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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
H.032.Hora do Adeus - Onildo Almeida/Luiz Queiroga
O meu cabelo já começa prateando
mas a sanfona ainda não desafinou
A minha voz, cê repara eu cantando
É a mesma voz de quando
meu reinado começou
Modestia a parte, mas que eu não desafine
Desde os tempos de menino
Em Exu, no meu sertão
Cantava solto feito cigarra vadia
É por isso que hoje em dia
Ainda sou o rei do baião
Eu agradeço todo o povo brasileiro
Norte, Centro, Sul inteiro
Onde reinouo baião
Se eu mereci minha coroa de rei
Essa sempre eu honrei
Foi a minha obrigação
Minha sanfona, minha voz e meu baião
Este meu chapeu de couro
E também o meu gibão
Vou pegar tudo
Dar de presente ao museu
É hora de adeus
De Luiz, rei do baião
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