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quinta-feira, 27 de junho de 2013
A.100.Acorda Amor - Julinho da Adelaide/Leonel Paiva
Acorda amor
Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão
Acorda amor
Não é mais pesadelo nada
Tem gente já no vão de escada
Fazendo confusão, que aflição
São os homens
E eu aqui parado de pijama
Eu não gosto de passar vexame
Chame, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão
Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer
Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão)
A.099.Até Pensei - Chico Buarque
Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que, de tolo, até pensei que fosses minha
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha
A.098.Angélica - Miltinho/Chico Buarque
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?
Queria cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
A.097.A Galinha - Luis Henrique/Chico Buarque
Todo ovo
Que eu choco
Me toco
De novo
Todo ovo
É a cara
É a clara
Do vovô
Mas fiquei
Bloqueada
E agora
De noite
Só sonho
Gemada
A escassa produção
Alarma o patrão
As galinhas sérias
Jamais tiram férias
Estás velha, te perdôo
Tu ficas na granja
Em forma de canja
Ah!!! é esse o meu troco
Por anos de choco???
Dei-lhe uma bicada
E fugi, chocada
Quero cantar
Na ronda
Na crista
Da onda
Pois um bico a mais
Só faz mais feliz
A grande gaiola
Do meu país
A.096.A Televisão - Chico Buarque
O homem da rua
Fica só por teimosia
Não encontra companhia
Mas pra casa não vai não
Em casa a roda
Já mudou, que a moda muda
A roda é triste, a roda é muda
Em volta lá da televisão
No céu a lua
Surge grande e muito prosa
Dá uma volta graciosa
Pra chamar as atenções
O homem da rua
Que da lua está distante
Por ser nego bem falante
Fala só com seus botões
O homem da rua
Com seu tamborim calado
Já pode esperar sentado
Sua escola não vem não
A sua gente
Está aprendendo humildemente
Um batuque diferente
Que vem lá da televisão
No céu a lua
Que não estava no programa
Cheia e nua, chega e chama
Pra mostrar evouções
O homem da rua
Não percebe o seu chamego
E por falta doutro nego
Samba só com seus botões
A.095.A Rita - Chico Buarque
A Rita levou meu sorriso
No sorriso dela
Meu assunto
Levou junto com ela
O que me é de direito
E Arrancou-me do peito
E tem mais
Levou seu retrato, seu trapo, seu prato
Que papel!
Uma imagem de são Francisco
E um bom disco de Noel
A Rita matou nosso amor
De vingança
Nem herança deixou
Não levou um tostão
Porque não tinha não
Mas causou perdas e danos
Levou os meus planos
Meus pobres enganos
Os meus vinte anos
O meu coração
E além de tudo
Me deixou mudo
Um violão
A.094.Alfômega - Gilberto Gil
O analfansgabetismo
Somatopicopneumático
Que também significa
Que eu não sei de nada sobre a morte
Que também significa
Tanto faz no sul como no norte
Que também significa
Deus é quem decide a minha sorte
A.093.Azedo e Mascavo - Celso Adolfo
É um beco estreito
onde eu vou passar
com a minha paixão
a ferramenta é minha mão
Eu choro e canto
eu sou bravo
eu sou azedo e mascavo
eu tô na cruz, eu sou cravo
Eu lavo a terra do chão
tem um joá no meu chão
eu como aqui desse chão
Rimo no mesmo "tão"
alegria com violão
esperança, trabalho e mão
Você já viu meu retrato
eu sou matuto e mato
se gato voa eu sou gato
E eu sou brasa e vulcão
e eu sou luz de vulcão
não te falei disso não
Eu faço é fogo na vida
eu caço é o fogo da vida
eu teço é o fogo e a vida
Eu canto em primeira e terça
quarta, quinta, na sexta
eu trago a minha canção
Rimo no mesmo "tão"
alegria com violão
esperança, trabalho e mão
Você já viu meu retrato
eu sou matuto e mato
se gato voa eu sou gato
A.092.Ave Cigana - Zé Américo/Salgado Maranhão
Ave de sertão eu sei que sou
A terra me acompanha aonde vou
Dolente no meu jeito de cantar
E de viver, seguindo
Ave de arribação
Asa de beija-flor
Meu coração assim cigano
Por onde passa o dia e passa a noite
E passa a canção
Passa um solar
Ah! Tanto luar sem fim
Pontas de recordação
Já cantei o sol, no cimento da cidade.
