quinta-feira, 27 de junho de 2013

A.100.Acorda Amor - Julinho da Adelaide/Leonel Paiva


Acorda amor
Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão

Acorda amor
Não é mais pesadelo nada
Tem gente já no vão de escada
Fazendo confusão, que aflição
São os homens
E eu aqui parado de pijama
Eu não gosto de passar vexame
Chame, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão

Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer

Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão)

A.099.Até Pensei - Chico Buarque

Junto à minha rua havia um bosque Que um muro alto proibia Lá todo balão caia, toda maçã nascia E o dono do bosque nem via Do lado de lá tanta aventura E eu a espreitar na noite escura A dedilhar essa modinha A felicidade morava tão vizinha Que, de tolo, até pensei que fosse minha Junto a mim morava a minha amada Com olhos claros como o dia Lá o meu olhar vivia De sonho e fantasia E a dona dos olhos nem via Do lado de lá tanta ventura E eu a esperar pela ternura Que a enganar nunca me vinha Eu andava pobre, tão pobre de carinho Que, de tolo, até pensei que fosses minha Toda a dor da vida me ensinou essa modinha

A.098.Angélica - Miltinho/Chico Buarque

Quem é essa mulher Que canta sempre esse estribilho? Só queria embalar meu filho Que mora na escuridão do mar Quem é essa mulher Que canta sempre esse lamento? Só queria lembrar o tormento Que fez meu filho suspirar Quem é essa mulher Que canta sempre o mesmo arranjo? Só queria agasalhar meu anjo E deixar seu corpo descansar Quem é essa mulher Que canta como dobra um sino? Queria cantar por meu menino Que ele já não pode mais cantar Quem é essa mulher Que canta sempre esse estribilho? Só queria embalar meu filho Que mora na escuridão do mar

A.097.A Galinha - Luis Henrique/Chico Buarque

Todo ovo Que eu choco Me toco De novo Todo ovo É a cara É a clara Do vovô Mas fiquei Bloqueada E agora De noite Só sonho Gemada A escassa produção Alarma o patrão As galinhas sérias Jamais tiram férias Estás velha, te perdôo Tu ficas na granja Em forma de canja Ah!!! é esse o meu troco Por anos de choco??? Dei-lhe uma bicada E fugi, chocada Quero cantar Na ronda Na crista Da onda Pois um bico a mais Só faz mais feliz A grande gaiola Do meu país

A.096.A Televisão - Chico Buarque

O homem da rua Fica só por teimosia Não encontra companhia Mas pra casa não vai não Em casa a roda Já mudou, que a moda muda A roda é triste, a roda é muda Em volta lá da televisão No céu a lua Surge grande e muito prosa Dá uma volta graciosa Pra chamar as atenções O homem da rua Que da lua está distante Por ser nego bem falante Fala só com seus botões O homem da rua Com seu tamborim calado Já pode esperar sentado Sua escola não vem não A sua gente Está aprendendo humildemente Um batuque diferente Que vem lá da televisão No céu a lua Que não estava no programa Cheia e nua, chega e chama Pra mostrar evouções O homem da rua Não percebe o seu chamego E por falta doutro nego Samba só com seus botões

A.095.A Rita - Chico Buarque

A Rita levou meu sorriso No sorriso dela Meu assunto Levou junto com ela O que me é de direito E Arrancou-me do peito E tem mais Levou seu retrato, seu trapo, seu prato Que papel! Uma imagem de são Francisco E um bom disco de Noel A Rita matou nosso amor De vingança Nem herança deixou Não levou um tostão Porque não tinha não Mas causou perdas e danos Levou os meus planos Meus pobres enganos Os meus vinte anos O meu coração E além de tudo Me deixou mudo Um violão

A.094.Alfômega - Gilberto Gil

O analfansgabetismo Somatopicopneumático Que também significa Que eu não sei de nada sobre a morte Que também significa Tanto faz no sul como no norte Que também significa Deus é quem decide a minha sorte

A.093.Azedo e Mascavo - Celso Adolfo

É um beco estreito onde eu vou passar com a minha paixão a ferramenta é minha mão Eu choro e canto eu sou bravo eu sou azedo e mascavo eu tô na cruz, eu sou cravo Eu lavo a terra do chão tem um joá no meu chão eu como aqui desse chão Rimo no mesmo "tão" alegria com violão esperança, trabalho e mão Você já viu meu retrato eu sou matuto e mato se gato voa eu sou gato E eu sou brasa e vulcão e eu sou luz de vulcão não te falei disso não Eu faço é fogo na vida eu caço é o fogo da vida eu teço é o fogo e a vida Eu canto em primeira e terça quarta, quinta, na sexta eu trago a minha canção Rimo no mesmo "tão" alegria com violão esperança, trabalho e mão Você já viu meu retrato eu sou matuto e mato se gato voa eu sou gato

