segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

C.127.Coisas do mundo minha nega - Paulinho da Viola


Hoje eu vim minha nêga
Como venho quando posso
Na boca as mesmas palavras
No peito o mesmo remorso
Nas mãos a mesma viola
onde gravei o teu nome

Nas mãos a mesma viola
onde gravei o teu nome

Venho do samba há tempo, nêga
Vim parando por ai
Primeiro achei Zé Fuleiro
Que me falou de doença
Que a sorte nunca lhe chega
Está sem amor e sem dinheiro
Perguntou se eu não dispunha
De algum que pudesse dar
Puxei, então da viola
Cantei um samba pra ele
Foi um samba sincopado
Que zombou do seu azar

Hoje eu vim minha nêga
Andar contigo no espaço
Tentar fazer em teus braços
Um samba puro de amor
Sem melodia ou palavra
pra não perder o amor

Sem melodia ou palavra
pra não perder o amor

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