Espaço para pesquisa de letras de musicas.Encontre aqui a sua...PESQUISAR BLOG.
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
S.050.Sim ou Não - Djavan
Introdução: F7+/9 G/F F9 F9/5+
F7+/9 G/F F9 F9/5+
Um dia preciso ir
F7+/9 G/F D/E A7/5+
Na casa da solidão
D7+/9 G7/13
Só pra saber
Cm7/9 F4/7 F7
Se o que sofri
Am7 D7/9
Dá pra beber
B7/9- F#7/9+
Outra paixão
F7+/9 G/F F9 F9/5+
Em mim o amor se fez
F7+/9 G/F D/E A7/5+
Do jeito que se inventou
D7+/9 G7/13 Cm7/9 F4/7 F7
Toda razão perde o seu fim
Am7 D7/9 B7/9- F#7/9+
Se um coração for o juiz
Gm7
Vai redimir
F#7/5-
O medo de amar
A6
Saudade
F7+/9 G/F F9 F9/5+
Enquanto o amor ferir
F7+/9 G/F D/E A7/5+
E o pranto a dor sarar
D7+/9 G7/13
Não digo não
Cm7/9 F4/7 F7
Nem dou o sim
Am7 D7/9
Deixo o meu coração
B7/9- F#7/9+
Chorar por mim
S.049.Salva vidas - Caetano Veloso
Místico pôr-do-sol no mar da Bahia
E eu já não tenho medo de me afogar
Conheço um moço lindo que é salva-vida
Vida
Um da turma legal de Salvador
Que é fera
Na doçira, na força e na graça
Ai, ai
Quem me dera
Que eu também pertencera a essa raça
Salva vida
S.048.Seu sabão - Djalminha
Ele é meu homem
Me deu seu nome
Quando dele me tornei mulher
Ele me beija, me aperta
Com carinho me desperta
Faz de mim o que bem quer
Sou seu sabão, sou seu denguinho
Sou seu cheiro, seu carinho
E tudo mais o que ele quer
E até meu nome é flor, é rosa
É onçà, é cobra venenosa
Para o que der e vier
Me arrepio feito gata
Quando sinto as suas patas
No meu corpo desnudado
Se é depois de forte briga
O nosso amor parece intriga
De gemidos no calado
Ele me afaga,
Eu gemo e grito
Torno o dito por não dito
E me sinto mais mulher
Quado em seus braços ele me pisa
E com seus beijos me agoniza
Quem ama atura o que vier
S.047.Superstafa - Luis Carlos/Paulo Coelho
A linha dá sempre ocupado
O sinal vai demorar a abrir
O carro tá sempre enguiçado
Choro na hora de sorrir
Ah! deixa estar que eu me vingo dela
Ah! deixa estar vou tocar para ela
Ah! deixa estar meus amigos
Mas o que se passa e a superstafa
Sempre tem que pagar a taxa
Na guitarra falta uma corda
Custo muito pra dormir
Mas qualquer coisinha me acorda
Chove só nos fins de semana
Quando a gente quer ir a praia
A caneta vive falhando
Sempre pinga aqui na saia
O filme que a gente quer ver
Tá com lotação esgotada
A água para de correr
Quando estou toda ensaboada
S.046.Sonho de moço - Francis Hime/Milton Nascimento
C7M Bb7/C
Pensam que não vale mais eu vir cantar
C7M Bb7/C
Rumos de povo e coisa e tal
Ab7M/Eb D7
E sonhos de moço pensam ser devagar
Ab7M/Eb D7
Morreram com quem já não é
D6 C#m7
É hoje, sempre, amanhã, sempre está
F#7 F#7(13b) B7M E7
Sou homem, sou jovem, menino, sou eu
C/E D7(9b)/Eb
Por mais que me mate o amanhã
D7 E E7
A fé me transborda essa manhã
C/E F#m7(11)
O pão, mais um dia, o Dom da vida
B7(9b) E7/4(9)
O sol da vida, eu quero acreditar
C/E D7(9b)/Eb
O pão, me mereça essa manhã
D7 E E7
Que importa se estou a repetir
C/E F#m7(11) B7(9b) E7/4(9) E7(9)
68, qualquer dano, o dano todo, quero acreditar
C7M Bb7/C
Mas de quem tá atrás de mim quero ver
C7M Bb7/C
Um amanhã em tudo meu
C7M Bb7/C
Dar liberdade quem está atrás de mim
C7M Bb7/C
Menino, quero acreditar
