segunda-feira, 26 de outubro de 2015

D.055.Dona da minha cabeça - Geraldo Azevedo/Fausto Nilo


Dona da minha cabeça ela vem como um carnaval
E toda paixão recomeça, ela é bonita, é demais
Não há um porto seguro, futuro também não há
Mas faz tanta diferença quando ela dança, dança

Eu digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, bonita
Digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, é bonita

Dona da minha cabeça quero tanto lhe ver chegar
Quero saciar minha sede milhões de vezes, milhões de vezes

Na força dessa beleza é que eu sinto firmeza e paz
Por isso nunca desapareça
Nunca me esqueça, eu não te esqueço jamais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, bonita
Digo e ela não acredita, ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita, ela é bonita, é bonita

D.054.Das Rosas - Dorival Caymmi


Nada como ser rosa na vida
Rosa mesmo ou mesmo rosa mulher
Todos querem muito bem a rosa
Quero eu ....

Todo mundo também quer
Um amigo meu disse que em samba
Canta-se melhor flor e mulher
E eu que tenho rosas como tema
canto no compasso que quiser

Rosas...rosas ... rosas...
Rosas formosas são rosas de mim
Rosas a me confundir / Rosas a te confundir
Com as rosas, as rosas, as rosas, de abril
Rosas... rosas... rosas...
Rosas mimosas são rosas de ti
Rosas a me confundir / Rosas a te confundir
Com as rosas, as rosas, as rosas de abril
Rosas a me confundir / Rosas a te confundir
São muitas...são tantas / São todas tão rosas

D.053.Dorinha, meu Amor - José Francisco de Freitas


Dorinha, meu amor
Porque me fazes chorar?
E sou um pecador
E sofro só por te amar

Não sei qual a razão
Que eu sofro tanto assim
Castigo sim, castigo sim
Imploro a Deus
Para vencer o teu amor
O teu amor, amor

Dorinha juro que
Só pensarei em ti
Somente em ti
Somente em ti
Só tu que podes dar
Alívio a esta dor
Ao teu cantor, cantor

D.052.Dona Santinha e seu Antenor - Paulinho da Viola


Dona Santina deu
Anteontem uma feijoada e me convidou
Em homenagem
À volta do seu Antenor
Que aos vinte anos de casado escapuliu
Quando viu os olhos da Sandrinha, se amarrou
Ela nos seus 22
Ele com 53
Imaginem só, vocês
A notícia o que causou no local
Hoje, ele volta arrependido
Depois de ouvir na Santina
Um discurso especial
Foi até entrevistado
Numa programa de televisão
Quando disse ser o único
Culpado da situação
Seu Antenor chorou
Dona Santina riu
Todo mundo se abraçou
O auditório aplaudiu
O final você não sabe
A surpresa que causou
O programa no Ibope
Vinte pontos levantou

D.051.Dança da Solidão - Paulinho da Viola


Solidão é lava
que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão, palavra
Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão

Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão

Carmélia ficou viúva
Joana se apaixonou
Maria tentou a morte
Por causa do seu amor
Meu pai sempre me dizia
Meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro
Não esqueço meu passado

Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão

Quando chega a madrugada
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a luz cheia

Apesar de tudo existe
Uma fonte de água pura
Quem beber daquela água
Não terá mais amargura
Desilusão...

D.050.Das Gardenias - Isolina Camilo


Dos gardenias para ti
Con ellas quiero decir
Te quiero, te adoro, mi vida
Ponles toda tu atención
Porque son tu corazón y el mío

Dos gardenias para ti
Que tendrán todo el calor de un beso
De esos besos que te di
Y que jamás encontrarás
En el calor de otro querer

A tu lado vivirán y se hablarán
Como cuando estás conmigo
Y hasta creerás que te dirán
Te quiero

Pero si un atardecer
Las gardenias de mi amor se mueren
Es porque han adivinado
Que tu amor me ha traicionado
Porque existe otro querer

D.049.De Primeira Grandeza - Belchior


Quando eu estou sob as luzes não tenho medo de nada
e a face oculta da lua que era minha aparece iluminada
sou o que escondo sendo uma mulher igual a tua namorada
mas o que vês, quando
mostro estrela de grandeza inesperada

musa,deusa,mulher cantora e bailarina
a força masculina atrai não é só ilusão
a mais que a historia fez e faz o homem se destina
a ser maior que deus por ser filho de adão

anjo, herói, prometeu, poeta e dançarino a glória feminina
existe e não se fez em vão e se destina a vir ao gozo a
mais do que imagina o louco que pensou a vida sem paixão

