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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
N.025.Nenhum Verão - Túlio Mourão
G7+ C7+ G7+
Esse sol, porque tinha de tanto brilhar
D/F# D/A A6/7 D D7
Anunciar no meu peito o amanhã pra depois sumir
G B/Eb Em7
E deixar tão mais negro meu céu, minha noite
C7+ G/B A7 Ab7 G7+
Porque foi minha boca beber, se embriagar da tua boca
F#7 G7+ F#7 Em7 Em7+ G/F
Pra sobrar tão mais amargo o gosto de vazio, de solidão
C/E
Meu coração prefere acreditar nessas promessas
Cm/Eb G7+ A/E G/F
Mesmo essas que só fazem abrir minhas janelas
G5+/7 A6/7 A7 D7
Pra nenhuma, pra nenhuma, pra nenhuma paisagem
G7+ C7+ G7+
Ah, porque me invadir como doce canção
D/F# D/A A6/7 D D7
Pra depois me ferir, me queimar com ardor de toda paixão
G7+ B/Eb Em7
Eu assim te acolhi sem nenhuma defesa
C7+ G/B A7 Ab7 G7+
Como nova estação quando chega, um belo dia, uma certeza
F#7 G7+
Um vinho dado à minha mesa
F#7 Em7 Em7+ G/F
Uma palavra, um abraço de irmão
C/E
Meu coração prefere acreditar nessas promessas
Cm/Eb G A/E G/F
Mesmo essas que só fazem deixar na minha pele
G5+/7 A6/7 D7 G7+
N.024.Nosotros, Nosotras - Geraldo Azevedo/Capinam
Por muy negro que seas
A7 D
No es menos hermoso
A/C# Bm
que nosotros, que nosotros
Bm/A C#7.9-
Asi me habla la paloma
F#7 Bm C#7.9-/E F#7
Asi no me hablan los otros
Bm Em
Por muy mundana que seas
A7 D
No es menos hermosa
A/C# Bm
que nosotras, que nosotras
Bm/A C#7.9-
Asi me habla la rosa
F#7 Bm C#7.9-/E F#7
Asi no me hablan las otras
Bm Em
Por muy pobre que seas
A7 D
No es menos sabroso
A/C# Bm
que nosotros, que nosotros
Bm/A C#7.9-
Asi me habla la tierra
F#7 Bm C#7.9-/E F#7
Asi no me hablan los otros
Bm Em
Por muy loco que seas
A7 D
No es menos maravilloso
A/C# Bm
que nosotros, que nosotros
Bm/A C#7.9-
Asi me habla los pajaros
F#7 Bm C#7.9-/E F#7
Asi no me hablan los otros
Bm Em
Por muy obrero que seas
A7 D
No es menos amoroso
A/C# Bm
que los negros, que los blancos
Bm/A Em
Las mundanas, las cristanas
A7 D
Que los ricos, que los locos
A/C# Bm
Que nosotras, que nosotros
Bm/A C#7.9-
Asi me habla mi amor
F#7 Bm
N.023.Noites do Sertão - Tavinho Moura
Não se espante assim meu moço com a noite do meu sertão
Tem mais perigo que a poesia do que o julgo da razão
A tormenta gera história é tão vida quanto o sol
São cavalos beirando o rio, é o corpo da menina ofegante ali do lado
Ansiosa pelo tato do carinho arrebatado do calor da tua mão
Não se engane que o silêncio não existe no anoitecer
Fala mais vida que a cidade, tem mais lenda a oferecer
Não demore ela é donzela mas conhece outra mulher
Seu desejo e a madrugada só esperam teu carinho
Quando o ato terminado
Chegue perto da janela olhe fora e olhe dentro
A paisagem se molhou
N.022.Notícias do Brasil - Milton Nascimento/Fernando Brant
Uma notícia está chegando lá do Maranhão
Não deu no rádio, no jornal ou na televisão
Veio no vento que soprava lá no litoral
De Fortaleza, de Recife e de Natal
A boa nova foi ouvida em Belém, Manaus,
João Pessoa, Teresina e Aracaju
E lá do norte foi descendo pro Brasil central
Chegou em Minas, já bateu bem lá no sul
Aqui vive um povo que merece mais respeito
Sabe, belo é o povo como é belo todo amor
Aqui vive um povo que é mar e que é rio
E seu destino é um dia se juntar
O canto mais belo será sempre mais sincero
Sabe, tudo quanto é belo será sempre de espantar
Aqui vive um povo que cultiva a qualidade
Ser mais sábio que quem o quer governar
A novidade é que o Brasil não é só litoral
É muito mais, é muito mais que qualquer zona sul
Tem gente boa espalhada por esse Brasil
Que vai fazer desse lugar um bom país
Uma notícia está chegando lá do interior
Não deu no rádio, no jornal ou na televisão
Ficar de frente para o mar, de costas pro Brasil
Não vai fazer desse lugar um bom país
(Repete Última Estrofe)
N.021.Não Chore Mais - B.Vicent
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry...