C7M Bb7/C
Ah, isso eu quero acreditar
C7M Bb7/C
Façam por onde acreditar
Marcadores:
Francis Hime,
Letra S,
Milton Nascimento
O.087.Os dez mandamentos - Dadá Di Moreno/Jeova de Carvalho
Os dez mandamentos do amor
Para conquistar uma mulher
Tem que ter carinho
Tem que ter jeitinho
Tem que ter aquilo
Que ela quer
Primeiro, tudo começa com uma paquera
Com seu olhar dentro do olhar dela
Com jeitinho para dançar
Dance macio para ela se aconchegar
Segundo, um papo pra derrubar avião
suavemente ja pegando em sua mão
Terceiro, um cheiro pra sentir o seu perfume
Olhando as outras pra ela sentir ciúmes
O quarto, é brincar no escurinho
Ser o lobo mau e ela a chapeuzinho
Quinto, tem que ser bem safadinho
Preste atenção agora
Ao sexto mandamento
Que ela, não vai lhe esquecer
Um só momento
Repita a dose se sentir
Que ela gostou
Na hora H, lhe chame
De meu amor
Sétimo toque, é lhe falar de paixão
Falar somente das coisas do coração
Oitavo mandamento, diz para jurar
Lhe ser fiel, até a morte lhe levar
No nono, você diz que vai voltar
Diz que amanhã vai telefonar
No décimo...
Deixe ela esperar
O.086.O Pedido - J.Barreto/J. da Silva
Vim, vim, vim
Eu vim, oi
Vim, vim, vim,
Eu vim...
Atravessei o mar
Vim trazer enfeite
Me vesti rainha
E dançar a festa
No avarandado da mata cerrinha
No avarandado da mata cerrinha.
Vim, vim, vim
Eu vim, oi
Vim, vim, vim,
Eu vim...
Na margem passeio cheguei
Vim trazer doce, ponche bom
Pra meu coração rodeador
Cair descanso na mata cerrinha
No avarandado da mata cerrinha.
Vim, vim, vim
Eu vim, oi
Vim, vim, vim,
Eu vim...
Atendi teu pedido e vim...
Atendi teu pedido e vim...
Atendi teu pedido e vim...
Atendi teu pedido e vim...
O.085.O ciúme - Caetano Veloso
Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme
O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre nem triste nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta
Velho Chico vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
E eu sou só, eu só, eu só, eu
Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas, na voz que canta tudo ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê
Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira, monstruosa, a sombra do ciúme
O.084.Olha pro céu - Luiz Gonzaga/José Fernandes
Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xóte, baião no salão
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração.
O.083.Oh Jah, Oh Jah
Destinos livres num mundo em degradação
Mentes mantidas na prisão,
Dos falsos preceitos, da doutrinação,
Excluídos e eleitos no reino da perdição.
Líderes malignos, dominadores,
Ensinam e fanatizam seus fiéis seguidores,
Não sabem da dor no desprezo, da rejeição,
Não sabem do desespero dos que esperam em vão.
Falsos profetas, enganadores,
Comerciantes da fé, sacerdotes dos valores,
Missionários mercenários, devotos do dinheiro,
Exploram nos cultos diários o sofrimento alheio.
Oh Jah, Oh Jah-Jah! Quanta desonestidade,
Não se sabe em que acreditar,
Doutores em falsidade,
Aproveitadores por todo lugar,
Querem construir o seu céu na Terra
E acham que pra isso tudo podem comprar,
Vendem suas almas, declaram a guerra,
Só a cobiça lhe faz respirar.
