terça-feira, 22 de março de 2022

T.106.Tão sofrido - Gipsy King Vs: Reginaldo Rossi


Intro: Bm A G F#7 Bm

Bm
Você falou que vai voltar
F#7 Em
Volta logo
Bm
Eu ando tão sofrido

F#m
Eu tenho tanto carinho
Em Bm
Amor, amor amado
Em
Amor, eu vou esperar
Bm
Amor, eu ando tão sofrido
Em Bm
Oi, volta vem me ver
Em
Vem tirar de mim
Bm
Esse gosto amargo
Em Bm
Oi, vem me devolver
Em
O gosto de viver
F#7
Sem você meu amor
Bm

T.105.Tô por fora - Lourenço/Magalha


Chega de plantar loucura
No campo da meu sentimento
Chega de fechar o tempo
Ainda estou apoixonado
Àmor, nosso amor
Ainda meio doente
Dondo a impressão
Que está tudo acabado
Nossa felicidade
Já não anda contente
E não nos olhamos
Tão apaixonados
Amor meu amor
Cuidado com a vida
Essa despedida
Já não tô com nada
Eu sei que você
Anda meio sentida,
Até vacilei e
Te fiz magoado
Não foi por maldade
De ferir nossa relação
Já sinto saudade de você
No meu coração
Chega de plantar loucura
No campo do meu sentimento.
Chega de fechar o tempo
Ainda estou apaixonado
Chega dessa idéia louca
De pensar em ir embora
Dizer adeus a quem se ama
Tô por fora

T.104.Tem tudo a ver - Peninha


o brilho dos teus olhos
Me tocondo com malícia
Foi talvez essa mistura
De mulher e de menino
Foi, quem sabe, o teu sorrisso
Quondo esbarrou comigo
Esse amor
Foi me pegando sem aviso
Tua personalidade

Tomou, conto do pedaco
Quase que eu entro em transe
No calor do seu abraço
Entendi tuas idéias
Jur, tudo tem o ver
Fico todo arrepiado com você
O amor é lindo
O amor me chama
Tudo é mais bonito
Maravilho (Tudo certo),
Se a gente ama
Quando você precisar
De alguém do meu jeito assim,
Pegue o telefone, dá um toque
Liga pra mim...

T.103.Tive Sim - Cartola


Tive, sim
Outro grande amor antes do teu
Tive, sim
O que ela sonhava eram os meus sonhos e assim
Íamos vivendo em paz
Nosso lar, em nosso lar sempre houve alegria
Eu vivia tão contente
Como contente ao teu lado estou
Tive, sim
Mas comparar com o teu amor seria o fim
Eu vou calar
Pois não pretendo amor te magoar

T.102.Travessia - Milton Nascimento/Fernando Brant


Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar

Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

T.101.Tô querendo (Esse tempo Todo) - Roberta Miranda


Tô querendo
Pra mim um amor
(ah!eu tô)

Tô querendo
Pra mim este bem
(vem, vem, vem)
Que ele seja o meu companheiro
Mate de amor e de cheiro
Seja meu e de mais ninguém

Que a gente se perca no ar
Sem ter pressa nem hora marcada
Eu sou livre feito a madrugada
Ai , ai ,ai
Que desperta com azul do céu

Vem com jeito
De quem não quer nada
Que eu também
Faço o mesmo com você
Vem chegando sem que eu perceba
Que esse tempo todo
Esse tempoi todo
Me guardei pra você

quarta-feira, 2 de março de 2022

T.100.Tereza da Praia - Tom Jobim/Billy Blanco


C#m7 F#7 D#m7
Lúcio Arranjei novo amor no Leblon
G#7 C#m7 Em7 D7M
Que corpo bonito, que pele morena
G#7(b13) C#m7 F#7 A7(9) F#7
Que amor de pequena, amar é tão bom!
C#m7 F#7 D#m7
O Dick! Ela tem um nariz levantado,
G#7 C#m7 Em7 D7M
Os olhos verdinhos bastante puxados
G#7(b13) C#m7 F#7 F#m7 B7(9)
Cabelo castanho e uma pinta do lado
Em7 D7M D7M D6
É a minha Tereza da praia
C#m7 F#7 B7M B6
Se é tua é minha também
Em7 A7 D7M D6
O verão passou todo comigo
C#m7 F#7 G#7(b13)
O inverno pergunta com quem
C#m7 F#7 D#m7
Então vamos a Tereza na praia deixar
G#7 C#m7 Em7 D7M G#7(b13)
Aos beijos do sol e abraços do mar Tereza
C#m7 F#7 D#m7
É da praia, não é de ninguém
G#7 C#m7 F#7 D#m7 D#m7
Não pode ser tua ... Nem minha também
G#7(b13) C#7(9) C#m7
Tereza é da praia
E7M Eb7M D7M C7M B7M

