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segunda-feira, 10 de novembro de 2014
V.035.Vítima - Roberto de Carvalho/Rita Lee
Com a sutileza de um furacão
você vai tomando conta do meu coração babe
com o sangue frio de um torturador
eu planejo passo a passo atacar seu amor babe
com o jeito estranho de um cara normal
chego perto do seu corpo acariciando um punhal
com a boca seca num deserto sem fim
nem me toco que você é só miragem pra mim babe
sou temperamental
às vezes passo mal no meio da festa
detesto multidão
conheço tanta gente sem atração
do meu esconderijo no milésimo andar
espio noite e dia sua vida secreta
o frio de São Paulo me faz transpirar
sou vítima
vítima,
vitima da sua janela indiscreta
V.034.Verdura - Paulo Leminsky
De repente me lembro do verde
A cor verde a mais verde que existe
A cor mais alegre, a cor mais triste
O verde que vestes o verde que vertiste
No dia em que te vi
No dia em que me viste
De repente vendi meus filhos
Pra uma família americana
Eles têm carro, eles têm grana
Eles têm casa e a grama é bacana
Só assim eles podem voltar
E pegar um sol em Copacabana
Pegar um sol em Copacabana
V.033.Vibração - Kledir Ramil/Fogaça
Nas águas claras do dia
à sombra dos cereais
manhas de trigo e de vinho
lembrando o passado e a paz
o gosto frio da aurora
o cheiro macio do pão
e eu penso no frio que agora
habita meu coração
nos muros nos olhos do povo
habita a mesma tristeza
porque os braços de ferro
nos prendem como represa
mas o que eles não sabem
não sabem ainda não
É que na minha terra
um palmo acima do chão
sopra uma brisa ligeira
que vai virar viração
ah mas eles não sabem
que vai virar viração
Amigo guarda sua mente
bem viva alenta e sem mal
que a hora certa e precisa
virá mais tarde ou mais cedo
ensina teus filhos pequenos
que é longa e dura viagem
que a dor, a madeira e o tempo
não dobra um coração selvagem
nos muros nos olhos do povo
habita a mesma tristeza
porque os braços de ferro
nos prendem como represa
mas o que eles não sabem
não sabem ainda não
É que na minha terra
um palmo acima do chão
sopra uma brisa ligeira
que vai virar viração
ah mas eles não sabem
que vai virar viração,
V.032.Vamos Deixar de Intimidades - Ary Barroso
Mulher
Vamos deixar de intimidade
Entre nós mais nada existe
Nem o amor nem a saudade
Tu juraste certo dia
Aos meus pés cinicamente
Que o amor não morrerla
Ele foi, zombou da gente
Mas veio outro
Me puseste na rua
Eu tambem não me incomodo
Minha vida continua
Mulher...
Um amor que a gente perde
É semente de outro amor
Se pra tudo tem remedio
Também tem remedio a dor
Mas o meu santo
Que me guarda é muito forte
Se me livro dos teus olhos
Tambem me livra da morte
V.031.Vai Passar - Francis Hime/Chico Buarque
Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepipedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui pasaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desborada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catadrais
E um dia afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepipedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui pasaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desborada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catadrais
E um dia afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
Ô carnaval, o carnaval
(vai passar)
Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olerá
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olerá
O estandarte do sanatório geral
Vai passar
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
Ô carnaval, o carnaval
(vai passar)
Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olerá
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olerá
O estandarte do sanatório geral
Vai passar
V.030.Voce Bem Sabe - Nelson Mota/Djavan
Você bem sabe
Que eu não sei te dizer
Tudo o que sinto por voce
Mas
Você bem sabe
Que we always lie
But we can never say goodbye
Você nem sabe
Me dizer o que sentir
No coração
Mente sem ter razão
Não vopu fugir
Mas não vou ficar
Sempre loving you
Só porque we were so happy
Você não quer dizer que não quer
Mas também não diz
Se é feliz
E tem um novo amor
Vai ou não vai
Que eu vou ou não vou
Seja como for
Com voce, sem voce
Com voce, sem voce
A gente tem é que crescer
V.029.Voce Faz a Moda - Guilherme Arantes
Eu não sei como acontece
A gente muda a gente cresce
Qualquer hora é hora
Baby não demora se revelar
Eu andava a sua procura
Incapaz de te inventar
Mas qualquer hora é hora
Põe tudo pra fora
Eu quero escutar
E qual será
Sua fantasia
O seu tom de pele
É pura poesia
Cor
Pintando na cidade
Ô o o
Você faz a moda
Só da você
Passe a moda
Fique nua
Na janela passa a lua
Qualquer hora é hora
Baby não demora
Se revelar
V.028.Voce não Entende Nada - Caetano Veloso
Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Com lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz a coca-cola eu tomo
Você bota a mesa eu como
Você não está entendendo
Quase nada do que eu digo
Eu quero ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu como, eu fumo, eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero é tocar fogo nesse apartamento
Você não acredita
Traz meu café com sulla eu tomo
Bota a sobremesa eu como
Eu como, eu como, eu como, eu como
Você tem que saber que eu quero correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo ...