A.092.Ave Cigana - Zé Américo/Salgado Maranhão

Ave de sertão eu sei que sou A terra me acompanha aonde vou Dolente no meu jeito de cantar E de viver, seguindo Ave de arribação Asa de beija-flor Meu coração assim cigano Por onde passa o dia e passa a noite E passa a canção Passa um solar Ah! Tanto luar sem fim Pontas de recordação Já cantei o sol, no cimento da cidade. Já vivi tão só, o lamento da saudade Mas minha canção é retirante É feito vagalume pelo ar Brilhando em toda parte Em cada olhar Em qualquer sertão Em qualquer coração

A.091.Ave Maria do Sertão - Agnaldo Rayol

Quando a tarde declina, veste a campina seu manto de prata; Tudo é beleza, sorri a natureza no verde da mata; Canta a passarada na beira da estrada em doce harmonia; São gorgeios de prece, como quem oferece à Virgem Maria: Ave-Maria do meu sertão! Dai paz e amor pro meu coração. Ave-Maria do meu sertão! Dai paz e amor pro meu coração. Acordes divinos tangem os sinos na capelinha; Violas, violões soluçam paixões numa tendinha; Regressa da roça pra sua palhoça, de pé no chão, A cabocla bonita roga a paz infinita em sua oração: Ave-Maria do meu sertão! Dai paz e amor pro meu coração. Ave-Maria do meu sertão! Dai paz e amor Pro meu coração.

A.090.Ave Maria do Morro - Herivelto Martins

Barracão de zinco Sem telhado, sem pintura Lá no morro Barracão é bangalô Lá não existe Felicidade de arranha-céu Pois quem mora lá no morro Já vive pertinho do céu Tem alvorada, tem passarada Alvorecer Sinfonia de pardais Anunciando o anoitecer E o morro inteiro no fim do dia Reza uma prece Ave Maria Ave Maria... Ave E o morro inteiro no fim do dia Reza uma prece Ave Maria Ave Maria...Ave E quando o morro escurece Elevo a Deus uma prece Ave Maria E quando o morro escurece Elevo a Deus uma prece Ave Maria

A.089.Ave Maria - Erothildes Campos

Cai a tarde tristonha e serena, em macio e suave langor, Despertando no meu coração a saudade do primeiro amor! Um gemido se esvai lá no espaço, nesta hora de lenta agonia Quando o sino saudoso murmura badaladas da "Ave Maria" Sino que tange com mágoa dorida, recordando sonhos da aurora da vida Dai-me ao coração paz e harmonia, na prece da "Ave Maria" Cai a tarde tristonha... (repetir a 1ª estrofe ) No alto do campanário uma cruz simboliza o passado De um amor que já morreu, deixando um coração amargurado Lá no infinito azulado uma estrela formosa irradia A mensagem do meu passado quando o sino tange "Ave Maria"

A.088.Atlântida - Ivan Lins/Celso Viafora

Na praia da tua pele na orla do teu domingo eu brinco de navegar e você flutua comigo Que mares serão aqueles? Mergulho e me desmilingüo Marolas dentro de ti são as ondas do Havaí Dentro de ti ao me afogar eu descobri Atlântida Perto de ti não vou dormir pra não sonhar com outra vida Na ilha dos teus amores aonde nasce o arco-íris jamais anoitecerá Tudo somos nós e o mar

A.087.Atrevida - Ivan Lins

Estou mais atrevida Mordaz e ferina Estou cheia de vida Sagaz e ladina Já não sou mais a mesma Respiro outros ares Navego outros mares São tantos olhares Convites, sorrisos Eu gosto, eu preciso, pois é... Que ficou impossível não ver Mudei de você Por isso me esqueça... Virei a cabeça Nas noites mal dormidas Rezava seu nome Olhava na janela Chorava seu nome Mexia em sua roupa Gemia seu nome Morria de sede Subia as paredes Me amava sozinha Você não me vinha, pois é... Que ficou impossível não ver Mudei de você Já não me inicia Já não me arrepia Estou mais atrevida To cheia de vida Você não me provoca Nem quando me toca Agora eu tenho é fome De homem que seja feliz

A.086.Atire a Primeira Pedra - Ataulfo Alves/Mário Lago

Covarde sei que me podem chamar Porque não calo no peito dessa dor Atire a primeira pedra, ai, ai, ai Aquele que não sofreu por amor Eu sei que vão censurar O meu proceder Eu sei, mulher, Que você mesma vai dizer Que eu voltei pra me humilhar É, mas não faz mal Você pode até sorrir Perdão foi feito pra gente pedir

