terça-feira, 26 de março de 2024

A.463.Ainda bem - Vanessa da Mata


Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá

Nos dias frios
Em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar

Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Neste mundo de tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa heim?
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois
Esse amor

Entre tantos outros
Entre tantos anos
Que sorte a nossa heim?
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois esse amor

Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois esse amor.

A.462.Absurdo - Vanessa da Mata


Havia tanto pra lhe contar
A natureza
Mudava a forma o estado e o lugar
Era absurdo

Havia tanto pra lhe mostrar
Era tão belo
Mas olhe agora o estrago em que está

Tapetes fartos de folhas e flores
O chão do mundo se varre aqui
Essa idéia do natural ser sujo
Do inorgânico não se faz

Destruição é reflexo do humano
Se a ambição desumana o Ser
Essa imagem de infértil deserto
Nunca pensei que chegasse aqui

Auto-destrutivos,
Falsas vitimas nocivas?

Havia tanto pra aproveitar
Sem poderio
Tantas histórias, tantos sabores
Capins dourados

Havia tanto pra respirar
Era tão fino
Naqueles rios a gente banhava

Desmatam tudo e reclamam do tempo
Que ironia conflitante ser
Desequilíbrio que alimenta as pragas
Alterado grão, alterado pão

Sujamos rios, dependemos das águas
Tanto faz os meios violentos
Luxúria é ética do perverso vivo
Morto por dinheiro

Cores, tantas cores
Tais belezas
Foram-se
Versos e estrelas
Tantas fadas que eu não vi

Falsos bens, progresso?
Com a mãe, ingratidão
Deram o galinheiro
Pra raposa vigiar

A.461.Aurora - Mário Lago/Roberto Roberti


Se você fosse sincera
Oh, oh, oh, Aurora
Veja só que bom que era
Oh, oh, oh, Aurora

Um lindo apartamento
Com porteiro, elevador
Um ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Oh, oh, oh, Aurora

A.460.Avenida iluminada - Newton Teixeira/Brasinha


Eu vinha pela madrugada,
Pela avenida toda iluminada,
Amanhã, os ranchos vão passar,
E o meu amor, vai desfilar,
Já vejo o meu amor sorrindo,
Ganhando aplausos, da multidão,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração.

Eu vinha pela madrugada,
Pela avenida toda iluminada,
Amanhã, os ranchos vão passar,
E o meu amor, vai desfilar,
Já vejo o meu amor sorrindo,
Ganhando aplausos, da multidão,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração....

A.459.A letra I - Zé Dantas/Luiz Gonzaga


Vai cartinha fechada
Não deixa ninguém te abrir
Aquela casa caiada
Onde mora a letra I
Existe uma cacimba
Do rio que o verão secou
Meus óio chorou tanta mágoa
Que hoje sem água
Me responde a dor

Aí diz que o amor
Fumega no meu coração
Tal qual a fogueira
Das noites de São João
Que eu sofro por viver sem ela
Tando longe dela
Só sei reclamar
Eu vivo como um passarinho
Que longe do ninho
Só pensa em voltar

A.458.Algodão - Zé Dantas/Luiz Gonaga


Bate a enxada no chão, limpa o pé de algodão
Pois pra vencer a batalha,
É preciso ser forte, valente, robusto e nascer no
Sertão
Tem que suar muito pra ganhar o pãp
Poia a coisa lá "né" brinquedo não

Mas quando chega o tempo rico da colheita
Trabalhador vendo a riqueza, que beleza
Pega a família e sai, pelo roçado vai
Cantando alegre ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai.

Sertanejo do norte
Vamos plantar algodão
Ouro branco que faz nosso povo feliz
Que tanto enriquece o paíz
Um produto do nosso sertão. (isso é muito
Lindo!!!) (adoro luiz gonzaga!)

A.457.Apaixonada - Judimar Dias


Quero!
Quero tanto!
Ter você prá mim
(Você prá mim!)
Vida!
Minha vida!
Vida minha sim
Oh! Oh! Oh!...

Dono dos meus sonhos
Toda inspiração
(Inspiração!)
Lindo!
Todo lindo!
Doce emoção...

Amo essa ternura
Que há em teu olhar
Tua alegria
É quem me faz cantar...

Eu quero ser escrava
Desse teu amor
Faço tudo por você
Porque eu estou...