D.048.Depende - Raimundo Fagner/Abel Silva


A A7 D
O olho por fora, o dente por dentro
Dm A
Meu riso na cara do tempo
A7 D
O olho por dentro, o dente por fora
Dm A
Meu riso na boca do vento
Em A7 D Dm
Conheço a cor dos teus cabelos
Em A7 D Dm
Conheço a cor dos olhos teus
E7 D
É verde, azul, é negro
A
Como uma noite sem lua, é claro
E7 D
Como uma frase não dita
A
É dessa cor, é dessa cor
A
É dessa cor
A A7 D
Depende do dia, da tarde morena
Dm A

D.047.Domingo no Parque - Gilberto Gil


O rei da brincadeira
Êh José!
O rei da confusão
Êh João!
Um trabalhava na feira
Êh José!
Outro na construção
Êh João!...

A semana passada
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Prá Ribeira foi namorar...

O José como sempre
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da boca do Rio...

Foi no parque
Que ele avistou
Juliana!
Foi que ele viu
Foi que ele viu!
Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João...

O espinho da rosa feriu Zé
(Feriu Zé!) (Feriu Zé!)
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa
Oh José!
A rosa e o sorvete
Oh José!
Foi dançando no peito
Oh José!
Do José brincalhão
Oh José!...

O sorvete e a rosa
Oh José!
A rosa e o sorvete
Oh José!
Oi girando na mente
Oh José!
Do José brincalhão
Oh José!...

Juliana girando
Oi girando!
Oi na roda gigante
Oi girando!
Oi na roda gigante
Oi girando!
O amigo João (João)...

O sorvete é morango
É vermelho!
Oi girando e a rosa
É vermelha!
Oi girando, girando
É vermelha!
Oi girando, girando...

Olha a faca! (Olha a faca!)
Olha o sangue na mão
Êh José!
Juliana no chão
Êh José!
Outro corpo caído
Êh José!
Seu amigo João
Êh José!...

Amanhã não tem feira
Êh José!
Não tem mais construção
Êh João!
Não tem mais brincadeira
Êh José!
Não tem mais confusão
Êh João!...

Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!...

D.046.Depois das Dez - Tunai/Sérgio Natureza


Beijos e carícias
frases sussurradas
cheios de malícia
costas arranhadas
ardem mais tudo bem
não faz mal a ninguém
depois das dez horas
perde-se a vergonha
ah! Fronha cheirosa
incenso de rosas
esse travesseiro
tem um cheiro
colchão de espuma
já entrei numa
ah! que molejo
tô afim mesmo, coração
faz que tá bom

Corpos de pelúcia
mãos entrelaçadas
delírios delicias
tantas madrugadas
cansam, mais tudo bem
revigoram também
depois das dez horas
não tem mais censura
ninguém se segura
não é mais pecado
essa criatura do meu lado
vai me enlouquece
vem, me tonteia
num sobe e desce
queima, incendeia o coração
e eu acho é bom
pra lá de bom...

D.045.Despertar do Amor - Guilherme Arantes


É você conquistando
É você seduzindo
Você me iludindo
Com sua beleza
beleza
Com sua certeza
A resposta precisa
Que eu tanto buscava
Na minha loucura
Começa outra vida
Cada despertar do amor
E eu fui mergulhando
Planando no abismo
Mudando o meu rumo
Me pondo de lado
E não é nada disso
Nem sei se conheço
O prazer que eu mereço
O preço do sonho
Contigo eu me arrisco
Começa outra vida
Cada despertar do amor

D.044.Doce Espera - Marina Lima


A vida é dura
Quando se espera alguém
A vida é fria
Quando esse alguém não vem

Oh! dura vida
Espera fria...

Só te queria um tempo
Um tempo até gostar
Toda tesão da vida
Depois podia até parar

Tesão da vida
Doce espera...

D.043.De volta ao Começo - Gonzaguinha


E o menino com o brilho do sol
Na menina dos olhos
Sorri e estende a mão
Entregando o seu coração
E eu entrego o meu coração
E eu entro na roda
E canto as antigas cantigas
De amigo irmão
As canções de amanhecer
Lumiar e escuridão
E é como se eu despertasse de um sonho
Que não me deixou viver
E a vida explodisse em meu peito
Com as cores que eu não sonhei
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo

D.042.Da vida - Gonzaguinha


Se na saudade se canta
na alegria também se chora
o amor que dá nó na garganta
é aquela dor que toda gente adora
não fique triste meu amor
se eu cheguei agora
e daqui a pouco eu vou -me embora
é o coração de um caminheiro
explodindo nas estradas
minha casa é mundo afora
vou viver por aí
vou viver por aí
quanto mais longe do teu beijo
maior é meu desejo
de estar junto a você
vou viver por ai. . .