Oh Jah, Oh Jah-Jah,
Que grande abominação!
Oh Jah, Oh Jah-Jah,
Discipulos da maldição!
Oh Jah, Oh Jah-Jah,
Quanta hipocrisia!
Oh Jah, Oh Jah-Jah,
Livrai-me dessa heresia!
Não se sabe em quem acreditar,
Perdoe se eu tropeçar,
Mundo em degeneração,
Eu clamo pelo Seu perdão.
O.082.O travesti - Luis Carioca
Na minha rua mora uma pequena
Pedaço de morena, carne ele primeira
Mas o crioulo que é mando dela
Um fundo de panela
Que não vê bombril
Se acha no direto de se ver perfeito
Mas ele não merece a nega que ele tem
Mas nesse dia a nega quebrou a corrente
Dando um passo a frente, chegou no portão
Fiquei admirado com o seu rebolado
Respirando fundo, me aproximei
Meio nervoso dei uma piscada
E a nega esnobava, fingindo não viu
Mas, de repente, a coisa ficou diferente
O nego apareceu como um tufão na
minha frente
Fiquei apavorado, tentei me explicar
Mas o criioulo apressado
Quis me atacar
Corri o baino inteiro
Feito uma gazela
Foi tudo resultado daquela paquera
Mas fui alcançado
Pois escorreguei
Parei no hospital
com a surra que levei
Três costelas quebradas
A cara amassada
Por causa de uma nega
Feia, desgraçada
E depois da surra que eu recebi
Descobri que aquela nega era um
travesti
Descobri que aquela nega era um
travesti
Era um travesti
Um travesti
Um travesti
O.081.O nome da nega - Carlinhos Ganso/Badegão
Eu vinha todo bonitinho
Vinha todo engraçadinho
De repente, olhei pro lado
Eu vi a neguinha com seu requebrado
Diga o nome desta nega
Que bole, bole, bole, embole
Diga o nome dessa nega
Que bole, embole
Estava sambando com a nega
E veja o que aconteceu
Estava indo atê embaixo
E de repente a coluna doeu
Diga o nome desta nega
Que bole, bole, bole, embole
Diga o nome dessa nega
Que bole, embole
Pm ficar legal
Vem pra Companhia quebrar
Requebrando aqui, requebrando ali,
requebrando lá
No bambolê aqui, bambolê ali,bamboleia
Bota o dedo na boquinha, ai
Ai, meu Deus, que safadinha, ui
Vai descendo, vai mainha, assim
Vai descendo dengosinha
Dê agora uma paradinha
Sobe, empina o bumbum
Quebrando de bandinha
O.080.Os camelos - Luiz Barbosa/Alvaro Gomes
Um dia de sol ardente, no infinito...
Infinito céu anil
Ondas de vento forte levantavam a poeira...
Era assim...
Era assim lá em Belém
Religiosos, os reis homens religiosos
Caminhavam, caminhavam em procissão
Prá cidade iluminada em busca do seu senhor
Em direção...
prá cidade do Senhor
Mestre de muitas lendas
Dito por muitos profetas
Vem consagrar a lei...
Os camelos, carregados de presentes
Lentamente, lentamente caminhavam
Suas forças se multiplicavam, a cada dia que
seguia
Parecia que sabiam...
Que além dos três Reis Magos
Outro Rei os esperava
Sob a luz da estrela guia...
mestre de muitas lendas...
Os camelos, carregados de presentes...