Já vivi tão só, o lamento da saudade
Mas minha canção é retirante
É feito vagalume pelo ar
Brilhando em toda parte
Em cada olhar
Em qualquer sertão
Em qualquer coração
A.091.Ave Maria do Sertão - Agnaldo Rayol
Quando a tarde declina,
veste a campina seu manto de prata;
Tudo é beleza,
sorri a natureza no verde da mata;
Canta a passarada
na beira da estrada em doce harmonia;
São gorgeios de prece,
como quem oferece à Virgem Maria:
Ave-Maria do meu sertão!
Dai paz e amor
pro meu coração.
Ave-Maria do meu sertão!
Dai paz e amor
pro meu coração.
Acordes divinos
tangem os sinos na capelinha;
Violas, violões
soluçam paixões numa tendinha;
Regressa da roça
pra sua palhoça, de pé no chão,
A cabocla bonita
roga a paz infinita em sua oração:
Ave-Maria do meu sertão!
Dai paz e amor
pro meu coração.
Ave-Maria do meu sertão!
Dai paz e amor
Pro meu coração.
A.090.Ave Maria do Morro - Herivelto Martins
Barracão de zinco
Sem telhado, sem pintura
Lá no morro
Barracão é bangalô
Lá não existe
Felicidade de arranha-céu
Pois quem mora lá no morro
Já vive pertinho do céu
Tem alvorada, tem passarada
Alvorecer
Sinfonia de pardais
Anunciando o anoitecer
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece Ave Maria
Ave Maria... Ave
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece Ave Maria
Ave Maria...Ave
E quando o morro escurece
Elevo a Deus uma prece
Ave Maria
E quando o morro escurece
Elevo a Deus uma prece
Ave Maria
A.089.Ave Maria - Erothildes Campos
Cai a tarde tristonha e serena,
em macio e suave langor,
Despertando no meu coração a saudade do primeiro
amor!
Um gemido se esvai lá no espaço, nesta hora de
lenta agonia
Quando o sino saudoso murmura badaladas da "Ave
Maria"
Sino que tange com mágoa dorida, recordando sonhos
da aurora da vida
Dai-me ao coração paz e harmonia, na prece da
"Ave Maria"
Cai a tarde tristonha... (repetir a 1ª estrofe )
No alto do campanário uma cruz simboliza o passado
De um amor que já morreu, deixando um coração
amargurado
Lá no infinito azulado uma estrela formosa irradia
A mensagem do meu passado quando o sino tange
"Ave Maria"
A.088.Atlântida - Ivan Lins/Celso Viafora
Na praia da tua pele
na orla do teu domingo
eu brinco de navegar
e você flutua comigo
Que mares serão aqueles?
Mergulho e me desmilingüo
Marolas dentro de ti
são as ondas do Havaí
Dentro de ti
ao me afogar
eu descobri
Atlântida
Perto de ti
não vou dormir
pra não sonhar
com outra vida
Na ilha dos teus amores
aonde nasce o arco-íris
jamais anoitecerá
Tudo somos nós e o mar
A.087.Atrevida - Ivan Lins
Estou mais atrevida
Mordaz e ferina
Estou cheia de vida
Sagaz e ladina
Já não sou mais a mesma
Respiro outros ares
Navego outros mares
São tantos olhares
Convites, sorrisos
Eu gosto, eu preciso, pois é...
Que ficou impossível não ver
Mudei de você
Por isso me esqueça...
Virei a cabeça
Nas noites mal dormidas
Rezava seu nome
Olhava na janela
Chorava seu nome
Mexia em sua roupa
Gemia seu nome
Morria de sede
Subia as paredes
Me amava sozinha
Você não me vinha, pois é...