Bem que eu me lembro
Da gente sentado ali
Na grama do aterro, sob o sol
Ob-observando hipócritas
Disfarçados, rondando ao redor...
Amigos presos
Amigos sumindo assim
Prá nunca mais
Tais recordações
Retratos do mal em si
Melhor é deixar prá trás...
Não, não chore mais
Não, não chore mais
Oh! Oh!
Não, não chore mais
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Não, não chore mais
Hê! Hê!...
Bem que eu me lembro
Da gente sentava ali
Na grama do aterro, sob o céu
Ob-observando estrelas
Junto à fogueirinha de papel...
Quentar o frio
Requentar o pão
E comer com você
Os pés, de manhã, pisar o chão
Eu sei a barra de viver...
Mas, se Deus quiser!
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé...
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
Uh! Uh! Uh!...
Não, não chore mais
Menina não chore assim!
Não, não chore mais
Oh! Oh! Oh!
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
Não, não chore mais
Não chore assim
Não, não chore mais
Hê! Hê!
N.020.Nosso Estranho Amor - Caetano Veloso
Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer
Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor
Ah! Mainha deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração não me diga
Nunca não
Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois
Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor
(Refrão)
N.019.No Som da Sanfona - Kátia do Asfalto/Jackson do Pandeiro
Ouvi o toque da sanfona me chamar
Ouvi o toque da sanfona me chamar
Um sanfoneiro bem maneiro
Puxa o fole
Folia a noite inteira
Até o dia clarear
O cabra vem se aconchegando
Se relando
Quando o pagode esquenta
Ninguém quer sair de lá
Êta pagode que tá bom
Que tá danado
Morena aqui do lado
Faz o boneco chorar
Chora num chora
Morena disse que chora
No som de uma viola
Faz o corpo balançar
Quem é sambeiro, batuqueiro, forrozeiro
Tem privilégio agora
Soçaite particular
Agora toda classe alta
Quer xaxá
Forró de brasileiro
Chegou em todo lugar
N.018.Nos Barracos da Cidade - Liminha/Gilberto Gil
Nos barracos da cidade
Ninguém mais tem ilusão
No poder da autoridade
De tomar a decisão
E o poder da autoridade, se pode, não faz questão
Mas se faz questão, não
Consegue
Enfrentar o tubarão
Ôôô , ôô
Gente estúpida
Ôôô , ôô
Gente hipócrita
E o governador promete,
Mas o sistema diz não
Os lucros são muito grandes,
Grandes... ie, ie
E ninguém quer abrir mão, não
Mesmo uma pequena parte
Já seria a solução
Mas a usura dessa gente
Já virou um aleijão
Ôôô , ôô
Gente estúpida
Ôôô , ôô
Gente hipócrita
Ôôô , ôô
Gente estúpida
Ôôô , ôô
Gente hipócrita
Ôôô , ôô
Gente estúpida
Ôôô , ôô
Gente hipócrita
N.017.Na Flor da Idade - Ivan Lins/Victor Martins
Quando as caricias são incontroláveis
e os desejos insaciáveis
Ah! você me oferece a boca
E eu ressuscito
Me estende as mãos
E eu levito
Me faz promessas e juras
E eu acredito
Como se eu vivesse eternamente
Na flor da idade
Como se eu tivesse pra sempre
A inquetude, a ansiedade
Da juventude
Tudo, todas, tantas as loucuras por fazer
Quando aventuras pela busca do prazer
N.016.Nunca - Lupcinio Rodrigues
Nunca
Nem que o mundo caia sobre mim
Nem se Deus mandar
Nem mesmo assim
As pazes contigo eu farei
Nunca
Quando a gente perde a ilusão
Deve sepultar o coração
Como eu sepultei
Saudade