O.079.O Nosso amor - Tom Jobim/Vinicius de Moraes
O nosso amor, Vai ser assim,
Eu prá voce, Voce prá mim
O nosso amor, Vai ser assim,
Eu prá voce, Voce prá mim
Tristeza, Eu nao quero nunca mais,
Vou fazer voce feliz,
Vou querer viver em paz,
O destino é quem me diz
Marcadores:
Letra O,
Tom Jobim,
Vinícius de Moraes
O.078.Outra Vez - Tom Jobim
Outra vez sem você, outra vez semamor
Outra vez vou sofrer, vou chorar, até você voltar
Outra vez vou vagar, por aí praesquecer
Outra vez vou falar mal do mundo, até você voltar
Todo mundo me pergunta, porque ando triste assim
Ninguém sabe o que é que eu sinto, com você longe de mim
Vejo o sol quando ele sai, vejo a chuva quando cai
Tudo agora é só tristeza, traz saudade de você
Outra vez sem você, outra vez semamor
O.077.O barquinho - Roberto Menescal/Ronaldo Boscoli
Dia de luz,
festa de sol
e o barquinho a deslizar
no macio azul do mar.
tudo é verão,
o amor se faz
num barquinho pelo mar,
que desliza sem parar,
sem intenção, nossa canção
vai saindo desse mar
e o sol beija o barco e luz,
dias tão azuis.
Volta do mar,
desmaia o sol
e o barquinho a deslizar.
a vontade de cantar
Céu tão azul,
ilhas do sul
e o barquinho é um coração
deslizando na canção.
Tudo isso é paz,
tudo isso traz
uma calma de verão e então
o barquinho vai,
a tardinha cai,
o barquinho vai.
O.076.O amor em paz - Tom Jobim/Vinicius de Moraes
Eu amei
E amei ai de mim muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar
Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você
A razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Pois o amor
É a coisa mais triste
Quando se desfaz
O amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz
Marcadores:
Letra O,
Tom Jobim,
Vinícius de Moraes
O.075.O pato - Jaime Silva/Neuza Teixeira
C6/9 D7/9
O pato vinha cantando alegremente, quém, quém
Dm7/9 G6/7
Quando um marreco sorridente pediu
C6/9
Pra entrar também no samba, no samba, no samba
C6/9 D7/9
O ganso gostou da dupla e fez também quém, quém
Dm7/9 G6/7
Olhou pro cisne e disse assim "vem, vem"
C6/9 F6/7 C6/9 C7/9
Que o quarteto ficará bem, muito bom, muito bem
F7+
Na beira da lagoa foram ensaiar
D7/9 G6/7 C6/9 C7/9
Para começar o tico-tico no fubá
F7+ Fm6 C7+/E C7/9
A voz do pato era mesmo um desacato
F7+ Fm6 C7+/E C7/9 F7+
Jogo de cena com o ganso era mato
Fm6 C7+/E D7/9
Mas eu gostei do final quando caíram n'água
G6/7 C6/9
E ensaiando o vocal
(C6/9 D7/9 Dm7/9 G6/7)
quém, quém, quém, quém
quém, quém, quém, quém
O.074.O filho que eu quero ter - Toquinho/Vinicius de Moraes
É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem
De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem
Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro bei..jo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter.
Marcadores:
Letra O,
Toquinho,
Vinícius de Moraes
O.073.O velho e a flor - Toquinho/Vinicius de Moraes
Por céus e mares eu andei
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber o que é o amor
Ninguém sabia me dizer
E eu já queria até morrer
Quando um velhinho com uma flor assim falou:
O amor é o carinho
É o espinho que não se vê em cada flor
É a vida quando
Chega sangrando
Aberta em pétalas de amor
Marcadores:
Letra O,
Toquinho,
Vinícius de Moraes
N.077.Não dá prá guardar - Martinho da Vila/Cabana
Dinheiro de pobre não dá pra guardar
Não dá, não dá
Quando mais ele ganha
Mais tem que pagar
Pagar, pagar
Pobre recebe no dia primeiro
No dia dois tá pedindo dinheiro
Ao patrão pra comprar o feijão
Ele paga o armazém
Deve lá na padaria
Não tá pendurado no açougue
Porque o açougueiro não fia
O dinheiro do biscate
Vem com praga de urubu
Se ele bota na poupança
Passa fome ou anda nu
N.076.Nossa música - Helena Elis
Você adora Rock e eu te toco MPB
Mas se você quer Rock
Eu também toco pra você
Você sabe: Por você eu faço qualquer coisa
Até toco sua música sertaneja
As poucas que você gosta
Ficam tão deliciosas
Cantadas pra você
Tocadas pra você, por mim
M Incidental
E nessa loucura, de dizer que não te quero
Vou negando as aparências
Disfarçando as evidências
Mas para que viver fingindo
Eu não posso enganar
Meu coração
Você diz que eu preciso
Da falta pra escrever
Porque você sabe, minha falta é você
Pois fique com a falta
Que eu fico com você
Tocando e cantando
Sua música sertaneja
Aprendendo a gostar do seu rock americano
Você gosta de rock e eu te toco MPB
Mas se você quer rock
Eu também toco pra você !