T.099.Todos os lugares - Sueli Costa/Tite de Lemos


Freqüentas as minhas mais
Estranhas fantasias
E todas as manhãs
És o meu pão e elite
Me salvas do jejum
Nas madrugadas frias
E à noite sempre volto a te pedir:
Me aceite

Não venho de lugar algum
Especialmente
Pois já passei por todos os lugares
Eu muito sinto tudo isso e sei que sentes
Se acaso não concordo quando me acordares

Quero-te mais do que imaginas ser possível
Te trouxe um búzio mágico dessa viagem
Marinha melodia ao pé do teu ouvido
Já que pensas que sou um marinheiro audaz

Faça de conta
Que nada disso conta
Que não importa exceto
Estarmos outra vez aqui
Abra-me novamente a sua porta
Pois eu jamais parti

T.098.Todo Errado - Jorge Mautner


Eu não peço desculpa
e nem peço perdão
Não, não é minha culpa
Essa minha obsessão
J á não agüento mais
Ver o meu coração
Como um vermelho balão
Rolando e sangrando
Chutado pelo chão

Psicótico, neurótico, todo errado
S ó porque eu quero alguém
Que fique vinte e quatro horas do meu lado
No meu coração eternamente colado
No meu coração eternamente colado

T.097.Tô com o diabo no corpo - Sivuca/Paulinho Tapajós


Tô queimando de amor
Deixa queimar
Seja lá como for
Quero é calor
Acabei de beber todo o sol com pimenta
E depois de agüentar a tormenta
Ninguém vai me agüentar
Tô queimando de amor
Deixa queimar
Deixa assim como está
Deixa esquentar
A noite inteira eu sou coração de fogueira
Um vulcão e um montão de besteira
À se espalhar
Eu sou palhaço poeta devasso
Um pedaço do bem e do mal
Louco por pouco ou por tanto
Um encanto que não tem final
Um pecado guardado
Aguardando querendo pecar
Sou brasa acesa eu sou sobremesa
Princesa do reino irreal
Tenho a mania e a maneira
De ser feiticeira fatal
Sou um doce salgado
Um sonho safado
Febre de alucinar

T.096.Talismãs - Ivor Lancellotti/Paulo César Pinheiro


Com a alma das calmas manhãs
Num chão de flamboyants
Meus olhos se quedaram para os teus

E à sombra das romãs
As nossas guardiãs
Nós dois juntamos nossos camafeus

O poder dos talismãs
Fez nossas almas irmãs
Foi uma anunciação
Dás bênçãos que virão
Com os novos amanhãs

T.095.Touradas em Madri - João de Barro/Alberto Ribeiro


Eu fui às touradas em Madri
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri beijar Ceci
Eu conheci uma espanhola natural da Catalunha
Queria que eu tocasse castanhola e pegasse touro à unha
Caramba caracoles sou do samba não me amoles
Pro Brasil eu vou fugir
Isto é conversa mole para boi dormir

T.094.Talento e Formosura - Catulo da Paixão Cearense


Tu podes bem guardar os dons da formosura
Que o tempo, um dia, há de implacável trucidar
Tu podes bem viver ufana de ventura
Que a natureza, cegamente, quis te dar

Prossegue embora em flóreas sendas sempre ovante
De glórias cheia no teu sólio triunfante
Que antes que a morte vibre em ti funéreo golpe seu
A natureza irá roubando o que te deu