Que ficou impossível não ver
Mudei de você
Já não me inicia
Já não me arrepia
Estou mais atrevida
To cheia de vida
Você não me provoca
Nem quando me toca
Agora eu tenho é fome
De homem que seja feliz
A.086.Atire a Primeira Pedra - Ataulfo Alves/Mário Lago
Covarde sei que me podem chamar
Porque não calo no peito dessa dor
Atire a primeira pedra, ai, ai, ai
Aquele que não sofreu por amor
Eu sei que vão censurar
O meu proceder
Eu sei, mulher,
Que você mesma vai dizer
Que eu voltei pra me humilhar
É, mas não faz mal
Você pode até sorrir
Perdão foi feito pra gente pedir
A.085.Até o Fim - Chico Buarque
Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
"inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim
Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
A.084.Atrás da Porta - Chico Buarque
Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pelos, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
A.083.Atrás do Trio Elétrico - Caetano Veloso
ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO
SÓ NÃO VAI QUEM JÁ MORREU
QUEM JÁ BOTOU PRA RACHAR
APRENDEU, QUE É DO OUTRO LADO
DO LADO DE LÁ DO LADO
QUE É LÁ DO LADO DE LÁ
O SOL É SEU
O SOM É MEU
QUERO MORRER
QUERO MORRER JÁ
O SOM É SEU
O SOL É MEU
QUERO VIVER
QUERO VIVER LÁ
NEM QUERO SABER SE O DIABO
NASCEU, FOI NA BAHI ...
FOI NA BAHIA
O TRIO ELÉTRICO
O SOL ROMPEU
NO MEIO-DIA
NO MEIO-DIA
A.082.Atiraste uma Pedra - Herivelto Martins/David Nasser
Atiraste uma pedra no peito de quem só te fez tanto bem
E quebraste um telhado, perdeste um abrigo
Feriste um amigo
Conseguiste magoar quem das mágoas te livrou
Atiraste uma pedra com as mãos que essa boca
Tantas vezes beijou
Quebraste um telhado
Que nas noites de frio te servia de abrigo
Perdeste um amigo que os teus erros não viu
E o teu pranto enxugou
Mas acima de tudo atiraste uma pedra
Turvando esta água
Esta água que um dia, por estranha ironia
Tua sede matou
Atiraste uma pedra no peito de quem
Só te fez tanto bem
A.081.Assum Preto - Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga
Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá de mió (bis)
Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)
Assum Preto, o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus.
A.080.Asa Branca - Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga
Quando olhei a terra ardendo
Qua fogueira de São João
Eu preguntei a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Moreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse a deus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus oio
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
A.079.Asas - Fagner/Abel Silva
O que este punhal tem de ave
Sao as asas da imaginação
A dor voa mas volta sempre
E pousa no meu coração
O que este punhal tem de ave ...
Voa gaivota leve, voa breve
Que o mar tem a alma secreta
Que guarda a carne dos peixes
E a solidão do poeta
Voa gaivota ...
A.078.As Pastorinhas - Noel Rosa/João de Barro
A estrela d'alva no céu desponta
E a lua anda tonta com tamanho esplendor
E as pastorinhas pra consolo da lua
Vão cantando na rua lindos versos de amor
Linda pastora morena da cor de madalena
Tu não tens pena de mim
Que vivo tonto com o teu olhar
Linda criança tu não me sais da lembrança
Meu coração não se cansa
De sempre sempre te amar
A.077.As vezes com quem eu amo - Marina Lima/Antonio Cícero
Às vezes com quem amo
Fico com raiva e reclamo
Pensando não ter retorno
O amor sem fim que entorno
No entanto sempre retorna
Desta ou daquela forma
O amor que a gente derrama
Quando é verdade que ama
Amei com paixão alguém
E perdi ilusões
Mas hoje esse amor revem
E dele é que faço canções
A.076.As Várias Pontas de uma Estrela - Milton Nascimento/Caetano Veloso