Escuta aí:
(Instrumental Rock)
N.075.Negros - Adriana Calcanhoto
O sol desbota as cores
O sol dá cor aos negros
O sol bate nos cheiros
O sol faz se deslocarem as sombras
A chuva cai sobre os telhados
Sobre as telhas
E dá sentido as goteiras
A chuva faz viverem as poças
E os negros recolhem as roupas
A música dos brancos é negra
A pele dos negros é negra
Os dentes dos negros são brancos
Os brancos são só brancos
Os negros são retintos
Os brancos têm culpa e castigo
E os negros têm os santos
Os negros na cozinha
Os brancos na sala
A valsa na camarinha
A salsa na senzala
A música dos brancos é negra
A pele dos negros é negra
Os dentes dos negros são brancos
Os brancos são só brancos
Os negros são azuis
Os brancos ficam vermelhos
E os negros não
Os negros ficam brancos de medo
Os negros são só negros
Os brancos são troianos
Os negros não são gregos
Os negros não são brancos
Os olhos dos negros são negros
Os olhos dos brancos podem ser negros
Os olhos, os zíperes, os pêlos
Os brancos, os negros e o desejo
A música dos brancos é negra
A pele dos negros é negra
Os dentes dos negros são brancos
A música dos brancos
A música dos pretos
A música da fala
A dança das ancas
O andar das mulatas
"O essa dona caminhando"
A música dos brancos é negra
Os dentes dos negros são brancos
A pele dos negros é negra
Lanço o meu olhar sobre o Brasil e não entendo nada
N.074.Nabucodonosor - Alfredo Moura
Na boca e na boquinha
E foi papai quem falou
Menina linda, dengosa
Sou sua naja
Sou seu amor
Silenciosa gatinha, fofinha
Sou sua abelha rainha
Beijo com gosto de sal
Vou consultar meu peji
Um alto astral
Jeito louco de ser
Uma babá por ali
Sou odalisca do seu metiê
Vou casar com você
Ouvi dizer que Babilônia é Salvador
É Salvador, é Salvador
Ouvi dizer que Babilônia é Salvador
Ouvi da boca de Nabucodonosor
Na boca e na boquinha
E foi mamãe quem falou
Tremendamente dengosa
Esse meu-bem querer te viciou
Todo manhoso
Vem cá, meu gatinho
E me enche de beijinhos
Beijo com gosto de sal
Do Oiapoque ao Chuí
Um alto astral
Jeito louco de ser
Uma babá por ali
Sou odalisca do seu metiê
Quero casar com você
Ouvi dizer que Babilônia é Salvador
É Salvador, é Salvador
Ouvi dizer a que Babilônia é Salvador
Ouvi da boca de Nabucodonosor
N.073.Naná, Naná - Cay/Lula Novaes
É Naná, Naná
Naná, Naná
Quero sentir do teu corpo
Um abraço forte
E do seu olhar
A vontade de me ver
Sei que queres este momento
Eu também esperei tanto
Por você
Oh! Meu encanto
É Naná, Naná
É Naná, Naná
Eu vivo num mundo de sonhos
Querendo alguém pra me amar
Viver desse jeito, assim
Oh! Baby, não dá
Quero sentir do teu corpo
Um abraço forte
E do seu olhar
A vontade de me ter
Sei que queres este momento
Eu também esperei tanto
Por você
Oh! Meu encanto
É Naná, Naná
É Naná, Naná
Eu vivo num mundo de sonhos
Querendo alguém pra me amar
Viver desse jeito, assim
Oh! Baby, não dá
É Naná, Naná
É Naná, Naná
M.089.Minha metade - David Gates
Será que a gente entrega o coração
Sei lá
Tentando fugir da solidão
Sem pensar
Nas conseqüências que o amor pode causar
Ao me entregar
E assim
Eu me feri, me machuquei
Jurei não mais me dar como eu me dei
Mas não sou
Capaz de controlar meu próprio coração