E quanto a mim, irei cantando o meu ideal de amor
Que é sempre novo no viçor da primavera
Na lira austera em que o Senhor me fez tão destro
Será meu estro só do que for imortal
Tu podes bem sorrir das minhas desventuras
Pertenço à dor e gosto até de assim penar
Eu tenho n'alma um grande cofre de amarguras
Que é o meu tesouro e que ninguém pode roubar
Pois quando a dor me vem pedir alguma esmola
Eu lhe descerro as portas d'alma que a consola
E dou-lhe as lágrimas que vão lhe mitigar o ardor
Que a inspiração dos versos meus só devo à dor
Descantarei na minha lira as obras-primas do Criador
Uma color da flor desabrochando à luz do luar
O incenso d'água é que nos olhos faz a mágoa rutilar
Nuns olhos onde o amor tem seu altar
E o verde mar que se debruça n'alva areia a espumejar
E a noite que soluça e faz a lua soluçar
E a estrela d'alva e a estrela Vésper languescente
Bastam somente para os bardos inspirar
Mas quando a morte conduzir-te à sepultura
O teu supremo orgulho em pó reduzirá
E após a morte profanar-te a formosura
Dos teus encantos mais ninguém se lembrará
Mas quando Deus fechar meus olhos sonhadores
Serei lembrado pelos bardos trovadores
Que os versos meus hão de na lira em magos tons gemer
E eu, morto embora, nas canções hei de viver

T.093.Tirana - Elomar Figueira de Mello


Inriba daquela serra passa u'a istrada rial
Entre todos qui ali passa uns passa bem ôtros mal
Apois lá moraum ferrêro ferradô de animal
Qui sentado o dia intêro no portêro do quintal
Conta istoras de guerrêros
De cavalêros ligêros
Do Rêno de Portugal
Anda mula ruana
Qui a vida tirana
Foi dexada por Deus
Dêrna de Adão
Pra quem pissui os tére
Aqui na terra
Pra quem nada pissui
Te pru ladrão
Das coisas de minha ceguêra aquela qui eu mais quiria
Formá u'a tropa intêra e arribá no mundo um dia
Cabeçada de u'a arrôba vinte campa de arrilia
Cruzeta riata nova rabichola e peitural
E arriça fazeno ruaça
A tripa na bôca da praça
Do Rêno de Portugal
Destá mula ruana
Na vida tirana
Ela é fela e mais dura
Qui a lei
Nóis inda vai xabrá
Pinga de cana
Jabá e rapadura
Mais o rei
Cuano saí lá de casa dexei os campo in fulô
A lua já deu treis volta só a buneca num voltô
Mais prá quê tanta labuta corre corre e confusão
Quanto mais junta mais dana é tribusana é só busão
Oras qui na vida in ança
O pobre cristão só discansa
Dibaixo d'um tampo de chão
Para mula ruana
Dexa de gana
Qui a vinda do tropêro
É só u'a veis
Assusta mêrmo a vida
Assim tirana
É pura buniteza
Foi Deus quem fez

T.092.Tirana - Vicente Barreto/Alceu Valença


Teus olhos me apavoram
Tirana, morro de medo
Quem olha os olhos por fora
Não vê a cor do segredo

Quando dentro bem dentro
Com olhos de desvendar
Da minha boca pra fora te falo
Teus olhos me apavoram
São setas no meu olhar
Cravadas dentro do peito
Rasgando meu coração
Como uma flecha de fogo
Queimando minha paixão

Olhos verdes, são olhos da cor magia
Segredos de olhar tinhoso
Serpente com a fome canina

Olhos verdes são olhos da cor magia
Serpente de olhar manhoso
Me hipnotiza dia a dia

T.091.Três vendas - Siba


Bebeu cana nas três vendas
Engoliu cobra coral
Não vá lá mano
Que os cabra pega você
E a cana já ta cortada
Nem tem pro’onde se esconder
Vadeia mano
Escuta o que eu digo a tu
Melhor ta no teu terreiro
Sambando maracatu
Bebeu cana nas três vendas
Engoliu cobra coral
Pra ir lá mano
Escuta o que eu digo a você
Beber com a cabocaria
Muito macho tem de ser
Pra pegar na cobra viva
Matar com o dente e comer
Vou chamar minhas cobrinha* Do tronco do jurema*
Surucucu, casvavé,* Salamanta, jiricoá*
Bebeu canas nas três vendas Engoliu cobra coral

*linha tradicional de catimbó

T.090.Tupinicópolis - Gibi/Chico Cabeleira


Vejam
Quanta alegria vem aí
É uma cidade a sorrir
Parece que estou sonhando
Com tanta felicidade
Vendo a Mocidade desfilando
Contagiando a cidade

E a oca virou taba
A taba virou metrópole
Eis aqui e grande Tupinicópolis

Boate Saci
Shopping Boitatá
Chá do Raoni
Pó de guaraná
No comércio e na indústria
No trabalho e na diversão
É Tupi amando este chão
Até o lixo é um luxo
Quando é real
Tupi Cacique
Poder geral
Minha cidade
Minha vida
Minha canção
Faz mais verde meu coração

