domingo, 31 de janeiro de 2016

V.047.Visões de Zé Limeira sobre o final do Século XX - Zé Ramalho


Vejo discos de metal
Pairando pelas noites do país
Minhas loucas conclusões nada dizem
Residem nos cabelos de Sansão
Ah deuses-astronautas me ajudam
A conseguir / o meu Velo de Mercúrio

A imagem milenar
Dos grandes dinossauros que domei
Uma espaçonave é a tua residência
Paciência mas o éter me chamou
Ah sou um panteísta sufocado
Pelas canções / do Acetato de Mercúrio

E os terráqueos conseguiram
Finalmente conquistar
Sua terra mais garrida
Borboletas de acrílico
Puseram suas asas
Num cabide esquisito
Gerou conflito entre as gerações

Era um porco - chovinista
Procurado pelo Karma
De lançar outro vapor
Cogumelos nucleares
Que iluminam as campinas
Do planeta abissal
No carnaval dos seres brancos e azuis
No carnaval dos seres brancos e azuis

Foi eleito um Faraó
E longas catacumbas perfurei
Pelas plainas do sertão quase quente
Correntes de platina separou
As águas do oceano encantado
Que Deus criou / pelas Algas de Mercúrio
O meu Velo de Mercúrio
O Acetato de Mercúrio
Pelas Algas de Mercúrio

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