E outra paixão
Eu vou procurar
A esperança voltou a me dominar
Quem será, quem será
A metade que irá me completar
D.092.Degraus da vida - Nelson Cavaquinho/César Brasil
Sei que estou
No último degrau da vida, meu amor
Já estou envelhecido, acabado
Por isso muito eu tenho chorado
Eu não posso esquecer o meu passado
Foram-se meus vinte anos de idade
Já vai muito longe a minha mocidade
Sinto uma lágrima rolar sobre meu rosto
É tão grande o meu desgosto
D.091.Dois bicudos - Totonho Volleroy
Quando eu te vi andava tão desprevenido
Que nem ouvi tocar o alarme de perigo
E você foi me conquistando devagar
Quando notei já não tinha como recuar
E foi assim que nos juntamos distraídos
Que no começo tudo é muito divertido
Mas sempre tinha um amigo pra falar
Que o nosso amor nunca foi feito pra durar
Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar
Ninguém pode negar que o nosso amor é tudo
Tudo que pode acontecer com dois bicudos
Não são tão poucas as arestas pra aparar
Mas é que o meu desejo não deseja se calar
Até os erros já parecem ter sentido
Não sei se eu traí primeiro ou fui traído
Não te pedi uma conduta exemplar
Mas é que a sua ausência é o que me dói no calcanhar
Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar
Será sempre será
O nosso amor não morrerá
Depois que eu perdi o meu medo
Não vou mais te deixar
D.090.Droba a Língua - João Bosco/Aldir Blanc
É lá de Ramos a tal morena
Que fez Zé Zuza zuretá
Zé Zuza era filho de Maria
E debochava dos orixás
Mais dos exus
Diante da tentação
Sacava do rosário
E arrepiava em trote de avestruz
Mas foi em Ramos que a tal morena
Fez o Zé Zuza zuretá
A moça era bamba dos Cacique
Iniciado em Iemanjá
Molema Yoê
Mexia um balde grande
Muito mais modo
Que o boto cor-de-rosa do Cousteau
Vejam só
O Zé Zuza cismou de ser pesquisador
E se mandou de gravador
Pro terreiro onde se desenvolvia aí a Yaô
Oi larêie
Deu umbigada na moça
Bebeu
Acendeu pito, fungou
Zoiando Yaô a Zé Zuza zuretô
Oi oi oi oi oi oi oi oi oi oi
D.089.Divina Dama - Cartola
Tudo acabado
E o baile encerrado
Atordoado fiquei
Eu dancei com você
Divina dama
Com o coração
Queimando em chama
BIS 1ª parte
Fiquei louco
Pasmado por completo
Quando me vi tão perto
De quem tenho amizade
Na febre da dança
Senti tamanha emoção
Devorar-me o coração
Divina dama
BIS 1ª parte
Quando eu vi
Que a festa estava encerrada
E não restava mais nada
De felicidade
Vinguei-me nas cordas
Da lira de um trovador
Condenando o teu amor
Tudo acabado
D.088.Devaneios - Lusi Gardey
Ou me queres ou me deixas
Não dá mais prá conviver
Prá estar assim contigo
Eu prefiro te esquecer
Que eu te quero tu bem sabes
Mas jamais posso aceitar
Esse jogo de caprichos
Do teu modo de pensar
Me diga de verdade
O que sentes comigo
Se eu sou o teu amante
Ou apenas amigo
Quero me convencer se ficou já nem sei
Alguma coisa boa, do amor que eu te dei
Me diga se mentias quando me abraçavas
E ao me dar teu corpo depois me enganavas
Se os teus caprichos e sonhos são feios
Já não me interessa com teus devaneios
Muitas vezes me arrependo
E outras me deixo levar
Pelos vagos sentimentos
Do teu modo de pensar
Já não sei mais o que faço