A.085.Até o Fim - Chico Buarque

Quando nasci veio um anjo safado O chato do querubim E decretou que eu estava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim "inda" garoto deixei de ir à escola Cassaram meu boletim Não sou ladrão , eu não sou bom de bola Nem posso ouvir clarim Um bom futuro é o que jamais me esperou Mas vou até o fim Eu bem que tenho ensaiado um progresso Virei cantor de festim Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso Em quixeramobim Não sei como o maracatu começou Mas vou até o fim Por conta de umas questões paralelas Quebraram meu bandolim Não querem mais ouvir as minhas mazelas E a minha voz chinfrim Criei barriga, a minha mula empacou Mas vou até o fim Não tem cigarro acabou minha renda Deu praga no meu capim Minha mulher fugiu com o dono da venda O que será de mim ? Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou Mas vou até o fim Como já disse era um anjo safado O chato dum querubim Que decretou que eu estava predestinado A ser todo ruim Já de saída a minha estrada entortou

A.084.Atrás da Porta - Chico Buarque

Quando olhaste bem nos olhos meus E o teu olhar era de adeus Juro que não acreditei, eu te estranhei Me debrucei sobre teu corpo e duvidei E me arrastei e te arranhei E me agarrei nos teus cabelos Nos teus pelos, teu pijama Nos teus pés ao pé da cama Sem carinho, sem coberta No tapete atrás da porta Reclamei baixinho Dei pra maldizer o nosso lar Pra sujar teu nome, te humilhar E me vingar a qualquer preço Te adorando pelo avesso Pra mostrar que ainda sou tua

A.083.Atrás do Trio Elétrico - Caetano Veloso



ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO
SÓ NÃO VAI QUEM JÁ MORREU
QUEM JÁ BOTOU PRA RACHAR
APRENDEU, QUE É DO OUTRO LADO
DO LADO DE LÁ DO LADO
QUE É LÁ DO LADO DE LÁ

O SOL É SEU
O SOM É MEU
QUERO MORRER
QUERO MORRER JÁ

O SOM É SEU
O SOL É MEU
QUERO VIVER
QUERO VIVER LÁ

NEM QUERO SABER SE O DIABO
NASCEU, FOI NA BAHI ...
FOI NA BAHIA
O TRIO ELÉTRICO
O SOL ROMPEU
NO MEIO-DIA
NO MEIO-DIA

A.082.Atiraste uma Pedra - Herivelto Martins/David Nasser

Atiraste uma pedra no peito de quem só te fez tanto bem E quebraste um telhado, perdeste um abrigo Feriste um amigo Conseguiste magoar quem das mágoas te livrou Atiraste uma pedra com as mãos que essa boca Tantas vezes beijou Quebraste um telhado Que nas noites de frio te servia de abrigo Perdeste um amigo que os teus erros não viu E o teu pranto enxugou Mas acima de tudo atiraste uma pedra Turvando esta água Esta água que um dia, por estranha ironia Tua sede matou Atiraste uma pedra no peito de quem Só te fez tanto bem

A.081.Assum Preto - Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga

Tudo em vorta é só beleza Sol de Abril e a mata em frô Mas Assum Preto, cego dos óio Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis) Tarvez por ignorança Ou mardade das pió Furaro os óio do Assum Preto Pra ele assim, ai, cantá de mió (bis) Assum Preto veve sorto Mas num pode avuá Mil vez a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis) Assum Preto, o meu cantar É tão triste como o teu Também roubaro o meu amor Que era a luz, ai, dos óios meus Também roubaro o meu amor Que era a luz, ai, dos óios meus.

A.080.Asa Branca - Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga

Quando olhei a terra ardendo Qua fogueira de São João Eu preguntei a Deus do céu, uai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de prantação Por farta d'água perdi meu gado Moreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão "Intonce" eu disse a deus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Para eu voltar pro meu sertão Quando o verde dos teus oio Se espalhar na prantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração

A.079.Asas - Fagner/Abel Silva

O que este punhal tem de ave Sao as asas da imaginação A dor voa mas volta sempre E pousa no meu coração O que este punhal tem de ave ... Voa gaivota leve, voa breve Que o mar tem a alma secreta Que guarda a carne dos peixes E a solidão do poeta Voa gaivota ...