V.027.Vida Real - Nelson Motta
Quem sabe assim
Você vai aprender que amar
Não é brincar de amor
E sofrer
Faz parte do querer
Mais uma vez
Você só quis amar a você
E agora compreende porque
Amar é perigoso demais
A vida ensina
Que não se aprende a viver
Senão vivendo
Entre o não e o sim
Agora chora
E a quem querias
Não te ama e foi embora
Seca tuas lágrimas
E olha pra mim
Me diz o que é que eu posso dizer
Se é noite em nossa vida real
Ou sonho que não teve final
V.026.Vale do Rio Vermelho - Adap: Ariowaldo Pires
Se você meu amor vai embora
Vai também como você a alegria
E o vaqueiro que muito adora
Sem você só terá melancolia
Nem as flores terão mais beleza
Nem a luz terá mais encanto
Sem você só haverá tristeza
E o sonho transforma-se em pranto
Ô li lei, Ô li lei...
Sentirei a dor da saudade
Da lagoa que lembra um espellho
Sem você não haverá felicidade
Neste vale do rio vermelho
Ô li lei, Ô li lei...
V.025.Valsa Brasileira - Edú Lobo/Chico Buarque
Vivia a te buscar
Porque pensava em ti
Corria contra o tempo
Eu descartava os dias
Em que não te vi
Como de um filme
A ação que não valeu
Rodada as horas para trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Prá encostar no teu
Subia na montanha
Não como anda um corpo
Mas um sentimento
Eu surpreendia o sol
Antes do sol raiar
Saltava as noites
Sem me refazer
E pela porta de trás
Da casa vazia
Eu ingressarla
Eu te veria
Confusa por me ver
Chegando assim
Mil dias antes de te conhecer
Marcadores:
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Edú Lobo,
Letra V
V.024.Vem em Ver - Marquinhos Michel
As vezes eu fico calado
Sonhando acordado
Pensando em voce
Encontro com a realidade
Cheio de saudade
Querendo te ver
Me aperte em seu peito
Me ame de um jeito
Que eu não consiga esquecer
Me de novamente o prazer de sentir
Te quero, te adoro mulher
Vêm, vem me ver... Vem me...amor
Coração tá partido
Um pedaço comigo outro você levou
Me faz de capacho
Me tira do sério
Me ame o quanto puder
Me deixe escalar o seu corpo
Me engane que eu gosto
Faz o que quiser
Me aperte em seu peito
Me ame de um jeito
Que eu não consiga esquecer
Me de novamente o prazer de sentir
Te quero, te adoro mulher
V.023.Valsa dos Namorados - Silvino Neto
Valsa do amor
Valsa da felicidade
Valsa do adeus
Valsa da saudade
Um milhão de valsas
Embalando os bem-amados
Valsa do amor
Valsa dos namorados
Pelos salões, pelos prados em flor
Mil namorados em busca de amor
Entre mil beijos sorrindo ouvirão
Em todos os cantos, esta canção
Aos namorados pertence o luar
Noite da lua convida a sonhar
Aos namorados pertence o além
E esta valsa...também
V.022.Vai Lá Mané - Bell/Wadinho
Pensava na moça
De noite e de dia
Não sabia o que fazer
E quando na praia
A gata ele via
Não parava de tremer
Bebeu o que pode
E o que tinha direito
Pra acabar com a timidez
Mas nem a cachaça
De nada deu jeito
Mané tá pirando de uma vez
Todo mundo fala
Vai lá, vai lá, Mané
Todo mundo fala
Vai lá, vai lá, Mané
Todo mundo fala
Vai lá, vai lá, Mané
E agora ela estica daqui
E pega no pé
Mané perguntou
Pro seu pai-de-santo
Como agarrar essa mulher
Não existe feitiço
Com força pra tanto
Só cara, coragem e fé
Todo mundo fala
Vai lá, vai lá, Mané