Nem meu coração me diz
Não me queres nem me deixas
Eu não posso ser feliz
Quisera eu saber
O que se passa comigo
Pois tento esquecer
De uma vez não consigo
Não sei se é desejo, paixão ou loucura
Ou um mal tão grande
Que não tem mais cura
Porém eu te asseguro
Que é chegada a hora
Em que ficas comigo
Ou então vais embora
Teu jogo acabou, sufoquei meus anseios
Já não me interessas com teus devaneios
D.087.Da melhor qualidade - Almir Guineto/Arlindo Cruz
É por que meu samba é...da melhor qualidade, }
De acordo com a maré... vou cantando novidade }
Meu samba é barco de difícil de afundar,
É bombardeado mas consegue se salvar,
É forte aliado pro povo se libertar,
Feliz quem tem o samba como um par, é por que
REFRÃO
Meu samba resiste, insiste, renasce em fim,
Rebate, combate, e abate o que é ruim,
Ele ressucita, agita e não faz motim,
Por isso eu canto o samba assim, é por que
REFRÃO
Meu samba não é um modismo que vem e vai,
Meu samba enfrenta a furia dos vendavais,
Meu samba é uma tinta que mancha e nunca sai,
Quem samba não esquece mais, é por que
D.086.Deixa a menina - Chico Buarque
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São dez horas
E o samba tá quente
Deixa a morena contente
Deixa a menina sambar em paz
Eu não queria jogar confete
Mas tenho que dizer
Cê tá de lascar
Cê tá de doer
E se vai continuar enrustido
Com essa cara de marido
A moça é capaz de se aborrecer
Por trás de um homem triste
Há sempre uma mulher feliz
E atrás dessa mulher
Mil homens sempre tão gentis
Por isso para o seu bem
Ou tira ela cabeça
Ou mereça a moça que você tem
Não sei se é pra ficar exultante
Meu querido rapaz
Mas aqui ninguém
O agüenta mais
São três horas
E o samba tá quente
Deixe a morena contente
A.273.A última estrofe - Cândido das Neves
A noite estava assim enluarada, quando a voz
Já bem cansada
Eu ouvi de um trovador
Nos versos que vibravam de harmonia, ele em
Lágrimas dizia
Da saudade de um amor
Falava de um beijo aapaixonado, de um amor
Desesperado, que tão cedo teve fim
E, dos seus gritos e lamentos, eu guardei no pensamento
Uma estrofe que era assim:
Lua, vinha perto a madrugada, quando, em ânsias, minha amada
Em meus braços desmaiou.
E o beijo do pecado
Em seu véu estrelejado
A luzir glorificou
Lua, hoje eu vivo tão sozinho, ao relento, sem carinho
Na esperança mais atroz,
De que cantando em noite linda
Esta ingrata, volte ainda, escutando a minha voz
A estrofe derradeira merencórea revelava toda a história
De um amor que não morreu. e a lua que rondava a natureza,
Solidária com a tristeza
Entre as nuvens se escondeu.
Cantor! que assim falas à lua, minha história é igual à tua
Meu amor também fugiu. disse a ele em ais convulsos
Ele então entre soluços toda a estrofe repetiu
Lua ...
A.272.A última canção - Guilherme Pereira
Esta será a última canção
Que cantarei ao me despedir
Depois verás então
Em breve eu partir
Para não ver em vão
O teu sorrir.
Esta será a última canção
Que cantarei ao me despedir
Quando eu te abraçar chorando
Para seguir e te deixar cantando.
FALADO:
Com os olhos rasos d´água
Olhos que vivem cheios de mágoas
Ao partir venho triste, soluçando, me
despedir,
Dar-te o último adeus.
