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sexta-feira, 30 de junho de 2017
N.062.Nos tempos de criança - Maciel Melo/Virgílio Siqueira
Era o cominho da roça
E pureza de Maria
A folho verde no moto
A chuva quando caia
"Passarim", rio Regato
E a natureza sorria
Era o beijo que eu cultivava
A vida que eu bem queria
Do jeito que eu sonhava
Realmente acontecia
Queria um fruto eu plantava
Vingava o fruto eu comia
Da morte eu não tinha medo
A morte eu não conhecia
Não tinha nenhum segredo
Andar no mato sem guia
Nunco era tarde nem cedo
Meio-noite ou meio-dia
Fui menino mais que sete
Ou dezessete légua e meia
Menino fui cacetete
Menino fogo nos veias
Bola de gude, pivete
Menino bola de meia
Fui menino meia-noite
Menino fui meio-dia
Menino vento de açoite
Fui o ventre da folia
Menino trovão da noite
Fui chuva, fui invernia
Fui menino pistoleiro
Menino caramanchão
Menino fui sapateiro
Menino caramanchão
Menino fui cangaceiro
Menino fui lampião
Menino também menino, fui
E o tempo deu-me a alma, sua
Deu-me batente de bares
Deu-me a vida nua e crua
Becos e esquinas, meus lares
Moleque ponto de rua
N.061.Não durmo sem ela - Jairo Goes
Este homem que vive contigo
Não tem sentimentos
Te engana saindo com outra e só você não vê
Do meu quarto eu vejo você esperando por ele
Se parece comigo pois vivo esperando você
Se você passa a noite sozinha
Eu fico acordado
Se você passa a noite com ele
Não consigo dormir
E assim fico a noite te olhando da minha janela
Não durmo sem ela
Eu vivo sofrendo por ela
E quem sofre por ele } bis
Não liga pra mim } bis.
N.060.Nada além - Cústodio Mesquita/Mário Lago
Nada além
Nada além de uma ilusão
Chega bem
E é demais para o meu coração
Acreditando em tudo que o amor
Mentindo sempre diz
E vou vivendo assim feliz
Na ilusão de ser feliz
Se o amor
Só nos causa sofrimento e dor
É melhor
Bem melhor a ilusão do amor
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada além de uma linda ilusão
N.059.Nadando no seco - Tunai/Sergio Natureza
Estrela estraçalhada nas
Docas de água parada, cais
Poças de sangue no chão
Peixe fisgado, mas
Ainda respirando a ilusão
Da volta ao mar
Martírio lento faz
Do arpão do sofrimento mais
Uma razão pra nadar
Nada por dentro do corpo
Porão alagado, lago raso
Morno chorar
E eu que ancorei num porto só
Eu que naveguei sertões azuis
Dei de naufragar no pó
Dessas capitais sem luz
Veias saltadas são
Teia entrelaçadas, não
Cacos de vidro na mão
Velhas garrafas quebradas
De adegas escuras vagas
No meu coração
E eu que ancorei num porto só
Eu que naveguei sertões azuis
Dei de naufragar no pó
Dessas capitais sem luz
Estrela estraçalhada nas
Docas de água parada, cais
Poças de sangue no chão
Peixe fisgado, mas
Ainda respirando a ilusão
Da volta ao mar
N.058.No cordão da saideira - Edú Lobo
Hoje não tem dança
Não tem mais menina de trança
Nem cheiro de lança no ar
Hoje não tem frevo
Tem gente que passa com medo
E na praça ninguém pra cantar
Me lembro tanto
E é tão grande a saudade
Que até parece verdade
Que o tempo inda pode voltar
Tempo da praia de ponta de pedra
Das noites de lua, dos blocos de rua
Do susto é carreira na caramboleira
Do bomba-meu-boi
Que tempo que foi
Agulha frita, munguzá, cravo e canela
Serenata eu fiz pra ela
Cada noite de luar
Tempo do corso, na Rua da Aurora
É moço no passo
Menino e senhora do bonde de Olinda
Pra baixo e pra cima