D.041.Dá Licença - Ivan Lins/Victor Martins


Dá licença, oh, de casa
Deus os tenha em sua guarda
Oilerê, oilerê, oilara

Nós estamos de passagem
Pra cantar de porta em porta
E ocansaço não nos pesa
Se esse canto lhes conforta
E aceitamos de bom grado
E o que nos for ofertado
E assim louvado seja oilará

Nós Cantamos por dinheiro
Por comida, por pousada
Por prazer, se alguém nos pede
E não pode nos dar nada
Pois se falta nesa hora
Amanhã por certo sobra
E assim lovado seja oilará

D.040.Decote Pronunciado - Moraes Moreira/Pepeu Gomes


Botei um decote
bem pronunciado
o decote descia
até a parte de baixo

Eu bem que guardava
guardava pra quem
pra quem bem merecia
depois descobri
que o decote me engana
Andei sem querer
todo um fim de semana

Bons tratos bem feito
voce não me ama
e vamos para cama
você é mulher
nem Freud sabia

Com tanta certeza
com tanta certeza
o que você quer
tem um final
que é legal
mas é impróprio
e eu não digo

D.039.Dom Quixote - Cesar Camargo Mariano/Milton Nascimento


Não se alcança sozinho, ramando contra a maré
Só completa o carinho se o outro também quiser
E por trás da canção, o que há
São vidas sem movimento, é aço e paz
É muito mais, é ter e dar
É muito mais

Só se for por fraqueza o sonho não corta o mal
Só lavando a sujeira, o chão se harmoniza ao pé
Se o Livro da Vida é o prazer
Aninha as mãos companheiras
E o amor se acenderá pra quem quiser
Se estenderá

Não entendo saudade de um caminho
Que há muito se acabou
Tenho as linhas da mãos inexploradas ainda
E são quantas, são tantas
Que noticia não há quem desvendou
O mais sabio dos homens
se pergunda ainda:
"De onde eu saí?"
Me ensina a sentir

Coração de ator, de bailarino, do som, do seu cantor
Tem atrás mil pessoas, mão de obra e suor
Tem mulher, tem amiho, tem menino
tem cor de multidão
tem o vento que sopra no destino um sabor
que manda seguir!
Deixa ele ir

Fecho contigo, te quero até
enquantyop céu quiser
Fecho contigo
no que o amor disser

Fecho contigo, te quero qué
depois que o céu quiser
Seja utopia
o que o amor disser

D.038.De Magia, de Dança e Pés - Milton Nascimento


De magia, de dança e pés
de criança, cantor e mãos
Alameda de gente e vida
fecha e mata qualquer ferida

De carinho, de roda e mãos
de esperança, de corpo e pés
a paixão que me está surgindo
te tocando, me consumindo

A pulsação do mundo é
o coração da gente
o coração do mundo é
a pulsação da gente
Ninguem nos pode impor, meu irmão
o que é o melhor pra gente

D.037.Diamente Verdadeiro - Caetano Veloso


Nesse universo todo de brilhos e bolhas
Muitos beijinhos, muitas rolhas
Disparadas nos pescoços das Chandon
Não cabe um terço de meu berço de menino
Você se chama grã-fino e eu afino
Tanto quanto desafino do seu tom
Pois francamente meu amor
Meu ambiente é o que se instaura de repente
Onde quer que chegue, só por eu chegar
Como pessoa soberana nesse mundo
Eu vou fundo na existência
E para nossa convivência
Você também tem que saber se inventar
Pois todo toque do que você faz e diz
Só faz fazer de Nova Iorque algo assim como Paris
Enquanto eu invento e desinvento moda
Minha roupa, minha roda
Brinco entre o que deve e o que não deve ser
E pulo sobre as bolhas da champanhe que você bebe
E bailo pelo alto de sua montanha de neve
Eu sou primeiro, eu sou mais leve, eu sou mais eu
Do mesmo modo como é verdadeiro
O diamante que você me deu.

D.036.De papo pro ar - Olegário Mariano/Joubert de Carvalho


Eu não quero outra vida
Pescando no rio de Jereré
Tenho peixe bom
Tem siri patola
Que dá com o pé

Quando no terreiro
Faz noite de luar
E vem a saudade me atormentar
Eu me vingo dela
Tocando viola de papo pro ar

Se compro na feira
Feijão, rapadura
Pra que trabalhar
Sou filho do homem
E o homem não deve
Se apoquentar