seria…
Mas se você quisesse, morar na minha palhoça – Lá tem troça e se
faz bossa –
Fica lá na roça, à beira de um riachão – E à noite tem violão –
Uma roseira, cobre a banda da varanda e
Ao romper da madrugada, vem a passarada, abençoar nossa união.
Tem um pomar, que é pequenino, é uma beleza - É mesmo uma
gracinha –
Criação, lá tem galinha –
Um rouxinol, que nos acorda ao amanhecer – Isso é verdade, podes
crer –
A patativa quando canta faz chorar,
Há uma fonte na encosta do monte, a cantar – chuá… chuá…
M.017.Mundo Delirante - Sueli Costa/Abel Silva
Mundo delirante
Sou teu habitante
O mais frágil vôo
Asas colibri
Mundo delirante
Sou teu prisioneiro
Vero cativeiro
Ai d mim
Mundo delirante
Seá que é destino
Eu já fui menino assim
Sou teu habitnte
Mundo delirante
Ou prisioneiro enfim
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