Diga a esse moço por favor
Como foi sincero o meu amor
Quanto eu te adorei
Tempos atrás
Saudade
Não se esqueça também de dizer
Que é você quem me faz adormecer
Pra que eu viva em paz
M.037.Minas Gerais - D.Morais/Manezinho Araujo
Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esquece jamais
Oh! Minas Gerais
Tuas terras que são altaneiras
O teu céu é do mais puro anil
És bonita Oh! Terra mineira
Esperança do nosso Brasil
Tua lua é a mais prateada
Que ilumina o nosso torrão
És formosa Oh! Terra encantada
É o orgulho da nossa terra
Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esquece jamais
Oh! Minas Gerais
Teus regatos a enfeitam de ouro
Os teus rios carreiam diamantes
Que faiscam estrela de aurora
Entre matas e penhas gigantes
Tuas montanhas são preitos de ferros
Que se erguem da pátria ao cantil
Nos teus ares suspiram serestas
És altar deste imenso Brasil.
Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esquece jamais
Oh! Minas Gerais
M.036.Madalena - Isidoro Adap:Gilberto Gil
Fui passear na roça
Encontrei Madalena
Sentada numa pedra
Comendo farinha seca
Olhando a produção agrícola
E a pecuária
Madalena chorava
Sua mãe consolava
Dizendo assim
Pobre não tem valor
Pobre é sofredor
E quem ajuda é Senhor do Bonfim
Entre em beco, sai em beco
Há um recurso Madalena
Entra em beco sai em beco
Há uma santa com seu nome
Entra em beco, sai em beco
Vai na próxima capela
E acende uma vela
Prá não passar fome
M.035.Malandrinha - Freire Junior
A lua vem surgindo cor de prata
Do alto da montanha verdejante
A lira de um cantor em serenata
Reclama na janela a sua amante
Ao som da melodia apaixonada
Das cordas de um sonoro violão
Confessa um seresteiro à sua amada
O que dentro lhe dita o coração.
O linda imagem de mulher que me seduz
Ah! se eu pudesse tu estarias num altar
És a rainha dos meus sonhos, és a luz
És malandrinha não precisas trabalhar.
Acorda minha bela namorada
A lua nos convida a passear
Seus raios iluminam toda a estrada
Por onde nós havemos de passar...
A rua está deserta, oh! vem, querida
Ouvir bem junto a mim, o som do pinho
E quando a madrugada, já surgida
Os pombos voltarão para seus ninhos.
Ó linda imagem de mulher que me seduz
Ah! se eu pudesse tu estarias num altar
És a rainha dos meus sonhos, és a luz
És malandrinha, não precisas trabalhar!
M.034.Menino das Laranjas - Geraldo Vandré
Menino que vai pra feira
Vender sua laranja até acabar
Filho de mãe solteira
Cuja ignorância tem que sustentar
É madrugada, vai sentindo frio
Porque se o cesto não voltar vazio
A mãe arranja um outro pra laranja
Esse filho vai ter que apanhar
Compra laranja menino e vai pra feira
É madrugada, vai sentindo frio
Porque se o cesto não voltar vazio
A mãe arranja um outro pra laranja
Esse filho vai ter que apanhar
Compra laranja, laranja da boa, doutor
Ainda dou uma de quebra pro senhor
Lá, no morro, a gente acorda cedo
E é só trabalhar
Comida é pouca e muito a roupa
Que a cidade manda pra lavar
De madrugada, ele, menino, acorda cedo
Tentando encontrar
Um pouco pra poder viver até crescer
E a vida melhorar
Compra laranja, doutor
Eu ainda dou uma de quebra pro senhor
M.033.Me chama - Lobão
Chove lá fora
E aqui tá tanto frio
Me dá vontade de saber...
Aonde está você?
Me telefona
Me Chama! Me Chama!
