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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
C.213.Curvas do rio - Elomar Filgueira Melo
Vô corrê trecho
Vô percurá u'a terra preu podê trabaiá
Prá vê se dêxo
Essa minha pobre terra véia discansá
Foi na Monarca a primeira dirrubada
Dêrna d'intão é sol é fogo é tái d'inxada
Me ispera, assunta bem
Inté a bôca das água qui vem
Num chora conforme mulê
Eu volto se assim Deus quisé
Tá um apêrto
Mais qui tempão de Deus no sertão catinguêro
Vô dá um fora
Só dano um pulo agora in Son Palo Triang' Mineêro
É duro môço êsse mosquêro na cozinha
A corda pura e a cuida sem um grão de farinha
A bença Afiloteus
Te dêxo intregue nas guarda de Deus
Nocença ai sôdade viu
Pai volta prás curva do rio
Ah mais cê veja
Num me resta mais creto prá um furnicimento
Só eu caino
Nas mão do véi Brolino mêrmo a deis pur cento
É duro môço ritirá prum trecho alei
C'ua pele no osso e as alma nos bolso do véi
Me ispera, assunta viu
Sô inbuzêrto das bêra do rio
Conforma num chora mulé
Eu volto se assim Deus quisé
Num dêxa o rancho vazio
Eu volto prás curva do rio
C.212.Com açucar e com afeto - Chico Buarque
Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é um operário, sai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê
No caminho da oficina, há um bar em cada esquina
Pra você comemorar, sei lá o quê
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
Discutindo futebol
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
Coloridas pelo sol
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
Você vai querer cantar
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
Pra você rememorar
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Ainda quis me aborrecer, qual o quê
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você
C.211.Cantoria Pastoral - Elomar Figueira Melo
Ouvi na viola de pastores
Bardos sonhadores que arrebanham estrelas
Qui na manhã do tempo
Um dia ela veio à terra
Raiô n'ua panela de ôro
P'ra revela tisouros
Qui os homens não têm
Falou de mundos de mil luas
Lindas deusas nuas
Monjas do astral
Qui em dimensões além do amor
Além também do bem e do mal
Sobre as ondas de luz pastoram estrelas
Da casa Paternal
Olhos tristonhos cor de boro
De ôro de bisôro era o corpo seu
Nas lôas contam qui era linda
Bela mais ainda qui a imaginação
Não cira e esbarra esmãecida
Em ninfas repetidas em náides de luz
Náides de luz, náides de luz
Madona senhora do amor
Eu também sou triste pastor
Que dêrna qui lhe iscureceu o dia
Vive com a cara para o céu vazia
Rscano a viola só pras Três Maria
Só pro Sete Istrêlo, prá Istrêla de Guia
Inquirino o tempo e o ispaço adonde istás
Sinhora das istrêlas
Fura o céu num instante
E vem-me à janela
Qui teu pastor amante
Não morre sem vê-la
Ouvi na viola de pastores
Lerdos cantadores qui dos altos céus
Isperam o pão qui mata a fome
E chamam as istrêlas por istranhos nomes
Qui nos Camim de São Tiago
Lá pelos istremos reina uma donzela
Inumana e bela na istrêla amarela
Dos magos de Belém
C.210.Clara paixão - Nonato Buzar/Rosinha de Valença
Dança no vento da noite
Esse novo amanhã
Brota no seio da lua
Essa sede de amor
Cai pro amigo do peito
A mesma pergunta
Quantas portas tem teu coração
Quantas portas tem teu coração
Segue no colo do tempo
Uma clara paixão
Que me adormece, me envolve
Em lençóis de ilusão
Trilhas no vago infinito
Escondem a luz
Vida então me diz
Em que parte do amor me perdi
Vida então me diz
Em que parte do amor te perdi
C.209.Casal - Helena Elis
Sei que você não vive sem mim
Não me vejo sem você também andando por aí
Dizendo eu te amo, eu te adoro
E outros versos que eu fiz
À pele, boca e um par de ouvidos tão alheio a mim
Na alegria e dor quero você até o fim. Mas que fim
Chora que eu adoro, chora que eu consolo você
Sorri que eu te mostro a mesma alegria de viver que você
Fica bem carente. Já preparei meu colo pra você deitar
Enquanto supro tua carência alisando o teu cabelo
Bom de acarinhar
Fica com ciúmes não perca o costume
De o amor temperar Seja egoísta queira eu
Só pra você nessa vida
C.208.Cinzas - Cândido das Neves
Álgida saudade me maltrata
Desta ingrata
Que não me sai do pensamento
Cesse o meu tormento
Tréguas à minha dor
Ressaibos do meu triste amor
Atro é o meu grande martírio
Das sevícias tenho n'alma a cicatriz
Deus, tem compaixão deste infeliz
Mata meus ais
Por que sofrer assim, se ela não volta mais?
Esse pobre amor que um dia floresceu
Como todo amor que é sem vigor, morreu
Ai, mas eu não posso esquece-la, não
A saudade é enorme no meu coração
Versos que a pujança deste amor cantei
Lira de poeta que a sonhar vibrei
Cinzas, tudo cinzas eu vejo enfim
Esta saudade enorme que reside em mim
Morto ao dissabor do esquecimento
Num momento ebanizado da paixão
Está um coração que muitas dores padeceu
Um pobre coração que é o meu
Dentro de minha alma que se aflige
Tem uma esfinge emoldurando muitas fráguas
Deus, por que razão que as minhas mágoas
A minha dor
Não fogem da minha alma
Como fugiu o amor?