Apaixonada!
Sofro calada!
Tudo fica mais difícil
Sem você...(2x)

Amo essa ternura
Que há em teu olhar
Tua alegria
É quem me faz cantar...

Eu quero ser escrava
Desse teu amor
Faço tudo por você
Porque eu estou...

Apaixonada!
Sofro calada!
Tudo fica mais difícil
Sem você...(2x)

Apaixonada!
Apaixonada!
Sofro calada!
Sofro calada!
Tudo fica mais
Difícil sem você
Sem você...(4x)

A.456.A turma do funil - Mireabeau/M. de Oliveira


Chegou a turma do funil
Todo mundo bebe
Mas ninguém dorme no ponto
Aí, aí, ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos e eles que ficam tontos

Eu bebo, sem compromisso,
com meu dinheiro, ninguém tem nada com isso
Aonde houver garrafa, aonde houver barril
Presente está a turma do funil

A.455.A dança da moda - Zé Dantas/Luiz Gonzaga


No Rio tá tudo mudado
Nas noites de São João
Em vez de polca e rancheira
O povo só pede e só dança o baião
No meio da rua
Inda é balão
Inda é fogueira
É fogo de vista
Mas dentro da pista
O povo só pede e só dança o baião
Ai, ai, ai, ai, São João
Ai, ai, ai, ai, São João
É a dança da moda
Pois em toda a roda
Só pede baião.

A.454.Acauã - Zé Dantas


Acauã, acauã vive cantando
Durante o tempo do verão
No silêncio das tardes agourando
Chamando a seca pro sertão
Chamando a seca pro sertão
Acauã,
Acauã,
Teu canto é penoso e faz medo
Te cala acauã,
Que é pra chuva voltar cedo
Que é pra chuva voltar cedo
Toda noite no sertão
Canta o João Corta-Pau
A coruja, mãe da lua
A peitica e o bacurau
Na alegria do inverno
Canta sapo, gia e rã
Mas na tristeza da seca
Só se ouve acauã
Só se ouve acauã
Acauã, Acauã...

A.453.A lenda do abaeté - Dorival Caymmi


No Abaeté tem uma lagoa escura
Arrodeada de areia branca
Ô de areia branca
Ô de areia branca

De manhã cedo
Se uma lavadeira
Vai lavar roupa no Abaeté
Vai se benzendo
Porque diz que ouve
Ouve a zoada
Do batucajé

O pescador
Deixa que seu filhinho
Tome jangada
Faça o que quisé
Mas dá pancada se o seu filhinho brinca
Perto da Lagoa do Abaeté
Do Abaeté

A noite tá que é um dia
Diz alguém olhando a lua
Pela praia as criancinhas
Brincam à luz do luar

O luar prateia tudo
Coqueiral, areia e mar
A gente imagina quanta a lagoa linda é

A lua se enamorando
Nas águas do Abaeté
Credo, Cruz
Te desconjuro
Quem falou de Abaeté
No Abaeté tem uma lagoa escura

A.452.Arco Iris - Moraes Moreira


Quando me vires olhar
naquela janela que dá
pra um tempo que já ficou pra trás,
não entre em outra viajem
e deixa eu curtir a paisagem
não pense em nada demais
Vou indo no trem da vida
e passagem só de ida
pra mim não tem essa de voltar;
todo lugar é bonito
e o meu cominho infinito
aonde vou me encontrar

Meu presente é viver no presente
que saudade não dá futuro
o que hoje pra mim é escuro
amanhã poderá ser a luz
Quero um tempo; onde não haja tempo
sentimentos não são medidas
onde não faz sentido os sentidos
quando só o silêncio traduz

Céu de prazeres e flores
pincel e todas as cores
do arco-íris do amor.