A.078.As Pastorinhas - Noel Rosa/João de Barro

A estrela d'alva no céu desponta E a lua anda tonta com tamanho esplendor E as pastorinhas pra consolo da lua Vão cantando na rua lindos versos de amor Linda pastora morena da cor de madalena Tu não tens pena de mim Que vivo tonto com o teu olhar Linda criança tu não me sais da lembrança Meu coração não se cansa De sempre sempre te amar

A.077.As vezes com quem eu amo - Marina Lima/Antonio Cícero

Às vezes com quem amo Fico com raiva e reclamo Pensando não ter retorno O amor sem fim que entorno No entanto sempre retorna Desta ou daquela forma O amor que a gente derrama Quando é verdade que ama Amei com paixão alguém E perdi ilusões Mas hoje esse amor revem E dele é que faço canções

A.076.As Várias Pontas de uma Estrela - Milton Nascimento/Caetano Veloso

Estrela de cinco pontas Cinco estrelas no cruzeiro Trilhões de estrelas no céu Três pontas mil corações E o menino brasileiro Com os olhos duas contas Atravessa o imenso véu De brilhos e escuridões Que Deus segue esse menino Que deuses o seguirão Meu verso de sete patas Notas desta melodia Quem me ensina essa lição Quem me explica esse destino Que grito dentro das matas Agora responderia Não sei mas ando com ele Às vezes voamos juntos Pedras superpreciosas De aves nas alturas tontas Tocamos vários assuntos Às vezes roço-lhe a pele E somos estrelas rosas Três, quatro, cinco mil pontas Pontas, pontas, pontas

A.075.As Rosas Não Falam - Cartola



Am Am/G
Bate outra vez

F5-/6
Com esperanças o meu coração

B7/D# B7 E7 Am E7/B
Pois já vai terminando o verão enfim

Am Am/G
Volto ao jardim

B7
Com a certeza que devo chorar

F5-/6 E7 Am A7
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Dm6 Bm5-/7
Queixo-me às rosas, mas que bobagem

Am Am/G
As rosas não falam


Simplesmente as rosas exalam
E7
O perfume que roubam de ti

Am Am/G
Devias vir
F5-/6
Para ver os meus olhos tristonhos

B7/D# B7 E7
E, quem sabe, sonhava meus sonhos
Am
Por fim

A.074.Arranha Céu - Orestes Barbosa/Sílvio Caldas

Cansei de esperar por ela Toda noite na janela Vendo a cidade a luzir Nestes delírios nervosos Dos anúncios luminosos Que são a vida a nos rir E cada vez que subia O elevador não trazia Essa mulher, maldição E quando lembro Gemia o elevador e descia Fundia o meu coração Cansei de olhar as reclames E disse ao peito não ame Que o teu amor não te quer Descansa, feche a vidraça Esquece aquela desgraça Esquece aquela mulher Deitei então sobre o peito Vieste em sonho ao meu leito E eu acordei, que aflição Pensando que te abraçava Alucinado apertava Eu mesmo meu coração

A.073.A Lua é Camarada - Armando Cavalcante/Klecius Caldas

A noite é linda Nos braços teus É cedo ainda Pra dizer adeus Vem, Não deixes pra depois, depois Vem, Que a noite é de nós dois, nós dois Vem, Que a lua é camarada Em teus braços quero ver O sol nascer.

A.072.Arara - Lulu Santos

Faço o que quiser de mim Eu sempre quis que fosse assim Eu não quero me pertencer Eu quero ser dos outros, dos outros Me explica tim tim por tim tim Se faz assado ou faz assim Me dá de comer, beber Depois me põe na cama, na cama Mas baby não se adiante Aos meus desejos Nunca se atrase pro próximo beijo Não me reprima Não me azucrine Não me aluga Senão posso ficar uma arara Uma arara, uma arara.

A.071.Aqueles Olhos Verdes - Nilo Menedez

Aqueles olhos verdes Translúcidos serenos Parecem dois amenos Pedaços do luar Mas têm a miragem Profunda do oceano E trazem todo o engano Das procelas do mar Aqueles olhos verdes Que inspiram tanta calma Entraram em minh'alma Encheram-na de dor Aqueles olhos tristes Pegaram-me tristeza Deixando-me a crueza De tão infeliz amor Aqueles olhos verdes Que inspiram tanta calma Entraram em minh'alma Encheram-na de dor Aqueles olhos tristes Pegaram-me tristeza Deixando-me a crueza De tão infeliz amor

A.070.Azul - Diana Pequeno

Azul, é a chuva quando cai E você vai Nada me atrai O mar, vai e vem e nada vem Nem teu olhar Teu amor Vem me olhar Vem me amar Vem molhar O meu olhar Vem me dar O mar Azul, é a lua quando sai Pra iluminar A escuridão No ar, vejo toda a solidão De ver você Ir sem mim Vem me olhar Vem me amar Vem molhar O meu olhar Vem me dar O mar Tudo o que você fizer Faça pensando em mim E quando você vier, Eu vou estar aqui... (bis)