Do caramanchão
Esqueço mais não
E frevo ainda apesar da quarta-feira
No cordão da saideira
Vendo a vida se enfeitar
N.057.Nosso Estilo - Lobão/Antonio Cícero
Bateu tão forte
E não vai cair
Nós dois,
Não tem antes
E não tem depois
É agora e aqui
Sim, nós
Tá tudo aqui dentro
A lei
É a nossa lei
Não é a lei dos outros
Prá nós, o mundo tá lento
Demais
E esses caretas ficam
Mais e mais banais
Vem, vem, vem, vem
O nosso estilo
Não tem nostalgia
Nós dois, mais
Som e fúria
Rompendo este dia
É agora e aqui
Sim, nós
Tá tudo aqui dentro
A lei
É a nossa lei
Não é a lei dos outros
Pra nós, o mundo tá lento
Demais
E esses caretas ficam
Mais e mais banais
N.056.Não quero mais amar a ninguém - Zé da Zilda/Cartola/Carlos Cachaça
Não quero mais amar a ninguém
Não fui feliz o destino não quis o
meu primeiro amor
Morreu como a flor
Ainda em botão
Deixando espinhos que dilaceram
meu coração
Semente de amor sei que sou
desde nacença
Mas sem ter vida e fulgor
eis minha setença
Tentei pela primeira vez um sonho
vibrar
Foi beijo que nasceu e morreu
sem se chegar a dar
Não quero mais amar a ninguém ...
às vezes dou gargalhada ao lembrar
do passado
Nunca pensei em amor
Nunca amei nem fui amado
Se julgas que estou mentindo
Jurar sou capaz
Foi simples sonho que passou e
nada mais
N.055.Nega Dina - Zé Jeti
A Dina subiu o morro do Pinto
Pra me procurar
Não me encontrando, foi ao morro da Favela
Com a filha da Estela
Pra me perturbar
Mas eu estava lá no morro de São Carlos
Quando ela chegou
Fazendo um escândalo, fazendo quizumba
Dizendo que levou
Meu nome pra macumba
Só porque faz uma semana
Que não deixo uma grana
Pra nossa despesa
Ela pensa que minha vida é uma beleza
Eu dou duro no baralho
Pra poder comer
A minha vida não é mole, não
Entro em cana toda hora sem apelação
Eu já ando assustado, sem paradeiro
Sou um marginal brasileiro
N.054.Ninguém - Paulo Cesar Pinheiro
Ninguém (ai ninguém)
Percebeu que a batida do meu coração
Disparou quando eu vi
Que ela se aproximava
Revelando que o amor não havia
morrido meu Senhor
Ninguém (ai ninguém)
Reparou na mão dela tremer minha mão
Eu queria falar não saía palavra
Tomado que eu fiquei de tanlanha
emoção
Ninguém percebeu como eu estava
feliz ao seu lado
Ninguém entendeu que a conversa era
sobre o passado
Ninguém (ai ninguém)
Viu que alguém que chegava
causou-me desgosto
Ninguém viu a raiva e o ciúme
queimando o meu rosto
Ninguém (ai ninguém)
Teve pena do estado do meu coração
Quando ela com seu novo amor se ...
afastava
Porque ninguém notou como eu estava
abatido meu Senhor!
Ninguém (ai ninguém)
Pode avaliar minha grande aflição
Ninguém viu
Que eu saí sem dizer uma palavra
E chorei pela rua em total solidão
N.053.Na baixa do sapateiro - Ary Barroso
Na Baixa do Sapateiro eu encontrei um dia
A morena mais frajola da Bahia
Pedi-lhe um beijo, não deu
Um abraço, sorriu
Pedi-lhe a mão, não quis dar, fugiu
Bahia, terra da felicidade
Morena, eu ando louco de saudade
Meu Senhor do Bonfim
Arranje outra morena igualzinha pra mim
Oh! amor, ai
Amor bobagem que a gente não explica, ai, ai
Prova um bocadinho, ô
Fica envenenado, ô
E pro resto da vida é um tal de sofrer
Ôlará, ôleré
Ô Bahia
Bahia que não me sai do pensamento
Faço o meu lamento, ô
Na desesperança, ô
De encontrar nesse mundo
Um amor que eu perdi na Bahia, vou contar
Ô Bahia
Bahia que não me sai do pensamento...
