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quarta-feira, 16 de junho de 2021
E.110.Exílio e Paraíso - Guinga/Aldir Blanc
Eu queria ser o ser de outro alguém
e o perigo é não ser mais ninguém.
Estrada estreita a vereda do amor
mas que descamba no infinito...
onde meu grito vira sussurro, onde o
abajur deslumbra quem se oculta na
penumbra e murmura boleros...
Paz de violão que o coração
disparando em mim, ai, contradiz...
Estrada estranha a vereda do amor,
luas e lírios onde piso, onde o exílio e
o paraíso são quase uma coisa só
onde a crueldade é dó
e o retomo é o degredo...
Giro no Baile Pedido dos meus 15 anos...
vem a mulher de vermelho
e encantos ciganos violar meu segredo...
Ao olhar no espelho há amores tais
que o par só vê um, ninguém mais...
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