Estrela de cinco pontas
Cinco estrelas no cruzeiro
Trilhões de estrelas no céu
Três pontas mil corações
E o menino brasileiro
Com os olhos duas contas
Atravessa o imenso véu
De brilhos e escuridões
Que Deus segue esse menino
Que deuses o seguirão
Meu verso de sete patas
Notas desta melodia
Quem me ensina essa lição
Quem me explica esse destino
Que grito dentro das matas
Agora responderia
Não sei mas ando com ele
Às vezes voamos juntos
Pedras superpreciosas
De aves nas alturas tontas
Tocamos vários assuntos
Às vezes roço-lhe a pele
E somos estrelas rosas
Três, quatro, cinco mil pontas
Pontas, pontas, pontas
Marcadores:
Caetano Veloso,
Letra A,
Milton Nascimento
A.075.As Rosas Não Falam - Cartola
Am Am/G
Bate outra vez
F5-/6
Com esperanças o meu coração
B7/D# B7 E7 Am E7/B
Pois já vai terminando o verão enfim
Am Am/G
Volto ao jardim
B7
Com a certeza que devo chorar
F5-/6 E7 Am A7
Pois bem sei que não queres voltar para mim
Dm6 Bm5-/7
Queixo-me às rosas, mas que bobagem
Am Am/G
As rosas não falam
C°
Simplesmente as rosas exalam
E7
O perfume que roubam de ti
Am Am/G
Devias vir
F5-/6
Para ver os meus olhos tristonhos
B7/D# B7 E7
E, quem sabe, sonhava meus sonhos
Am
Por fim
A.074.Arranha Céu - Orestes Barbosa/Sílvio Caldas
Cansei de esperar por ela
Toda noite na janela
Vendo a cidade a luzir
Nestes delírios nervosos
Dos anúncios luminosos
Que são a vida a nos rir
E cada vez que subia
O elevador não trazia
Essa mulher, maldição
E quando lembro
Gemia o elevador e descia
Fundia o meu coração
Cansei de olhar as reclames
E disse ao peito não ame
Que o teu amor não te quer
Descansa, feche a vidraça
Esquece aquela desgraça
Esquece aquela mulher
Deitei então sobre o peito
Vieste em sonho ao meu leito
E eu acordei, que aflição
Pensando que te abraçava
Alucinado apertava
Eu mesmo meu coração
A.073.A Lua é Camarada - Armando Cavalcante/Klecius Caldas
A noite é linda
Nos braços teus
É cedo ainda
Pra dizer adeus
Vem,
Não deixes pra depois, depois
Vem,
Que a noite é de nós dois, nós dois
Vem,
Que a lua é camarada
Em teus braços quero ver
O sol nascer.
A.072.Arara - Lulu Santos
Faço o que quiser de mim
Eu sempre quis que fosse assim
Eu não quero me pertencer
Eu quero ser dos outros, dos outros
Me explica tim tim por tim tim
Se faz assado ou faz assim
Me dá de comer, beber
Depois me põe na cama, na cama
Mas baby não se adiante
Aos meus desejos
Nunca se atrase pro próximo beijo
Não me reprima
Não me azucrine
Não me aluga
Senão posso ficar uma arara
Uma arara, uma arara.
A.071.Aqueles Olhos Verdes - Nilo Menedez
Aqueles olhos verdes
Translúcidos serenos
Parecem dois amenos
Pedaços do luar
Mas têm a miragem
Profunda do oceano
E trazem todo o engano
Das procelas do mar
Aqueles olhos verdes
Que inspiram tanta calma
Entraram em minh'alma
Encheram-na de dor
Aqueles olhos tristes
Pegaram-me tristeza
Deixando-me a crueza
De tão infeliz amor
Aqueles olhos verdes
Que inspiram tanta calma
Entraram em minh'alma
Encheram-na de dor
Aqueles olhos tristes
Pegaram-me tristeza
Deixando-me a crueza
De tão infeliz amor
A.070.Azul - Diana Pequeno
Azul, é a chuva quando cai
E você vai
Nada me atrai
O mar, vai e vem e nada vem
Nem teu olhar
Teu amor
Vem me olhar
Vem me amar
Vem molhar
O meu olhar
Vem me dar
O mar
Azul, é a lua quando sai
Pra iluminar
A escuridão
No ar, vejo toda a solidão
De ver você
Ir sem mim
Vem me olhar
Vem me amar
Vem molhar
O meu olhar
Vem me dar
O mar
Tudo o que você fizer
Faça pensando em mim
E quando você vier,
Eu vou estar aqui... (bis)
A.069.Aquarela do Brasil - Ary Barroso
Brasil, meu Brasil Brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
Ô Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, Brasil, prá mim, prá mim...