Laiá, laiá, laiá, laiá
Lá, lá laiá, lá, laia, lá

T.089.Tijuca, cantos, recantos e encantos - Pedrinho da Flor


Você foi um berço de índios
Lugar que estácio de sá
Deu aos jesuítas
O direito de ficar
Área do café e do chá
Onde os negros
Iam pra colheita trabalhar (oh! tijuca)
Oh! tijuca
A brisa beija
Seu verde e faz bailar
Belos cantos que encantam
Recantos de encantar
O amanhecer, passarada a revoar
Vista chinesa e a mesa do imperador
Olha que explendor
Cachoeiras a cachoar
É a natureza a cantar

Desce o morro da formiga
Do borel e do salgueiro
As escolas que incrementam
Nosso samba o ano inteiro

No éden tomavam a saideira
É um canto de saudade
Onde a mocidade
Papeava a noite inteira
Hoje, o progresso na área chegou, ôô
Indústria, comércio e metrô
A praça é meu ninho de amor

Império exalta
Sua raiz
E a massa tijucana
Se faz feliz

T.088.Tá na hora do samba que fala mais alto - Grilo/Freitas


Hoje sou luz ao luar
Verso que a Ponte seduzia
Vento de marola vim contar
Meu canto brinquei de Bahia
Um bolero envolvente
Gardel num tango a cantar
Sou eu, sou eu, ribalta
Que no tempo ficou
Sou eu de volta à boemia
Minha Mangueira, amor

Eu vou à Lapa
Pego o bonde de cem Réis (bis)
O capoeira dá um laço com os pés

Meu Rio antigo
Dos lampiões a gás
Não chore que isso dá samba
Moleque bamba
Confete, serpentina, carnavais
Amigo Chico Viola
Ah! Que saudade
De ouvir o seu cantar
Hoje, aqui embaixo
Enlataram nossa gente
E não há samba que agüente
Este moderno
No lugar de cavaco e ganzá

Ô ô ô, ô ô ô
A Ponte canta (bis)
Helivelto que hoje sou

T.087.Tempestade - Zélia Duncan/Chistiaan Oyens


A tempestade me assusta
Como sua ausencia
Você, raio humano
Despencou
Na minha cabeça
E desde então
Grita
Esse trovão
No meu peito
A chuva lá fora
Chove de fato
Enquanto sua ausência
Inunda meu quarto
E tranferência na cama
Agora eu entendo
Meus sonhos
São outros
Enquanto eu durmo
Enquanto te espero
E chove no mundo
Eu não me acostumo
Com a falta de rumo brasileiro
E esse tom de desespero
Que atingiu o nosso amor
Penso no homem que dorme
Nas ruas do rio
E agora flutua nos rios da rua
E os barracos
Na beira do abismo
Deslizam no cinismo
Da vieira do souto
Meus sonhos são outros
Enquanto não durmo...
Por dentro dos túneis
No fundo do poço
Ninguem fica imune
Crecendo no esgoto
E nosso amor
Sem risco e sem glõria
Se escora na história
Do meu país do desgosto
Meus sonhos são outros
Enquanto não durmo

T.086.Teco teco - Pereira da Costa


Teco, teco, teco, teco, teco
Na bola de gude era o meu viver
Quando criança no meio da garotada
Com a sacola do lado
Só jogava p’rá valer
Não fazia roupa de boneca nem tão pouco convivia
Com as garotas do meu bairro que era natural
Subia em postes, soltava papagaio
Até meus quatorze anos era esse meu mal

Com a mania de garota folgazã
Em toda parte que passava
Encontrava um fã
Quando havia festa na capela do lugar
Era a primeira a ser chamada para ir cantar
Assim vivendo eu vi meu nome ser falado
Em todo canto, em todo lado
Até com quem nunca me viu
E hoje a minha grande alegria
É cantar com cortesia
Para o povo do brasil

T.085.Tá na cara - Gonzaguinha


O Brasil não conhece a Àfrica
mas a Àfrica sabe bem o Brasil
O Brasil não conhece a Àfrica
O Brasil não sabe bem o Brasil.

Tá na cara, ta na veia, tá na cor
Tá no som do tambor
Tá na bunda e no olho do amor
Tá no dia de branco
Tá nas almas da segunda-feira
Tá no brilho da fé dos filhos de lemanjá.
-Odoiá!

Tá no suor e no sangue
que a gente ainda derrama
Pois é Brasil uma afta.