A.069.Aquarela do Brasil - Ary Barroso

Brasil, meu Brasil Brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos Ô Brasil, samba que dá Bamboleio, que faz gingar Ô Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil, Brasil, prá mim, prá mim... Ô abre a cortina do passado Tira a mãe preta do serrado Bota o rei congo no congado Deixa cantar de novo o trovador A merencória a luz da lua Toda canção do meu amor... Quero ver essa Dona caminhando Pelos salões arrastando O seu vestido rendado Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim! Brasil, terra boa e gostosa Da moreninha sestrosa De olhar indiferente Ô Brasil, verde que dá Para o mundo admirá Ô Brasil, do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil,...Brasil! prá mim!... prá mim Esse coqueiro que dá coco Oi onde eu amarro a minha rede Nas noites claras de luar, Brasil... Brasil, Ô oi estas fontes murmurantes Oi onde eu mato a minha sede E onde a lua vem brincar Ôi, esse Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil Brasileiro Terra de samba e pandeiro, Brasil!... Brasil!

A.068.Apaixonou - Maury Yeston

Ninguem mais decifrou No teu rosto O que mais importou para mim Sabemos bem Ninguém deu conta do momento Viu o sentimento que nos arrastou Quem de nós não sonhou Acordado Ao chegar todo amor faz Faz assim Sabemos bem Quase ninguem Entende o amor ao chegar Quando vê o coração partiu em dois Chegou na hora certa apaixonou Alguém que tem medo de amar Não tem vez ao teu lado Talvez seja próprio do amor O sonhar acordado Tanto faz a estação sem teus olhos O verão para mim era blue Até a certa hora nada era real Chegou na hora certa apaixonou

A.067.Apesar de Voce - Chico Buarque

Hoje você é quem manda Falou, tá falado Não tem discussão, não. A minha gente hoje anda Falando de lado e olhando pro chão. Viu? Você que inventou esse Estado Inventou de inventar Toda escuridão Você que inventou o pecado Esqueceu-se de inventar o perdão. (Coro) Apesar de você amanhã há de ser outro dia. Eu pergunto a você onde vai se esconder Da enorme euforia? Como vai proibir Quando o galo insistir em cantar? Água nova brotando E a gente se amando sem parar. Quando chegar o momento Esse meu sofrimento Vou cobrar com juros. Juro! Todo esse amor reprimido, Esse grito contido, Esse samba no escuro. Você que inventou a tristeza Ora tenha a fineza de “desinventar”. Você vai pagar, e é dobrado, Cada lágrima rolada Nesse meu penar. (Coro2) Apesar de você Amanhã há de ser outro dia. Ainda pago pra ver O jardim florescer Qual você não queria. Você vai se amargar Vendo o dia raiar Sem lhe pedir licença. E eu vou morrer de rir E esse dia há de vir antes do que você pensa. Apesar de você (Coro3)Apesar de você Amanhã há de ser outro dia. Você vai ter que ver A manhã renascer E esbanjar poesia. Como vai se explicar Vendo o céu clarear, de repente, Impunemente? Como vai abafar Nosso coro a cantar, Na sua frente. Apesar de você (Coro4)Apesar de você Amanhã há de ser outro dia. Você vai se dar mal, etc e tal, La, laiá, la laiá, la laiá…….

A.066.Apelo - Baden Powell/Vinicius de Moraes

Ah, meu amor não vais embora Vê a vida como chora, vê que triste esta canção Não, eu te peço, não te ausentes Pois a dor que agora sentes, só se esquece no perdão Ah, minha amada me perdoa Pois embora ainda te doa a tristeza que causei Eu te suplico não destruas tantas coisas que são tuas Por um mal que eu já paguei Ah, minha amada, se soubesses Da tristeza que há nas preces Que a chorar te faço eu Se tu soubesses num momento todo arrependimento Como tudo entristeceu Se tu soubesses como é triste Perceber que tu partiste Sem sequer dizer adeus Ah, meu amor tu voltarias E de novo cairias A chorar nos braços meus (falado por Vinícius de Moraes) De repente do riso fez-se o pranto, silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espaumadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento, Que dos olhos desfez a última chama, E da paixão fez-se o presentimento, E do momento imóvel fez-se o drama. De repente não mais que de repente, Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho que se fez contente. Fez-se do amigo próximo, o distante, Fez-se da vida uma aventura errante, De repente não mais que de repente.