A.451.Arco Iris - Sombrinha/Luiz Carlos da Vila


O teu sorriso é um arco-íris sobre o mar
Onde havia escuridão
O paraíso que eu estava a procurar
A vida me revelou
A realidade onde eu guardo e vou buscar
Os delírios da paixão
Tudo isso me invadiu
E eu quero a permanência do invasor
És os astro que faz sentir
Que eu estou sob a regência do amor
Cheiro de mato na cidade
Um luxo raro
Tu me deste e eu sou
O disparo de um colibri
Que depois de tanto tempo vê a flor
És o solo em que adormeci
Despertei, vi um sorriso multicor

A.450.A banca do distinto - Billy Blanco


Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal
Todo mundo é igual quando a vida termina
Com terra em cima e na horizontal

A.449.Apanhei-te cavaquinho - Ernesto Nazareth/Benedito Lacerda


Ainda me lembro
Do meu tempo de crainça
Quando entrava numa dança
Toda cheia de esperança
De chinelinho e de trança
Com Mané e o Zé da França
Nunca tive na lembrança
De rever esse chorinho

E hoje ouvindo nesse choro
A voz do Pinho
Relembrando o bom tempinho
Da mamãe e do maninho
Hoje sou ave sem ninho
Sem família e sem carinho
Mas sou bem feliz ouvindo
O apanhei-te cavaquinho

Hoje cantando o apanhei-te cavaquinho
Fico louca, fico quente
Fico como um passarinho
Sinto vontade de cantar a vida inteira
Ai, essa vida eu levo de qualquer maneira
Ouvindo a flauta, o cavaquinho e o violão
Sinto que meu coração
Tem a cadência de um pandeiro
Esqueço tudo e vou cantando o ano inteiro
Esse chorinho que é muito brasileiro

A.448.Ave cantadeira - Paulinho Pedra Azul


E lá vou eu nessa estrada
desafiando o coração
cantando em prosa ou canção
feito uma ave cantadeira
Cantar, cantar, cantar
viver, viver, viver
criar penas de pássaro no ar
voar, voar, voar
sofrer, sofrer, sofrer
amar, amar, amar você
E lá vou eu nessa agonia
levando a dor em minhas mãos
fugindo igual a um bicho errante
amargura coração
Cantar, cantar, cantar
sofrer, sofrer, sofrer
voar, voar, sobreviver.

A.447.Anjo da terra = Dércio Marques/Paulinho Pedra Azul


Mas olha quanta gente que passa
Sem controlar o sorriso
São meninos da terra
São meninos da lua
Brincando de amor
Ao redor do mundo
Anjos da terra
Beijos de maio
Mães da alegria
Que vem da lua
Desce de um raio
Cheio de estrela
Brilho do sol
Sol virou lua
Brincar na rua
Sou um sonhador.

A.446.Anjo da velha guarda - Moacyr Luz/Aldir Blanc


O terno branco parece prata
E a fita em meu peito diz que eu sou
Daqueles que vão pra Maracangalha
Rever Anália
Eu vou
No vento que leva o chapéu de palha
Também sou de fibra e pau-brasil
O samba é tudo que eu sei
E Momo é o único rei que amei
Sou a sétima corda e passo devagarinho
Com Rodouro no coração
Meu nome em letras de ouro
É parte do tesouro de qualquer agremiação
De cuíca eu manjo
Também vou de banjo
Fiz das avenidas meu salão...
Fidalguia esbanjo
E danço com meu anjo
Eu sou da velha guarda, meu irmão!

A.445.Amigo amado - Alaíde Costa/Vinícius de Moraes


Saberei
Ocultar o meu amor
Como a noite oculta a flor
E enche de aroma
O teu jardim
Saberei
Num silêncio sem fim
Esconder o luar
Deste sonho em que eu vivo
Amigo que eu nunca vou ter
És no entanto apenas meu
Amado que o amor não me deu
Deixa-me sonhar contigo
Amigo que parte de mim
Já que meu não podes ser
Ah! deixa-me sonhar
Como a noturna flor
E em teu jardim
Ir-me morrendo de amor

A.444.Alguém que olhe pra mim - Zé Rodrix/Miguel Paiva


Cego é o amor, dizem por aí
Mas pior é a dor de não vê-la aqui
E eu vivo a buscar essa mulher
Que eu sempre quis
Onde quer que eu vá
Não consigo ver
Só imaginar pra não me esquecer
Desse amor que é razão do meu viver
Eu quero unir nossos nomes
Num só coração
Deixar a minha vida na sua mão
Sei que existe alguém que é feita pra mim
E sendo assim, que seja enfim
Alguém que olhe por mim
Não sou mais que um carneirinho perdido
Arrependido e oferecido
Pra alguém que olhe por mim
Pode não ser uma beleza
Mas tem, com certeza
A chave do meu coração
Diga a ela que é pra não se perder
Não sei viver sem depender
De alguém que olhe por mim
De alguém que olhe por mim.