Axé Brasil, Àfrica.

T.084.Toque o gonguê - Walter França


Toque o Gonguê
Balance o ganzá
É no baque virado
Que o Estrela vai passar

Cante sinhá
Toque Senhor
Sou afro-africano
E também Nação Nagô

T.083.Tá com raiva de mim - Adal/Gaby Cerqueira


Tá com raiva?
tá com raiva de mim?
eu não, meu bem
eu to dormindo, você vem, ah
eu vou andando todo alegre sossegado
que eu não vou levar pra casa desaforo de ninguém

tá com raiva?
tá com raiva de mim?
eu não, meu bem
eu to dormindo, você vem, ah

quando eu vou pra casa dela
e começo a biritar
ela vira e vai saindo
vai saindo devagar
chamo ela para o samba
ela diz que não vái lá
quando estou no Gera Samba
ela vem me perturba

tá com raiva?
tá com raiva de mim?
eu não, meu bem
eu to dormindo, você vem, ah

T.082.Te quero todo dia - Bell Marques/Alain Tavares


Eu te quero todo dia, toda hora
E voce sabe disso, amor
Não me deixe só, não
Não me deixe só, não

Quando a lua sair
Já quero estar nos seus braços
Me abraçar no teu abraço
Me espalhar e te envolver

Quando anoitecer
Teu sorriso me acalma
O teu beijo nos conduz
O amor é o caminho
Tô a fim de te abraçar
Tô a fim de beijar
Tô a fim de ter de você esse amor

Diz pra mim
Vem cá, esse jeito é um jeito lindo
De amar

T.081.Tá procurando sarna - Jorge Zarath/Dito


Tá procurando sarna pra se coçar

Me leva nesse embalo, lá, laê, lá, lá, ilá

Ôlê, lê, lê, lê, ô lá, lá, lá,lá

Lá, lá, ê, lá, lá, ilá

E a maré de Março

Ainda vou me lembrar de você

Pra ver qual é, disfarço

Mas tô parado na sua como quê

Tá procurando sarna pra se coçar

Me leva nesse embalo, lá, laê, lá, lá, ilá

É luz de primavera

É fogo de verão

Você e eu quem dera

Amor é a solução

T.080.Tesoura do Desejo - Alceu Valença


Você atravessando aquela rua vestida de negro
E eu te esperando em frente a um certo bar, Leblon
Você se aproximando e eu morrendo de medo
Ali, bem mesmo em frente a um certo bar, Leblon

Quando eu atravessava aquela rua, morria de medo
De ver o teu sorriso e começar um velho sonho bom
E o sonho fatalmente viraria um pesadelo
Ali, bem mesmo em frente a um certo bar, Leblon

- Vamos entrar...
- Não tenho tempo!
- O que é que houve?
- O que é que há?
- O que é que houve, meu amor, você cortou os seus cabelos?
- Foi a tesoura do desejo, desejo mesmo de mudar

T.079.Trem das Sete - Raul Seixas


Ó, olha o trem, vem surgindo de trás das montanhas
azuis, olha o trem
Ó, olha o trem, vem trazendo de longe as cinzas do
velho aeon


Ó, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que
sabem do trem
Ó, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no
trem

Quem vai chorar, quem vai sorrir ?
Quem vai ficar, quem vai partir ?

Pois o trem está chegando, tá chegando na estação

É o trem das sete horas, é o último do sertão, do
sertão


Ó, olha o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu,
não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso
no ar


Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e
dos guardiões
Ó, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil
megatons

Ó, ó o mal, vem de braços e abraços com o bem num
romance astral

T.078.Talismã - Alceu Valença/Geraldo Azevedo


Diana me dê um talismã, talismã
Viajar, você já pensou ir mais eu viajar
Quando o sol desmaiar vou viajar
Olha essa sombra, esse rastro de mim
Olha essa seta, essa réstia de sol morena

T.077.Tambores do Tempo - Tony Medeiros/Edval Machado


Avante guerreiro do fogo
Acende a fogueira da libertação
O meu boi Garantido revive
As glórias e lendas da tua nação
Os cantos as danças e crenças
Resistem pra sempre ao som do tambor
E o chão desta mata manchada de sangue
Proclama não tem vencedor
Sou filho de sangue Mawé
Maragua Andirá Mabué
Ô, ô, ô
Herdeiro do clã Sateré
Valente na raça e na fé
Ô, ô, ô
Ah, Ah, ê, ê, Ah, ah, ê