sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A.178.Apocalipse Katajá


Terra, profecias do pajé filho do fogo
Que se cumpra ao extermínio dos domínios
De tupã dos segredos profanados da aruanã
Nas profundezas da escuridão
Hei, hei
Trevas santuário libertário dos malditos
Devoradores de mundo de alma de sonhos
Ó criador e criatura dos versos medonhos
Que encanta o pajé
Na ocara karajá
Ah, ah, ah, ah, ah
Uô, ô, ô, ô, ô, ô
Fogo, profecias do pajé filho do vento
As estrelas que desabam no infinito
No vale, nos ventos, na ira dos raios
Planetas se chocam nos braços da morte
A fúria das águas, os olhos perdidos no caos
Fim do mundo Karajá
Filho Diuré, guerreiro Aruanã
Manchastes a casa dos homens
Do Karajá, do Karajá
Manchastes a gloria vermelha da guerra
Do Karajá, do Karajá
Profanastes o segredo sagrado do tempo
Eu profanei

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