A.065.Aos pés da Santa Cruz - Marino Pinto/José Gonçalves

Aos pés da santa cruz Você se ajoelhou Em nome de Jesus Um grande amor você jurou Jurou mais não cumpriu Fingiu e me enganou Pra mim você mentiu Pra Deus você Pecou O coração tem razões Que a própria razão desconhece Faz promessas e juras Depois esquece Seguindo este princípio Você também prometeu Chegou até a jurar Um grande amor Mas depois esqueceu Pó,...pó,...pó,...pó Pó,...pó,...pó,...pó Pó,...pó,...pó,...pó Pó,...pó,...pó

A.064.Animã - José Renato/Milton Nascimento


Lapidar minha procura toda trama
Lapidar o que o coração com toda inspiração
Achou de nomear gritando... alma
Recriar cada momento belo já vivido e mais,
Atravessar fronteiras do amanhecer,
E ao entardecer olhar com calma e então

Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Casa cheia de coragem, vida tira a mancha que há no meu ser
Te quero ver, te quero ser
Alma


Viajar nessa procura toda
de me lapidar nesse momento agora
De me recriar, de me gratificar de custo alma, eu sei
Casa aberta onde mora o mestre, o mago da luz,
onde se encontra o templo

Que inventa a cor animará o amor onde se esquece a paz
Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Casa cheia de coragem, vida todo afeto que há no meu ser
Te quero ver, te quero ser
Alma.

A.063.Amei Demais - Michael Sillivan

Amei demais. Como pude me entregar assim? Já cansei de saber Que você não tem jeito, Mas com fogo brinquei, Te queria e daí? Amei demais. Como pude esquecer de mim? E apesar de você Quase durmo direito, Posso até suportar Essa falta de ti. Já tentei todas as rezas Pra tirar você de mim. Já fiz todas as promessas Pra não mais gostar assim, Mas é coisa do destino, É coisa feita, não tem jeito Esse desejo de você. Sou alguém Que acredita que você pode mudar, Mas não me entrego Se você não se entregar; Já fiz isso uma vez, Não quero mais me arrepender. Pense bem, Diz a razão, não vale a pena se enganar, E o coração me pede Pra te procurar, Tá doendo de saudade... Diz pra mim o que fazer. Amei demais. Quero ver quem vai te amar assim. Ninguém pode te dar um amor desse jeito. Você pode tentar, mas não vai conseguir.

A.062.Amor nas Estrelas - Carvalho/Fausto Nilo

No alto de uma montanha existe um lago azul É lá que a lua se banha Até amanhã de manhã me banha de luz A solidão é um Saara que o firmamento seduz E o céu brilha na Guanabara E sonha só fascinação Teu olhar me diz Vejo a lua dizendo pro sol: eu sou tua namorada Em meu quarto crescente é você quem brilha e me reluz Se você vai iluminar o Japão eu fico abandonada Num pedaço qualquer de canção na voz dessa mulher E o sol derrama um desejo do céu nessa cama azul Um mel na tua boca e eu te beijo Até amanhã de manhã, me banha de luz! E o sol derrama um desejo...

A.061.Amor Eterno - Tadeu Nathias/Ana Amélia


De almas sinceras, à união sincera
Nada há que impeça, amor, não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor
Amor é marco eterno, dominante
Que encara a tempestade com bravura
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora lá na altura
Amor não teme o tempo muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade
Amor não se transforma de hora em hora
Muito antes se afirma para a eternidade
Se isto é falso
E que é falso alguém provou
Eu não sou poeta
E nunca ninguém amou.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A.060.Amor Amigo - Milton Nascimento/Fernando Brant

Que eu vou dizer, você nunca ouviu de mim Pois minha timidez não me deixou falar por muito tempo Para mim você é a luz que revela os poemas que fiz Quem conhece da terra e do sol Muito sabe os mistérios do mar O que eu vou dizer, você nunca ouviu de mim Pois quieto que sou só sabia sangrar, sangrar cantando Quantas vezes eu quis me abrir e beijar e abraçar com paixão, mas as palavras que devia usar fugiam de mim recolhidas na minha prisão (Mas) O que eu vou dizer, você nunca ouviu de mim Pois minha solidão foi não falar, mostrar vivendo. Quantas vezes eu quis me abrir e as portas do meu coração sempre pediam Seu amor é meu sol e sem ele eu não saberia viver

A.059.Amor e Paixão - Milton Nascimento

O amor é mestre na arte de iludir Armadilhas arma pra quem sonha ser feliz O amor adora brincar, ele adora fingir O amor, que mora na rua do coração Tem uma vizinha de quarto, é a paixão É bom saber nessa casa Onde andar, onde estar, quem seguir Pois o amor se esconde atrás de uma canção E quem aparece pra gente é a paixão A prixão é o lado nervoso do amor A paixão que beija é a mesma que nos vai cuspir A paixão é boca sedenta que quer tudo para si É fogo do prazer É brasa do sofrer Mas amor que é mestre se torna um aprendiz Com a paixão se envolve e agora se diz feliz Assim a história tem esse final. Com amor e paixão É que a gente Vai ser feliz.

