terça-feira, 11 de agosto de 2009

A.016.A Pequenina Cruz do Teu Rosário - COSTA WEYNE/ROBERTO XAVIER DE CASTRO


Agora, que não te vejo a meu lado
a segredar-me essas íntimas loucuras...
Faz tanto tempo, não me lembro quando,
a vida é longa, o pensamento vário,
tu me mostravas a rir que delírio santo,
a pequenina cruz do teu rosário.

E sempre que a via, recordava do nosso amor
a fantasia louca, toda vez que a pequenina cruz
beijava, eu beijava feliz a tua boca.

Mas o tempo passou, triste aqui segui da minha vida
o longo itinerário, e nunca mais, nunca mais, eu vi
a pequenina cruz do teu rosário.

E o amor fugiu-me a benfazeja luz, não posso mais ,
errante caminheiro, se o Cirineu, como o de Jesus,
larga-me ao corpo o peso de um madeiro...

Já vou trilhando a estrada da amargura, antes, porém,
que chegue meu calvário, dá-me a beijar,
Oh! Santa criatura, a pequenina cruz do teu rosário...

Recordo ainda o nosso amor de outrora,
vamos lembrar os tempos de criança, se o amor
fugir-me ã luz d'aurora, resta em minha'alma um
raio de esperança...

Tu que és tão boa, é tão meiga e pura, quando eu beijar
ao campo funerário, dá-me a beijar, ó santa criatura,
a pequenina cruz do teu rosário.











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