Ô abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória a luz da lua
Toda canção do meu amor...
Quero ver essa Dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!
Brasil, terra boa e gostosa
Da moreninha sestrosa
De olhar indiferente
Ô Brasil, verde que dá
Para o mundo admirá
Ô Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil,...Brasil! prá mim!... prá mim
Esse coqueiro que dá coco
Oi onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar, Brasil... Brasil,
Ô oi estas fontes murmurantes
Oi onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ôi, esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro,
Brasil!... Brasil!
A.068.Apaixonou - Maury Yeston
Ninguem mais decifrou
No teu rosto
O que mais importou para mim
Sabemos bem
Ninguém deu conta do momento
Viu o sentimento que nos arrastou
Quem de nós não sonhou
Acordado
Ao chegar todo amor faz
Faz assim
Sabemos bem
Quase ninguem
Entende o amor ao chegar
Quando vê o coração partiu em dois
Chegou na hora certa apaixonou
Alguém que tem medo de amar
Não tem vez ao teu lado
Talvez seja próprio do amor
O sonhar acordado
Tanto faz a estação sem teus olhos
O verão para mim era blue
Até a certa hora nada era real
Chegou na hora certa apaixonou
A.067.Apesar de Voce - Chico Buarque
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.
(Coro) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.
(Coro2) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria.
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença.
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa.
Apesar de você
(Coro3)Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
(Coro4)Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá…….
A.066.Apelo - Baden Powell/Vinicius de Moraes
Ah, meu amor não vais embora
Vê a vida como chora, vê que triste esta canção
Não, eu te peço, não te ausentes
Pois a dor que agora sentes, só se esquece no perdão
Ah, minha amada me perdoa
Pois embora ainda te doa a tristeza que causei
Eu te suplico não destruas tantas coisas que são tuas
Por um mal que eu já paguei
Ah, minha amada, se soubesses
Da tristeza que há nas preces
Que a chorar te faço eu
Se tu soubesses num momento todo arrependimento
Como tudo entristeceu
Se tu soubesses como é triste
Perceber que tu partiste
Sem sequer dizer adeus
Ah, meu amor tu voltarias
E de novo cairias
A chorar nos braços meus
(falado por Vinícius de Moraes)
De repente do riso fez-se o pranto,
silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espaumadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento,
Que dos olhos desfez a última chama,
E da paixão fez-se o presentimento,
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente não mais que de repente,
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo, o distante,
Fez-se da vida uma aventura errante,
De repente não mais que de repente.
A.065.Aos pés da Santa Cruz - Marino Pinto/José Gonçalves
Aos pés da santa cruz
Você se ajoelhou
Em nome de Jesus
Um grande amor você jurou
Jurou mais não cumpriu
Fingiu e me enganou
Pra mim você mentiu
Pra Deus você
Pecou
O coração tem razões
Que a própria razão desconhece
Faz promessas e juras
Depois esquece
Seguindo este princípio
Você também prometeu
Chegou até a jurar
Um grande amor
Mas depois esqueceu
Pó,...pó,...pó,...pó
Pó,...pó,...pó,...pó
Pó,...pó,...pó,...pó
Pó,...pó,...pó
A.064.Animã - José Renato/Milton Nascimento
Lapidar minha procura toda trama
Lapidar o que o coração com toda inspiração
Achou de nomear gritando... alma
Recriar cada momento belo já vivido e mais,
Atravessar fronteiras do amanhecer,
E ao entardecer olhar com calma e então
Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Casa cheia de coragem, vida tira a mancha que há no meu ser
Te quero ver, te quero ser
Alma
Viajar nessa procura toda
de me lapidar nesse momento agora
De me recriar, de me gratificar de custo alma, eu sei
Casa aberta onde mora o mestre, o mago da luz,
onde se encontra o templo
Que inventa a cor animará o amor onde se esquece a paz
Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Casa cheia de coragem, vida todo afeto que há no meu ser
Te quero ver, te quero ser
Alma.
A.063.Amei Demais - Michael Sillivan
Amei demais.
Como pude me entregar assim?
Já cansei de saber
Que você não tem jeito,
Mas com fogo brinquei,
Te queria e daí?
Amei demais.