C.207.Clube da música ao vivo - Helena Elis
É pra você essa canção dono do bar
Que sempre acha o som alto
E me pede pra abaixar
Mas só que a freguesia está pedindo pra aumentar
Você me contrata para a música ambiente
E mesmo quando a casa enche, ainda não se mostra contente
Me pedindo pra agitar
Ou agito a aumentar,ou abaixo a dedilhar
Mas isso não é uma boate, é um bar
Hoje a noite boa já não começou
Liguei o som em 220vv, queimou
Só estão pedindo músicas que ainda não tenho
No mesmo repertório que eu acrescentei
Canções que me pediram pra semana passada
Mas quem pediu não veio
E quem veio não está aplaudindo
Mas eu devo pensar, estão adorando curtindo
Mas estão a conversar e não podem parar
Nem mesmo pra bater palmas
Ás vezes alguém pedidos de canções me traz
Em papéis de guardanapos com elogios atrás
Emprestei uma caixinha da igreja
Só tem uma entrada ou seja
Ou eu canto no gogó e plugo só o violão
Plugo só o microfone e boto mais força na mão
Se o bar está vazio a culpa é minha
Diz que ninguém está gostando porque não aplaudiu
Se o bar está lotado folias e aplausos
Eu to dispensado por causa do PSIU
Mas se o bom cabrito não berra
Eu agüento tudo é quieta
E só abro a minha boca pra cantar, cantar, cantar
Eu perco as chaves de casa eu perco o freio
Estou em milhares de carros eu estou ao meio
Onde será que você está agora
Amor é cristão sexo é pagão
Amor é latifúndio sexo é invasão
Amor é divino sexo é animal
Amor é bossa nova sexo é carnaval
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
C.206.Campo branco - Elomar Filgueira Melo
Campo branco minhas penas que pena secou
Todo o bem qui nóis tinha era a chuva era o amor
Num tem nda não nóis dois vai penano assim
Campo lindo ai qui tempo ruim
Tu sem chuva e a tristeza em mim
Peço a Deus a meu Deus grande Deus de Abrãao
Prá arrancar as pena do meu coração
Dessa terra sêca in ança e aflição
Todo bem é de Deus qui vem
Quem tem bem lôva a Deus seu bem
Quem não tem pede a Deus qui vem
Pela sombra do vale do ri Gavião
Os rebanhos esperam a trovoada chover
Num tem nada não tembém no meu coração
Vô ter relampo e trovão
Minh'alma vai florescer
Quando a amada a esperada trovoada chegá
Iantes da quadra as marrã vão tê
Sei qui inda vô vê marrã parí sem querer
Amanhã no amanhecer
Tardã mais sei qui vô ter
Meu dia inda vai nascer
E esse tempo da vinda tá perto de vin
Sete casca aruêra cantaram prá mim
Tatarena vai rodá vai botá fulô
Marela de u'a veis só
Prá ela de u'a veis só
C.205.Canção de amor - Elano Paula/Chocolate
Saudade torrente de paixão
Emoção diferente
Que aniquila a vida da gente
Uma dor que não sei de onde vem
Deixaste meu coração vazio
Deixaste a saudade
Ao desprezares aquela amizade
Que nasceu ao chamar-te meu bem
Nas cinzas do meu sonho
Um hino então componho
Sofrendo a desilusão
Que me invade
Canção de amor, saudade !
Saudade
C.204.Canto Latino - Milton Nascimento/Ruy Guerra
Cm
Você que é tão avoada
Dm Bm
Pousou em meu coração
G F7+
Moça, escuta esta toada
Em Am5-/7 D7/9-
Cantada em sua intenção
Gm7 Cm7 F7
Nasci com a minha morte
Bm7 Em7
Dela não vou abrir mão
Fm7 Bbm7 Eb/7/9
Não quero o azar da sorte
A7 D7/9- Em5-/7
Nem da morte ser irmão
E7/9+ A6/7 D7/9+ G6/7 C#m7/9 F#6/7 Am5-/7
Da sombra eu tiro o meu sol
D7/9- Bm7 Em7 Fm7
E de fio da canção
Bbm7 Eb7/9
Amarro essa certeza
A7 D7/9 Eb7/9
De saber que cada passo
Eb7/9 Ab7+
Não é fuga nem defesa
D7/9+ Em7
Não é ferrugem no aço
D G
É uma outra beleza
Bb/C
Feita de talho e de corte
D G
E a dor que agora traz
C Bb/C D
Aponta de ponta o norte
C#m5-/7
Crava no chão a paz
D/C G/B
Sem a qual o fraco é forte
Dm4/7
E a calmaria é engano
D G
Pra viver nesse chão duro
C Bb/C D
Tem de dar fora o fulano
G
Apodrecer o maduro
C Bb/C D
Pois esse canto latino
C#m5-/7
Canto pra americano
D/C G/B
E se morre vai menino
Dm4/7 D D7+ D7 E/D C/D
Montando na fome ufano
D G
Teus poucos anos de vida
C Bb/C
Valem mais do que cem anos
D G
Quando a morte é vivida
C Bb/C D
E o corpo vira semente
C#m5-/7
De outra vida aguerrida
D/C G/B
Que morre mais lá na frente
Dm4/7
Da cor de ferro ou de escuro
Am7 D7/9
Ou de verde ou de maduro
Gm7 Cm7 Am5-/7
A primavera que espero
D7/9- Bm7 Em7
Por ti, irmão e hermano
Fm7 Bbm7 Eb7/9
Só brota em ponta de cano
Am5-/7 D7/9+ Em5-/7
Em brilho de punhal ruço
Eb7/9 Ab7+
Brota em guerra e maravilha
Dm4/7
Na hora, dia e futuro
Cm7
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