quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

P.053.Pequena memória pra um tempo sem memória - Gonzaguinha


Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito
É um defeito que mata
São tantas lutas inglórias
São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens
São sementes espalhadas nesse chão
De juvenais e de raimundos
Tantos jullos de santana
Uma crença num enorme coração
Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes sem corpos
Sem datas
Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito
É um defeltq que mata
E tantos são os homens por debaixo
Das manchetes
São braços esquecidos que fizeram
Os heróis
São forças são suores que levantam
As vedetes
Do teatro de revistas que é o país
De todos nós
São vozes que negaram liberdade
Concedida
Pois ela é bem mais sangue, ela é bem
Mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo
Da esperança
O grito da batalha - quem espera
Nunca alcança
E é quando o sol nascer
É que eu quero ver
Quem se lembrará
E é quando amanhecer
É que eu quero ver
Quem recordará
E é não quero esquecer
Essa legião que se entregou
Por um novo dia
E é eu quer é cantar
Essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta

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