N.052.Não sonho mais - Chico Buarque
Hoje eu sonhei contigo, tanta desdita, amor nem te digo
Tanto castigo que eu tava aflita de te contar
Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha, e se urina toda e quer sufocar
Meu amor vi chegando um trem de candango
Formando um bando mas que era um bando
de orangotango pra te pegar
Vinha nego humilhado, vinha morto-vivo, vinha flagelado
De tudo que é lado vinha um bom motivo pra te esfolar
Quanto mais tu corria mais tu ficava, mais atolava
Mais te sujava, amor, tu fedia, empesteava o ar
Tu que foi tão valente chorou pra gente, pediu piedade
E, olha que maldade, me deu vontade de gargalhar
Ao pé da ribanceira acabou-se a liça e escarrei-te inteira
A tua carniça e tinha justiça nesse escarrar
Te rasgamo a carcaça, descendo a ripa, viramo as tripas
Comendo os ovos, ai, e aquele povo pôs-se a cantar
Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha e se urina toda e já não tem paz
Pois eu sonhei contigo e caí da cama
Ai, amor, não briga, ai, não me castiga
Ai, diz que me ama e eu não sonho mais
N.051.Na batucada da vida - Ary Barroso/Luis Peixoto
No dia em que eu apareci no mundo
Juntou uma porção de vagabundo da orgia
De noite, teve samba e batucada
Que acabou de madrugada
Em grossa pancadaria
Depois do meu batismo de fumaça
Mamei um litro e meio de cachaça
Bem puxado
E fui adormecer como um despacho
Deitadinha no capacho na porta dos enjeitados
Cresci olhando a vida sem malícia
Quando um cabo de polícia
Despertou meu coração
E como eu fui pra ele muito boa
Me soltou na rua à toa
Desprezada como um cão
E hoje que eu sou mesmo da virada
E que eu não tenho nada, nada
E por Deus fui esquecida
Irei cada vez mais me esmulambando
Seguirei sempre cantando
Na batucada da vida...
N.050.Não leve a mal - Paulinho da Viola
Seu diretor de bateria
Aquilo que eu disser não leve a mal
Agora que chegou a calmaria
Vamos esquecer do vendaval
Reuna nossos batuqueiros
Que eu já peguei meu violão
Pois este ano a Portela vai sair
Pra decidir aquela situação
Quem chorou, chorou
Quem sorriu, sorriu
O nosso destino é lutar
Portela não vai deixar cair
Aquilo que construiu
N.049.Nathalie - Júlio Iglesias
Nathalie
De olhar tão triste
A lembrança vive em mim
Nathalie
O amor que existe
Foi guardado para ti
Para que fugir
E depois chorar
Para que mentir
Se não vais ficar
Quem te cuidará
Viverá por ti
Quem te esperará
Nathalie
Nathalie
O amor se cala
Para sempre para mim
Nathalie
Vou recordá-la
Pois a vida quis assim
Como vou viver
Nesta solidão
Como fui perder
O seu coração
Eu te peço, amor
Volte para mim
Leve a minha dor
Nathalie
Quem te cuidará
Viverá por ti
Quem te esperará
Nathalie
Eu te peço amor
Volte para mim
Leve a minha dor
Nathalie
N.048.No pagode do Vavá - Paulinho da Viola
Domingo, lá na casa do Vavá
Teve um tremendo pagode
Que você não pode imaginar
Provei do famoso feijão da Vicentina
Spo quem é da portela é que sabe
Que a coisa é divina
Tinha gente de todo lugar
No pagode do Vavá
Nego tirava o sapato, ficava a vontade
Comia com a mão
Uma batida gostosa que tinha o nome
De dôce ilusão
Vi muita nêga bonita
Fazer partideiro ficar esquecido