Me Chama!...
Nem sempre se vê
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
Lágrima!...
Tá tudo cinza sem você
Tá tão vazio
E a noite fica
Sem porque...
Aonde está você?
Me telefona
Me Chama! Me Chama!
Me Chama...
Nem sempre se vê!
Mágica no absurdo
Mágica no absurdo
Mágica!...
Nem sempre se vê!
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
Lágrima!...
Nem sempre se vê!
Mágica no absurdo
Mágica no absurdo
Mágica!...
Nem sempre se vê!
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
Lágrima!...
M.032.Maria - Ary Barroso/Luis Peixoto
Maria ! / O teu nome principia
Na palma da minha mão / E cabe bem direitinho
Dentro do meu coração Maria
Maria / De olhos claros cor do dia
Como os de Nosso Senhor/ Eu por vê-los tão de perto
Fiquei ceguinho de amor Maria
No dia, minha querida, em que juntinhos na vida
Nós dois nos quisermos bem
A noite em nosso cantinho/ Hei de chamar-te
baixinho
Não hás de ouvir mais ninguém, Maria !
Maria ! / Era o nome que dizia
Quando aprendi a falar / Da avózinha / Coitadinha
Que não canso de chorar Maria
E quando eu morar contigo Tu hás de ver que perigo
Que isso vai ser, ai, meu Deus
Vai nascer todos os dias uma porção de Marias
De olhinhos da cor do teus, Maria ! Maria !
M.031.Massa Real - Caetano Veloso
Hoje eu só quero você
Seja do jeito que for
Hoje eu só quero alegria
É meu dia, é meu dia
Hoje eu só quero amor
Hoje eu só quero prazer
Hoje vai ter que pintar
Só quero a massa real
É o meu carnaval
Hoje eu só quero amar
Hoje eu não quero sofrer
Não quero ver ninguém chorar
Hoje eu não quero saber
De ouvir dizer que não vai dar
Vai ter que dar, vai ter que dar
Esse é o meu carnaval
Vai ter que dar, vai ter que dar
Só quero a massa real
M.030.Muito por demais - Gonzaguinha
Tudo o que sonhei – cais
Fruta que ganhei – paz
Flor no coração
Cheiro da alecrim
Brilho de rubi – sol
Bruma da manhã – véu
Pele sapoti – lã
Boca de carmim
Gosto de cajá
Toque de maçã – céu
Chuva que alimenta a floresta (minha festa)
Festa permanente na cidade (liberdade)
Calma do entardecer – canto de adormecer
Sono de criança (azul bebê)
Tudo que sonhei (flor)
Fruto que ganhei (mel)
Paz no coração
Vida sapoti
Toque de maçã (muito por demais).
M.029.Maringá - Joubert de Carvalho
Foi numa léva
Que a cabocla Maringá
Ficou sendo a retirante
Que mais dava o que falá.
E junto dela
Veio alguem que suplicou
Prá que nunca se esquecesse
De um caboclo que ficou
Antigamente
Uma alegria sem igual
Dominava aquela gente
Da cidade de Pombal.
Mas veio a seca
Toda chuva foi-se embora
Só restando então as água
Dos meus óio quando chóra.
Estribilho
Maringá, Maringá,
Depois que tu partiste,
Tudo aqui ficou tão triste,
Que eu garrei a maginá:
Maringá, Maringá,
Para havê felicidade,
É preciso que a saudade
Vá batê noutro lugá.
Maringá, Maringá,
Volta aqui pro meu sertão
Pra de novo o coração
De um caboclo assossegá.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
M.028.Mel - Caetano Veloso/Waly Salomao
Ó abelha rainha faz de mim
Um instrumento de teu prazer
Sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direita claridade do céu
E agarro o sol com a mão
É meio-dia, é meia-noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos, feiticeira vamo-nos embora
É meio-dia, é meia-noite, faz zumzum na testa
Na janela, na fresta da telha
Pela escada, pela porta, pela estrada toda a fora
Anima de vida o seio da floresta
O amor empresta a praia deserta zumbe na orelha, concha do mar
Ó abelha, boca de mel, carmin, carnuda, vermelha
Ó abelha rainha faz de mim um instrumento do seu prazer
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