A.058.Amor Explícito - Nico Resende/Paulinho Resende

Cada vez mais acredito no nosso amor um amor explícito sem pudor Parecemos dois, mas vistos a olho nu Nós muitas vezes somos um Acreditei meu amor, só quem ama é rei Como você se encaixa em mim Eu sinto firmeza quebrando qualquer tabu O nosso amor não vai ser blue Eu vou sempre te curtir repetindo "I love you" Com você, por que não ser clichê Se tantas vezes somos um Acreditei meu amor, só ama é rei Como você se encaixa em mim Eu sinto firmeza quebrando qualquer tabu O nosso amor não vai ser blue Eu vou sempre te curtir repetindo "I love you" Com você por que não ser clichê se tantas vezes somos um Eu sinto firmeza quebrando qualquer tabu o nosso amor não vai ser blue Eu vou sempre te curtir repetindo "I love you" Com você, por que não ser clichê se tantas vezes somos um Nós tantas vezes fomos um Nós tantas vezes somos um

A.057.Amor amor - Gabriel Ruiz

Amor, amor, amor nasceu de mim, nasceu de ti nasceu num beijo Amor, amor, amor nasceu de Deus, nos olhos teus o amor eu vejo Saber que teus lábios se enlinharan nos meus trazendo a palavra mensageira do amor Saber que meus lábios se perderam nos teus na chama do beijo em que nasceu nosso amor

A.056.Amor a Natureza - Paulinho da Viola

(o Grêmio Recreativo Escola de Samba cenário de tristeza apresenta seu enredo para inverno e a primavera de 1975: "Amor à Natureza") Reliquia do folclore nacional Jóia rara que apresento Nesta paissagem que me vejo No centro da paixão e do tormento Sem nenhuma ilusão Neste cenário de tristeza Relembro momentos de real bravura Dos que lutam com ardor Em nome do amor à natureza Cinzentas nuvens de fumaça Umedecendo os meus olhos De aflição e de cansaço Imensos blocos de concreto Ocupando todos os espaços Daquela que já foi a mais bela cidade Que o mundo inteiro consagrou Com suas praias tão lindas Tão cheias de graça de sonho e de amor Flutua no ar o desprezo Desconsiderando a razão Que o homem não sabe se vai encontrar Um jeito de dar Um jeito na situação Uma semente atirada num solo tão fértil Não deve morrer é sempre uma nova esperança Que a gente alimenta de sobreviver Relíquia...

A.055.Amo-te Muito - João Chaves

Amo-te muito, como as flores amam O frio orvalho que o infinito chora. Amo-te como o sabiá da praia Ama a sangüínea e deslumbrante aurora. Oh! Não te esqueças que te amo assim. Oh! Não te esqueças nunca mais de mim. Amo-te muito como a onda à praia e a praia à onda, que a vem beijar... Amo-te tanto como a branca pérola Ama as entranhas do infinito mar. Amo-te muito, como a brisa aos campos e o bardo à lua derramando luz. Amo-te tanto quanto amo o gozo e Cristo amou ardentemente a cruz.

A.054.Amor Crioulo - Ronaldo Mata

Ai, essa trama me enlouquece Transparece que parece Já me custou tanta lágrima sentida Eu nunca fui mais do que sua Semiposta, seminua, pela rua, pela rua Não, não me pegue, não me negue Não me entregue, não me esfregue Me esquece por favor Não me esquece Eu nunca fui mais do que pura Mas quem me quer não me quer impura Que tortura, que tortura Nada se apagou em mim Mas preciso acreditar por bem Me acostumar Com as torturas desse fim Que é pecado pelo não e pelo sim Ninguém pode me ocultar A floresta entristecida Ninguém pode me beijar Doce pele adormecida Só a luz do seu encanto Os lábios desse espanto Esse amor Que me enfeitiçou Que desencantou nossos rebentos Nossos planos, nossos tempos Nosso amor Imenso amor