Como pude esquecer de mim?
E apesar de você
Quase durmo direito,
Posso até suportar
Essa falta de ti.
Já tentei todas as rezas
Pra tirar você de mim.
Já fiz todas as promessas
Pra não mais gostar assim,
Mas é coisa do destino,
É coisa feita, não tem jeito
Esse desejo de você.
Sou alguém
Que acredita que você pode mudar,
Mas não me entrego
Se você não se entregar;
Já fiz isso uma vez,
Não quero mais me arrepender.
Pense bem,
Diz a razão, não vale a pena se enganar,
E o coração me pede
Pra te procurar,
Tá doendo de saudade...
Diz pra mim o que fazer.
Amei demais.
Quero ver quem vai te amar assim.
Ninguém pode te dar um amor desse jeito.
Você pode tentar, mas não vai conseguir.
A.062.Amor nas Estrelas - Carvalho/Fausto Nilo
No alto de uma montanha existe um lago azul
É lá que a lua se banha
Até amanhã de manhã me banha de luz
A solidão é um Saara que o firmamento seduz
E o céu brilha na Guanabara
E sonha só fascinação
Teu olhar me diz
Vejo a lua dizendo pro sol: eu sou tua namorada
Em meu quarto crescente é você quem brilha e me reluz
Se você vai iluminar o Japão eu fico abandonada
Num pedaço qualquer de canção na voz dessa mulher
E o sol derrama um desejo do céu nessa cama azul
Um mel na tua boca e eu te beijo
Até amanhã de manhã, me banha de luz!
E o sol derrama um desejo...
A.061.Amor Eterno - Tadeu Nathias/Ana Amélia
De almas sinceras, à união sincera
Nada há que impeça, amor, não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor
Amor é marco eterno, dominante
Que encara a tempestade com bravura
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora lá na altura
Amor não teme o tempo muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade
Amor não se transforma de hora em hora
Muito antes se afirma para a eternidade
Se isto é falso
E que é falso alguém provou
Eu não sou poeta
E nunca ninguém amou.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
A.060.Amor Amigo - Milton Nascimento/Fernando Brant
Que eu vou dizer, você nunca ouviu de mim
Pois minha timidez não me deixou falar por muito tempo
Para mim você é a luz que revela os poemas que fiz
Quem conhece da terra e do sol
Muito sabe os mistérios do mar
O que eu vou dizer, você nunca ouviu de mim
Pois quieto que sou só sabia sangrar, sangrar cantando
Quantas vezes eu quis me abrir
e beijar e abraçar com paixão, mas as palavras
que devia usar fugiam de mim recolhidas na minha prisão
(Mas) O que eu vou dizer, você nunca ouviu de mim
Pois minha solidão foi não falar, mostrar vivendo.
Quantas vezes eu quis me abrir
e as portas do meu coração sempre pediam
Seu amor é meu sol e sem ele eu não saberia viver
A.059.Amor e Paixão - Milton Nascimento
O amor é mestre na arte de iludir
Armadilhas arma pra quem sonha ser feliz
O amor adora brincar, ele adora fingir
O amor, que mora na rua do coração
Tem uma vizinha de quarto, é a paixão
É bom saber nessa casa
Onde andar, onde estar, quem seguir
Pois o amor se esconde atrás de uma canção
E quem aparece pra gente é a paixão
A prixão é o lado nervoso do amor
A paixão que beija é a mesma que nos vai cuspir
A paixão é boca sedenta que quer tudo para si
É fogo do prazer
É brasa do sofrer
Mas amor que é mestre se torna um aprendiz
Com a paixão se envolve e agora se diz feliz
Assim a história tem esse final.
Com amor e paixão
É que a gente
Vai ser feliz.