Todo mundo fala
Vai lá, vai lá, Mané
Todo mundo fala
Vai lá, vai lá, Mané
E agora ela estica daqui
E pega no pé
V.021.Velhor Arvoredo - Hélio Delmiro/Paulo Cear Pinheiro
Eu te esqueci muito cedo
Pelo tempo que passou
Tal como um velho arvoredo
Que o vento não derrubou
Tronco mudado em rochedo
Pedra transformada em flor
Eu fui ficando sozinha
No pé do caminho me desenganando
Sofrendo e chorando
E mantendo em segredo essa minha ilusão
Que me escapou de entre os dedos
Prá não sei que outras mãos
Eu me tornei o arremedo
De tudo aquilo que eu não sou
Mas eu jamais retrocedo
O que passou, passou
Já superei
Mas só eu sei
O mesmo jamais eu serei
Feito a madeira ao machado inclinando
Eu por fora estou cicatrizado
E por dentro sangrando, afastada do medo
Mas sozinha sou como um velho arvoredo
Que não serve ao tempo
Nem ao lenhador
Que o vento abandonou
V.020.Violões em Serenata - Newton Teixeira/Alvarenga/Ranchinho
Um violão em seresta, a luz de um luar
A natureza em festa, tudo parece cantar...
Só eu tristonho na rua, sozinho, sem ninguém...
Vivo cantando pra lua a canção que é só tua, meu querido bem
E tu não vens, não vens escutar, o teu cantor cantar
esta canção que eu mesmo fiz, por ser assim infeliz
V.019.Velho Realejo - Custódio Mesquita/Sadi Cabral
Naquele bairro afastado
Onde em crianca vivi
A remoer melodias
De uma ternura sem par,
Passava todas as tardes
Um realejo risonho...
Passava como num sonho
O realejo a cantar...
Depois tu partiste
Ficou triste
A rua deserta;
Na tarde fria e calma
Ouço ainda o realejo a tocar.
Ficou a saudade
Comigo a morar...
Tu cantas alegre e o realejo
Parece que chora
Com pena de ti.
V.018.Volta Por Cima - Paulo Vanzolini
Chorei, não procurei esconder,
todos viram fingiram,
pena de mim não precisava.
Ali, onde eu chorei,
qualquer um chorava,
dar a volta por cima que eu dei,
quero ver quem dava.
Chorei, não procurei esconder,
todos viram fingiram,
pena de mim não precisava.
Ali, onde eu chorei,
qualquer um chorava,
dar a volta por cima que eu dei,
quero ver quem dava.
Um homem de moral não fica no chão,
nem quer que a mulher lhe venha dar a mão.
Reconhece a queda e não desanima,
levanta, sacode a poeira
e dá a volta por cima.
Levanta, sacode a poeira
e dá a volta por cima.
V.017.Vozes D'Africa - Ivor Lancellotti/Paulo Cesar Pinheiro
Os negros
Chegaram de além mar
Jogado nos frios dos porões
Dos barcos, que vinham pra mercar
Escravos, pro chão das plantações
Senhores
Passaram a deitar
Com as negras
No branco dos colchões
E as brancas
Puderam saciar
Com os negros, desejos e paixões
Foram reis e súditos
Através dos séculos
Misturando os hábitos
Emoções e ritmos
Foram sangue e lágrimas
A escorrer das vítimas
E hoje a nossa música
São as vezes d´Africa
V.016.Vento Forte - Fagner/Fausto Nilo
Vento forte
O amor pode ser
É loucura demais
Que me faz te querer, demais
É vento forte
Prevalece o mais raro prazer
Que faz crer, na ventura, na sórte
Mas talvez quando eu venha sofrer
Este amor pode ser
Tão profundo, um corte
Mas se um dia
Esta porta bater
E você for no vento ou sei lá,
Não precisa dizer
Coração me aperta feliz, e me diz
Vou dormir com voce
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