A.053.Amor com Café - Cecéu

Se você quiser o meu amor Tem que ser assim Agarradinho, escondidinho Bem bonitinho Somente pra mim E de manhã cedo Fazer o café Trazer na cama Depois do café A gente se ama A gente se gama Depois do café Ficar o dia inteiro Nesse dá-me, dá-me Nesse toma, toma Nesse pega, pega Nesse coma, coma Nessa brincadeira Sem ninguém dar fé Que o dia vai acabar E a noite já vem E nosso amor pegando fogo Vamos se queimar Somente a gente nesse jogo Pra se ganhar E muito mais se querer bem

A.052.Amor Atrevido - David Corrêa/Mauro do Cavaco

Amor atrevido é o que voce é Não sei se encontro forças para lhe resistir Vem pra me amar Ou vem me enganar No camarim Eu levo flores pra lhe perfumar Oh! Quanta insolência Mostra o paraíso feito para o nosso amor Encheu de fantasia a minha vida Foi gostoso com sabor Mas depois me desamou, desamou O amor é um desencanto Vou chorar meu pranto Lá na cachoeira Meio rio que secou De novo há de murmurar Querendo correr pra abraçar seu doce mar

A.051.Amor - Ivan Lins

Vem se mostrar Vem me convencer Traz seus bons olhos pr'eu ver Vem me buscar Vem me seduzir Que estou pronto pra ir Vem me encantar Me tirar dos confins Fazer festa pra mim Vem coração Acender meus balões Minhas paixões Vem afastar as assombrações Arejar meus porões Vem acalmar os meus vendavais Meus temores, meus ais Vem e me faz cada vez mais audaz Cada vez mais capaz De acreditar Que ainda posso tentar continuar Lutar, lutar, lutar Pra gente ser feliz Cantar, cantar, cantar Como a gente sempre quis

A.050.Amor em Silêncio - Luciana Melo

Não sei, dizer Mas sei, sei sorrir pra você Você, não diz Já sei, tudo que quer me dizer E assim a gente inventa O amor todo em silêncio Tão bom se a gente sente Falar pra que Se o olhar é um sinal E o amor que nele existe Fala mais, mostra que é real Se o olhar é um sinal E o amor que nele existe Fala mais, mostra que é real Não sei, dizer Mas sei, sei sorrir pra você Você, não diz Já sei, tudo que quer me dizer E assim a gente inventa O amor todo em silêncio Tão bom se a gente sente Falar pra que Se o olhar é um sinal E o amor que nele existe Fala mais, mostra que é real Se o olhar é um sinal E o amor que nele existe Fala mais, mostra que é real

A.049.A Cruz e a Espada - Paulo Ricardo/Luiz Schiavon

Havia um tempo em que eu vivia Um sentimento quase infantil Havia o medo e a timidez Todo um lado que você nunca viu Agora eu vejo, Aquele beijo era mesmo o fim Era o começo E o meu desejo se perdeu de mim E agora eu ando correndo tanto Procurando aquele novo lugar Aquela festa o que me resta Encontrar alguém legal pra ficar Agora eu vejo, Aquele beijo era mesmo o fim Era o começo E o meu desejo se perdeu de mim E agora é tarde, acordo tarde Do meu lado alguém que eu não conhecia Outra criança adulterada Pelos anos que a pintura escondia Agora eu vejo, Aquele beijo era o fim, ah era o fim Era o começo E o meu desejo se perdeu de mim E nunca mais, nunca mais, ou..

A.048.Amando Sobre os Jornais - Chico Buarque

Amando noites afora Fazendo a cama sobre os jornais Um pouco jogados fora Um pouco sábios demais Esparramados no mundo Molhamos o mundo com delícias As nossas peles retintas De notícias Amando noites a fio Tramando coisas sobre os jornais Fazendo entornar um rio E arder os canaviais Das páginas flageladas Sorrimos, mãos dadas e, inocentes Lavamos os nossos sexos Nas enchentes Amando noites a fundo Tendo jornais como cobertor Podendo abalar o mundo No embalo do nosso amor No ardor de tantos abraços Caíram palácios Ruiu um império Os nossos olhos vidrados De mistério

A.047.Amanhã é outro dia - Isolda/Milton Carlos

Hoje você tá mudada Tão requisitada Que a gente nem vê mais Hoje você tá na sua Nem lembra da rua Aquela de um tempo atrás Mas tempo vem, tempo vai A saudade se dá sei Eu sei Quando o momento chegar E você se encontrar sem mim Amanhã é outro dia Você vai mudar Pra uma nova fantasia No mesmo lugar Amanhã é outro dia Você vai mudar E olhar quem te olhou Não vai adiantar Hoje você se esqueceu Que um dia foi meu E lutou do meu lado Hoje não é mais aquela Que viu da janela Meu verso arrasado Mas toda história tem fim E a verdade assim dói Se dói A própria vida diz não E daí meu perdão Não vai ter