A.058.Amor Explícito - Nico Resende/Paulinho Resende
Cada vez mais acredito no nosso amor
um amor explícito sem pudor
Parecemos dois, mas vistos a olho nu
Nós muitas vezes somos um
Acreditei meu amor, só quem ama é rei
Como você se encaixa em mim
Eu sinto firmeza quebrando qualquer tabu
O nosso amor não vai ser blue
Eu vou sempre te curtir repetindo "I love you"
Com você, por que não ser clichê
Se tantas vezes somos um
Acreditei meu amor, só ama é rei
Como você se encaixa em mim
Eu sinto firmeza quebrando qualquer tabu
O nosso amor não vai ser blue
Eu vou sempre te curtir repetindo "I love you"
Com você por que não ser clichê se tantas vezes somos um
Eu sinto firmeza quebrando qualquer tabu
o nosso amor não vai ser blue
Eu vou sempre te curtir repetindo "I love you"
Com você, por que não ser clichê se tantas vezes somos um
Nós tantas vezes fomos um
Nós tantas vezes somos um
A.057.Amor amor - Gabriel Ruiz
Amor, amor, amor
nasceu de mim, nasceu de ti
nasceu num beijo
Amor, amor, amor
nasceu de Deus, nos olhos teus
o amor eu vejo
Saber que teus lábios
se enlinharan nos meus
trazendo a palavra
mensageira do amor
Saber que meus lábios
se perderam nos teus
na chama do beijo em que nasceu nosso amor
A.056.Amor a Natureza - Paulinho da Viola
(o Grêmio Recreativo Escola de Samba cenário de
tristeza apresenta seu enredo para inverno e a
primavera de 1975: "Amor à Natureza")
Reliquia do folclore nacional
Jóia rara que apresento
Nesta paissagem que me vejo
No centro da paixão e do tormento
Sem nenhuma ilusão
Neste cenário de tristeza
Relembro momentos de real bravura
Dos que lutam com ardor
Em nome do amor à natureza
Cinzentas nuvens de fumaça
Umedecendo os meus olhos
De aflição e de cansaço
Imensos blocos de concreto
Ocupando todos os espaços
Daquela que já foi
a mais bela cidade
Que o mundo inteiro consagrou
Com suas praias tão lindas
Tão cheias de graça
de sonho e de amor
Flutua no ar o desprezo
Desconsiderando a razão
Que o homem não sabe
se vai encontrar
Um jeito de dar
Um jeito na situação
Uma semente atirada
num solo tão fértil
Não deve morrer
é sempre uma nova esperança
Que a gente alimenta
de sobreviver
Relíquia...
A.055.Amo-te Muito - João Chaves
Amo-te muito, como as flores amam
O frio orvalho que o infinito chora.
Amo-te como o sabiá da praia
Ama a sangüínea e deslumbrante aurora.
Oh! Não te esqueças que te amo assim.
Oh! Não te esqueças nunca mais de mim.
Amo-te muito como a onda à praia
e a praia à onda, que a vem beijar...
Amo-te tanto como a branca pérola
Ama as entranhas do infinito mar.
Amo-te muito, como a brisa aos campos
e o bardo à lua derramando luz.
Amo-te tanto quanto amo o gozo
e Cristo amou ardentemente a cruz.
A.054.Amor Crioulo - Ronaldo Mata
Ai, essa trama me enlouquece
Transparece que parece
Já me custou tanta lágrima sentida
Eu nunca fui mais do que sua
Semiposta, seminua, pela rua, pela rua
Não, não me pegue, não me negue
Não me entregue, não me esfregue
Me esquece por favor
Não me esquece
Eu nunca fui mais do que pura
Mas quem me quer não me quer impura
Que tortura, que tortura
Nada se apagou em mim
Mas preciso acreditar por bem
Me acostumar
Com as torturas desse fim
Que é pecado pelo não e pelo sim
Ninguém pode me ocultar
A floresta entristecida
Ninguém pode me beijar
Doce pele adormecida
Só a luz do seu encanto
Os lábios desse espanto
Esse amor
Que me enfeitiçou
Que desencantou nossos rebentos
Nossos planos, nossos tempos
Nosso amor
Imenso amor
A.053.Amor com Café - Cecéu
Se você quiser o meu amor
Tem que ser assim
Agarradinho, escondidinho
Bem bonitinho
Somente pra mim
E de manhã cedo
Fazer o café
Trazer na cama
Depois do café
A gente se ama
A gente se gama