Mais apesar do ciúme
Nenhuma mulher ficou sem o marido
Um assovio de bala
Cortou o espaço e ninguem
machucou
Muito malandro corria
Quando Elton Medeiros chegou
Minha gente não fique apressada
Que não há motivo prá ter correria
Foi nêgo que fez 13 pontos
E ficou maluco de tanta alegria
N.047.No tabuleiro da Baiana - Ary Barroso
No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi
Caruru
Mungunzá
Tem umbu
Pra ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração
Seu amor de iaiá
No coração da baiana tem
Sedução
Canjerê
Ilusão
Candomblé
Pra você
Juro por Deus
Pelo senhor do Bonfim
Quero você, baianinha, inteirinha pra mim
E depois o que será de nós dois
Seu amor é tão fulgáz, enganador
Tudo já fiz
Fui até num canjerê
Pra ser feliz
Meus trapinhos juntar com você
E depois vai ser mais uma ilusão
No amor quem governa é o coração
No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi
Caruru
Mungunzá
Tem umbu
Pra ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração
Seu amor de iaiá
No coração da baiana também tem
Sedução
Canjerê
Ilusão
Candomblé
Pra você
N.046.Na virada da montanha - Lamartine Babo/Ary Barroso
A saudade vem chegando ...
A tristeza me acompanha ...
Só porque, só porque
o meu amor morreu
na virada da montanha.
E quem pasa na cidade vê
no alto, a casa verde de sapê.
Ainda, a trepadeira no carramanchão
amor-perfeito pelo chão
em quantidade ...
Pobre casa abandonada, além,
no alto, sozinha,
sem ter ninguém ...
Caindo, velhinha,
ao ver os prédios da cidade ...
Ó, velha casa, sombra eterna
da saudade!
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Letra N
N.045Nascente - Flávio Venturini
clareia manhã
o sol vai esconder
a clara estrela
ardente
pérola do céu
refletindo
teus olhos
a luz do dia a contemplar
teu corpo
sedento
louco de prazer
e desejos
ardentes
N.044.No céu com diamantes - Beto Guedes/Ronaldo Bastos
Vem,
De tanto andar a teu lado
De tanto cruzar o sertão
Serás meu amigo
Onde terei meu lugar e meu trem
Sei
Aquela lição da estrada
Sonhos que passaram por nós
E são meu abrigo
Te conhecer foi saber o melhor
Na alma dessa mulher
Atrás da voz do cantor
Voz
Que é pedra de tal firmamento
E ainda se escuta luzir
A todo momento
Quando olhar para o céu do Brasil
Repara bem que pintou
Alguém que brilha e sorri
Dói de tanto medir a distância
Saber que não vou te tocar
Além da lembrança
A tua falta é sol sem calor
E está aqui mas se foi
Virou estrela, a nossa estrela do céu
N.043.Noites Sertanejas - Ivan Lins/Vitor Martins
Essas noites sertanejas
ao redor dessas fogueiras
ao redor dessas cirandas
têm queimado feiticeiras
Essas noites sertanejas
ao redor de candeeiros
ao redor das lamparinas
têm chorado seus vaqueiros
Bom Jesus dos retirantes
proteja as noites do sertão
abra as asas como antes
prá aquecer meu coração
Essas noites sertanejas
ao redor de seus ponteios
ao redor de violeiros
têm cantado seus receios
Essas noites sertanejas
ao redor de rezadeiras
ao redor das ladainhas
podem ser os derradeiros
Bom Jesus dos retirantes
proteja as noites do sertão
abra as asas como antes
prá aquecer meu coração
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