Lamento que os olhos meus
Não tenham sido os olhos teus
Para terem chorado tanto,
Tanto, tanto quanto os meus.
(Retorna a estrofe primeira e finaliza.)
A.271.A saudade mata a gente - João de Barro/Antonio de Almeida
Fiz meu rancho na beira do rio
Meu amor foi comigo morar
E nas redes nas noites de frio
Meu bem me abraçava pra me agasalhar
Mas agora, meu Deus, vou-me embora
Vou-me embora e não sei se voi voltar
A saudade nas noites de frio
Em meu peito vazio virá se aninhar
A saudade é dor pungente, morena
A saudade mata a gente, morena
A saudade é dor pungente, morena
A saudade mata a gente
A.270.A Praça - Carlos Imperial
Hoje eu acordei com saudades de você
Beijei aquela foto que você me ofertou
Sentei naquele banco da pracinha só porque
Foi lá que começou o nosso amor
Senti que os passarinhos todos me reconheceram
E eles entenderam toda a minha solidão
Ficaram tão tristonhos e até emudeceram
E então eu fiz esta canção
A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste, porque não tenho você perto de mim
Beijei aquela arvore tão linda onde eu,
Com o meu canivete um coração desenhei
Escrevi no coração o meu nome junto ao seu
Ser seu grande amor então jurei
O guarda ainda é o mesmo que um dia me pegou
Roubando uma rosa amarela prá você
Ainda tem balanço tem gangorra meu amor
Crianças que não param de correr
A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste, porque não tenho você perto de mim
Aquele bom velhinho pipoqueiro foi quem viu
Quando envergonhado de namoro eu lhe falei
Ainda é o mesmo sorveteiro que assistiu
Ao primeiro beijo que eu lhe dei
A gente vai crescendo, vai crescendo e o tempo passa
Nunca esquece a felicidade que encontrou
Sempre eu vou me lembrar do nosso banco lá da praça
Onde começou o nosso amor
A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste, porque não tenho você perto de mim
A.269.A Partida - Evaldo Gouveia/Jair Amorim
Ah! se você me deixar
Me deixe devagar
Se é hora de partir
Que parta sem eu ver
Não custa me mentir
Não custa eu não saber
E no instante de seguir
Que siga sem sorrir
Aperte a minha mão
Me cante uma canção
Me faça acreditar
Que tudo vai voltar
Não
Não diga que se vai
Me engane quando for
Invente se puder
Qualquer frase de amor
Não fite os olhos meus
Pra eu não ver o adeus
E vá com deus
Deixe em paz minha vida
Me acostumei
A ver tanta partida
E se eu chamar
Nunca olhe pra tráz
Para eu não chorar
A.268.A noiva - João Prieto
Branca e radiante,
Vai a noiva,
Logo a seguir,
O noivo amado,
Quando se unirem os corações,
Vão destruir ilusões.
Aos pés do altar
Está chorando,
Todos dirão,
Que é de alegria,
Dentro em sua alma,
Está gritando,
Ave Maria.
Chorará também,
Ao dizer o sim,
Ao beijar a cruz,
Pedirá perdão,
E eu sei,
Que esquecer,
Não poderia,
Que era outro,
O amor que ela queria.
A.267.Argumento - Adelino Moreira
Sei que este argumento é muito pobre
Mas sabendo quanto és nobre
Sei que podes perdoar
Sei que este farrapo de desculpa
Não redime a minha culpa
Mas enfim eu vou tentar
Sei que fui ousado no meu gesto
Não ouvindo o teu protesto
Para ouvir meu coração
Sei que uma desculpa não redime
Meu pecado quase crime
De um beijo sem permissão
Mas se fui pecador condeno a lua
Que abandonou a rua
E fugiu com o luar
Pois ela adivinhando o meu desejo
Provocou aquele beijo
E assim me fez pecar
Se impetuoso fui tem compaixão
E em nome do amor suplico o teu perdão
Perdoa meu amor este pecado
Sublime impulso de te haver beijado
Assinar:
Postagens (Atom)