Depois do café
Ficar o dia inteiro
Nesse dá-me, dá-me
Nesse toma, toma
Nesse pega, pega
Nesse coma, coma
Nessa brincadeira
Sem ninguém dar fé
Que o dia vai acabar
E a noite já vem
E nosso amor pegando fogo
Vamos se queimar
Somente a gente nesse jogo
Pra se ganhar
E muito mais se querer bem
A.052.Amor Atrevido - David Corrêa/Mauro do Cavaco
Amor atrevido é o que voce é
Não sei se encontro forças para lhe resistir
Vem pra me amar
Ou vem me enganar
No camarim
Eu levo flores pra lhe perfumar
Oh! Quanta insolência
Mostra o paraíso feito para o nosso amor
Encheu de fantasia a minha vida
Foi gostoso com sabor
Mas depois me desamou, desamou
O amor é um desencanto
Vou chorar meu pranto
Lá na cachoeira
Meio rio que secou
De novo há de murmurar
Querendo correr pra abraçar seu doce mar
A.051.Amor - Ivan Lins
Vem se mostrar
Vem me convencer
Traz seus bons olhos pr'eu ver
Vem me buscar
Vem me seduzir
Que estou pronto pra ir
Vem me encantar
Me tirar dos confins
Fazer festa pra mim
Vem coração
Acender meus balões
Minhas paixões
Vem afastar as assombrações
Arejar meus porões
Vem acalmar os meus vendavais
Meus temores, meus ais
Vem e me faz cada vez mais audaz
Cada vez mais capaz
De acreditar
Que ainda posso tentar continuar
Lutar, lutar, lutar
Pra gente ser feliz
Cantar, cantar, cantar
Como a gente sempre quis
A.050.Amor em Silêncio - Luciana Melo
Não sei, dizer
Mas sei, sei sorrir pra você
Você, não diz
Já sei, tudo que quer me dizer
E assim a gente inventa
O amor todo em silêncio
Tão bom se a gente sente
Falar pra que
Se o olhar é um sinal
E o amor que nele existe
Fala mais, mostra que é real
Se o olhar é um sinal
E o amor que nele existe
Fala mais, mostra que é real
Não sei, dizer
Mas sei, sei sorrir pra você
Você, não diz
Já sei, tudo que quer me dizer
E assim a gente inventa
O amor todo em silêncio
Tão bom se a gente sente
Falar pra que
Se o olhar é um sinal
E o amor que nele existe
Fala mais, mostra que é real
Se o olhar é um sinal
E o amor que nele existe
Fala mais, mostra que é real
A.049.A Cruz e a Espada - Paulo Ricardo/Luiz Schiavon
Havia um tempo em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu não conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia
Agora eu vejo,
Aquele beijo era o fim, ah era o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E nunca mais, nunca mais, ou..
A.048.Amando Sobre os Jornais - Chico Buarque
Amando noites afora
Fazendo a cama sobre os jornais
Um pouco jogados fora
Um pouco sábios demais
Esparramados no mundo
Molhamos o mundo com delícias
As nossas peles retintas
De notícias
Amando noites a fio
Tramando coisas sobre os jornais
Fazendo entornar um rio
E arder os canaviais
Das páginas flageladas
Sorrimos, mãos dadas e, inocentes
Lavamos os nossos sexos
Nas enchentes
Amando noites a fundo
Tendo jornais como cobertor
Podendo abalar o mundo
No embalo do nosso amor
No ardor de tantos abraços
Caíram palácios
Ruiu um império
Os nossos olhos vidrados
De mistério
A.047.Amanhã é outro dia - Isolda/Milton Carlos
Hoje você tá mudada
Tão requisitada
Que a gente nem vê mais
Hoje você tá na sua
Nem lembra da rua
Aquela de um tempo atrás
Mas tempo vem, tempo vai
A saudade se dá sei
Eu sei
Quando o momento chegar
E você se encontrar sem mim
Amanhã é outro dia
Você vai mudar
Pra uma nova fantasia
No mesmo lugar
Amanhã é outro dia
Você vai mudar
E olhar quem te olhou
Não vai adiantar
Hoje você se esqueceu
Que um dia foi meu
E lutou do meu lado
Hoje não é mais aquela
Que viu da janela
Meu verso arrasado
Mas toda história tem fim
E a verdade assim dói
Se dói
A própria vida diz não
E daí meu perdão
Não vai ter
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